sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Para Firjan, venda de usinas em leilão é um termômetro do retorno de investidores

O sucesso do leilão de venda das usinas hidrelétricas que pertenceram à Cemig tem importância muito maior que a arrecadação para o caixa do governo, na opinião da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Em nota divulgada nesta quinta-feira, 28 de setembro, a entidade afirma que  o resultado do certame é também “um excelente termômetro da volta de investidores ao mercado brasileiro, depois de dois anos da pior recessão da história do país”.
Segundo a Firjan, “a sinalização é ainda mais positiva considerando a decisão do governo, anunciada recentemente, de privatizar a Eletrobras”. As usinas de Jaguara, Miranda, São Simão e Volta Grande foram vendidas por R$ 12,1 bilhões, com ágio de R$ 9,7% em relação ao valor mínimo de R$ 11 bilhões estabelecido para as outorgas dos empreendimentos.
Para a federação que representa a indústria fluminense, há uma perspectiva de redução de tarifas com a diminuição da presença do Estado no setor e os ganhos de eficiência proporcionados pela gestão privada desses ativos. Existe, além disso, um estímulo à retomada de investimentos em outros setores.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53036067/para-firjan-venda-de-usinas-em-leilao-e-um-termometro-do-retorno-de-investidores

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Leilão de usinas hidrelétricas movimenta R$ 12,1 bilhões, com ágio de 9,73%

O leilão de hidrelétricas da Cemig movimentou R$ 12,13 bilhões, com um ágio de 9,73% sobre o valor mínimo estipulado pelo governo pelas outorgas, de R$ 11,05 bilhões. O certame foi realizado sob protesto de sindicalistas nesta quarta-feira, 27 de setembro, na B3, bolsa de valores de São Paulo.
A chinesa State Power Investment Corp (Spic) arrematou  a concessão da hidrelétrica de São Simão (GO – 1.700 MW), com um lance de R$ 7,180 bilhões, equivalente a um ágio de 6,51% em relação ao valor mínimo de bonificação exigido pelo governo, que era de R$ 6,7 bilhões. Não houve disputa pelo projeto.
O consórcio Engie Brasil Minas Geração arrematou  a concessão da hidrelétrica de Jaguara (MG/SP-424MW), com lance de R$ 2,17 bilhões – ágio de 13,59% em relação ao valor mínimo de bonificação exigido pelo governo de R$ 1,9 bilhão. A italiana Enel chegou a apresentar oferta de R$ 1,91 bilhão, ágio de 0,34%, mas perdeu a disputa.
A Engie também levou a concessão de Miranda (MG – 408 MW) com lance de R$ 1,36 bilhão, ágio de 22,42% em relação ao valor mínimo de bonificação exigido pelo governo de R$ 1,1 bilhão. A Enel chegou a disputar o ativo, com lance de R$ 1,27 bilhão (+15,15%), porém perdeu a disputa.
A italiana Enel levou  a concessão da hidrelétrica de Volta Grande (SP-380MW), com lance de R$ 1,41 bilhão, ágio de 9,84% em relação ao valor mínimo de bonificação exigido pelo governo de R$ 1,2 bilhão. Não houve disputa pelo ativo.
Os vencedores poderão explorar o empreendimento comercialmente pelos próximos 30 anos.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53035854/leilao-de-usinas-hidreletricas-movimenta-r-121-bilhoes-com-agio-de-973

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Produção de eletricidade por biomassa aumentará com inauguração de subestação da CPFL

Foi inaugurada no dia 14 de setembro, a subestação (SE) Morro Agudo, no município de mesmo nome na região nordeste do Estado. O empreendimento faz parte do programa da Secretaria de Energia e Mineração chamado “São Paulo na Rede Elétrica”, que beneficiará a exportação de energia elétrica das usinas sucroenergética a biomassa das regiões de Ribeirão Preto, Franca e Barretos.

A Secretaria de Energia e Mineração de São Paulo mapeou as 201 usinas existentes no Estado e identificou a sua produção, consumo e exportação de energia excedente para a rede elétrica. Entre as 201 usinas, 33 delas já produzem energia estando localizadas a uma distância de 100 quilômetros do município de Morro Agudo.

Ao todo, as 33 usinas têm potência instalada de 1.727 megavolt ampere (MVA), potência exportada de 765 megawatts (MW) e consumo próprio de 735 MW. Considerando o excedente de energia que essas 33 usinas conseguem produzir na região de Morro Agudo, existe a possibilidade de aumentar o fornecimento para a rede em 227 MW, o que significa o consumo anual de uma cidade como Ribeirão Preto, que possuiu 600 mil habitantes.

As usinas estão localizadas em 20 municípios: Ariranha, Batatais, Buritizal, Colina, Colômbia, Guaíra, Guariba, Igarapava, Jaboticabal, Jardinópolis, Morro Agudo, Patrocínio Paulista, Pitangueiras, Pontal, Pradópolis, São Joaquim da Barra, Serrana, Sertãozinho, Severínia e Vista Alegre do Alto.

A nova subestação atende não apenas as usinas, mas também as áreas industriais e residenciais da região, beneficiando cerca de 700 mil habitantes.

“A conclusão das obras da Subestação Morro Agudo faz parte da estratégia de expansão do Grupo CPFL que chamamos de ‘transmissão de nicho’, que são aqueles ativos que possuem sinergias operacionais com as nossas distribuidoras e com as nossas usinas eólicas”, explica o presidente da CPFL Energia, Andre Dorf.

A SE Morro Agudo pode ser operada à distância pelo Centro de Operação da CPFL Energia, em Campinas, graças a uma moderna tecnologia que possibilita sua operação totalmente automatizada.

A Secretaria de Energia e Mineração acompanha os estudos do governo federal para identificar áreas críticas no Estado de São Paulo e definir reforços e ampliações no sistema.

