quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Incentivos à microgeração e minigeração fotovoltaica avançam no Brasil

O Espírito Santo formalizou no dia 19 deste mês a adesão ao Convênio ICMS nº 16/2015, que autoriza os governos estaduais a isentarem o ICMS sobre a energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis, tornando o estado capixaba mais atrativo a investimentos em sistemas de microgeração e minigeração de energia fotovoltaica. A adesão foi oficializada por meio do Convênio ICMS nº 215/2017, publicado no Diário Oficial da União.

A afirmação é do presidente executivo da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia, que aplaudiu o Governo do Estado pela medida. “A adesão do Espírito Santo é um passo fundamental que completa a participação de todos os Estados da região Sudeste ao Convênio ICMS nº 16/2015, demonstrando o interesse e o compromisso do governo capixaba em acelerar a captação e incentivar projetos de energia fotovoltaica no estado.

Trata-se de uma medida estratégica para incentivar a população e as empresas capixabas a reduzirem custos de energia elétrica pela geração de sua própria energia limpa, renovável e sem emissões de gases de efeitos estufa a partir da captação de energia via placa solar e de outras fontes de energia renovável.

Esta decisão promoverá novos investimentos privados, movimentará a economia do estado, atrairá mais empresas para construção de centrais fotovoltaicas e gerará novos empregos locais de qualidade na região”, celebra Sauaia.

Com a adesão do Espírito Santo, já são signatários do convênio 24 unidades da Federação, sendo 23 estados e o Distrito Federal. Agora, a medida já beneficia cerca de 182 milhões de brasileiros, o que corresponde a mais de 89% da população do País.

A associação articula junto aos governos estaduais a adesão dos três estados que ainda estão de fora do convênio: Amazonas, Paraná e Santa Catarina. “Ao adotarem o Convênio ICMS nº 16/2015, os estados tornam-se mais competitivos na atração de investimentos, empresas e empregos de qualidade para a sua região.

Por isso, a associação incentiva os estados restantes a não ficarem de fora desta tendência nacional e internacional em favor de um País mais renovável e sustentável”, esclarece Sauaia.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/12/incentivos-microgeracao-e-minigeracao-fotovoltaica-avancam-brasil/33512

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Incentivos à microgeração e minigeração fotovoltaica avançam no Brasil

O Espírito Santo formalizou no dia 19 deste mês a adesão ao Convênio ICMS nº 16/2015, que autoriza os governos estaduais a isentarem o ICMS sobre a energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis, tornando o estado capixaba mais atrativo a investimentos em sistemas de microgeração e minigeração de energia fotovoltaica. A adesão foi oficializada por meio do Convênio ICMS nº 215/2017, publicado no Diário Oficial da União.
A afirmação é do presidente executivo da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia, que aplaudiu o Governo do Estado pela medida. “A adesão do Espírito Santo é um passo fundamental que completa a participação de todos os Estados da região Sudeste ao Convênio ICMS nº 16/2015, demonstrando o interesse e o compromisso do governo capixaba em acelerar a captação e incentivar projetos de energia fotovoltaica no estado.
Trata-se de uma medida estratégica para incentivar a população e as empresas capixabas a reduzirem custos de energia elétrica pela geração de sua própria energia limpa, renovável e sem emissões de gases de efeitos estufa a partir da captação de energia via placa solar e de outras fontes de energia renovável.
energia solar
Esta decisão promoverá novos investimentos privados, movimentará a economia do estado, atrairá mais empresas para construção de centrais fotovoltaicas e gerará novos empregos locais de qualidade na região”, celebra Sauaia.
Com a adesão do Espírito Santo, já são signatários do convênio 24 unidades da Federação, sendo 23 estados e o Distrito Federal. Agora, a medida já beneficia cerca de 182 milhões de brasileiros, o que corresponde a mais de 89% da população do País.
A associação articula junto aos governos estaduais a adesão dos três estados que ainda estão de fora do convênio: Amazonas, Paraná e Santa Catarina. “Ao adotarem o Convênio ICMS nº 16/2015, os estados tornam-se mais competitivos na atração de investimentos, empresas e empregos de qualidade para a sua região.
Por isso, a associação incentiva os estados restantes a não ficarem de fora desta tendência nacional e internacional em favor de um País mais renovável e sustentável”, esclarece Sauaia.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/12/incentivos-microgeracao-e-minigeracao-fotovoltaica-avancam-brasil/33512

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Leilão A-2 movimenta R$ 1,29 bilhão em contratos de energia

O leilão A-2 terminou com a contratação de 7.421.112 MWh, ao preço médio de R$ 174,52, representando um deságio de 9,58% em relação ao preço inicial de R$ 193/MWh. Os contratos têm período de suprimento de 1º de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2020. O certame, que movimentou R$ 1,29 bilhão em contratos, foi operacionalizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica(CCEE) nesta sexta-feira, 22 de dezembro.
Compraram energia as distribuidoras CEA, Ceal, Cemar, Cepisa, Coelba, Eletropaulo, Energisa MS, Energisa PB, Energisa SE, Energisa Tocantis e Light. Na ponta vendedora estiveram as empresa Tradener, PRime Energy, Minerva, Matrix, Inowatt, Eletronorte, DMEE, Delta, Deal, Comer, CDSA, Capitale e Beta.
Mais cedo, terminou 17º Leilão de Energia Existe A-1, com a contratação de 5.045.760 MWh, ao preço médio de venda de R$ 177,46, o que representou um deságio de 18,22% em relação ao preço inicial de R$ 217/MWh. Segundo a CCEE, o deságio representa uma economia de R$ 199,5 milhões para os consumidores de energia do país.
Na ponta compradora estiveram CEA, Ceal, Cemar, Coelba, EDP Espírito Santo, Eletropaulo, Energisa MT, Energisa PB, RGE e Santa Maria.  Na ponta vendedora: Eletronorte, Clime Trading, Comerc, Safira, Inowaat, Leros, Argon e Stima Energia.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53046272/leilao-a-2-movimenta-r-129-bilhao-em-contratos-de-energia

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

EPE: preços nos leilões colocam Brasil no nível do valor da energia no mundo

O resultado dos leilões de energia nova A-4 (na segunda-feira, 18) e A-6 (na quarta-feira, 20) apontaram para uma expressiva queda dos preços da energia, com um deságio médio de 54,65% e de 38,70%, respectivamente, colocando o País em pé de igualdade com outros países, que vinham conseguindo contratar energia a preços melhores. É o que indicou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso. “Ficamos satisfeitos com o resultado do leilão com destaque importante para os preços, que registraram recordes, colocando o Brasil no mesmo nível de preços no mundo”, disse o executivo durante coletiva de imprensa para comentar os resultados do certame realizado na manhã desta quarta.

Nesta quarta-feira, a energia eólica para entrega em 2023 foi contratada ao valor médio de R$ 98,62 por megawatt-hora (MWh), abaixo dos R$ 118,89/MWh da energia eólica mais barata já contratada (considerando os preços atualizados pela inflação), e do preço médio de R$ 108/MWh para os projetos eólicos contratados no leilão A-3 da última segunda-feira, quando já haviam atingido o valor mínimo. Neste certame, também a energia solar atingiu o valor mais baixo negociado, de R$ 145,68/MWh na média.

