sexta-feira, 30 de junho de 2017

Mudança feita pelo governo facilita a emissão de debêntures incentivadas das distribuidoras de energia


O governo vai facilitar o processo de emissão de debêntures incentivadas para as distribuidoras de energia. Uma portaria para disciplinar a questão será publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União. A partir de agora, todos os projetos apresentados pelas concessionárias à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no âmbito do plano de desenvolvimento de distribuição (PDD), serão elegíveis para debêntures incentivadas (títulos de crédito, com incentivo fiscal, que as empresas vendem para financiar seus projetos”.



Até então, para conseguir emitir as debêntures incentivadas, as empresas eram obrigadas a apresentar ao Ministério de Minas e Energia (MME) cada projeto separadamente, mesmo que fossem redes de postes em um mesmo bairro. De acordo com o secretário executivo do MME, Paulo Pedrosa, a mudança será positiva, pois o governo não tinha capacidade para analisar 300 projetos ao mesmo tempo. “Isso vai viabilizar investimentos em novas tecnologias, como geração distribuída e redes inteligentes”, disse.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, comemorou a decisão. Segundo ele, esse modelo, que considera o plano apresentado à Aneel, já era utilizado nos financiamentos do BNDES. "A vantagem é que isso desburocratiza e simplifica o processo de prestação de contas”, disse Leite.

Leia mais em: http://www.abradee.com.br/imprensa/noticias/3477-mudanca-feita-pelo-governo-facilita-a-emissao-de-debentures-incentivadas-das-distribuidoras-de-energia-o-estado-de-s-paulo

quinta-feira, 29 de junho de 2017

BNDES muda credenciamento de equipamentos para energia solar

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou ajustes da metodologia utilizada no credenciamento de módulos e sistemas fotovoltaicos nacionais.

"A metodologia viabiliza o apoio a projetos de geração de energia elétrica a partir da fonte solar fotovoltaica ao permitir o credenciamento dos equipamentos no sistema informatizado do banco, estabelecendo critérios específicos para o módulo e o sistema de geração solar fotovoltaica", diz a nota divulgada nesta quarta-feira, 28, pelo BNDES.

Segundo o banco, a nova metodologia simplifica as regras, eleva a participação do BNDES nos financiamentos (principalmente para as micro, pequenas e médias empresas), aumenta a flexibilidade, com redução do escopo de obrigatoriedades, e amplia os prazos de mudança dos patamares de incentivo.

"O objetivo é fortalecer o apoio do banco para ajudar a consolidar o mercado e a indústria de energia solar fotovoltaica no Brasil", diz a nota.

Leia mais em:http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2017/06/bndes-muda-credenciamento-de-equipamentos-para-energia-solar-9827497.html

quarta-feira, 28 de junho de 2017

89% da população quer gerar energia renovável em casa


 Um levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) e pelo Ibope Inteligência que indica que 89% da população tem disposição em gerar energia renovável em casa. Dentro desse público, destacam-se pessoas de 25 a 44 anos, com Ensino Médio e Superior e renda familiar acima de cinco salários-mínimos.
A “Pesquisa de Opinião Pública sobre Energia Elétrica” realizou 2002 entrevistas em âmbito nacional entre os dias 18 e 22 de maio de 2017. Para a Abraceel, a perspectiva é de que, com o avanço da tecnologia e o aumento da escala de produção, diminua o preço de equipamentos como os sistemas fotovoltaicos.
O levantamento também abordou outros temas, além da geração de energia renovável em casa. O estudo indicou que 80% dos consumidores acham o preço da energia caro ou muito caro. O trabalho aponta ainda que 64% respondeu que a principal motivação para economizar energia seria não pagar uma conta muito elevada e atrapalhar o orçamento familiar.
Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/06/89-da-populacao-quer-gerar-energia-renovavel-em-casa/31941

terça-feira, 27 de junho de 2017

Estatais de energia podem atrair R$ 30 bi


Uma nova onda de “privatização” começa a ser colocada em curso no setor elétrico brasileiro, num movimento que pode atrair quase R$ 30 bilhões, apurou o ‘Estado’. Do ano passado para cá, estatais de vários Estados iniciaram processo para vender ativos de geração, transmissão e distribuição de energia. A lista inclui Cemig, de Minas Gerais; Cesp, de São Paulo; Copel, do Paraná; CEB, do Distrito Federal; e CEEE, do Rio Grande do Sul; além da companhia federal Eletrobrás.
Na outra ponta estão investidores tradicionais do setor e estrangeiros com elevada liquidez que querem estrear ou aumentar a participação no País. Há, pelo menos, uma dúzia de multinacionais avaliando os negócios no setor, como as canadenses Hydro Quebec e os fundos CPPIB, Ontario Teachers e British Columbia; as europeias Iberdrola, Enel e Terna; e as chinesas State Grid, Huadian, China Three Gorges (CTG), State Power (SPIC), China Investment Corporation (CIC) e China Southern Grid. Entre as nacionais, a Equatorial é apontada como consolidadora.
“Há ativos muito interessantes na mesa. O investidor que comprá-los terá a vantagem de adquirir negócios maduros, com licenças ambientais aprovadas e demanda cativa”, diz Alexandre Bertoldi, sócio-gestor do Pinheiro Neto Advogados. O portfólio é diversificado, inclui pequenos e grandes empreendimentos, mais ou menos rentáveis, em várias partes do Brasil. “O setor elétrico caminha para um modelo de controle majoritário da iniciativa privada. Não há mais necessidade de o Estado ficar à frente dos investimentos, como ocorria antes com a Eletrobrás”, avalia o professor da UFRJ Nivalde Castro.

Saída
Apesar de enfrentar resistência por parte da sociedade, a venda dos ativos estatais virou a única alternativa para as empresas – ou Estados – sanearem suas contas. Nos tempos de bonança, muitas dessas companhias investiram pesado em novos empreendimentos e se endividaram. No meio do caminho, sofreram o impacto da renovação das concessões, que reduziu o fluxo de caixa de muitas delas e provocou um descompasso entre dívidas e receitas. Hoje, na maior recessão da história do País, elas fazem o movimento inverso para reduzir seu tamanho.
A Cemig, de Minas Gerais, é um exemplo dessa tendência. Investiu nos maiores projetos do setor, como as hidrelétricas Belo Monte e Santo Antônio, que agora estão à venda. Na semana passada, anunciou também a venda da Light – uma das maiores (e mais problemáticas) distribuidoras de energia do País. O portfólio de ativos à venda da empresa soma algo em torno de R$ 6,5 bilhões.