Como resultado dessas ações, desde 2010, foram implantados 18 empreendimentos de transmissão no estado, sendo 15 subestações e três linhas de transmissão, que representaram cerca de R$ 2 bilhões em investimentos.

Veja também:   Folhas caídas viram supercapacitores para armazenamento de energia
Novos reforços estão previstos para os próximos anos destacando-se a implantação de novos empreendimentos de transmissão para viabilizar a entrada no Estado da energia gerada nas usinas do rio Madeira (Santo Antônio e Jirau) e da usina de Belo Monte.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/09/producao-de-eletricidade-por-biomassa-aumentara-com-inauguracao-de-subestacao-da-cpfl/32685

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Geração de energia eólica cresce 25% no Brasil em 2017

O setor de energia eólica está em pleno vapor. Em tempos de águas magras nos reservatórios da região Nordeste, a fonte tem sido uma aliada para suprir a demanda.
No dia 10 deste mês, a geração bateu recorde e abasteceu 71% da região, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Era um domingo, dia de baixa demanda de energia elétrica. Poucos dias depois, na quinta-feira da semana passada (14), um dia de alto consumo, mais uma superação: as eólicas abasteceram 64% da demanda média do Nordeste.
“Estamos agora em plena ‘safra’ do vento, nosso período do ano de melhores resultados, e recebemos quase que diariamente informações de recordes de geração do ONS “, diz em nota Elbia Gannoum, presidente executiva da  Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). 
O primeiro semestre de 2017 é prova disso. A produção de energia eólica em operação comercial no Sistema Interligado Nacional (SIN), entre janeiro e julho, foi 25,3% superior à geração no mesmo período do ano passado, segundo dados consolados do boletim mensal dvulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Ao todo, 446 usinas eólicas estão em operação comercial no país, somando 11,3 GW de capacidade instalada, incremento de 19,7% frente à capacidade das 371 unidades geradoras existentes em julho de 2016, segundo os dados da CCEE.
Se consideradas as unsinas em fase de teste, o país já possui 12,18 GW de capacidade instalada e 486 parques eólicos.
As usinas eólicas em operação produziram um total de 3.794 MW médios frente aos 3.029 MW médios gerados no mesmo período de 2016.

Leia mais em: https://exame.abril.com.br/economia/geracao-de-energia-eolica-cresce-25-no-brasil-em-2017/

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Governo avalia se irá ou não adotar horário de verão neste ano

O governo está avaliando a conveniência ou não de adotar o horário de verão neste ano, de acordo com informação da Casa Civil da Presidência da República. Desde 2008, um decreto presidencial estabelece as datas para o início e término do programa de economia de energia. A última edição foi de 16 de outubro de 2016 a 19 de fevereiro de 2017. No período, a economia foi de R$ 159,5 milhões, decorrentes da redução do uso de usinas termelétricas para complementar a geração de energia. O valor ficou abaixo do verificado na edição anterior (2015/2016), quando foram poupados R$ 162 milhões.
A economia reflete o maior uso de iluminação natural neste período, quando os relógios são adiantados em uma hora nos Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. A alteração não vigora nos Estados do Norte e Nordeste. O horário de verão vem perdendo importância. Nos últimos anos, o horário de pico no consumo de energia se deslocou do início da noite para o início da tarde, principalmente no verão, quando um maior número de aparelhos de ar condicionado estão em operação. O programa foi instituído pela primeira vez no Brasil no verão de 1931/1932 e vem sendo adotado continuadamente desde 1985.

Leia mais em: http://www.abradee.com.br/imprensa/noticias/3629-governo-avalia-se-ira-ou-nao-adotar-horario-de-verao-neste-ano-folhapress

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Biomassa chega a 64% de toda a cogeração existente no país com 11,19 mil MW



O Brasil atingiu 17,4 mil MW de capacidade instalada de cogeração em operação comercial em julho desse ano, um crescimento de 9,4% em relação ao número registrado em julho do ano anterior (15,9 mil MW). Os dados são da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), por meio do seu índice DataCogen. Esse volume é cerca de 4% maior do que o representado em janeiro desse ano.

“Os dados da DataCogen refletem o avanço de cogeração no Brasil, que poder ser potencializados por políticas públicas, como o RenovaBio, e o incentivo à Geração Distribuída. O setor está com bons índices de crescimento e apresenta excelentes perspectivas de expansão e robustez para os próximos anos”, afirma Newton Duarte, presidente executivo da Cogen.

Segundo o levantamento da entidade, a cogeração a partir da biomassa de cana representou 64% de toda a cogeração existente no país com 11,19 mil MW, apresentando maior concentração nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás.

A cogeração com gás natural atingiu 2,7 mil MW de capacidade instalada no Brasil, o que representa 15,7% do total de julho desse ano.

Além dessas matrizes, licor negro representou 14,3% do total do mês.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/09/biomassa-chega-64-de-toda-cogeracao-existente-pais-com-1119-mil-mw/32648

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Governo avalia se irá ou não adotar horário de verão neste ano

 O governo está avaliando a conveniência ou não de adotar o horário de verão neste ano, de acordo com informação da Casa Civil da Presidência da República. Desde 2008, um decreto presidencial estabelece as datas para o início e término do programa de economia de energia. A última edição foi de 16 de outubro de 2016 a 19 de fevereiro de 2017. No período, a economia foi de R$ 159,5 milhões, decorrentes da redução do uso de usinas termelétricas para complementar a geração de energia. O valor ficou abaixo do verificado na edição anterior (2015/2016), quando foram poupados R$ 162 milhões.
A economia reflete o maior uso de iluminação natural neste período, quando os relógios são adiantados em uma hora nos Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. A alteração não vigora nos Estados do Norte e Nordeste. O horário de verão vem perdendo importância. Nos últimos anos, o horário de pico no consumo de energia se deslocou do início da noite para o início da tarde, principalmente no verão, quando um maior número de aparelhos de ar condicionado estão em operação. O programa foi instituído pela primeira vez no Brasil no verão de 1931/1932 e vem sendo adotado continuadamente desde 1985.

