segunda-feira, 29 de junho de 2020

Energia solar cresce na pandemia e gera 37 mil empregos

Entre janeiro e maio deste ano, a energia solar ganhou uma capacidade adicional de 1.236 MW, o suficiente para abastecer cerca de 4.800 residências. O resultado representa um crescimento de 27% na capacidade instalada, em relação ao consolidado do ano passado. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

A fonte fotovoltaica acumula 5,7 GW de potência operacional. Essa capacidade se divide entre os sistemas centralizados, que são as grandes usinas, e os pequenos projetos residenciais e comerciais, modalidade conhecida como geração distribuída. A geração centralizada é ligeiramente maior do que a distribuída, porém, no ano passado, o segmento residencial foi o que mais cresceu.

Esse setor é um grande gerador de empregos. Desde 2012, foram criados 165 mil empregos na cadeia de geração solar. Nos primeiros cinco meses deste ano, mais de 37 mil trabalhadores foram empregados na indústria. Mesmo com a pandemia, a abertura de vagas continuou. Somente em maio, o setor adicionou 7,2 mil empregos, afirma a absolar.

Para o presidente do conselho da entidade, Ronaldo Koloszuk, a energia solar se apresenta como uma “alavanca poderosa” para reaquecer a economia. “No Brasil, durante a crise dos anos de 2015 e 2016, o PIB caiu mais de 3% ao ano. Enquanto isso, o setor fotovoltaico cresceu mais de 100%”, diz Koloszuk.

Em termos de investimentos, este ano, o setor atraiu 6 bilhões de reais em investimentos privados. Desde 2012, são mais de 30 bilhões de reais aportados em projetos de geração fotovoltaica.

Globalmente, a energia solar liderou o crescimento da capacidade instalada de energias renováveis, em 2019. Foram adicionados 115 GW de potência, o que representa um acréscimo de 22,5%. Ao todo, a capacidade instalada das energias renováveis, incluindo solar, eólica e biomassa, aumentou em 200 GW. A China é o país que mais gera energia limpa, com 789 GW, seguida dos Estados Unidos, com 282. O Brasil, que gerou, no ano passado, 144 GW, é o quarto no ranking.

Leia mais em: https://opetroleo.com.br/energia-solar-cresce-na-pandemia-e-gera-37-mil-empregos/

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Pandemia não atrasa cronograma da desestatização, diz presidente da CEEE

Em uma teleconferência nessa quinta-feira, 25 de junho, o presidente do Grupo CEEE, Marcos Soligo, afirmou que os efeitos decorrentes da crise provocada pelo coronavírus não estão atrasando ou impactando de alguma forma no cronograma da privatização das subsidiárias da companhia, pelos trabalhos envolverem muito mais a leitura e análise de dados do que ações práticas, o que pode ser feito remotamente pelas equipes da companhia e do consórcio formado pelo BNDES e pelo estado para tocar o processo.

“A desestatização é um trabalho intelectual, de elaboração de relatórios. Ninguém parou por causa da pandemia”, conta o executivo, que disse estar indo à empresa todos os dias para trabalhar em todas ações e planejamento institucional para tornar os ativos um canteiro de obras para novos leilões à frente. “É claro que o mercado diminuiu de tamanho e isso tem um impacto no valor de venda, mas que ainda não temos como mensurar”, avalia.

Perguntado sobre a possibilidade de caducidade das concessões, por conta das cláusulas de desempenho operacional e econômico, Soligo disse que houve a interposição da Aneel e que a companhia irá apresentar um plano de transferência de controle da estatal, não havendo assim extinção da concessão quando a privatização for efetivada, o que está garantido no contrato.

Já sobre as perdas, o resultado financeiro do grupo no primeiro trimestre indica aumento nos índices DEC e FEC, o que o executivo atribui a muitas ocorrências e roubos que vem acontecendo na rede elétrica, principalmente na região Norte do estado, além de vandalismo em linhas de transmissão, com impacto bastante significativo nas finanças e operação. “Nossos investimentos em automação vão contribuir para abaixar esses resultados”, argumenta.

Quanto aos projetos de geração e transmissão em andamento, o executivo destacou a renovação da concessão da hidrelétrica Itaúba (500 MW), saindo do mercado regulado para a venda de energia no mercado livre, baseado no decreto do presidente Jair Bolsonaro no ano passado que permite a instituições em processo de cisão, como no caso da CEEE-GT, ter o contrato renovado por mais de 30 anos com a venda no ACL. “Estamos no processo das garantias físicas dessa usina e investindo ainda nos sistemas de transmissão TESB e FOTE, com 387 quilômetros em construção”, complementa.