Dívida
“Além do alto (e caro) endividamento, a Cemig sofreu com o fim das concessões de quatro hidrelétricas, que estabeleceu uma nova relação entre dívidas e receitas”, diz Castro. As quatro usinas (Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande) serão leiloadas pelo governo federal até 30 de setembro – prazo estabelecido também para licitar os ativos da Cesp, de São Paulo, que é assessorada pelo banco Fator.
São três usinas com capacidade de 1,6 mil megawatts (MW) de potência, sendo a principal a Hidrelétrica Porto Primavera. O governo de São Paulo pretende levantar cerca de R$ 2 bilhões com a venda dos 40% de participação na empresa, mas o negócio pode somar R$ 4,7 bilhões, se considerada a venda dos acionistas minoritários. O entrave à privatização é que a licitação das usinas vence em breve (a de Porto Primavera em 2028). Na mesa, apurou o Estado, está a proposta de o potencial investidor levar os ativos e renegociar a renovação das concessões depois. O governo e o Fator não se pronunciaram.
Outro Estado que tenta vender seus ativos de energia é o Rio Grande do Sul, que vive uma grave crise financeira. A venda das estatais é uma condicionante para o governo conseguir entrar no Programa de Recuperação Fiscal. Mas, para privatizar a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), será preciso ter o aval da população por meio de plebiscito. Enquanto isso, o governo faz a avaliação do preço dos ativos de geração e transmissão para verificar a viabilidade de venda, afirma o secretário de energia do Estado, Artur Lemos Júnior. A empresa detém participação de 64% em 5,8 mil km de linhas de transmissão e 15 usinas. O negócio pode envolver entre R$ 1,1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, sem considerar a distribuidora de energia, cujo resultado tem sido deficitário.
Fontes do mercado afirmam que todos os ativos à venda têm aguçado o apetite dos investidores, apesar do momento turbulento que o País atravessa. “O momento certo para investir são momentos como os de hoje, em que os ativos estão baratos”, afirma o diretor-geral do escritório Alvarez & Marsal, Luis De Lucio. Atualmente, diz ele, há vendedor interessado e precisando vender os ativos e grandes investidores com liquidez querendo entrar no Brasil.

O QUE ESTÁ À VENDA 
Cemig - A estatal mineira anunciou pacote de desinvestimento que inclui as hidrelétricas Santo Antônio, Belo Monte, o braço de transmissão Taesa e a distribuidora de energia do Rio Light.
Cesp - O governo de São Paulo anunciou a venda de sua participação na estatal em leilão que deverá ocorrer até setembro. A Cesp detém a concessão das hidrelétricas Porto Primavera, Paraibuna e Jaguari.
Copel - Depois de ampliar a participação em projetos localizados em todo o País, como linhas de transmissão e parques eólicos, a nova gestão da estatal do Paraná vai fazer uma revisão do portfólio e focar em projetos na região.
CEB - A Companhia Energética de Brasília quer vender as participações nas usinas Lajeado, Corumbá III, Queimado, entre outros. Objetivo é usar recursos na CEB Distribuição.
CEEE - Governo do Rio Grande do Sul aguarda plebiscito para poder vender distribuidora; enquanto isso, avalia preços de ativos de geração e transmissão.
Eletrobrás - Estatal federal vai vender seis distribuidoras no Norte e Nordeste e participações em empresas.
União - Governo federal vai leiloar até o dia 30 de setembro as hidrelétricas Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande.
Leia mais em: http://www.abradee.com.br/imprensa/noticias/3473-estatais-de-energia-podem-atrair-r-30-bi-o-estado-de-s-paulo

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Energia Elétrica tem maior peso no IPCA-15 de junho, aponta IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA), medido entre os dias 16 de maio a 13 de junho, variou 0,16%, o segundo menor patamar da séries histórica. A alta das despesas com habitação, a maior do indicador divulgado nesta sexta-feira, 23 de junho, foi motivada pela energia elétrica, cujo resultado de 2,24% levou à contribuição de 0,08 ponto porcentual no índice, a mais elevada no ranking que é apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O instituto explica que apesar da substituição da bandeira vermelha pela verde a partir de junho houve o retorno aos valores sem os descontos que ainda haviam incidido, em parte, no índice de maio, aliado a outros movimentos em parcelas específicas. Esses descontos referem-se à devolução do Encargo de Energia de Reserva (EER) voltado a remunerar a usina de Angra 3, que havia sido cobrado, indevidamente, em 2016.
Com isso, o índice da inflação oficial do país no primeiro semestre está em 1,62%.Nesse mesmo período de 2016 estava em 4,62%. No acumulado de 12 meses o indicador está abaixo do centro da meta do governo federal com 3,52%. A inflação consolidada na região de São Paulo, cujo peso é de 31,68% para o indicador, ficou em 0,2% em junho e 3,73% nos últimos 12 meses. No Rio de Janeiro, peso de 12,46%, os mesmos indicadores ficaram em 0,17% e 4,23%. A terceira em termos de peso, Belo Horizonte (11,23%) os indicadores foram de deflação de 0,21% e de 2,85% nos 12 meses.
 
Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53022805/energia-eletrica-tem-maior-peso-no-ipca-15-de-junho-aponta-ibge

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Cadeia de energia solar tem mais de mil pequenos negócios, segundo estudo do Sebrae

O Brasil tem mais de mil pequenos e médios negócios atuando na cadeia de energia solar fotovoltaica, de acordo com um levantamento inédito lançado pelo Sebrae, durante o Encontro de Energias Renováveis, em São Paulo. A maioria dessas empresas trabalha com prestação de serviços – como o de instalação e manutenção dos módulos solares – mas há, também, startups com foco no desenvolvimento de tecnologias mais eficientes ou de novos modelos de negócios para a comercialização desse tipo de energia.