Mas Barroso salientou que os preços ficaram abaixo de US$ 40/MWh, para um grande número de projetos, e que, considerando o melhor fator de capacidade que os projetos eólicos e solares no País em relação a outras localidade com níveis inferiores, o valor ficou em linha com o visto em contratações no exterior.

Para Barroso, não foi apenas a ausência de leilões nos últimos quase dois anos que levou a uma maior competição e à consequente queda dos preços, mas também a busca por novas soluções de financiamento, com um maior esforço de engenharia financeira, para além das linhas oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Percebi uma criatividade maior na estruturação financeira dos projetos, não necessariamente baseando no longo prazo do BNDES, mas tem debêntures de infraestrutura, diversificando a origem”, disse.

Ele destacou que recentemente os projetos de geração de energia passaram a obter financiamentos de agência de crédito a exportação (ECA – Export Credit Agency), e também com a participação dos próprios fornecedores, o que avaliou também como decorrência de uma melhora da credibilidade do País e particularmente do setor elétrico brasileiro no último um ano e meio.

“A diversificação é importante e útil para dar robustez ao projeto, porque a cada novo financiador é necessária uma nova diligência… quanto mais financiadores, mais o projeto está sujeito à sabatina e os que passam realmente são os que estão mais robustos em relação aos riscos envolvidos”, disse.


Ele admitiu que a busca por financiamentos alternativos ao BNDES também decorre do uso de equipamentos importados, tendo em vista que o banco de fomento tem uma política de favorecimento de equipamentos nacionais, e indicou que isso tem sido visto particularmente no segmento solar, em que a cadeia produtiva nacional ainda é pequena. “Mas não vemos equipamento nacional como sendo primordial, vemos a equação total sendo favorável para o consumidor e para o Pais de forma geral”, disse.


Leia mais em: https://www.istoedinheiro.com.br/epe-precos-nos-leiloes-colocam-brasil-no-nivel-do-valor-da-energia-no-mundo/

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Tarifa branca de energia: consumidor deve analisar seu perfil de consumo antes de aderir



A partir de 1º de janeiro de 2018, os consumidores poderão solicitar a adesão à tarifa branca de energia elétrica, que é a adoção de preço diferente para a energia de acordo com o horário de consumo. Com a tarifa branca, a energia consumida fora do horário de pico será mais barata, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entretanto, é importante que cada consumidor conheça o seu perfil de consumo na hora de optar entre a tarifa branca e a convencional.

O analista de mercado da Proteste, Rafael Bomfim, alerta que a tarifa branca pode ser muito boa ou muito ruim, dependendo do perfil de consumo. Para ele, quem optar pela tarifa branca de energia tem que ser capaz de aproveitar os horários fora de ponta. “Conheça bastante as regras e verifique a possibilidade de se adaptar aos melhores horários da tarifa”, disse. “Se é um consumidor que tem a rotina rígida, não é aconselhável”.


Com as novas regras, nos dias úteis o preço da energia poderá ser dividido em três horários: ponta, intermediário e fora de ponta. As faixas variam de acordo com a distribuidora. O horário de ponta, com a energia mais cara, terá duração de três horas, na parte da noite.

19A tarifa intermediária que valerá uma hora antes do início do horário de pico, entre as 18h e as 19h, e depois, entre as 21h e as 22h. Nos feriados nacionais e nos fins de semana, o valor é sempre fora de ponta.

Inicialmente, a medida atingirá uma pequena parcela dos consumidores brasileiros. No primeiro momento, poderão aderir à tarifa branca cerca de 4 milhões de unidades consumidoras, o que representa cerca de 5% de tais unidades.

Aderir à tarifa branca de energia será opcional e estará disponível para as novas ligações e com unidades que consomem mais de 500 quilowatts-hora (kWh) por mês. Em um prazo de 12 meses, será oferecido para unidades com média anual de consumo superior a 250 kWh por mês e, em até 24 meses, para as demais unidades consumidoras.

Atualmente, existe apenas a tarifa convencional, que tem valor único cobrado pela energia consumida e é igual em todos os dias, em todas as horas. A tarifa diferenciada não valerá para os grandes consumidores, como as indústrias, nem para quem é incluído na tarifa social de energia

Para aderir à tarifa branca, os consumidores precisam formalizar sua opção na distribuidora, e quem não optar por essa modalidade continuará sendo cobrado pelo sistema atual. “Nós alertamos para o consumidor não migrar por impulso para a tarifa branca, para não ter surpresa ruim na conta”, disse Bomfim, explicando que será possível retornar para a cobrança convencional, caso o consumidor não se adapte.

Também será preciso instalar um novo tipo de medidor de energia. A troca deverá ser feita em até 30 dias e os custos do medidor e do serviço serão de responsabilidade da distribuidora.

No site da Aneel, estão disponíveis exemplos de situações em que é mais vantajoso migrar para a tarifa branca.


Capacidade do sistema

A tarifa branca cria condições que incentivam alguns consumidores a deslocar o consumo dos períodos de ponta para aqueles em que a rede de distribuição de energia elétrica tem capacidade ociosa.

O consultor de energia do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Clauber Leite, explica que o sistema de energia é projetado para atender à máxima demanda, mas que, na maior parte do dia, fica ocioso. “A tarifa branca é uma política adequada, ela é boa porque acaba barateando e dando mais eficiência ao sistema como um todo”, disse.

Para Leite, em longo prazo, a medida pode ajudar a adiar os investimentos. “Anualmente, o número de consumidores cresce. Então, para atender à demanda está sendo prevista uma carga máxima do sistema. Se consegue deslocar esse pico, o investimento pode ser postergado e isso pode gerar benefícios na tarifa”, explicou.

O consumidor deverá fazer a adesão na concessionária de energia que atende a sua cidade. Após análise do pedido, a concessionária tem 30 dias para fazer a troca do medidor de energia, no caso de unidades consumidoras já existentes, ou os prazos e procedimentos padrão para novas solicitações de fornecimento.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/12/tarifa-branca-de-energia-consumidor-deve-analisar-seu-perfil-de-consumo-antes-de-aderir/32297

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Leilão A-4: eólica já apresenta deságio de mais de 60%

O leilão A-4 já passa de uma hora de disputa nesta segunda-feira, 18 de dezembro, e apresenta forte disputa entre as fontes por um contratos que variam de 20 a 30 anos de fornecimento. A fonte eólica já apresenta deságio de 61% frente ao preço inicial de R$ 276/MWh. A solar também apresenta forte concorrência, com deságio de R$ 55% frente ao preço inicial de R$ 329/MWh. As fontes biomassa e hídricas, estão com deságios de 30% e 29% frente aos preços de R$ 329/MWh e R$ 281/MWh, respectivamente.
A expectativa do mercado é ao menos 1 GW de capacidade seja contratado. Foram habilitados para a disputa 20,1 GW em projetos. As fontes eólica (9 GW) e solar (10,2 GW) se destacam. Além disso, há 414,5 MW de termelétricas a biomassa, 377,2 MW de PCHs e 44,1 MW de CGHs.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53045527/leilao-a-4-eolica-ja-apresenta-desagio-de-mais-de-60

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Eletrobras quer virar potência em comercialização de energia, diz CEO

Os planos do governo de privatizar a Eletrobras são uma tentativa de salvar a companhia, e não o possível fim da maior elétrica do país, que buscará retomar o protagonismo em investimentos após o processo de desestatização.