Balanço – A distribuidora do grupo encerrou o primeiro trimestre desse ano com prejuízo de R$ 497,6 milhões, valor 109% maior do que o verificado no mesmo período do ano passado. A dívida financeira chegou a R$ 969,8 milhões, quase 25% a mais. Já o prejuízo em 2019 ficou em R$ 1 bilhão, aumento de R$ 93,167 milhões em relação a 2018.

Já o braço de geração e transmissão ficou no azul em 2019, com um lucro líquido de R$ 391,2 milhões, crescimento de 125,6% no resultado. No entanto, o resultado desse primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado foi uma reversão do lucro, indo de R$ 94,7 milhões para um prejuízo de R$ 97 milhões esse ano.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53138572/pandemia-nao-atrasa-cronograma-da-desestatizacao-diz-presidente-da-ceee

quinta-feira, 25 de junho de 2020

BNDES deve divulgar condições do socorro ao setor elétrico na semana que vem

 O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou na noite desta quarta-feira que pretende divulgar no dia 1º de julho as taxas e condições de financiamento que serão concedidas a bancos privados para socorrer o setor elétrico, duramente impactado pelas medidas restritivas impostas para contenção do coronavírus.

Montezano destacou que já foi procurado por vários bancos que desejam participar da operação, que agora poderá ser feita pela criação da Conta Covid, no valor de R$ 16 bilhões.
 

O financiamento visa ajudar o setor, principalmente as distribuidoras, que enfrentam forte queda em suas receitas por conta da redução do consumo de energia e do aumento da inadimplência.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, na última terça-feira, a regulamentação da Conta Covid. Pelas regras aprovadas, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) vai realizar os empréstimos bancários no limite de R$ 16,1 bilhões, e o BNDES fará a coordenação financeira.

Durante videoconferência realizada nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o presidente do BNDES afirmou que a instituição fará a estruturação, modelagem e coordenação com o setor financeiro.


Condições e taxas sairão na quarta-feira
O socorro ao setor elétrico representa, segundo Montezano, a metade do valor desembolsado pelo banco no ano passado para grandes empresas, que foi de R$ 32 bilhões.

— Já temos hoje um indicativo dos bancos que querem participar da operação, e estamos vendo uma boa demanda a despeito do mercado turbulento que o setor financeiro vive hoje — afirmou Montezano. — E já temos propostas acima do valor da operação. Possivelmente, a demanda pelos bancos para essa operação vai superar em alguns bilhões esse montante.

O BNDES vai enviar cartas oficiais a todos os bancos interessados ainda nesta semana, para receber, já na próxima segunda-feira, as propostas finais. Com esses dados em mãos, será feito o cálculo das condições e taxas do financiamento, que serão divulgadas na quarta-feira.

Aneel: consumidor também vai se beneficiar
No mesmo evento, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que o financiamento via Conta Covid vai ajudar o setor elétrico, que enfrenta forte redução nas receitas por conta da queda da demanda de energia e do aumento da inadimplência em meio à crise.

Pepitone ressaltou que os consumidores finais também serão beneficiados, pois não haverá aumento nas tarifas a curto prazo, e sim distribuído ao longo dos próximos cinco anos.

Segundo o diretor-geral da Aneel, o nível de inadimplência do setor saltou de 1,7% para 8,1% da receita. Até 5 de junho, a perda da receita chega a R$ 3,4 bilhões, e a projeção para o ano é de R$ 7,95 bilhões. Já a queda no consumo deve ser de 4,2% no ano, um impacto de R$ 6 bilhões.

Leia mais em: https://oglobo.globo.com/economia/bndes-deve-divulgar-condicoes-do-socorro-ao-setor-eletrico-na-semana-que-vem-24497275 

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Aneel aprova Conta Covid com R$16,1 bi para distribuidoras


A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou as condições de contratação da operação financeira da Conta Covid, estabelecendo limite de R$ 16,1 bilhões para o empréstimo que vai dar liquidez às distribuidoras. O valor não contempla recursos destinados à redução do impacto das revisões tarifárias previstas para 2020, e a Aneel deixou para um segundo momento o tratamento a ser dado aos pedidos de reequilíbrio econômico dos contratos de concessão das empresas. O tema será tratado em uma nova etapa de consulta pública, que deverá ser aberta em 60 dias.