O estudo identificou as regiões Sul e Sudeste como polos de geração de energia fotovoltaica no país. Além de contarem com boa distribuição do recurso solar, esses locais trazem vantagens para os empresários, tais como incentivos fiscais, infraestrutura estabelecida e qualidade da mão de obra. “Muitos ingressam na cadeia porque a atividade se torna complementar a algum outro negócio que a empresa já vem desenvolvendo”, explicou Eduardo Tobias, diretor da Clean Energy Latin America (Cela), empresa contratada para a elaboração do estudo.

A energia fotovoltaica deve representar 32% da matriz elétrica brasileira até 2040, segundo projeções da Bloomberg. Os cálculos feitos pela Cela indicam que o setor deve movimentar uma média anual de quase R$ 15 bilhões no país até lá. Grande parte desse montante (74%) deve ser revertida para projetos de geração distribuída, que, em sua maioria, ficam nas mãos de pequenos negócios.

“Esses dados são importantíssimos para que o Sebrae e outras instituições parceiras possam estruturar a estratégia de apoio aos micro e pequenos empresários que desejam ingressar ou se fortalecer na cadeia”, disse a coordenadora do Macrossegmento Energia do Sebrae, Eliane Borges. O estudo será disponibilizado na Biblioteca Interativa do Sebrae (BIS) a partir de agosto.

O levantamento trouxe, ainda, informações sobre as 69 linhas de financiamento que podem atender ao setor solar no Brasil. Embora haja muitas opções, o setor enfrenta dificuldades com a burocracia, com a oferta de garantias e com o alto custo. “Existe uma questão relacionada ao público-alvo. Muitas linhas são pensadas para o consumidor final de energia e não para a empresa que pensa em soluções”, comentou o diretor da Cela.

Leia mais em:  https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/06/levantamento-sebrae-identifica-mais-de-mil-pequenos-negocios-na-cadeia-de-energia-solar/31975

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Energia eólica como solução para a crise hídrica no nordeste


Os números não deixam dúvida quanto à condição favorável do Brasil, com ventos fortes e contínuos, para a geração de energia eólica. No ano de 2016, por exemplo, a média da relação entre a capacidade instalada nas usinas eólicas no país e a efetiva geração de energia foi de 40,7%, enquanto a média mundial é de apenas 23,8%.

Essas usinas têm sistema muito parecido com o de um catavento gigante, que permite o aproveitamento dos ventos para gerar eletricidade. Os aerogeradores, como são chamados, têm três pás que se movimentam e propulsionam um rotor, conectado a um eixo, que move um gerador elétrico. Uma engrenagem multiplica a velocidade o suficiente para garantir energia para a geração da eletricidade, que desce da torre por cabos que vão até a rede de transmissão.


Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), essa modalidade em 2016 representou apenas 6% da matriz elétrica brasileira. No entanto, o avanço do uso da geração eólica, com um aumento de 55% de capacidade instalada em usinas espalhadas principalmente pelo litoral, mostra um mercado promissor alavancado pela crise hídrica severa na Região Nordeste.

Diretor de engenharia da empresa responsável pelo complexo eólico de Taíba, em Fortaleza (CE), Luciano Freire acredita que a geração por essa fonte renovável tende a se expandir e ocupar o espaço das usinas termelétricas nas novas demandas. Ele explica que é exatamente no período em que as hidrelétricas menos produzem energia que os ventos sopram mais forte no país. “O Brasil é privilegiado do ponto de vista energético, a nossa matriz é superlimpa, a geração hidrelétrica predomina, mas cada vez mais a gente vai perceber a inclusão da geração eólica e da geração solar. Sem falar da geração de biomassa, que nas regiões Centro-Oeste e Sudeste tem também uma importância muito grande.”

Região Nordeste
Na Região Nordeste, essa já é uma realidade. É lá que funciona o complexo Taíba, formado por três usinas que somam 27 aerogeradores. Com potência instalada de 57 megawatts (MW), o gerador foi vencedor do primeiro leilão de energia de reserva, em 2009, e hoje se soma aos 10,75 GW de potência eólica, espalhados pelo Brasil, em 430 parques. O estado do Ceará está entre os quatro maiores produtores de energia eólica do país, junto com Rio Grande do Norte, Bahia e Rio Grande do Sul. “A geração eólica tem uma importância capital hoje para o Nordeste. Ela representa cerca de 40% da necessidade de energia para a região. Em alguns períodos do ano, ela chega a suprir mais de 60% da demanda de energia daqui”, acrescenta Freire.

A empresa em que Luciano Freire trabalha tem quatro parques eólicos em funcionamento e dois em construção. Um deles funcionará de forma híbrida – geração eólica e solar fotovoltaica – devido ao regime de vento da região, que tem maior intensidade à noite. “Durante o dia você tem vale de vento, consequentemente um vale de produção de energia, que é totalmente complementar com a geração solar. Com a baixa geração eólica, se constrói nas adjacências um complexo solar que vai atuar como complemento”, explica Luciano. A estimativa, segundo ele, é de que o projeto que está em desenvolvimento em Caldeirão Grande, no Piauí, resulte em uma produção de 400 MW de geração eólica e 120 MW de geração solar.



Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/06/energia-eolica-como-solucao-para-crise-hidrica-nordeste/31938

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Investimento de R$ 150 milhões em energia solar

Até o fim do ano, Petrolina ganhará um centro de pesquisas na área de energia solar e uma usina fotovoltaica com capacidade de gerar 3 mil megawatts (MW). Com um custo total de R$ 150 milhões, a primeira etapa do projeto - orçada em R$ 54,3 milhões - será lançada hoje pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).  A iniciativa tem como objetivo aprofundar os estudos sobre o funcionamento desses tipos de usinas, que são comuns no Nordeste.