A empresa deverá ainda recuperar mercado e se tornar uma potência na comercialização de eletricidade, disse a jornalistas na terça-feira (28) o presidente da empresa, Wilson Ferreira Jr., durante evento em São Paulo.

Ele afirmou que tem trabalhado em um novo plano de negócios para a companhia após a privatização, que deverá ser efetivada no segundo semestre de 2018 por meio da uma oferta de novas ações que diluirá a participação da União na estatal para uma fatia minoritária.

O plano de negócios, que deve ser aprovado no Conselho de Administração da companhia até o final deste ano, irá prever o retorno da companhia ao novos investimentos possivelmente a partir de 2018.

Segundo Ferreira, os novos negócios deverão ser viabilizados após uma forte redução na alavancagem da companhia esperada para a partir do segundo semestre do ano que vem, quando ele espera que a empresa já terá concluído planos atualmente em andamento de vender seis distribuidoras de eletricidade do Grupo Eletrobras e uma série de participações minoritárias em usinas eólicas e linhas de transmissão.

“Nós vamos ser grandes na comercialização de energia no mercado livre, vamos continuar sendo grandes em transmissão… e na área de geração. Claramente, se você for olhar nos últimos anos, nós perdemos a relevância, fomos perdendo ‘market share’ ao longo dos últimos 10, 15 anos… a gente imagina poder resgatar o protagonismo da Eletrobras no mercado brasileiro”, declarou Ferreira.

Ele disse que a companhia é uma forte geradora de caixa e poderá inclusive, no futuro, prospectar novas oportunidades também no exterior.

Segundo o executivo, um projeto de lei do governo com a modelagem da privatização da companhia pode ser aprovado ainda neste ano na Câmara dos Deputados.

“Eu estou otimista… aí entraria para discussão no Senado no começo do ano que vem”, disse. “Está havendo um esforço (do governo) para as coisas acontecerem.”

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/11/eletrobras-quer-virar-potencia-em-comercializacao-de-energia-diz-ceo/33387

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Condomínio solar começa a dar primeiros passos no país

Um mercado para geração de energia solar em pequenas usinas compartilhadas por consumidores e empresas começa a nascer no Brasil. Ele atende quem não tem espaço ou telhado para instalar placas de energia solar em sua casa ou escritório. Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) o país conta com 41 usinas do tipo em operação, com capacidade de até 5 megawatts. 
O modelo passou a ser viável após norma da agência reguladora do setor definir, no ano passado, regras para a geração distribuída em local diferente daquele onde ela será usada. Consumidores dividem um mesmo sistema de geração de energia que pode ter até 5 megawatts de potência instalada. A energia gerada é enviada para a rede elétrica e dá direito créditos equivalentes para o consumidor abater de sua conta de luz. Os créditos só podem ser usados em regiões atendidas pela mesma distribuidora de energia do local onde está instalada a usina.
O presidente da Absolar, (associação do setor de energia solar), Rodrigo Sauaia, afirma que, além de tornar a energia solar viável para mais pessoas, o modelo permite ter acesso a ela com menos investimentos. Isso porque, enquanto uma instalação de placas solares em residência custa a partir de R$ 15 mil, a associação a um condomínio solar tende a custar menos, pois a empresa que instala o projeto compra equipamentos em escala maior, reduzindo, portanto, os custos. 
No primeiro projeto da start-up NewSun, que está desenvolvendo usina na cidade de Franca (interior de São Paulo), consumidores poderão comprar cotas da usina e receber mensalmente créditos para abater de sua conta de luz. Cada cota sairá por R$ 7.900 e dá direito a, em média, 170 kilowatts/hora mensais, explica Fernando Berteli, presidente da empresa. Segundo ele, o prazo de retorno do dinheiro investido nas cotas da usina vai de quatro a seis anos.
A usina da empresa, feita com apoio da Investe SP (agência do governo do Estado que busca atrair investimentos), ocupará área de 120 mil metros quadrados, terá capacidade instalada de 5 megawatts, suficientes para atender cerca de 4.000 casas. As obras para construção da usina devem ser concluídas em março.

DESCONTOS
A rede de farmácias Pague Menos passou a contratar energia de condomínios solares em 2016, em projeto com a Enel Soluções (braço da Enel que atua na área de geração distribuída) na cidade de Tabuleiro do Norte (CE). A unidade tem capacidade para atender 40 lojas da rede no Estado. Atualmente, fornece energia para 22 unidades, que conseguiram reduzir a conta de luz em cerca de 30%, diz Eduardo Dias, gerente-executivo da rede, responsável pelo setor financeiro. Dias afirma que a empresa tem como objetivo diminuir em 20% sua conta de luz, atualmente em cerca de R$ 70 milhões ao ano, obtendo energia de usinas do tipo em todos os Estados até 2019.
No modelo de contratação adotado por Enel Soluções e Pague Menos, os investimentos (de cerca de R$ 7 milhões) ficaram a cargo da primeira. Nesse tipo de contrato, a energia é contratada por prazo longo (de ao menos 15 anos) por preço inferior ao cobrado pela distribuidora de energia do Estado, o que oferece economia para a contratante. 

Leia mais em: http://www.abradee.com.br/imprensa/noticias/3746-condominio-solar-comeca-a-dar-primeiros-passos-no-pais-folha-de-sao-paulo

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Agricultura com painéis solares pode aumentar a produtividade em mais de 60%

Até agora, a área cultivada era designada para fotovoltaica ou fotossíntese, ou seja, para gerar eletricidade ou cultivar. Um projeto piloto agrofotovoltaico (APV) perto do Lago de Constança, no entanto, demonstrou que ambos os usos são compatíveis. O uso duplo da terra é eficiente em termos de recursos, reduz a concorrência pela terra e, adicionalmente, abre uma nova fonte de renda para os agricultores. Por um ano, o maior sistema APV na Alemanha está sendo testado na cooperativa agrícola Demeter Heggelbach.

No projeto de demonstração “Agrofotovoltaico – Uso de Terra Eficiente de Recursos” (APV-Resola) “liderado pelo Instituto Fraunhofer para Sistemas de Energia Solar ISE, os módulos solares para produção de eletricidade estão instalados diretamente acima de culturas que cobrem uma área de um terceiro hectare. Agora, a primeira colheita solar de energia e produção foi coletada em ambos os níveis.

“O resultado do projeto do primeiro ano é um sucesso completo: o sistema agrofotovoltaico mostrou ser adequado para a prática e custa tanto como um pequeno sistema de telhado solar. A produção de culturas é suficientemente alta e pode ser vendida de forma rentável no mercado “, explica Stephan Schindele, gerente de projetos de agrofotovoltaica do Fraunhofer ISE.