Leia mais em: http://www.abradee.com.br/imprensa/noticias/3629-governo-avalia-se-ira-ou-nao-adotar-horario-de-verao-neste-ano-folhapress

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Seca eleva preço da energia e governo propõe campanha para uso racional

A seca prolongada vai ter impactos no custo da energia e o governo decidiu propor o lançamento de uma campanha para que a população reduza o consumo de eletricidade para segurar os preços.

A proposta foi feita em reunião extraordinária do Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), convocada para esta terça (19) para avaliar a situação do abastecimento com a estiagem prolongada.

Na segunda (18), os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste do país estavam a 28% de sua capacidade, próximo aos 25% registrados em setembro de 2014, quando o país enfrentou sua pior crise hídrica após o racionamento de 2001.

O CMSE descartou, por enquanto, o uso de térmicas mais caras para poupar água nos reservatórios, mas a expectativa é que a bandeira vermelha na conta de luz seja acionada em outubro.

Este mês, está em vigor a bandeira amarela, que acrescenta R$ 0,02 por quilowatt-hora (kWh) consumida. Na bandeira vermelha patamar 1, são R$ 0,03 por kWh. O governo tenta evitar que chegue ao patamar 2, que custa R$ 0,035 por kWh.

"Tendo em vista o aumento de preço da energia elétrica frente à escassez hídrica, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) apresentará, na próxima reunião do CMSE, proposta para viabilização de campanha de conscientização do uso da energia elétrica pela população", diz a nota do CMSE.

Outra medida em estudo é a flexibilização de restrições hidráulicas de algumas hidrelétricas, que estão gerando menos energia para poupar água nos reservatórios.

A previsão é que as chuvas ainda fiquem abaixo da média até a primeira quinzena de outubro. Além disso, o aumento das temperaturas na região Sul, em São Paulo e no Centro Oeste devem contribuir para aumentar o consumo de eletricidade.

Na nota, o CMSE diz que não há risco de falta de energia, apesar da seca, e continuará monitorando as condições de abastecimento.

Fonte: Folha de SP

Leia mais em: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/09/1919971-seca-eleva-preco-da-energia-e-governo-propoe-campanha-para-uso-racional.shtml

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Comissão debate a energia solar como vetor de desenvolvimento social

Investir em energias renováveis é fundamental para que o Brasil alcance a meta de reduzir em 43% até 2030 sua emissão de gases de efeito estufa e ajudar a manter o aquecimento global abaixo de dois graus Celsius, limite fixado no acordo do Clima de Paris, assinado em 2015. A constatação foi feita por participantes de audiência pública na Comissão Senado do Futuro (CSF).

Convocada para debater “A energia solar como vetor de desenvolvimento social”, a audiência evidenciou que o Brasil desperdiça a capacidade de produção desse tipo de energia. Atualmente, a participação da fonte solar na matriz energética representa apenas 0,02% do total produzido no país.

Segundo Everton Lucero, secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, o desafio do clima impõe a necessidade de o país repensar seu desenvolvimento:

— Qual o modelo de desenvolvimento que queremos para o país nos próximos anos? Energia solar tem importante papel para implementarmos o Acordo de Paris e adotarmos um modelo de desenvolvimento de baixo carbono -  disse Lucero.

Microgeração
Entre os desafios citados para ampliar a produção de energia solar, estão os custos elevados e a ausência de linhas de crédito subsidiadas para empresários e potenciais consumidores.

— A questão do financiamento é um nó que precisamos resolver e só vamos resolver esse nó com uma decisão política – destacou Lucero.

O presidente da Comissão Senado do Futuro, senador Hélio José (PMDB-DF), disse que o país precisa de um marco regulatório para o setor e cobrou do governo maior atenção para a questão das energias alternativas.

— Estamos diante de mudanças radicais na forma de viver. É um momento fundamental para repensar nosso futuro e a energia solar é símbolo de esperança em um mundo melhor – salientou.

Para Hewerton Martins, vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Solar, o investimento na micro e mini geração distribuída  (geração de energia pelos próprios consumidores) vai reduzir a conta de luz do cidadão e os gastos do governo com transmissão e distribuição.

— Não é um projeto para o futuro, mas para o presente. Já temos capacidade de produzir, precisamos agora aumentar a escala – apontou.

Exemplo alemão
A Alemanha está em meio a uma transição energética para abandonar o carvão e as usinas nucleares, estratégia que colocou o país na liderança da energia solar. O exemplo alemão foi citado por Rafael Shayani, professor da Universidade de Brasília (UnB), como modelo que deveria ser seguido pelo Brasil. Ele enfatizou nosso potencial:

Veja também:   Inscrições abertas para o Congresso Brasileiro de Geração Distribuída 2017
— A energia solar é democrática, ela incide no mundo todo. A região com maior incidência de sol na Alemanha tem menos sol do que a região mais nublada do Brasil – apontou.

Alina Gilamanova, pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp), disse que o Brasil poderia se inspirar em outros países como a China que tem um programa de energia solar como instrumento de política social. Hoje, disse ela, 30 milhões de chineses contam com energia elétrica graças a uma política subsidiada de produção de energia solar. Ela e outros participantes citaram ainda os pontos positivos da instalação de painéis fotovoltaicos em escolas, hospitais e outros prédios públicos.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/09/comissao-debate-energia-solar-como-vetor-de-desenvolvimento-social/32645

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Portaria traz regras para requerimentos de projetos prioritários

O Ministério de Minas e Energia publicou a portaria 364/2017 nesta sexta-feira, 15 de setembro, estabelecendo regras para a requisição de enquadramento de projetos como prioritários. A portaria detalha como os requerimentos –  que devem abranger projetos de geração e transmissão de energia – devem ser apresentados ao MME. Após aprovação do projeto como prioritário, ele poderá fazer emissão de debêntures de infraestrutura.
De acordo com a portaria, esses requerimentos deverão ser apresentados pelos titulares dos projetos. Caso o projeto seja resultante de leilão, ele poderá requerer a aprovação do projeto como prioritário juntamente com a emissão do ato de outorga. Projetos em que a empresa titular não possua Certidão Conjunta Negativa ou Positiva com efeitos de Negativa relativos a tributos federais e à Dívida Ativa da União ou esteja inadimplente com obrigações do setor elétrico terão os requerimentos indeferidos.