“Estamos colocando em prática um projeto que já tinha sido pensado há quatro anos. Nós já tínhamos apresentado à Aneel um projeto de pesquisa para implantar essa usina, mas em função de dificuldades no caixa não foi possível”, explicou Sinval Gama, presidente da Chesf. Devido ao desenvolvimento de novas tecnologias ao longo dos últimos anos, a usina será dividida em dois módulos: um com capacidade de 2,5 MW, que funcionará por meio de sistemas tradicionais  e deve ser inaugurado ainda no segundo semestre; e outro que deve gerar 0,5 MW, com uso de tecnologias mais recentes, com previsão de inauguração para o primeiro semestre de 2017.

Conforme salientou Sinval, a geração de energia não tem como objetivo a distribuição e venda para o mercado. “Queremos estudar o desempenho dessas usinas. Esperamos que seja um local onde possamos ter acompanhamento dessa tecnologia. Teremos laboratórios onde haverá os dados, as pesquisas, o desempenho e a avaliação bem detalhadas (do funcionamento da usina)”.

A análise será possível graças ao Centro de Referência em Energia Solar, que funcionará  ao lado da usina, por meio de três estruturas de pesquisa: a primeira, cuja ordem de serviço será assinada hoje, deve entrar em operação até o fim do ano. Tanto o centro quanto a usina estão orçados em R$ 54,3 milhões, recursos federais obtidos por meio do projeto da Chesf junto à Aneel. A segunda estrutura será dotada de tecnologia heliotérmica (que armazena a energia elétrica em forma de calor) de calha parabólica; já a terceira terá, além da tecnologia heliotérmica, uma torre central. Elas devem ser inauguradas nos próximos anos.

A Chesf vai chamar as universidades interessadas em formar o corpo técnico responsável pelas pesquisas, a exemplo da Universidade Federal de Pernambuco e da Vale do São Francisco. Os recursos para a conclusão do projeto, segundo Sinval, estão garantidos. Dos cerca de R$ 100 milhões, metade também será liberada por meio do convênio da Chesf com a Aneel, enquanto a outra metade está garantida em uma parceria do governo de Pernambuco e com o Centro de Pesquisa da Eletrobras.

Leia mais em: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2017/06/21/internas_economia,709599/investimento-de-r-150-milhoes-em-energia-solar.shtml

terça-feira, 20 de junho de 2017

Boletim do MME aponta que energia eólica deve apresentar 6,6% da matriz de oferta elétrica

A energia eólica deve representar 6,6% da matriz de oferta elétrica este ano. No ano passado, a força gerada por ventos representou 5,4% da matriz. Os dados são do Boletim Mensal de Energia, do Ministério de Minas e Energia (MME).

De acordo com o documento, a demanda total de energia pode crescer entre 1,5 e 2,5% em 2017. Além disso, a produção industrial e o uso da energia sinalizaram pequena recuperação da economia em março.

A indústria do petróleo, aço e biodiesel estão em alta. A produção de petróleo acumula alta de 14,4% até março, se comparado ao mesmo período de 2016. A produção de aço também acumula expressiva alta de 12,1%. Já a produção de biodiesel cresceu 3,5% em março.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/06/boletim-mme-aponta-que-energia-eolica-deve-apresentar-66-da-matriz-de-oferta-eletrica/31950

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Usinas híbridas renováveis poderão ser autorizadas em leilões de energia

A legislação do sistema elétrico poderá ser alterada para permitir que as chamadas usinas híbridas com fontes renováveis sejam inseridas no rol das que podem fazer parte de leilões de energia elétrica no Ambiente de Contratação Regulada (ACR). A medida está prevista em projeto de lei (PLS 107/2017) do senador Hélio José (PMDB-DF), que foi aprovado na última terça-feira (13) pela Comissão de Meio Ambiente (CMA).

Com os ajustes de redação propostos pelo relator, senador Roberto Rocha (PSB-MA), são definidos como empreendimentos híbridos aqueles que utilizam mais de um tipo de fonte de geração de energia. O texto também estabelece que empreendimentos de geração existentes com fonte renovável ficam autorizados a elevar sua garantia física com o acréscimo de capacidade de geração de energia elétrica a partir de outros tipos de fontes renováveis.

As mudanças contidas no PLS 107/2017 alteram dispositivo da Lei 10.848/2004, que trata da comercialização de energia. Dentro do ACR, operam concessionárias, permissionárias e autorizadas do serviço público de distribuição de energia. As operações de compra e venda dependem de licitação (ressalvados casos previstos em lei), conforme regras e procedimentos de comercialização específicos.

O PLS 107/2017 será votado agora pela Comissão de Infraestrutura (CI).

Convenção de Paris

Na justificação da proposta, Hélio José faz referência ao Acordo de Paris, assinado pelo Brasil em 2015 e cujo objetivo é a adoção de medidas para manter o aumento da temperatura média global a menos de 2 graus centígrados acima dos níveis anteriores à Revolução Industrial. O autor observa que, no âmbito dos compromissos assumidos pelo Brasil no setor de energia, um dos objetivos a serem alcançados é uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética nacional.

Veja também:   Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da UFPel abre seleção
Ainda de acordo com o autor, isso implica expandir o uso de fontes renováveis, além da energia hídrica, para uma participação de 28% a 33% até 2030. A ideia é ampliar a parcela de energias renováveis (além da energia hídrica) no fornecimento de energia para, ao menos, 23% até aquele ano, inclusive pelo aumento da participação de energia eólica, biomassa e solar.

Na avaliação do relator, esses índices dificilmente serão alcançados sem a participação de usinas híbridas. Por isso, ele entende ser necessário permitir que tais usinas sejam inseridas entre as que são autorizadas a fazer parte dos leiloes de energia elétrica no ambiente regulado.