“A agrofotovoltaica (APV) tem potencial para abrir novos espaços que são urgentemente necessários para a expansão do PV na Alemanha. Ao mesmo tempo, a APV pode mitigar os interesses conflitantes entre a agricultura e os sistemas fotovoltaicos de espaço aberto para terras viáveis. Antes da disponibilidade do mercado, no entanto, outros setores e sistemas de tamanho diferente ainda precisam ser testados. Além disso, a integração técnica deve ser avançada, por exemplo, a implementação do armazenamento”, observa o Prof. Hans-Martin Henning, Diretor do Instituto do Fraunhofer ISE.

O trigo de inverno, as batatas, o celeríaco e o trevo foram as primeiras culturas a serem testadas. A orientação sudoeste e a distância extra entre as linhas de cinco metros de altura dos módulos fotovoltaicos de vidro vidro bifacial garantiram que as culturas estavam expostas à radiação solar uniforme.

Os resultados da primeira colheita foram, na sua maioria, promissores. “O rendimento de capim do capim do trevo na plataforma fotovoltaica foi apenas 5,3 % menos do que o plano de referência”, informa o Prof. Petera Högy, especialista em agricultura da Universidade de Hohenheim. As perdas de rendimento para batatas, trigo e celíacos são entre 18 a 19% e, portanto, um pouco maior “.

“Do ponto de vista da ciência agrícola, a agrofotovoltaica é uma solução promissora para aumentar a eficiência do uso da terra e a parcela de energia renovável fornecida pelo setor agrícola”, ressalta a Prof. Iris Lewandowski, Chefe do Departamento de Produtos Biobased e Culturas Energéticas, Universidade de Hohenheim.

Os especialistas concordam que, no entanto, é importante reunir mais experiência nos próximos anos e analisar outras culturas antes de chegar a conclusões finais.

Os módulos solares bifaciais 720 produzem eletricidade solar não apenas na parte da frente, mas também na parte de trás dos módulos fotovoltaicos com radiação solar refletida pelos arredores. Sob condições ambientais favoráveis, por exemplo, cobertura de neve, um rendimento de eletricidade adicional de vinte e cinco por cento pode ser alcançado. Do ponto de vista energético, o princípio da dupla utilização da agrofotovoltaica é muito mais eficiente do que apenas plantar culturas energéticas, contabilizando, afinal, 18 por cento do uso da terra agrícola na Alemanha.

Com uma potência instalada de 194 quilowatts, a matriz fotovoltaica pode fornecer 62 casas de quatro pessoas com eletricidade. Nos primeiros doze meses, a matriz produziu eletricidade de 1266 quilowatts-hora por quilowatt instalado, um terço do que o valor médio de 950 kWh / kW na Alemanha.

A produção de energia do campo experimental corresponde bem à carga de fazenda diária. Cerca de 40% da eletricidade produzida na fazenda foi usada diretamente para carregar os veículos elétricos e processar as colheitas colhidas.

No verão, a demanda de carga poderia ser quase completamente atendida pelo sistema fotovoltaico. Thomas Schmid e os outros agricultores de Demeter pretendem aumentar o seu autoconsumo até 70 por cento, otimizando o comportamento de consumo e instalando um sistema de armazenamento de eletricidade.

A eletricidade PV excedente é alimentada na Elektrizitätswerke Schönau, uma empresa de serviços elétricos com base em energia 100% renovável e parceira no projeto.

Uma vez que a ideia da agrofotovoltaica foi iniciada pela primeira vez pelo Prof. Adolf Goetzberger, que fundou o Fraunhofer ISE em 1981, várias grandes instalações APV foram instaladas em todo o mundo. Por outro lado, apenas algumas dessas plantas APV são designadas como sites de pesquisa.

No projeto “APV Resola”, os pesquisadores estão investigando os aspectos econômicos, técnicos, societários e ecológicos da tecnologia em uma planta piloto em condições reais pela primeira vez. O projeto de pesquisa é apoiado por fundos do Ministério Federal Alemão da Educação e Pesquisa (BMBF) e da Pesquisa para o Desenvolvimento Sustentável (FONA).

O objetivo do projeto é desenvolver a tecnologia do sistema APV em um produto pronto para o mercado. “Para fornecer a prova de conceito necessária antes da entrada no mercado, precisamos comparar outras aplicações técnico-econômicas da APV, demonstrar a transferibilidade para outras áreas regionais e também realizar sistemas maiores”, explica Stephan Schindele.

Por exemplo, diferentes aplicações possíveis devem ser exploradas em combinação com frutas, frutos do mar, lúpulo e lavouras e com as várias tecnologias, tais como armazenamento de energia, filmes especiais com células solares orgânicas e sistemas de tratamento de água solar fotovoltaica.

“Além do investimento da indústria e da política de pesquisa, as medidas políticas apropriadas que apoiam a tecnologia são de vital importância para uma entrada bem sucedida no mercado”, acrescenta Stephan Schindele. Já em 2014, Fraunhofer ISE e Wuppertal Institute.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/11/agricultura-e-paineis-solares-combinados-podem-aumentar-produtividade-em-mais-de-60/33350

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Imposto cobrado na conta de luz passa dos 40%: carga é uma das mais altas do mundo

O Brasil tem uma das cargas tributárias mais altas do mundo na conta de luz, perdendo apenas para a Dinamarca, num ranking de 28 nações.

Dados da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica – Abradee – o imposto cobrado nas tarifas passa de 40 por cento. Isso significa que a cada 100 reais pagos na conta de luz, quase 50 reais são de tributo.

A auxiliar de serviços gerais Laudicéia da Silva Soares, de 30 anos, diz que o imposto impede o consumidor de saber o quanto realmente gasta com energia

Para o presidente da Abradee, Nelson Fonseca, a solução para o problema seria uma reforma tributária.

A pesquisa foi feita com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel e levou em conta informações dos preços de energia vigentes entre o fim de 2015 e o primeiro semestre de 2016.

Leia mais em: http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2017-11/imposto-cobrado-na-conta-de-luz-passa-dos-40-carga-e-uma-das-mais-altas-do-mundo

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Geração distribuída ajuda a poupar água nas hidrelétricas

A geração distribuída de energia deu uma contribuição valiosa para evitar uma queda ainda maior do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. De acordo com cálculo da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), se não houvesse a geração de energia próxima dos centros de carga, os níveis dos reservatórios estariam 13 pontos porcentuais abaixo dos patamares atuais. Na quinta-feira da semana passada, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrava nível de armazenamento de 17,92%.
Ajuda da cana. A Cogen defende que a cogeração movida a biomassa de cana-de-açúcar poderia ajudar ainda mais a recuperar esses reservatórios, se o governo flexibilizasse o cálculo da garantia física dessas usinas, o que significa alterar o volume de eletricidade que podem vender em contratos. Pelos cálculos da entidade, o segmento poderia injetar mais 400 MW médios no ano de 2018, se o governo adotasse a medida sugerida, favorecendo usinas que potencialmente poderiam gerar mais energia do que o definido atualmente.

