As expectativas dos
economistas para a inflação em 2016 continuaram a melhorar, como vem
ocorrendo nos últimos dois meses, e a perspectiva para a atividade
econômica parece ter parado de piorar. Ao mesmo tempo, ao longo das
últimas duas semanas, o mercado começa a ver uma perspectiva melhor para
a economia em 2017. A expectativa de inflação está se distanciando do
teto da meta, de 6%, enquanto houve dois pequenos ajustes para cima na
estimativa do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB). Também se
espera juros menores no ano que vem.
De acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), a mediana das
estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
em 2016 caiu pela oitava semana, de 6,98% para 6,94% de aumento. A
aposta, contudo, ainda segue acima do teto da meta, de 6,50%, para o
período. A projeção de inflação em 12 meses também recuou, pela quarta
semana, de 6,20% para 6,19%. Para 2017, a redução das estimativas para a
inflação foi um pouco mais intensa, de 5,80% para 5,72%.
Entre os analistas Top 5, os que mais acertam as previsões, a mediana
do IPCA para 2016 seguiu em 7,05% de alta, mas a de 2017 passou de 6%
para 5,90% de elevação.
Esse recuo nas estimativas de inflação são acompanhados por uma
melhora nas projeções para os preços administrados, que devem subir
6,95% neste ano e 5,73% no ano que vem. As previsões anteriores eram de
incremento de 7% e 5,80%. A previsão para o dólar também caiu, de R$
3,80 para R$ 3,72 no fim de 2016, e de R$ 4 para R$ 3,91 no fim de 2017.
Quanto à atividade, os economistas continuaram a ajustar a previsão
para o desempenho do PIB de 2016 para baixo, mas com menor intensidade. A
estimativa passou de queda de 3,88% para retração de 3,89%. A
expectativa para 2017 foi ajustada para cima pela segunda semana, desta
vez de crescimento de 0,30% para 0,40%.
Juros
Após vários ajustes, os economistas mantiveram a projeção para a taxa
Selic em 13,25% ao fim deste ano. Na semana passada, ao decidir manter o
juro em 14,25%, o Comitê de Política Monetária (Copom) disse que apesar
dos avanços na política de combate à inflação, o nível dos preços em 12
meses continua elevado e as expectativas seguem distantes dos objetivos
do regime de metas. Analistas consideram que o comunicado do Copom
sinaliza que o colegiado pode começar a reduzir a Selic no segundo
semestre deste ano.
No Focus, a expectativa para a Selic ao fim de 2017 recuou de 12%
para 11,75%. Entre os analistas Top 5, as estimativas seguiram em 13,38%
para 2016 e 12,25% para 2017.
Leia mais em: http://www.valor.com.br/brasil/4545801/mercado-ve-melhora-da-economia-em-2017-aponta-focus
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