Leia mais em: http://www.abradee.com.br/imprensa/noticias/3623-portaria-traz-regras-para-requerimentos-de-projetos-prioritarios-agencia-canal-energia

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Energia solar é fundamental para alcance de metas do Acordo de Paris, aponta debate

Investir em energias renováveis é fundamental para que o Brasil alcance a meta de reduzir em 43% até 2030 sua emissão de gases de efeito estufa e ajudar a manter o aquecimento global abaixo de dois graus Celsius, limite fixado no acordo do Clima de Paris, assinado em 2015. A constatação foi feita nesta quinta-feira (14) por participantes de audiência pública na Comissão Senado do Futuro (CSF).
Convocada para debater “A energia solar como vetor de desenvolvimento social”, a audiência evidenciou que o Brasil desperdiça a capacidade de produção desse tipo de energia. Atualmente, a participação da fonte solar na matriz energética representa apenas 0,02% do total produzido no país.
Segundo Everton Lucero, secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, o desafio do clima impõe a necessidade de o país repensar seu desenvolvimento:
— Qual o modelo de desenvolvimento que queremos para o país nos próximos anos? Energia solar tem importante papel para implementarmos o Acordo de Paris e adotarmos um modelo de desenvolvimento de baixo carbono -  disse Lucero.

Microgeração

Entre os desafios citados para ampliar a produção de energia solar, estão os custos elevados e a ausência de linhas de crédito subsidiadas para empresários e potenciais consumidores.
— A questão do financiamento é um nó que precisamos resolver e só vamos resolver esse nó com uma decisão política - destacou Lucero.
O presidente da Comissão Senado do Futuro, senador Hélio José (PMDB-DF), disse que o país precisa de um marco regulatório para o setor e cobrou do governo maior atenção para a questão das energias alternativas.
— Estamos diante de mudanças radicais na forma de viver. É um momento fundamental para repensar nosso futuro e a energia solar é símbolo de esperança em um mundo melhor – salientou.
Para Hewerton Martins, vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Solar, o investimento na micro e mini geração distribuída  (geração de energia pelos próprios consumidores) vai reduzir a conta de luz do cidadão e os gastos do governo com transmissão e distribuição.
— Não é um projeto para o futuro, mas para o presente. Já temos capacidade de produzir, precisamos agora aumentar a escala – apontou.

Exemplo alemão

A Alemanha está em meio a uma transição energética para abandonar o carvão e as usinas nucleares, estratégia que colocou o país na liderança da energia solar. O exemplo alemão foi citado por Rafael Shayani, professor da Universidade de Brasília (UnB), como modelo que deveria ser seguido pelo Brasil. Ele enfatizou nosso potencial:
— A energia solar é democrática, ela incide no mundo todo. A região com maior incidência de sol na Alemanha tem menos sol do que a região mais nublada do Brasil – apontou.

Benefícios sociais

Alina Gilamanova, pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp), disse que o Brasil poderia se inspirar em outros países como a China que tem um programa de energia solar como instrumento de política social. Hoje, disse ela, 30 milhões de chineses contam com energia elétrica graças a uma política subsidiada de produção de energia solar. Ela e outros participantes citaram ainda os pontos positivos da instalação de painéis fotovoltaicos em escolas, hospitais e outros prédios públicos.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Tarifa branca na conta de luz começará em janeiro de 2018

Clientes que mudarem o horário de maior consumo de energia da noite para o dia poderão pagar uma conta de luz mais barata a partir do ano que vem. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter o início da vigência da tarifa branca em janeiro de 2018. A estimativa é que seja possível gastar entre 10% e 20% a menos. A tarifa branca é um regime tarifário que considera o horário do consumo para definir do preço da energia. Atualmente, o consumidor paga o mesmo valor pela energia em todos qualquer horário do dia, seja manhã, tarde, noite e madrugada.

Com a tarifa branca, a energia fica mais cara por três horas no momento em que a rede é mais demandada: dias de semana, no início da noite, normalmente entre 18h e 21h. Uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, o custo será intermediário; e nos demais horas do dia, ela será mais barata. Nos fins de semana, não haverá essa diferenciação. Cada empresa tem suas especificidades. Na Eletropaulo, por exemplo, que atua na Região Metropolitana de São Paulo, o horário de ponta será das 17h30 às 20h30. Já na Cemig, que fornece energia em Minas Gerais, o horário de ponta será das 17h às 20h.

O início da noite concentra um consumo de energia mais elevado, pois é o horário em que as pessoas normalmente voltam para casa do trabalho e tomam banho. Além do chuveiro elétrico, o ar condicionado é um dos itens que mais consomem energia. Para ter acesso à tarifa branca, é preciso solicitar a migração para a distribuidora. Essas empresas terão 30 dias para instalar um novo medidor, capaz de verificar o consumo de acordo com o horário. Não haverá custo para o consumidor.

Inicialmente, apenas aqueles com consumo acima de 500 quilowatts-hora (kWh) por mês poderão solicitar o serviço, além de ligações de novos clientes. A Aneel estima que esse grupo represente 4,5 milhões de clientes. A partir de janeiro de 2019, aqueles com consumo superior a 250 kWh por mês poderão migrar, ou cerca de 15,9 milhões de clientes. A partir de janeiro de 2020, qualquer pessoa poderá solicitar a migração para a tarifa branca. Em média, uma família brasileira consome cerca de 150 kWh mensais.