Leia mais em: http://www.abradee.com.br/imprensa/noticias/3729-geracao-distribuida-ajuda-a-poupar-agua-nas-hidreletricas-o-estado-de-s-paulo

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Brasil e Paraguai comemoram a marca de 2,5 bilhões de MWh produzidos por Itaipu

A Itaipu Binacional atingiu a produção acumulada de 2,5 bilhões de MWh desde que entrou em operação em maio de 1984. A marca histórica foi alcançada exatamente às 00:24 da última terça-feira, 21 de novembro. Se fosse possível armazenar toda a produção acumulada da hidrelétrica, os 2,5 bilhões de MWh seriam suficientes para abastecer o mundo inteiro por quase dois meses, disse Luiz Fernando Vianna, diretor geral brasileiro de Itaipu, em solenidade comemorativa nesta quarta-feira, 22, realizada no hall do Edifício da Produção de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR).
A cerimônia contou com as presenças de autoridades e funcionários da usina dos dois países e de ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “Itaipu propiciou para a humanidade e para clima uma energia limpa. Isso não seria possível se não tivesse um rio como rio Paraná”, disse Vianna, destacando o sucesso da parceria firmada entre Brasil e Paraguai.
“Se não tivéssemos Itaipu para gerar essa energia, nós teríamos consumido ao longo de 33,5 anos 5 bilhões de barris de petróleo, o que significa a produção mundial de petróleo de 2 meses”, disse o executivo brasileiro. “Sem o apoio dos empregados não teríamos alcançado essa marca”, acrescentou o presidente da Administración Nacional de Electricidad (ANDE) e membro do conselho de administração de Itaipu, Víctor Raúl Romero Solís.
“Cada um dos empregados de Itaipu agregou valor à empresa”, concordou o diretor-geral paraguaio de Itaipu, James Spalding.  “Atingir os 2,5 bilhões de MWh nos dá ainda mais motivos para ficarmos orgulhosos da nossa capacidade de poder atender com qualidade os nossos mercados consumidores do Brasil e do Paraguai.”
A inauguração oficial da usina de Itaipu ocorreu em 5 de novembro de 1982, quando os presidentes do Paraguai e do Brasil acionaram o mecanismo que levantou as 14 comportas do vertedouro. No dia 5 de maio de 1984, entrou em operação a primeira das 20 unidades previstas no projeto. Naquele ano, Itaipu gerou 276,5 mil MWh. As duas últimas máquinas foram inauguradas em 2006 e 2007, quando a usina passou a operar com capacidade máxima instalada: 14 mil MW.
Em 2016, Itaipu rompeu a marca inédita de 100 milhões de MWh e fechou o ano com o recorde mundial de 103 milhões de MWh, suficientes para abastecer 16% do consumo do Brasil e atender ainda 76% do consumo paraguaio.
Até 2020, a Itaipu pretende se consolidar como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53042336/brasil-e-paraguai-comemoram-a-marca-de-25-bilhoes-de-mwh-produzidos-por-itaipu

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

IRENA e ADFD anunciam financiamento para projetos de energias renováveis em países em desenvolvimento



A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), em colaboração com o Fundo de Desenvolvimento de Abu Dhabi (ADFD), busca projetos de energia renovável em países em desenvolvimento. Esta nova rodada de financiamento tem o valor total de 50 milhões de dólares que sairão do fundo de ADFD.

“Nos últimos anos, as energias renováveis ​​se tornaram uma das opções mais econômicas para a nova geração de energia em países de todo o mundo. A rápida implantação de energia renovável nos países em desenvolvimento ampliou o acesso à energia, melhora a saúde e o bem-estar, cria empregos e aumenta o crescimento econômico”, disse Adnan Z. Amin, diretor-geral da IRENA, dando Conheça o acordo entre ADFD e IRENA.

“Este novo ciclo de financiamento oferece uma maior oportunidade para os países em desenvolvimento ter acesso ao capital a um baixo custo para projetos de energia renovável, visando impulsionar a transformação de energia e alcançar o desenvolvimento sustentável. A parceria em curso entre a IRENA e a ADFD conecta uma fonte de financiamento estável e respeitável, com lugares onde pode ter maior impacto e onde o financiamento é um dos maiores desafios “, acrescentou.

Mohammed Saif Al Suwaidi, Director-Geral do ADFD, explicou que “desde o anúncio do primeiro ciclo de financiamento do Fundo de Projetos IRENA / ADFD em 2014, essa colaboração excepcional continuou a apoiar projetos de energia renovável replicáveis, escaláveis ​​e economicamente viáveis ​​em países em que desenvolvimento “.

O financiamento do ADFD, fornecido através do Fundo de Projetos IRENA / ADFD, fornece energia sustentável e acessível para milhões de pessoas com pouco ou nenhum acesso à eletricidade. Nos quatro primeiros ciclos, o Fundo destinou 189 milhões de dólares a 19 empresas de energia renovável em todo o mundo, cobrindo até 50% do custo dos projetos.

Durante o processo de concessão de empréstimos, a IRENA e o ADFD realizaram uma avaliação minuciosa das propostas em estreita colaboração, para escolher os projetos que melhor atendessem aos critérios de seleção.

As empresas que receberam financiamento nos primeiros quatro ciclos fornecerão à rede mais de 100 megawatts de capacidade de energia renovável e melhorarão os meios de subsistência de mais de um milhão de pessoas. Os projetos, abrangendo a Ásia, África, América Latina e os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, cobrem toda a gama de fontes renováveis ​​(energia eólica, solar, hidromassagem, geotérmica e biomassa) e utilizam uma ampla gama de sistemas, como híbridos, sem conexão à rede, mini rede e conexão com a rede, incluindo armazenamento de reserva.

Os projetos selecionados para este novo ciclo de financiamento serão anunciados em janeiro de 2018. O prazo para a apresentação de pedidos no sexto ciclo termina em 15 de fevereiro de 2018 às 5:00 da tarde, o GST.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/11/irena-e-adfd-anunciam-financiamento-para-projetos-de-energias-renovaveis-em-paises-em-desenvolvimento/33327

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Falta de chuva torna a energia solar um bom investimento no Brasil

A perspectiva de aumento do custo da energia elétrica com a escassez de chuvas para abastecer o reservatório das usinas hidrelétricas está levando os consumidores a gerar sua própria energia, com a instalação de microusinas no sistema de geração distribuída, que permite ao cliente jogar a energia gerada no sistema elétrico e abater essa carga do seu consumo.

Apenas em um ano, o número de conexões desse tipo mais do que dobrou no país, passando de 5.040 unidades em setembro do ano passado para 16.892 atualmente, um salto de 235%. Em capacidade de geração de energia, o avanço foi de 47,9 megawatts (MW) em setembro de 2016 para 187MW agora, um aumento de 290%.

Em Minas, líder nacional na geração distribuída, o número de microusinas saltou de 1.226 em setembro do ano passado para 3.700 agora. Juntas, essas usinas de geração distribuída tem capacidade para gerar 38,5MW. Do total de usinas no sistema de geração distribuída instaladas no estado, 3,6 mil estão não área de concessão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

“Nós mais que dobramos o número de unidades em 12 meses. E no país a projeção da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para este ano, de 102MW de capacidade instalada, já foi superada”, afirma o engenheiro de Tecnologia e Normatização da Efficientia S.A, Márcio Eli Moreira de Souza. Segundo ele, 99% das unidades são usinas solares fotovoltaicas (há ainda pequenas centrais hidrelétricas, usinas de biogás e eólicas).