Fonte: Agência Senado

Fonte: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/06/usinas-hibridas-renovaveis-poderao-ser-autorizadas-em-leiloes-de-energia/31951

quarta-feira, 14 de junho de 2017

ONS: suprimento elétrico está garantido mesmo com recuperação econômica acelerada

O abastecimento energético do país está garantido mesmo em um cenário de recuperação econômica mais acelerado, garantiu o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata.
Atualmente o órgão trabalha a carga elétrica crescendo a uma taxa média de 3,6% para o período de 2017 a 2021, considerando o crescimento médio do PIB entre 3% e 3,5% nesse horizonte. Contudo, disse Barata, mesmo que o país apresente uma taxa de crescimento do PIB de até 5%, não haveria risco de desabastecimento de energia elétrica.
“Não vemos risco de suprimento para esse período de 2017-2021, tal fato, porém, não impede de lançarmos mão da utilização de recursos energéticos mais caros”, disse o executivo se referindo a uma eventual necessidade da utilização do parque termelétrico.
O executivo participou de reunião com os agentes do setor elétrico nesta terça-feira, 13 de junho, organizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Governo admite leilão de reserva em outubro

O governo federal atualizou a perspectiva de realização do leilão de energia de reserva no segundo semestre deste ano. Antes confirmado pelo Ministério de Minas e Energia para setembro, o certame – o primeiro para contratação de novos projetos de geração desde 2015 – já tem outubro como data mais provável para acontecer, de acordo com o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Eduardo Azevedo. “Não podendo ser em setembro, o deslocamento de prazo será de algumas semanas, para outubro”, disse, após participar nesta sexta-feira, 9 de junho, da cerimônia de inauguração do complexo eólico Ventos do Araripe III, em Araripina (PE).
Segundo o secretário, o processo de cadastramento e habilitação de empreendimentos junto à Empresa de Pesquisa Energética será bastante simplificado se comparado aos outros leilões. As regras serão divulgadas em portaria do MME nos próximos dias, com os detalhamento e os prazos para os proponentes empreendedores de projetos das fontes eólica, solar e biomassa – as três únicas que participarão da licitação. Mesmo com governo trabalhando com o mês de outubro, a data é considerada muito apertada pelos agentes envolvidos no negócio, entre investidores e fornecedores de equipamentos.
Na avaliação de Mário Araripe, presidente da Casa dos Ventos, a data considerada pelo governo é de difícil operacionalização, dada às necessidades de disponibilização do edital para consulta pública e de inscrição de projetos de interesse. Ele considera o último bimestre do ano, especialmente o mês de dezembro, como um cenário mais factível para a realização do leilão. O executivo, no entanto, não acredita na possibilidade de o processo licitatório deixar de ocorrer em 2017, em razão da decisão já tomada pelo governo de fazer este ano e também pela grande expectativa do mercado quanto à retomada do ciclo de leilões.
Os planos da empresa, aliás, são ambiciosos para a negociação. “Nós certamente estaremos participando como desenvolvedores e muito provavelmente estaremos como investidores diretos. Vamos entrar nesse leilão de uma maneira muito agressiva”, garantiu o executivo. No caso do modelo de desenvolvedor, a ideia é oferecer projetos da empresa para que outros investidores façam os bids. Em caso de sucesso, esses parceiros fariam os investimentos na construção das usinas. Dos cerca de 6.000 MW viabilizados pela empresa em parques eólicos, 4.500 MW seguiram esse modelo e os 1.500 MW restantes foram tocados diretamente pela companhia.
Chapada do Araripe
A Casa dos Ventos conta atualmente com aproximadamente 15.000 MW de projetos em carteira, dos quais cerca de 3.500 MW já estão habilitados para participar do leilão de reserva deste ano – isto por terem conseguido habilitação técnica para o leilão que acabou cancelado no final do ano passado. Como a perspectiva de demanda para o certame é certamente inferior, a empresa seguirá com um portfólio vultuoso de projetos a serem viabilizados em um cenário de médio e longo prazos. Atualmente, o complexo Ventos de Araripe III, com 359 MW de capacidade instalada, é o único da empresa que segue em construção.
Situado no alto da Chapada do Araripe, na fronteira dos estados de Pernambuco e do Piauí, o conjunto de usinas é composto por um total de 14 parques eólicos, sendo nove no Piauí e cinco em Pernambuco, e por 156 aerogeradores instalados. Considerado um dos maiores empreendimentos de geração eólica de toda a América Latina, Ventos do Araripe III recebeu investimentos da ordem de R$ 1,8 bilhão, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Além do secretário de Planejamento do MME, a cerimônia de inauguração contou com as presenças dos governadores de Pernambuco, Paulo Câmara, e do Piauí, Wellington Dias.
Durante a cerimônia, o presidente da Casa dos Ventos ressaltou o enorme potencial de geração por meio dos ventos da região da Chapada do Araripe. Exemplo disso está no fator de capacidade médio da planta, acima do dobro que o apresentado pelas demais eólicas do país, de 40% em média. O executivo destacou ainda o investimento de R$ 150 milhões no sistema de escoamento da produção do complexo, que conta com uma linha de transmissão de 35 km e uma subestação em Curral Novo (PI). Apenas no Nordeste, a companhia iniciou a operação de cinco complexos eólicos, totalizando 1.100 MW e R$ 6,5 bilhões em investimentos.

Leia mais em: http://www.abradee.com.br/imprensa/noticias/3452-governo-admite-leilao-de-reserva-em-outubro-canal-energia

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Lodo é nova fonte para geração de energia por biogás

O lodo resultante do esgoto em Curitiba está prestes a ser transformado em energia elétrica, para abastecer a própria estação de tratamento de água da capital paranaense. O processo de conversão de matéria orgânica em gases que podem gerar energia é antigo, mas o aproveitamento do lodo em grande quantidade é uma novidade.

Restos de alimentos, resíduos da pecuária e da agricultura e até dejetos são matéria orgânica que podem virar biogás. O processo, conhecido como biodigestão, aproveita a ação das bactérias que se alimentam dessas substâncias em ambientes sem oxigênio e transformam tudo em gases como metano, dióxido de carbono e oxigênio. Esses gases, quando injetados em grupo geradores, servem tanto para gerar energia térmica quanto eletricidade. Em uma estação de tratamento de água, as bactérias estão presentes e produzem os gases que, muitas vezes, acabam sendo liberados e causam danos ao meio ambiente.

Por ter uma participação ainda pequena na matriz energética brasileira, o biogás – junto a outras fontes energéticas como o biodiesel – é classificado de biomassa. Segundo dados divulgados pela Empresa de Pesquisa Energética, no ano de 2015, a participação da biomassa no setor como um todo foi 8%. No entanto, o potencial dessa fonte de energia no país é bastante relevante: a Associação Brasileira de Biogás e Biometano (Abiogás) afirma que o Brasil produz 7 milhões de metros cúbicos (m³) de lodo por dia, 15 milhões de m3 de resíduos de alimentos e 56 milhões de m3 de sucroenergético por dia (produção de energia a partir de cana-de-açúcar).