A Associação Nacional de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) havia solicitado um adiamento na vigência da tarifa branca, mas o pedido não foi aceito pela Aneel. As empresas temem perder receitas com a adesão de clientes que, por coincidência, já consomem pouca energia no horário de ponta. Antes de migrar para a tarifa branca, o consumidor deve analisar se consegue efetivamente se adequar ao sistema. Caso seja difícil mudar o horário do banho para o dia ou para a madrugada, será mais barato permanecer no regime atual. A mudança é opcional.

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Proteste alerta os consumidores para não decidirem pela tarifa branca no impulso. De acordo com a entidade, a tarifa branca deve reduzir em 17% o valor da energia fora do horário de ponta. Porém, no horário de ponta, a energia deve ficar 84% mais cara. "Ela pode ser uma armadilha para muita gente, principalmente para as pessoas que passam o dia todo fora de casa", diz a entidade, em seu site. A Proteste recomenda a adesão de pessoas que moram sozinhas e daquelas que estudam ou trabalham à noite.

Leia mais em: http://www.abradee.com.br/imprensa/noticias/3615-tarifa-branca-na-conta-de-luz-comecara-em-janeiro-de-2018-o-estado-de-s-paulo

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

CPFL Brasil prevê expansão do mercado livre de energia

O mercado livre de energia (formado por grandes consumidores que podem escolher de quem vão comprar a eletricidade) é visto como uma área promissora pela CPFL Brasil, a comercializadora de energia do Grupo CPFL. A empresa faturou cerca de R$ 2 bilhões em 2016 e deve fechar este ano com um resultado um pouco superior. O presidente da CPFL Brasil, Daniel Marrocos, aponta as pequenas e médias companhias como a "bola da vez" na migração do ambiente cativo do fornecimento de energia para o livre. Para tomar essa direção, o cliente precisa ter mais de 0,5 MW de demanda. Até 3 MW, a empresa é considerada como consumidor especial, podendo adquirir gerações provenientes de fontes incentivadas (renováveis). Quem possui uma demanda ainda maior pode comprar energia oriunda de qualquer fonte.
Jornal do Comércio - Qual a perspectiva para o mercado livre de energia no Brasil?
Daniel Marrocos - O mercado tem um limite regulatório para atender clientes e, dentro do atual, já seria possível crescer 40% a 50%. Essa regra de limites, de quem pode atuar no mercado livre, possivelmente vai passar por mudanças e esse mercado tem potencial para pelo menos dobrar de tamanho (em volume de energia) nos próximos cinco a 10 anos. No momento, o mercado livre total é de 15 mil MW médios, com cerca de 5 mil consumidores.
JC - Onde está agora a maior oportunidade de crescimento?
Marrocos - O movimento inicial do mercado livre era formado por indústrias de grande porte. Esse segmento não está totalmente saturado, mas tem um crescimento bem menor do que o potencial das pequenas e médias empresas. Esses são clientes que ainda não entendem do mundo da energia, precisam de uma gestão mais próxima para explicar o que é esse mercado e os benefícios.
JC - E quais são esses clientes de menor porte?
Marrocos - São redes de varejo, lojas, supermercados, hospitais, edifícios de escritórios comerciais, universidades. Essa é a bola da vez do mercado livre.
JC - Hoje, ainda está atrativa para as empresas a migração para o mercado livre?
Marrocos - O preço de curto prazo, neste momento específico, ficou alto e acabou segurando a migração. Mas, se olharmos no último um ano e meio, tivemos um movimento de migração de praticamente 2,5 mil empresas. Hoje, o preço de curto prazo está elevado, por conta de uma hidrologia um pouco ruim, mas isso logo volta ao normal e quando o preço da energia retornar a patamares mais tranquilos, a migração automaticamente fica atrativa. Trabalhamos com uma média de economia (no custo com a energia), com a migração, na casa de 15% a 20%.
JC - A CPFL Energia tem quantos clientes no Estado?
Marrocos - Atualmente, em termos de volume de energia, estamos próximo de 100 MW médios e são em torno de 130 clientes. No Brasil, são cerca de 1 mil unidades consumidoras, o que corresponde a aproximadamente 1,1 mil MW médios.
JC - Que outras soluções em energia a empresa pretende apresentar?
Marrocos - Trabalhamos com eficiência energética, fazendo diagnósticos dentro das empresas, com relação ao consumo de energia, observando onde podem ser mais eficientes. Recentemente, estabelecemos uma companhia que trabalha com geração distribuída (produção de eletricidade no local de consumo), a partir de placas fotovoltaicas. Temos um trabalho de gestão do consumo de energia.
JC - O serviço da comercializadora não compete com as próprias concessionárias do grupo CPFL, como a RGE e a RGE Sul?
Marrocos - A filosofia e o conceito do mercado livre é de não impactar os negócios de distribuição de energia. Quando olhamos para uma distribuidora, e isso serve para qualquer uma, essa concessionária tem, na composição da sua tarifa, três parcelas: a compra da energia, o transporte e os tributos e encargos que recaem sobre o consumidor. Quando o cliente migra para o mercado livre, ele não altera a parcela referente ao transporte da energia e a remuneração da distribuidora vem dessa parcela. E a concessionária deixa de gastar com a compra de energia que será fornecida dentro do mercado livre.
 