Para o técnico da subsidiária da Cemig, quatro fatores estimulam os investimentos na geração solar fotovoltaica: o custo crescente da tarifa de energia, “o que leva mais gente a investir na geração própria de energia, a radiação solar no Brasil e mais especificamente em Minas, o diferimento do ICMS para sistemas de geração solar, e a Lei 20.840, de 2013, que reduz os custos de implantação da linha de transmissão para conexão da usina à rede da concessionária.

A geração distribuída prevê que as unidades consumidoras compensem a energia gerada nas microusinas. Mas, como os consumidores nem sempre têm espaço e capital para investir, empresas viram uma possibilidade de negócios.

Segundo Márcio Eli, nos últimos dois anos foram protocolados na Cemig consultas para instalação de projetos de geração distribuída que representam 240MW de energia solar. Considerando o custo hoje de R$ 4 milhões por cada MW instalado de geração fotovoltaica, esses projetos, se concretizados, vão representar investimentos de R$ 1 bilhão.

A própria Efficientia tem planos para investir cerca de R$ 240 milhões na instalação de 12 usinas fotovoltaicas, com 5MW de capacidade cada uma. A primeira delas deve ser em Janaúba, no Norte do estado.

A ideia é que elas sejam usadas por redes comerciais, como supermercados e farmácias, e indústrias, para compensar o consumo de unidades consumidoras em Minas, com o pagamento representando redução de custo em relação à tarifa do sistema elétrico nacional.

Além de garantir a geração própria para grupos e empresas, a instalação dessas usinas fotovoltaicas estão permitindo a adoção de novas formas de comercialização de energia.

A Ebes colocou em operação no mês passado a Fazenda Solar, uma usina de painéis fotovoltaicos no sistema de geração distribuída não para um grupo, mas para vários clientes. A empresa “comercializa” o direito a ter uma geração própria de energia como as operadoras de telefonia móvel, por meio de planos de assinatura.


Com 1MW instalado em uma área equivalente a dois campos de futebol em João Pinheiro, no Noroeste de Minas, a empresa já conta com 63 clientes em dois planos de assinatura, distribuídos entre o Sul de Minas, o Triângulo e a Região Metropolitana de BH.

Segundo o diretor de Novos Negócios da Ebes, Rodolfo Molinari, são dois planos, o Solar Basic e o Solar Plus, com o primeiro funcionando na compensação simples (energia gerada menos energia consumida) e o segundo oferecendo desconto de 10% na conta de energia do cliente, com exigência de fidelidade de 24 meses.

Veja também:   Programa da FIESC levará energia solar para 50 mil indústrias, ENGIE e WEG apoiam o projeto
“É uma locação de uma quantidade de energia que vai gerar créditos para descontar na conta de luz. Por exemplo, um empreendimento que consome 1 mil quilowatt/hora (kWh) e gera 900kWh vai pagar pelo 100kWh que faltou” explica.

“No nosso escritório temos sete empregados e gastamos R$ 300 por mês com energia. A partir de agora vai ter desconto de R$ 30, o que significa que a cada 12 meses vamos deixar de pagar um”, afirma Helder Sousa, diretor Comercial da TR Soluções, empresa com sede em Itajubá, no Sul de Minas, que é cliente da Fazenda Solar. Como estamos num prédio que não tem como colocar as placas fotovoltaicas no telhado, nós aderimos à oportunidade da Ebes.”

A Ebes, que investiu R$ 5,5 milhões na instalação da Fazenda Solar em João Pinheiro, está agora ampliando a unidade para 5MW. “Nós estamos trazendo equipamentos da Europa e da Ásia” afirma Rodolfo Molinari. Segundo ele, até o fim do ano que vem a fazenda deve contar com três usinas de 5MW cada uma, com investimentos de R$ 70 milhões. “Nossa expectativa é ter de 400 a 500 clientes por usina de 5MW.”

O cliente é avaliado com base no consumo dos últimos 12 meses, o que indica o percentual de energia que ele terá na sua assinatura. Tanto no plano com compensação simples quanto no que oferece desconto, o cliente pode monitorar on-line a geração em João Pinheiro e o consumo de energia na unidade alocada para compensação.

A previsão da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaíca (ABSolar) é que os investimentos este ano na instalação de usinas solares cheguem a R$ 4,5 bilhões. Os recursos incluem deste projetos de geração distribuída até a implantação da maior usinas solar fotovoltaica da América Latina em Pirapora, Minas Gerais.

A usina de Pirapora, com investimento total previsto da ordem de R$ 2 bilhões e que terá capacidade para gerar 400 MW de energia até o fim do ano que vem, começou a gerar energia na última semana com capacidade de gerar 284 MW.

O projeto de Pirapora é executado pela francesa EDF EN e faz parte das usinas que integram o Sistema Elétrico Nacional e comercializam energia no ambiente regulado. Hoje, segundo a Aneel, há 50 usinas solares em operação com a geração de 144MW.

Na outra ponta, onde estão os mais de 16 mil unidades consumidoras que geram a própria energia, o salto nos investimentos ocorreu a partir de 2012, com a Resolução 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que permitiu aos consumidores instalarem painéis fotovoltaicos nos telhados, conectar essa miniusina ao sistema elétrico e compensar essa energia na sua conta de luz. Essa regulação, no entanto, limitava a instalação ao próprio local de consumo.

De acordo com ele, a partir de então os sistemas pulverizados de pequeno porte até 5MW foram liberados para instalação em locais remotos ao local de consumo, desde que dentro da área da mesma concessionária e atendida pela mesma distribuída em cuja rede a miniusina será conectada.

Além disso, a unidade geradora tem de estar no mesmo nome da unidade consumidora. “O consumidor de energia se torna protagonista e escolhe a forma como ele quer comprar essa energia”, acrescenta Rodolfo Molinari, da Ebes, lembrando que o foco são empreendimentos comerciais.

Entre os projetos de grande porte de geração distribuída em Minas, além da Ebes e Efficientia há investimentos da Axis Renováveis, que instalou painéis em 11 lojas da Raia Drogasil, em BH e Uberlândia, no ano passado, e o projeto da Alsol, que vai fornecer unidades para a construtora MRV Engenharia, que está investindo R$ 800 milhões para instalar energia solar fotovoltaica nos seus empreendimentos residenciais. A expectativa é de que, em cinco anos, a empresa entregue 220 mil unidades com sistemas de energia solar.

Fonte: Estado de Minas/Ambiente Energia
Postado por: Raul Motta Junior

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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Aprovado edital do Leilão de Geração “A-6” pela ANEEL

A Diretoria da ANEEL aprovou (14/11), durante Reunião Pública, Edital do Leilão nº 05/2017-ANEEL — “Leilão A-6” de 2017 —, cujo objeto é a contratação de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração de energia elétrica de fontes hidrelétrica, eólica e termelétrica (a carvão, a gás natural em ciclo combinado e a biomassa), com início de suprimento de energia elétrica em 1º de janeiro de 2023.