Esse potencial foi identificado pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) em Curitiba, onde a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Belém recebe 840 litros de esgoto por segundo diariamente. Após o processo de tratamento, essa quantidade gera entorno de 600 metros cúbicos de lodo por dia.

Segundo o engenheiro da Sanepar Charles Carneiro, esse resíduo será depositado em biodigestores construídos próximo ao sistema de tratamento do esgoto, misturado a outros materiais orgânicos dispensados por grandes produtores de alimentos. O biogás produzido será transformado em energia elétrica por meio da usina com potência instalada de 2,8 mega-watts (MW), e o resíduo pós-digerido passará por uma secagem térmica para virar biofertilizante ou carvão. Esse material será usado no próprio processo de secagem.

O engenheiro Gustavo Possetti, da Assessoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Sanepar, explica que com a implantação da usina de biogás todo o processo passa a ser sustentável. “Além de tratar o esgoto promovendo a saúde pública e a limitação de impactos ambientais, nós tentamos gerenciar da forma mais correta possível todos os subprodutos que advêm desse processo.”

O primeiro passo para a instalação da usina foi verificar o potencial de produção e das características do biogás das estações de tratamento. “A partir desse projeto geramos as primeiras diretrizes que poderiam orientar a recuperação energética desse material, em função das escalas das estações e consequentemente em função de cada uma das propostas de utilização”, conta Possetti.


Histórico

Antes de construir a usina em Curitiba, a Sanepar fez uma primeira experiência, em 2009, na ETE Ouro Verde, em Foz do Iguaçu. De acordo com o engenheiro, lá foi possível estudar as características da produção do biogás e adquirir experiência para compreender o processo de geração distribuída de eletricidade e do sistema de compensação. Isso viabilizou a efetivação da planta de biogás ainda maior, na ETE Belém, ligada à rede de distribuição da cidade, com possibilidade de gerar créditos para desconto na conta de luz da companhia.

A previsão é que a usina de Curitiba entre em funcionamento no segundo semestre de 2017, mas a energia deve começar a ser gerada efetivamente apenas 180 dias depois da inauguração, prazo necessário para que os biodigestores gerem gases suficientes para ligar as máquinas. Em uma segunda etapa, a planta de Biogás na Sanepar terá a capacidade instalada ampliada para 5,6 MW

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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Estudo propõe melhorias para venda de energia de biomassa

Os resultados do estudo das barreiras do Marco Regulatório do setor elétrico para venda de energia de biomassa foram apresentados em palestra ministrada no dia 24 de maio, na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em São Paulo. O trabalho levantou os entraves existentes no Marco Regulatório do setor elétrico que dificultam a participação mais expressiva da energia de biomassa de cana-de-açúcar e ainda propôs alternativas, que serão apresentadas ao governo para superar essas barreiras. A palestra teve a participação de representantes do setor sucroenergético de grupos como Raízen, São Martinho, Cocal, e suscitou um debate relevante acerca das barreiras regulatórias do setor elétrico para a venda de energia de biomassa.

O objetivo foi levar os resultados aos representantes do setor sucroenergético e propor uma discussão em cima das barreiras identificadas e das sugestões de melhorias propostas.

Foram identificadas no estudo 13 barreiras principais à expansão da bioeletricidade de cana-de-açúcar, dentre elas: a dificuldade do setor sucroenergético adquirir financiamentos em bancos para projetos; a instabilidade do preço-teto nos leilões; falta de sinal de planejamento de longo prazo para a biomassa; a imprevisibilidade no preço de venda no Mercado de Curto Prazo (MCP); curtos prazos de contratos no Ambiente de Contratação Livre; a precificação inadequada quanto a distância dos centros de consumo, ao benefício da sazonalidade, a baixa emissão de gases do efeito estufa e quanto ao fator social de geração de empregos.

Diversas propostas foram elaboradas afim de potencializar as chances de sucesso junto ao governo. Uma das propostas sugere que as usinas de cana-de-açúcar que possuem excedente de exportação acima de 30MW passem a ser tratadas de forma individualizada no “novo Newave” (expressão referente ao programa utilizado nas atividades de planejamento do sistema elétrico brasileiro). Assim como, mesmo as usinas que exportem valor inferior ao piso, que a fonte biomassa deixe de ser tratada no conjunto “geração de pequenas usinas”, e passem a ser representadas com destaque. Essa individualização permitirá a operacionalização da proposta de despacho antecipado da geração de energia elétrica a partir da palha.

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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Crise hídrica no Nordeste impulsiona mercado da energia eólica