Leia mais em: http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/09/economia/585170-cpfl-brasil-preve-expansao-do-mercado-livre-de-energia.html

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Aneel decidirá sobre adiamento de tarifa branca na próxima semana

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidirá na próxima terça-feira, 12 de setembro, se aceitará os argumentos da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) e, portanto, adiará para janeiro de 2019 a implementação da tarifa branca. A nova modalidade tarifária foi regulamentada em 2012 e por vezes teve sua implementação postergada. O principal argumento da Abradee era que não havia oferta suficiente de medidores de consumo de energia capazes de viabilizar o cumprimento da norma. A previsão é que a regra entre em vigor em janeiro do próximo ano.

Com a tarifa branca, o custo de energia irá varia de acordo com as horas e os dias da semana. Durante todo o fim de semana e feriados, madrugadas e ao longo do dia, a tarifa é mais barata. Entretanto, no início da noite dos dias da semana, quando há um pico no consumo de energia, a tarifa é mais cara. Dessa forma, espera-se que o consumidor responda a esses sinais tarifários, deslocando o seu consumo para o horário em que a tarifa é mais barata. O objetivo final da Aneel é promover o uso eficiente da rede elétrica existente, postergando investimentos na rede para atender os picos de demanda.

Segundo a Aneel, com base em informações do Inmetro, existem quinze medidores homologados para múltipla tarifação, dos quais dez modelos, de três fabricantes distintos, são aprovados para a medição direta e podem ser utilizados para o faturamento pela tarifa branca. Os mencionados fabricantes são Landis+Gyr, WEG e Electra. Na avaliação do Inmetro, os três fabricantes podem concorrer em igualdade de condições para atenderem o mercado de medidores de energia, “apesar de haver eventual risco de concentração regional desses fabricantes”.

Superada essa discussão sobre a oferta de equipamentos, a Abradee tem argumentado que a tarifa branca pode impactar na receita das distribuidoras sem que se alcance o deslocamento de carga almejado. Como a migração para tarifa branca é opcional para cada cliente, a associação alerta que apenas aqueles consumidores que observarem uma redução na sua fatura irão exercer a opção oferecida, porém sem mudarem o seu perfil de consumo.

“As famílias utilizam o chuveiro-elétrico e demais equipamentos em função de seus horários de trabalho ou das outras atividades que desenvolvem ao longo do dia. Na prática, poderíamos ter uma adesão majoritariamente advinda de unidades consumidoras que por coincidência possuem o perfil de carga no qual a tarifa branca é a mais vantajosa”, argumenta a Abradee, segundo documento visto pela reportagem.

“Como consequência, a distribuidora não teria maiores alterações no seu perfil de carga, experimentaria uma diminuição de receita e os demais consumidores, por sua vez, experimentariam um aumento de suas tarifas. A tarifa branca poderia assim interferir de maneira negativa no bem-estar de grande parcela da população que não teria como alterar o seu perfil de consumo”, completa. A Abradee alerta que, como a aplicação da tarifa branca deve impactar negativamente a receita das distribuidoras – situação que não se qualifica como risco ordinário de mercado -, as concessionárias poderão pleitear o reequilíbrio econômico e financeiro dos contratos.

Os técnicos da Aneel recomendaram que a agência mantenha o cronograma de aplicação da tarifa branca para janeiro de 2018. Eles lembraram que a implementação da nova modalidade tarifária obedece um cronograma de adesão escalonado, sendo que no primeiro ano apenas consumidores com consumo mensal acima de 500 kWh poderão migrar. Só em 2020 é que todas as unidades consumidoras poderão aderir a tarifa branca. A expectativa é que a quantidade de consumidores que irá aderir à tarifa branca no primeiro ano seja inferior aos 4,5 milhões de consumidores aptos a essa adesão.

“No entanto, há que se reconhecer o risco de que no início da disponibilização da nova modalidade tarifária as distribuidoras não estejam devidamente equipadas de medidores e, portanto, preparadas para os pedidos de enquadramento, gerando atrasos no processo e insatisfação por parte dos consumidores. Esse é um risco que deve ser também gerenciado pela agência, caso se decida pela manutenção da data inicial de 1° de janeiro de 2018”, ponderam os técnicos da Aneel.

Leia mais em: http://www.abradee.com.br/imprensa/noticias/3609-aneel-decidira-sobre-adiamento-de-tarifa-branca-na-proxima-semana-canal-energia

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

China ultrapassa meta solar e chega a 112GW de capacidade instalada

A China ultrapassou com folga suas metas para a energia solarfotovoltaica. Números divulgados pela AECEA, empresa de consultoria energética, revelam que a super-potência asiática alcançou, em julho, 112GW de capacidade instalada, bem acima do objetivo, traçado para 2020, de 105GW.
Só em 2017, a capacidade instalada de energia solar chinesa aumentou 24,4GW, consolidando o seu título de líder mundial e deixando cada vez mais para trás o continente europeu. A nova capacidade instalada este ano poderá ainda alcançar os 45GW. Como termo de comparação, a capacidade instalada total da Alemanha em 2016 era de 41,1GW.
Apesar do notável crescimento, o setor solar chinês não está isento de desafios. Por enquanto, a capacidade de produção da energia solar só permite satisfazer 1 % das necessidades totais de energia, permanecendo o carvão como a principal fonte de produção energética.
No continente europeu, aumenta a pressão feita por vários grupos ligados às questões renováveis, que pedem mais empenho e comprometimento para ações que efetivamente concretizem os diferentes projetos para geração limpa de energia já anunciados.
A SolarPower Europe, associação que reúne várias organizações ligadas à energia solar fotovoltaica na Europa, lançou um desafio à União Europeia (UE): passar da atual meta de 27% para as fontes de energia renovável, até 2030, para os 35%.
O mais recente relatório Global Market Outlook, da mesma associação europeia, concluiu que só uma meta de 35% poderá manter o ímpeto da indústria das renováveis. O mesmo documento estima que, atualmente, a própria meta dos 27% pode estar em risco. , dá conta o portal de notíciaseuropeu.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/09/china-ultrapassa-meta-solar-e-chega-112gw-de-capacidade-instalada/32477

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

PCHs permitirão acréscimo de 7.000 MW

Dois anos após a publicação da Resolução nº 673/2015, que trata da outorga para implantação e exploração de aproveitamento de potencial hidráulico com características de *Pequena Central Hidrelétrica, a área técnica da ANEEL conseguiu iniciar a análise de todos os projetos que estavam na Agência.