A regulamentação da conta foi votada nesta terça-feira (23) pelo colegiado, após longo debate no qual prevaleceu o entendimento da relatora Elisa Bastos Silva em relação ao uso do empréstimo para evitar aumentos tarifários resultantes de revisões previstas para sete distribuidoras até o fim do ano. Elisa reforçou em voto complementar o entendimento inicial de que essa decisão não está prevista no Decreto 10.350 e passa por uma definição de política pública que é atribuição do Ministério de Minas e Energia, e não da Aneel.

A proposta apresentada pelo diretor Sandoval Feitosa representaria R$ 902 milhões a mais na Conta Covid,  que poderia passar dos R$ 17 bilhões. O valor final ficou um pouco abaixo dos R$ 16, 25 bilhões previstos anteriormente, porque a Aneel atualizou o limite estabelecido para a Cemig de R$ 1,8 bilhão para R$1,7 bilhão.

A relatora fez uma adequação em seu voto para acomodar a proposta apresentada pelo diretor Efrain Cruz, autor de voto vista, que previa a avaliação em uma etapa posterior do tratamento a ser dado aos pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos, em razão dos impactos da pandemia do coronavírus. Ela retirou o dispositivo que permitiria às distribuidoras contabilizarem nos balanços ativo regulatório relacionado a um eventual direito ao reequilíbrio contratual.

Com a mudança, pedidos de recomposição serão avaliados pela Aneel em processos administrativos específicos, abertos após solicitação fundamentada da distribuidora. O ressarcimento de custos acessórios ao consumidor, também previsto na norma, serão tratados preferencialmente junto com a análise do reequilíbrio do contrato. Elisa alterou o prazo de consulta sugerido pelo diretor de 90 para 60 dias, mas manteve em 120 dias a consulta relacionada à discussão sobre os custos acessórios.

Diante da repercussão no governo e no próprio mercado do adiamento do processo após horas de debate na semana passada, a diretoria da agência aprovou por unanimidade a proposta da relatora, para demonstrar coesão. “Acompanho o voto de Elisa em nome do principio da colegialidade. Este é um momento de convergência. Vamos passar essa página e concentrar nos outros problemas que temos”, disse o diretor Sandoval Feitosa. Efrain Cruz também reforçou a necessidade de dar robustez à matéria e à decisão do colegiado, mesmo havendo discordâncias em relação a pontos específicos.

Em oficio enviado à Aneel na semana passada, o ministro Bento Albuquerque revelou espanto com a decisão da agência de adiar a votação da matéria, diante da urgência da solução financeira para os problemas de redução de receita das distribuidoras.

A Conta Covid foi criada pelo Decreto 10.350 com a finalidade de receber recursos de empréstimos bancários contratados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica para a cobertura de déficits ou a antecipação total ou parcial de receitas das empresas de distribuição ate dezembro desse ano. Os valores serão pagos pelo consumidor em cinco anos.

A operação vai cobrir impactos financeiros da pandemia, o que inclui efeitos da sobrecontratação provocada pela redução de mercado e da queda de arrecadação pela inadimplência. Também estão previstos recursos para variações de custos de itens da “Parcela A” (CVA); neutralidade de encargos setoriais; postergação até 30 de junho dos resultados dos processos tarifários de distribuidoras homologados até o fim desse mês; antecipação de ativo regulatório relativo à “Parcela B” e cobertura de parte da contratação de demanda de grandes consumidores do Grupo A, cujo pagamento será postergado até julho desse ano.

Os recursos para custear a sobrecontratação e os encargos setoriais, serão repassados às distribuidoras entre abril e dezembro desse ano. Os valores a serem pagos serão homologados mensalmente pela Aneel, que vai estabelecer cotas específicas da Conta de Desenvolvimento Energético para amortização das operações contratadas, com a criação de encargo tarifário adicional, a CDE Covid . As cotas da CDE correspondente ao pagamento do empréstimo serão incluídas nos reajustes de 2021 e permanecerão na conta até a amortização total do empréstimo.

Entre as condições estabelecidas no decreto para acesso aos recursos estão a limitação da distribuição de dividendos e do pagamento de juros sobre capital próprio ao mínimo legal de 25% do lucro líquido e a renúncia ao direito de discussão judicial ou arbitral de valores. Também fica vedada a solicitação de suspensão ou de redução dos volumes de energia dos contratos, em razão de eventual redução do consumo verificado até dezembro de 2020, ressalvadas as hipóteses previstas na regulação do setor.