Os números não deixam dúvida quanto à condição favorável do Brasil, com ventos fortes e contínuos, para a geração de energia eólica. No ano de 2016, por exemplo, a média da relação entre a capacidade instalada nas usinas eólicas no país e a efetiva geração de energia foi de 40,7%, enquanto a média mundial é de apenas 23,8%.
Essas usinas têm sistema muito parecido com o de um catavento gigante, que permite o aproveitamento dos ventos para gerar eletricidade. Os aerogeradores, como são chamados, têm três pás que se movimentam e propulsionam um rotor, conectado a um eixo, que move um gerador elétrico. Uma engrenagem multiplica a velocidade o suficiente para garantir energia para a geração da eletricidade, que desce da torre por cabos que vão até a rede de transmissão.
Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), essa modalidade em 2016 representou apenas 6% da matriz elétrica brasileira. No entanto, o avanço do uso da geração eólica, com um aumento de 55% de capacidade instalada em usinas espalhadas principalmente pelo litoral, mostra um mercado promissor alavancado pela crise hídrica severa na Região Nordeste.
Diretor de engenharia da empresa responsável pelo complexo eólico de Taíba, em Fortaleza (CE), Luciano Freire acredita que a geração por essa fonte renovável tende a se expandir e ocupar o espaço das usinas termelétricas nas novas demandas. Ele explica que é exatamente no período em que as hidrelétricas menos produzem energia que os ventos sopram mais forte no país. “O Brasil é privilegiado do ponto de vista energético, a nossa matriz é superlimpa, a geração hidrelétrica predomina, mas cada vez mais a gente vai perceber a inclusão da geração eólica e da geração solar. Sem falar da geração de biomassa, que nas regiões Centro-Oeste e Sudeste tem também uma importância muito grande.”
Na Região Nordeste, essa já é uma realidade. É lá que funciona o complexo Taíba, formado por três usinas que somam 27 aerogeradores. Com potência instalada de 57 megawatts (MW), o gerador foi vencedor do primeiro leilão de energia de reserva, em 2009, e hoje se soma aos 10,75 GW de potência eólica, espalhados pelo Brasil, em 430 parques. O estado do Ceará está entre os quatro maiores produtores de energia eólica do país, junto com Rio Grande do Norte, Bahia e Rio Grande do Sul. “A geração eólica tem uma importância capital hoje para o Nordeste. Ela representa cerca de 40% da necessidade de energia para a região. Em alguns períodos do ano, ela chega a suprir mais de 60% da demanda de energia daqui”, acrescenta Freire.
A empresa em que Luciano Freire trabalha tem quatro parques eólicos em funcionamento e dois em construção. Um deles funcionará de forma híbrida – geração eólica e solar fotovoltaica – devido ao regime de vento da região, que tem maior intensidade à noite. “Durante o dia você tem vale de vento, consequentemente um vale de produção de energia, que é totalmente complementar com a geração solar. Com a baixa geração eólica, se constrói nas adjacências um complexo solar que vai atuar como complemento”, explica Luciano. A estimativa, segundo ele, é de que o projeto que está em desenvolvimento em Caldeirão Grande, no Piauí, resulte em uma produção de 400 MW de geração eólica e 120 MW de geração solar.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Potencial para gerar energia solar ainda é pouco explorado no Brasil

A energia solar de geração fotovoltaica é a menos consumida entre as formas renováveis que compõem a matriz elétrica do Brasil. Apenas 0,01% do que foi gerado no país em 2015 resultou dessa tecnologia, que usa painéis de silício para coletar raios de luz solar. Essa modalidade é, no entanto, a fonte preferida de quem escolhe gerar eletricidade para consumo próprio.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), das mais de 10 mil unidades de geração distribuída – modalidade na qual o próprio consumidor gera e injeta eletricidade na rede da cidade – 9,9 mil são usinas fotovoltaicas.
Como funciona
A energia solar é gerada pela luz do sol, que incide diretamente ou por meio de reflexo em painéis de materiais semicondutores (silício). Esses últimos contêm células menores, que ficam dispostas em duas camadas, uma positiva e outra negativa. Quando a energia do sol chega, o material semicondutor faz com que os elétrons se movimentem entre as duas camadas e gerem uma corrente elétrica contínua.
Como as pessoas consomem eletricidade por meio de uma corrente alternada, é necessário o uso de um inversor para transformar a corrente contínua.

Leia mais em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2017-06/energia-solar-e-preferida-entre-consumidores-que-geram-propria

terça-feira, 6 de junho de 2017

Maior usina solar do país começa a operar no interior da Bahia



Começou a operar nesta segunda-feira a maior instalação de energia solar do Brasil. O parque solar Lapa, em Bom Jesus da Lapa, no nordeste da Bahia, é capaz de atender às necessidades de consumo de energia de 166 mil famílias por ano. A Enel Green Power no Brasil estima em R$ 630 milhões os investimentos na usina.

O parque solar da Lapa é dividido em duas plantas: Bom Jesus da Lapa, que produz 80 megawatts, e a Lapa com produção de 78 M. Construído pela Enel Green Power, o parque solar estava em processo de planejamento e construção desde agosto de 2015. A fonte de energia renovável vai evitar a emissão de cerca de 198 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera.

— Este projeto fornecerá um poder muito necessário para o Nordeste sedento de energia do Brasil e que atualmente enfrenta uma grave seca — afrimou presidente da Enel no Brasil, Carlo Zorzoli.


O BNDES aprovou, em maio deste ano, o primeiro financiamento a um projeto de geração de energia solar. São R$ 529 milhões para um complexo que vai reunir cinco usinas, com capacidade instalada total de 150 megawatts (MW), em Minas Gerais. O empreendimento é da EDF Energies Nouvelles, filial do grupo estatal francês Électricité de France S.A. (EDF) e da Canadian Solar (CSI), fabricante de módulos solares instalada no Brasil e que fornecerá equipamentos ao projeto.

O empreendimento, batizado de Complexo Solar de Pirapora, ampliará a oferta de energia elétrica por meio de uma fonte renovável, permitindo atender a demanda equivalente a 189.842 residências. A construção das instalações vai gerar 1.381 empregos diretos e indiretos.

Segundo o BNDES, o crédito será integralmente referenciado em TJLP (Taxa de Juro de Longo Prazo), hoje em 7% ao ano. “Considerando o montante previsto de emissão de debêntures (títulos da dívida) incentivadas de infraestrutura, no valor de até R$ 220 milhões, a alavancagem total do projeto alcançará 79,6% do total dos investimentos previstos”, disse o banco em nota.

Leia mais: https://oglobo.globo.com/economia/maior-usina-solar-do-pais-comeca-operar-no-interior-da-bahia-21438391#ixzz4jEE3rWbd
 

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Aneel revisará metodologia das bandeiras tarifárias em 2018



A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá revisar no ano que vem a metodologia que define o acionamento das bandeiras tarifárias, para evitar mudanças bruscas de um mês para o outro. Segundo o diretor-geral da Aneel Romeu Rufino, a agência tem preocupação de não causar confusão na cabeça do consumidor.

“É uma questão que nos causa um pouco de incômodo a bandeira ter esse grau de oscilação, de volatilidade que está tendo. A bandeira é um instrumento relativamente novo, a cada ano a gente revisita a metodologia e já está no nosso radar, olhando para a frente, para o ano que vem, reavaliar essa metodologia que define o valor da bandeira”, disse.