Ao todo, 51 outorgas foram publicadas e 505 atos foram emitidos, entre despacho de registro de adequabilidade do sumário executivo (DRS) e aprovação de projetos básicos. A potência total é de 7.660,40 MW – o equivalente à soma de duas usinas de grande porte como Santo Antônio e Jirau.



Os investimentos previstos são da ordem de R$ 58, 6 bilhões, um montante que irá fortalecer a economia dos estados e beneficiar a cadeia de fornecedores, com predominância da tecnologia nacional na fabricação de equipamentos. Os estados que mais possuem PCHs aprovadas são: Paraná, com 84, Goiás, com 82, Minas Gerais, com 69, e Mato Grosso, com 64.

O sucesso é resultado do aprimoramento da norma e simplificação do procedimento. A revisão da resolução que trata das PCHs foi discutida nas duas fases da Audiência Pública 57/2014 e contou com mais de 240 contribuições de associações e agentes interessados no tema.

Para o diretor da ANEEL José Jurhosa Junior, relator do processo, “os subsídios recebidos na audiência trouxeram avanços ao texto e possibilitaram que a proposta aprovada pela Diretoria refletisse com efetividade os princípios da análise regulatória, da simplificação e da celeridade processual”.

Há ainda um trabalho de articulação da Agência com os órgãos de recursos hídricos e órgãos ambientais para explicitar a importância das PCHs para o país. Já foram feitas reuniões com representantes desses órgãos em todos os estados da região sul, Mato Grosso e Rio de Janeiro e estão agendados encontros nos estados de Minas Gerais e Goiás, envolvendo também o Ministério Público.

“A ANEEL agilizou a análise, mas o trabalho não termina por aí. É necessário acelerar o processo de emissão de licenças ambientais e isso se dá por meio da conscientização de que os benefícios trazidos pelas usinas superam os impactos. Há geração de recursos para os estados e municípios, pois há incidência de ICMS e ISS e, além disso, aquecimento da economia, geração de empregos e benefícios sociais”, ressaltou o superintendente de Concessões e Autorizações de Geração, Hélvio Guerra.

A melhoria dos índices de desenvolvimento está comprovada. Uma pesquisa feita pela área técnica da Agência mostrou que em 10 anos – de 2000 a 2010 – das 176 cidades com Pequenas Centrais Hidrelétricas analisadas, houve aumento no Índice de Desenvolvimento Humano municipal (IDHm): passou de 0.594 em 2000 para 0.712 em 2010 – um crescimento de 19,9%.

Ficou comprovado, ainda, que esse impacto positivo é ainda mais intenso em municípios com baixos indicadores econômicos e com economia estagnada e, além disso, em um período de 10 anos, foi constatado que o desenvolvimento social e econômico dos municípios com PCH superou o de outros municípios da mesma microrregião.

Veja também:   Fábrica da Volks consome somente energia 100% renovável
Atualmente 40 profissionais trabalham no processo de análise das PCHs e o tempo médio de conclusão é de 20 dias. “A demanda pela instalação de novas Pequenas Centrais Hidrelétricas depende de vários fatores. Se a economia, por exemplo, melhorar certamente haverá mais procura e teremos mais projetos avaliados”, destacou Hélvio Guerra.

.

Como nasce uma PCH
.
Tudo começa com o estudo de inventário hidrelétrico apresentado pelo empreendedor que tem como objetivo a definição do aproveitamento ótimo dos rios, com estudos cartográficos, estudos hidrológicos, estudos de partição de quedas, etc. Esse estudo é aprovado pela Agência e fica disponível no Centro de Documentação da ANEEL (Cedoc), a fim de que os agentes avaliem os aproveitamentos identificados.

Desta forma, um interessado em implantar uma PCH deverá apresentar o Requerimento de Intenção à Outorga de Autorização (DRI-PCH). O DRI-PCH permitirá ao empreendedor elaborar o projeto básico da PCH com posterior apresentação à ANEEL, incluindo um Sumário Executivo desse projeto.

Antes da Resolução nº 673/2015, nos casos de apresentação de mais de um projeto básico para a mesma PCH, a ANEEL fazia a análise técnica de todos os projetos, o que acabava levando mais tempo para decidir qual empreendedor teria direito a implantar a usina.

Para os inventários aprovados após a REN 673/2015 esse procedimento ficou mais rápido: caso haja mais interessados, o empreendedor que apresentar primeiro o Sumário Executivo, após o prazo concorrencial de 90 dias, vence o processo de seleção da PCH.

O Sumário Executivo é o conjunto das informações mais relevantes do projeto básico da usina e necessárias à avaliação, pela ANEEL, do uso adequado do potencial hidráulico. Se a documentação for compatível com o estudo de inventário, a área técnica emite o Despacho de Registro da adequabilidade do Sumário Executivo (DRS-PCH), que substitui a antiga aprovação do projeto básico.