A proposta que define as condições do empréstimo para aliviar o caixa das distribuidoras e dar liquidez ao setor elétrico ficou em consulta pública entre 27 de maio e 1º de junho.


Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53138287/aneel-aprova-conta-covid-com-r161-bi-para-distribuidoras

terça-feira, 23 de junho de 2020

Eólica ultrapassa pela primeira vez 10 GW de produção no NE

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou no dia 21 de junho, às 10h21, o recorde do ano de geração eólica instantânea no Nordeste, com 10.121 MW, correspondendo a um fator de capacidade de 68,1%. A energia gerada seria suficiente para abastecer, naquele momento, toda a região Nordeste (8.500 MW), com sobra de 18% dessa geração.
O recorde anterior de geração de energia eólica foi registrado há cerca de sete meses, em 12 de novembro de 2019, com 9.755 MW. Durante o último final de semana, o Nordeste foi exportador de energia, com valores superiores a 6.200 MW em alguns momentos. No momento, o ONS registra 14.975 MW de potência instalada de eólica, o que representa 9,1% da matriz elétrica.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Previsão da afluência sobe para 70% da MLT no Sul

A previsão de Energia Natural Afluente (ENA) subiu de 36% para 70% da Média de Longo Termo (MLT) no subsistema Sul, elevando a estimativa de armazenamento dos reservatórios para o final de junho a 37,7% de capacidade máxima, ante expectativa de 26,4% na semana anterior.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 19 de junho, pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) e fazem parte da programação da operação para a semana de 20 a 26 de junho.

O aumento na previsão de afluência também foi verificado no Sudeste, que passou de 74% para 76% da MLT. O mesmo não aconteceu nos subsistemas Nordeste e Norte, os quais as expectativas de chuvas caíram para 74% e 111%, respectivamente, quando o esperado estava 78% e 114% segundo relatório da semana passada.

Também chama a atenção a previsão mensal de carga, que caiu de 61.177 MW médios para 60.825 MW médios, o que significa uma variação negativa de 4,6% na comparação com junho de 2019. A retração no consumo é constada em todos os subsistemas: -5,1% (SE/CO); – 4,6% (Sul), – 3,7% (NE); e -2% (NE).

A estimativa de armazenamento máximo dos reservatórios das hidrelétricas para os demais submercados ficou assim: 53,6% (SE/CO); 85,5% (NE) e 84,7% (N). O Custo Marginal da Operação (CMO), na média semanal, ficou em R$ 116,40/MWh (SE/CO e S) e R$ 91,98/MWh (NE e N).

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53138005/previsao-da-afluencia-sobe-para-70-da-mlt-no-sul

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Diminui consumo de energia em áreas de distribuição da CEEE

Os reflexos econômicos em função da pandemia do novo coronavírus atingiram um setor importante no Rio Grande do Sul: de energia elétrica. A CEEE registrou queda no consumo de energia elétrica em abril (-13%) e maio (-7,7) deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. No total do período, a queda totalizou -10,4% ante o bimestre de abril a maio de 2019. Apesar desse cenário, em maio, o consumo residencial apresentou elevação de +2,2% ante mesmo período do ano passado.

De acordo com dados da companhia, em maio, o impacto da Covid-19 atingiu principalmente a indústria, que assinalou diminuição de -24,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O comércio também sofreu as consequências das medidas de distanciamento social e consequente redução de circulação da população, com diminuição de consumo no período de -22,4%. Em compensação, por conta da maior presença de trabalhadores em casa, muitos atuando no sistema de home office, o consumo residencial apresentou elevação de +2,2% frente a 2019.

Em maio do ano passado a CEEE registrou consumo de 229.439 MW, enquanto no mesmo período do ano passado foram 234.558 MW. A energia faturada caiu -8,1% em maio de 2020, frente igual período do ano passado, quando houve consumo de 636.105 MW. A CEEE atende 1,7 milhão de clientes em 72 municípios das regiões Sul, Centro-Sul, Campanha, e parte da Metropolitana e Litoral.

Responsável pela distribuição de 65% da energia elétrica consumida no Rio Grande do Sul e atender 2,86 milhões de clientes residenciais, industriais e comerciais em 381 municípios, a RGE - que é distribuidora da CPFL Energia - informa por meio de nota que a divulgação dos resultados referentes ao 2º trimestre 2020 (abril, maio, junho) será realizada em agosto de 2020.

Leia mais em: https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/economia/diminui-consumo-de-energia-em-%C3%A1reas-de-distribui%C3%A7%C3%A3o-da-ceee-1.437892