Na semana passada, a Aneel definiu que a bandeira tarifária para o mês de junho será verde, sem cobrança extra para os consumidores. Desde abril, a bandeira acionada era a vermelha patamar 1, o que representa um acréscimo de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Rufino explicou que o sistema atual que define qual bandeira deve ser acionada em cada mês é muito sensível ao volume de chuvas registrados em algumas regiões nas semanas anteriores à definição da bandeira, sem levar em conta o nível de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas. A cor da bandeira (verde, amarela ou vermelha) depende do custo de operação das termelétricas que são acionadas para garantir o suprimento de energia.

O diretor não quis fazer novas previsões para as bandeiras neste ano. “Não temos um convênio muito fiel com São Pedro, às vezes ele nos surpreende. Nesse caso, positivamente”, disse. Recentemente, Rufino havia previsto que a bandeira vermelha continuaria acionada até o fim do ano.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/06/aneel-devera-revisar-metodologia-das-bandeiras-tarifarias-em-2018/31851

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Energia solar é área promissora para futuros empreendedores

O setor de energia fotovoltaica está em plena evolução no país e as franquias despontam nessa área. O caminho foi aberto em 2012, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou a resolução 482 favorecendo a instalação de equipamentos de geração distribuída de pequeno porte em residências, estabelecimentos comerciais ou indústrias.
A medida criou o Sistema de Compensação de Energia, que permite que pessoas e empresas instalem geradores em suas unidades consumidoras e injetem energia na rede em troca de créditos. Essa regulamentação é válida para as fontes energéticas incentivadas: solar, biomassa, eólica e hídrica. No ano passado, a resolução foi aprimorada.
O processo de registro dos sistemas solares junto às concessionárias de energia, que demorava mais de três meses, caiu para 34 dias. O período para utilização dos créditos de energia para compensação aumentou de 36 para 60 meses. A Aneel também ampliou a possibilidade de geração compartilhada, permitindo a transferência créditos de energia para outras unidades consumidoras, mesmo que tenham CPF e CNPJ diferentes, bastando comprovação do vínculo entre os integrantes.
De acordo com a Aneel, o país acumula mais de nove mil instalações de geração distribuída de pequeno porte, sendo mais de 90% projetos fotovoltaicos, seguidos pelos eólicos. Para se ter uma ideia do avanço, em 2012, eram apenas quatro projetos. Segundo projeção do órgão regulador, até 2024, mais de 1,2 milhão de unidades consumidoras deverão estar produzindo a sua própria energia, totalizando 4,5 gigawatts (GW) de potência instalada.
Contudo, o desempenho até hoje poderia ter sido melhor, se não fossem os efeitos da crise política e econômica em 2015 e 2016, como a diminuição da capacidade de investimento de potenciais clientes e a retração da oferta de crédito de longo prazo pelas instituições financeiras. "Já há mais recursos disponíveis para pequenos empresários instalarem sistemas de energia solar e 2017 será um ano mais forte para o setor", destaca Hewerton Martins, CEO e um dos fundadores da Solar Energy.
A empresa, que iniciou as operações em 2011, em Curitiba, no Paraná, foi responsável por mais de 600 sistemas de energia solar instalados. No ano passado, teve faturamento de R$ 7 milhões, semelhante ao de 2015.
Para ganhar capilaridade, a Solar Energy colocou em prática seu plano de franchising em 2015. Já são seis franquias - Curitiba (PR), Videira (SC), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Cuiabá (MT) e Aracaju (SE). Até o final deste ano a meta é chegar a dez unidades. O investimento inicial médio é de R$ 500 mil, incluindo uma van padronizada, ferramentas, cursos de segurança e uniformes.
Outra é a Blue Sol, que começou as atividades em 2009, em Ribeirão Preto (SP). Inicialmente, a empresa fazia a importação, distribuição e revenda de equipamentos para sistemas fotovoltaicos. Em 2011, passou a oferecer também cursos para capacitação de mão de obra e atuar no desenvolvimento de projetos e instalações de sistemas de energia solar.
No ano passado, a Blue Sol decidiu apostar na expansão por franquias. Até o momento, sete unidades foram comercializadas, sendo que duas já estão funcionando, uma em São José do Rio Preto (SP) e outra no Rio de Janeiro (RJ). Até o final de 2017, a intenção é chegar a um total de 25 unidades. "Queremos crescer de forma padronizada", explica José Renato Colaferro, sócio-diretor da Blue Sol.
O investimento inicial na franquia varia de R$ 280 mil a R$ 380 mil, já com o veículo e todo o ferramental. De acordo com ele, a seleção dos futuros franqueados é criteriosa. "Buscamos empreendedores que tenham conhecimento técnico e de gestão, mas que também estejam dispostos a trabalhar na mudança de cultura da população", afirma Colaferro. Ao longo de sua trajetória, a Blue Sol já instalou 670 sistemas de energia solar no país. No ano passado, a empresa faturou R$ 18 milhões, o dobro do registrado no ano anterior.

Leia mais em: http://www.valor.com.br/empresas/4986516/energia-solar-e-area-promissora-para-futuros-empreendedores

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Evolução das Políticas de Apoio Solar Fotovoltaico no Brasil e em Portugal: análise comparativa

Aumentar a quota de energias renováveis no consumo de eletricidade é o centro das políticas energéticas e climáticas. Esta motivação resultou em abordagens diferentes entre as economias industrializadas e em desenvolvimento para apoiar a difusão de tecnologias de energia renovável.
Através desta pesquisa, o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) desenvolveu  uma análise comparativa entre Brasil e Portugal, com foco em esquemas de apoio à geração de energia solar fotovoltaica, para os quais ambos os países apresentam potencial significativo. A análise fornece um mapeamento detalhado das trajetórias das políticas de apoio, apresentando suas principais características, modelos de incentivo e resultados resultantes.
Os resultados obtidos são relevantes para as políticas, permitindo um entendimento mais detalhado sobre as possibilidades de projeto de esquemas de apoio, adaptação e os possíveis resultados a serem obtidos com a implementação de diferentes esquemas.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/wp-content/uploads/2017/05/Evolution-of-Solar-Photovoltaic-Support-Policies-in-Brazil-and-Portugal-a-review.pdf