O certame será realizado no dia 20/12/2017 na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo.

Serão negociados Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEARs) por quantidade, com prazo de suprimento de 30 anos para empreendimentos hidrelétricos; por disponibilidade, com prazo de suprimento de 20 anos para empreendimentos eólicos e por disponibilidade, com prazo de suprimento de 25 anos, diferenciados por fontes, para empreendimentos de geração a partir de termelétrica a biomassa, a carvão e a gás natural em ciclo combinado.

De acordo com a decisão da Agência, não poderão participar os empreendimentos que entrarem em operação comercial até a data de publicação do Edital. Foi definido o patamar de 30% da energia habilitada do empreendimento como o mínimo a ser destinado ao mercado regulado. Não serão habilitados tecnicamente pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE o empreendimento:

I.a partir de fonte não termelétrico com CVU superior a zero;
II.com potência instalada inferior a 5 MW;
III.a partir de fonte eólica que não atenda ao disposto no art. 5º, § 3º[1] da Portaria MME nº 102/2016;
IV.a partir de fonte termelétrica cujo CVU seja superior a R$ 280,00/MWh; e
V.a partir de fonte hidrelétrica cujos dados homologados pela Aneel para fins de cálculo da garantia física de energia estejam em desacordo com os parâmetros de projeto cadastrado na EPE.

Os preços aprovados são os seguintes:
a)Custo Marginal de Referência do LEILÃO: R$ 329,00/MWh;
b)Preço Inicial para o Produto Quantidade (empreendimento hidrelétrico Caso 2): R$ 281,00/MWh;
c) Preço Inicial para o Produto Disponibilidade Eólica: R$ 276,00/MWh;
d)Preço Inicial para o Produto Disponibilidade Termoelétrica a Biomassa e Carvão: R$ 329,00/MWh;
e)Preço Inicial para o Produto Disponibilidade Termoelétrica a Gás Natural: R$ 319,00/MWh;
f)Preço Inicial para Empreendimento Com Outorga Sem Contrato e Com Outorga Com Contrato:
- Empreendimento Hidrelétrico Caso 2 (PCH/CGH): R$ 211,81/MWh;
- Empreendimento Eólico: R$ 173,76/MWh;
- Empreendimento a Biomassa: R$ 230,66/MWh.

Serão aceitas propostas para quatro produtos distintos: um produto por quantidade e três por disponibilidade, sendo os produtos por disponibilidade divididos em um produto para fonte eólica, outro para o qual disputarão as fontes termoelétrica a biomassa e a carvão e um terceiro produto para a fonte termoelétrica a gás natural.

A sistemática dispõe que o leilão terá duas fases. Na primeira, serão licitados aproveitamentos hidrelétricos com potência instalada superior a 50 MW, mas, caso não haja oferta, será iniciada a segunda fase.

Uma inovação da sistemática diz respeito a duração do certame, tendo em vista que, após decorrido um determinado número de horas, poderá ser estabelecido um prazo para que as proponentes façam a inserção de seus lances finais.

A Empresa de Pesquisa Energética – EPE registrou o cadastramento de 1.092 projetos, totalizando 53.424 MW de potência instalada. Desse montante, 953 projetos referem-se a empreendimentos eólicos, 66 de PCHs, 4 de UHEs, 42 de Termelétricas a Biomassa, 4 de Termelétricas a Carvão e o restante (23) de termelétricas a Gás Natural.

O edital foi discutido em audiência pública no período de 6/10/17 a 5/11/17 e recebeu 158 contribuições.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/11/aprovado-edital-leilao-de-geracao-6-pela-aneel/33308

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Usina gigante de energia solar começa a operar em Pirapora



Em um terreno do tamanho de 1.500 campos de futebol, mais de um milhão de painéis solares se perdem no horizonte: Pirapora, a maior usina fotovoltaica da América Latina, pretende recuperar o atraso do Brasil na indústria solar. A implementação desse projeto, operado pela francesa EDF Energies Nouvelles (EDF EN), teve início em setembro, e a segunda de três fases começou a produzir eletricidade na semana passada.

Quando todo o conjunto estiver operativo, ao final do primeiro semestre de 2018, o complexo terá uma capacidade de 400 MW, que poderia fornecer energia para 420 mil casas durante um ano.

“É um projeto emblemático, de um tamanho excepcional, em um local que tem a vantagem de ser plano, com pouca vegetação e muito sol, perto de uma linha de alta tensão”, explica Paulo Abranches, diretor geral da EDF EN no Brasil.



O espaço, de 800 hectares, fica no meio de uma planície 350 km ao norte de Belo Horizonte, no centro de uma vegetação esparsa sob um sol abrasador. Para poder visitar a usina, deve-se colocar uma espécie de par de polainas que parecem caneleiras para evitar picadas de cobra ou aranha.

Colocados a 1,20 m do solo, os painéis estão inclinados e giram acompanhando os movimentos do sol, sob a ação de um dispositivo também alimentado pela energia solar. Ao meio-dia, ficam praticamente horizontais, com o sol a pino. Quando o céu está nublado, a produção continua, mas diminui cerca de 30%.

A EDF EN detém 80% do projeto. Os 20% restantes pertencem ao grupo canadense Solar, que fabrica localmente aproximadamente 1,2 milhão de painéis fotovoltaicos do complexo em uma fábrica no Estado de São Paulo.

Brasil está 15 anos atrasado nessa área

Pirapora. Por enquanto, só 0,2% da energia do Brasil é solar, segundo os últimos dados do Ministério de Energia, de agosto. “O Brasil está apenas começando a recuperar os 15 anos de atraso que tem nessa área”, diz Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

“Estamos vivendo um ano crucial, com a entrada em operação das primeiras grandes usinas de energia solar. A capacidade instalada, que era menor que 90 MW em janeiro, deve alcançar 1 Gigawatt até o final do ano, sem levar em conta outros 2 GW em fase de construção”, acrescenta.

A expansão é facilitada pela forte diminuição nos custos dos painéis solares, cujo preço praticamente baixou dez vezes na última década. “O fato de que se trata do primeiro projeto que utiliza módulos fotovoltaicos fabricados de forma local contribui para o desenvolvimento dessas tecnologias no Brasil”, enfatiza Sauaia.

Mas, apesar desses avanços, restam ainda muitos esforços por fazer. “A luz solar no Brasil é muito superior à de países muito mais avançados, como a Alemanha”, assegura Mauro Lerer, engenheiro da Solarize, empresa que realiza cursos de formação em energia solar e consultoria no Rio de Janeiro.

O especialista aponta uma “falta de interesse político” que continua fortalecendo o petróleo e não oferece benefícios fiscais a investimentos em energia solar. “Seria necessário reduzir impostos para estimular investimentos. Mais pessoas iriam querer entrar nesse campo, incluindo particulares, mas não há os meios”, conclui.

Fabricação local é 40% mais cara

Pirapora. Os cerca de 1,2 milhão de painéis fotovoltaicos do complexo de Pirapora são fabricados pela Canadian Solar no Estado de São Paulo. Essa fabricação local tem um custo “entre 30% e 40% mais alto” do que se os painéis tivessem sido produzidos na China, reconhece Paulo Abranches, diretor geral da EDF EN no Brasil.