Fonte: Aneel

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/09/aneel-aponta-que-pequenas-centrais-hidreletricas-permitirao-acrescimo-de-7-000-mw/32509

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Brasil tem superávit de energia pela primeira vez em 77 anos, segundo ministério

Pela primeira vez em quase 80 anos, em 2017 o Brasil deverá ter superávit de energia, segundo o Boletim Mensal de Energia, documento elaborado pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), divulgado hoje (4). Esse é o melhor resultado desde 1940, ano inicial de disponibilidade de estatísticas globais de energia.
Segundo o boletim, a estimativa de Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) deste ano é de 631,7 terawatts-hora (TWh), o que corresponde uma elevação de 1,9% na comparação com 2016. Já a proporção de fontes renováveis deve permanecer acima de 80% este ano.
De acordo com o levantamento, o superávit é resultado das altas taxas de crescimento na produção de petróleo e de gás natural, associadas a uma baixa demanda global de energia. A produção de petróleo acumula alta de 10,9% até junho, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em junho, segundo o boletim, o aumento foi de 5%. Já a produção de gás natural cresceu 8,9% no ano e 7,4% até junho.
Conforme as previsões para este ano, a demanda total de energia deve crescer aproximadamente 1,5% e a demanda total de energia elétrica cerca de 2%. “As fontes renováveis na matriz energética ficam acima de 42% e as renováveis na matriz de oferta elétrica acima de 80%. A energia eólica sobe mais de 1 ponto percentual na matriz elétrica”, diz trecho do boletim.
Em junho, a produção de biodiesel cresceu 22,5%, com expansão de 3,1% no ano. “O resultado contribui para a possibilidade de superávit, além da contribuição para a manutenção de uma matriz energética com alta proporção de renováveis”, diz trecho do boletim.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, o boletim tem como objetivo acompanhar um conjunto de variáveis energéticas e não energéticas para elaboração de estimativa do comportamento mensal acumulado da demanda total de energia do Brasil.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Mercado livre poderá sofrer com falta de energia incentivada

 Em estudo concluído na última semana, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indicou um déficit de cerca de 11 megawatts (MW) médios de energia “incentivada” (proveniente de eólicas, usinas solares, térmicas a biomassa e pequenas centrais hidrelétricas) para 2018.

Segundo a CCEE, o problema ainda pode se agravar com o ritmo de migrações de consumidores para o mercado livre. Quase a totalidade desses novos consumidores do ambiente livre é formada por empresas de pequeno porte, com demanda de até 3 MW e que só podem comprar energia incentivada – os chamados consumidores “especiais”. É importante lembrar que o desconto na cobrança dos encargos de uso dos sistemas de transmissão e distribuição (Tust e Tusd), a energia incentivada é um dos principais atrativos do mercado livre de energia.


O cenário já preocupa as empresas do setor. O diretor da comercializadora FDR Energia, Erick Azevedo, afirmou que o momento é de cautela na obtenção de novos contratos. “Estamos muito cuidadosos em comercializar essa energia. Já existem projeções que indicam falta [de oferta disponível de energia incentivada] no ano que vem. Isso virou uma barreira para a migração [de consumidores para o mercado livre]”, disse o executivo. Segundo ele, a FDR Energia não está fechando novos contratos de venda de energia incentivada se não tiver volume suficiente para atendê-los.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), Reginaldo Medeiros, uma oportunidade de resolver o problema está na reforma do setor elétrico, em discussão no ministério de Minas e Energia. A entidade defende que a medida provisória que tratará da reforma, prevista para ser publicada determine que seja eliminada de imediato a categoria de “energia incentivada”.

Apesar da previsão pessimista, a CCEE acredita que é possível reverter esse quadro, por meio de mecanismos criados pelo governo para reduzir a sobreoferta das distribuidoras, no mercado regulado, liberando um volume de incentivada maior para ser negociado no mercado livre.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/09/mercado-livre-podera-sofrer-com-falta-de-energia-incentivada/32376

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Exposição fotográfica comemora 25 anos da energia dos ventos no Brasil


Em comemoração aos 25 anos da instalação do primeiro aerogerador no Brasil, em Fernando de Noronha (PE), A Casa dos Ventos inaugura a exposição coletiva e itinerante “Energia para um novo mundo” entre os dias 28 de agosto e 09 de setembro, no Conjunto Nacional, em São Paulo. A companhia que completa dez anos em 2017 é uma das pioneiras no desenvolvimento de projetos eólicos no Brasil
De março até o último dia de julho de 2017, a Casa dos Ventos convidou pessoas de todos os cantos do mundo a compartilharem no Instagram imagens do que para elas representa a importância dos ventos. Das inúmeras imagens recebidas, 25 foram selecionadas para compor a mostra que percorrerá diferentes cidades do País, incluindo municípios do interior do Nordeste – onde estão localizados alguns dos parques desenvolvidos pela companhia.
“Quando começamos em 2007, poucos conheciam a vocação brasileira para a produção de energia a partir das eólicas”, lembra Mario Araripe, presidente e fundador da Casa dos Ventos. “Hoje a perspectiva é diferente, temos notadamente um dos melhores ventos do mundo e já somos o oitavo maior produtor mundial”, completa.
Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a energia eólica vem batendo recordes no Brasil. Somente na primeira metade de 2017, a produção nacional da energia a partir dos ventos aumentou 27% em relação ao mesmo período do ano passado, “O crescimento da fonte tem sido expressivo nos últimos anos, mas se analisarmos o potencial brasileiro, ainda temos muito a explorar”, afirma Araripe.
Aerogerador
As pessoas que passarem pelo Conjunto Nacional durante os dias da exposição ainda poderão conferir a réplica de um aerogerador. Enquanto os grandes cata-ventos possuem cerca de 120 metros de altura, o equivalente a um edifício de 40 andares, quase duas vezes maior do que o famoso prédio da Avenida Paulista, o modelo exposto possui 2 metros de altura.
Serviço
Exposição “Energia para um novo mundo”
Local: Conjunto Nacional (Avenida Paulista, 2073 – Jardim Paulista – São Paulo – próximo ao Metrô Consolação)
Data: de 28 de agosto a 09 de setembro
Horário: de segunda a sábado, das 7h às 22h; domingos e feriados, das 10h às 22h Classificação: Livre
Leia mais em: http://istoe.com.br/exposicao-fotografica-comemora-25-anos-da-energia-dos-ventos-no-brasil/