Mas era condição sine qua non para que Pirapora se tornasse a primeira usina desse tipo a se beneficiar de um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O financiamento foi de R$ 529 milhões. Para Marcos Cardoso, responsável pela área de energia no BNDES, investir em energia solar “é uma prioridade máxima” para que o Brasil cumpra o Acordo de Paris.




Leia mais em: http://www.otempo.com.br/capa/economia/usina-gigante-de-energia-solar-come%C3%A7a-a-operar-em-pirapora-1.1543063

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Apesar dos pesares, energia limpa é um caminho sem volta

Motivos para otimismo faltam e muito! O planeta e sua população humana têm passado por inúmeros problemas causados ou amplificados pelas mudanças climáticas, já não bastassem os decorrentes da geopolítica suficientes para causar enormes desequilíbrios (vide os mais recentes: Yemen, Mianmar, Síria, etc, etc, etc).
Mesmo sendo difícil enxergar coisas positivas, uma que vem se destacando é o crescimento das energias limpas e renováveis no Brasil e no Mundo com grande destaque para a Geração Eólica em substituição às fontes fósseis (petróleo, carvão e gás natural).
E, isso não é conversa de ambientalista. Vamos aos fatos.
Em evento paralelo à realização da Conferência do Clima na Alemanha (COP 23), um estudo da Universidade de Tecnologia Lappeenranta (LUT), em parceria com o Grupo Energy Watch (EWG),  concluiu que uma transição global para o consumo de eletricidade 100% renovável já não é mais uma realidade de longo prazo, mas algo bem mais próximo no tempo.
Segundo esse levantamento, os investimentos que estão sendo feitos, o potencial energético e as tecnologias disponíveis serão capazes de gerar toda a energia necessária para o consumo planetário quem sabe até antes mesmo de 2050.
"Uma descarbonização total do sistema elétrico até 2050 é possível a um custo o menor do sistema do que hoje com base na tecnologia disponível. A transição energética não é mais uma questão de viabilidade técnica ou econômica, mas de vontade política ", segundo explicou Christian Breyer, principal autor do estudo, professor de Economia Solar na LUT e Presidente do Conselho Científico do EWG.
Essa transição para fontes renováveis, além de capazes de zerar as emissões de gases de efeito estufa do setor elétrico, ainda poderão criar 36 milhões de empregos até 2050, cerca de 17 milhões de empregos a mais dos que os hoje existentes.
Também não é preciso buscar na Conferência Climática os movimentos dessa profunda transformação no consumo energético. Temos aqui mesmo uma realidade cada vez mais próxima de nós brasileiros. Basta dar um pulo em alguns Estados Nordestinos para presenciar uma verdadeira revolução.
Complexo Eólico São Miguel do Gostoso
Recentemente este colunista pode conferir in loco na cidade de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, um exemplo do que vem acontecendo com cada vez maior frequência. Foi a inauguração de um parque eólico com potencial energético para produzir 108 MW. O projeto foi desenvolvido pela francesa Voltalia em parceria com a Copel, empresa de energia do Paraná. São ao todo 36 aerogeradores instalados em torres de 120 metros de altura. O investimento foi da ordem de R$ 500 milhões.
Não foi à toa que os franceses e os paranaenses decidiram instalar esse parque no Rio Grande do Norte. Os ventos ali são excelentes para a geração de energia o que faz do estado, o maior produtor de energia eólica do Brasil. Ali já são gerados 1.227 MW (megawatts) em média em 2017 o que representa um aumento de 25,6% em relação ao ano passado.
A Voltalia tem negócios em 16 países e no Brasil está presente desde 2006 com cinco complexos eólicos todos eles localizados no Nordeste.
“Dez anos atrás começamos a ver terras para montar o parque e na época pouco se falava no potencial eólico do Brasil”, contou o diretor-geral da Voltalia no Brasil, Robert Klein. E não será de estranhar se a empresa decidir por novos projetos na região já que existe o potencial e a necessidade, o que no ditado popular é traduzido como: “a fome com a vontade de comer”.
Principal fonte energética do Nordeste brasileiro
Em recente matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense, de autoria da repórter Simone Kafruni, desde abril deste ano a força eólica no Nordeste se fez presente como nunca. Segundo dados levantados pela jornalista junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a geração de energia a partir dos ventos tem sido a principal fonte de abastecimento elétrico da região quebrando recordes sucessivos.
Em outubro, ela chegou a superar sozinha todas as outras fontes somadas com 52,6% do total na região Nordeste. A evolução constante nos índices de produção somada à dramática redução nos níveis dos reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas foram as principais razões para se alcançar esse resultado.
Ainda segundo a reportagem, em uma década a geração eólica cresceu vertiginosos 1.772%, passando de 935,4MW para 12.966MW.
A paisagem do Nordeste tem se alterado com esses imensos cataventos que, no meu entender, contribuem para dar um toque especial ao já belíssimo litoral da região. De certa maneira eles também contribuem para quebrar paradigmas quanto ao que representam essas não tão novas formas de gerar energia e apontar os caminhos para um futuro que já chegou.
Ao lado da Solar, outra fonte limpa, renovável e abundante em nosso país (também em crescimento constante, mas ainda à espera de seus dias de glória), teremos um novo momento e uma nova realidade sem a necessidade de queimarmos combustíveis fósseis e destruir o meio ambiente para a construção de novas usinas hidrelétricas na Amazônia.
Pessimismos à parte é possível acreditar em caminhos mais promissores!

Leia mais em: https://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/apesar-dos-pesares-energia-limpa-e-um-caminho-sem-volta

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Brookfield faz oferta de R$ 1,4 bilhão pela Renova Energia

A Cemig informou nesta segunda-feira (13), por meio de fato relevante, que a Brookfield apresentou uma proposta vinculante de R$ 1,4 bilhão para aporte primário de capital na Renova Energia. A estatal mineira – controladora da geradora renovável – e a investidora canadense vêm negociado o controle do ativo há meses. O valor anunciado hoje representa R$ 6 por unit (agrupamento de ações ordinárias e preferenciais).
A oferta inclui earn-out de até R$ 1,00 por unit, relativo a qualquer valor recebido pela Renova em decorrência de ajuste futuro no preço de venda do Complexo Eólico Alto Sertão II, realizado à AES Tietê. Em caso do aceite da proposta, será concedido à Brookfield um período de exclusividade de 60 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, para finalização dos documentos da transação. Contudo, o negócio deverá ser apreciado e aprovado pelos órgãos de governança da companhia e de seus controladores.
A Cemig revelou ainda que recebeu propostas não vinculantes relacionadas ao processo de venda Grupo Light, que estão em análise interna para “eventual seleção para a próxima fase. Após esta eventual seleção, a conclusão do processo de desinvestimento estará ainda sujeita a uma fase de diligência e visitas técnicas (due diligence), envio de propostas vinculantes, negociações e aprovações finais para assinatura de acordos definitivos da referida operação, além das aprovações das condições precedentes usuais desse tipo de transação”.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53041272/brookfield-faz-oferta-de-r-14-bilhao-pela-renova-energia