sexta-feira, 28 de setembro de 2018

BNDES lança Finame Renovável com dotação de R$ 2 bilhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social lançou nesta quinta-feira, 27 de setembro, o Finame Energia Renovável. A linha de crédito irá apoiar investimentos em renováveis vai ter dotação inicial de R$ 2 bilhões e vai permitir que pessoas físicas, condomínios, empresas, cooperativas e produtores rurais consigam financiar até 100% do montante aplicado nos equipamentos. O prazo para pagamento é de até 120 meses e a carência é de até 2 anos. O lançamento desse novo Finame já havia sido adiantado pela Agência CanalEnergia em agosto.  Na cerimônia de lançamento, o presidente do banco, Dyogo Oliveira, ressaltou o olhar do crédito para a pessoa física. “Essa linha tem a atenção voltada para as pessoas, um relacionamento do BNDES para o cidadão”, afirma.
Presente à cerimônia de lançamento, o presidente Michel Temer também ressaltou a vertente social do banco, lembrando que o social foi incorporado ao nome do BNDES depois da sua fundação. Temer também frisou o aspecto ambiental, em que pessoas físicas e microempreendedores poderão contribuir com a redução de emissões. Para as MPMEs, a taxa final pode ficar em 1,3% ao ano. A aprovação é feita através da plataforma BNDES Online.
A expectativa é que a linha movimente o mercado e sejam instalados até 18 mil painéis fotovoltaicos, com foco nas propriedades rurais. Já em funcionamento, o alvo são sistemas de energia solar de até 375 kW e de energia eólica de até 100 kW, além de aquecedores de água por meio de placas coletoras.
O BNDES também lançou outra linha de R$ 228 milhões para a expansão de renováveis para que pessoas físicas e microempresas tenham financiamento para instalações de energias renováveis. Os recursos da linha são originados do Fundo Clima. Nessa linha, o diferencial é a redução da taxa de juros e a abertura para pessoas físicas microempresas. Quem tem renda de até R$ 90 mil anual terá juros de 4%. Para os que possuem renda acima desse valor, a taxa será de 4,5%. O prazo para amortização também é de até 12 anos e a carência vai de 3 meses até dois anos.
O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, comemorou o crédito e revelou que está em estudos a liberação de uma outra linha de crédito, desta vez de R$ 170 milhões. Uma outra linha com recursos do Fundo Clima de R$ 220 milhões já havia sido liberada antes. “Vamos fomentar uma nova economia, novos negócios de baixo carbono e aquecer o mercado”, prometeu.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53076468/bndes-lanca-finame-renovavel-com-dotacao-de-r-2-bilhoes

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

China intensifica campanha para ter 35% de energia renovável até 2030

A China está intensificando a campanha em prol da energia renovável com propostas de metas mais elevadas para o consumo de energia verde e penalidades para quem não cumprir as metas para ajudar a financiar os subsídios do governo aos produtores.
O país que é o maior consumidor de energia do mundo pretende que as energias renováveis respondam por pelo menos 35 por cento do consumo de eletricidade em 2030, segundo um plano preliminar revisado da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (CNDR) vista pela Bloomberg. Anteriormente, o governo definia apenas a meta para que os "combustíveis não fósseis" representassem 20 por cento do consumo energético em 2030.
A comissão e a Administração Nacional de Energia da China (ANE) não responderam imediatamente aos pedidos de comentário enviados por fax e os telefonemas para suas assessorias de imprensa não foram atendidos. O novo plano, conhecido como Padrão de Portfólio Renovável, é uma atualização de uma versão inicial publicada em março.

O padrão -- que estabelece níveis mínimos de consumo de eletricidade produzida por fontes renováveis -- é um dos esforços para reduzir a dependência do país em relação ao carvão e para combater a poluição que assola o país mais populoso do mundo. A política busca ao mesmo tempo ajudar a ampliar o consumo de energia renovável e aliviar a carga de subsídios do governo ao aumentar as receitas por meio de multas por descumprimento.

Mais favorável

"Consideramos que o novo documento de consulta do Padrão de Portfólio Renovável tem mais detalhes sobre a implementação e é mais favorável às operadoras", escreveram analistas da BOCI Research, incluindo Tony Fei, em relatório, na terça-feira. O plano se concentra "na melhora do consumo de energia renovável, que é o principal objetivo de longo prazo do mecanismo do padrão".
A CNDR também aumentou as metas de consumo de energia não hidrelétrica de 2018 e 2020 em algumas províncias, exigindo inclusive que a Mongólia Interior aumente o uso para 18 por cento neste ano, contra uma meta anterior de 13 por cento. As metas para regiões como Yunnan e Xinjiang também foram elevadas.
O documento mais recente também prevê que as empresas que não cumprirem as metas paguem taxas indenizatórias às administradoras da rede, que serão usadas para cobrir os subsídios do governo aos projetos renováveis. Nos últimos anos, a China foi o país que mais injetou recursos no setor de energia renovável, deixando o governo com uma despesa pesada com subsídios.
"Isso também nos deixa otimistas de que a ANE possa estar estudando outras formas de resolver a questão do déficit dos subsídios", informou a BOCI, acrescentando que o novo plano pode ajudar a diminuir a preocupação com o pagamento de subsídios integrais aos projetos existentes. "Esperamos que a versão final seja anunciada até o fim de 2018, como orientado anteriormente pela ANE."

Leia mais em: https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2018/09/26/china-intensifica-campanha-para-ter-35-de-energia-renovavel-ate-2030.htm

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Energia elétrica. Geração própria avança 88% no Ceará

Mais de 1,4 mil unidades consumidoras, entre empresas e residências, já são abastecidas por geração própria de energia elétrica no Ceará. já produzem a sua própria energia elétrica no Ceará. O número, referente ao acumulado de janeiro até agora, é 88% maior que o total de 782 observado em dezembro de 2017, conforme levantamento feito pelo O POVO com base nos dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com 29,7 mil quilowatts (kW) de potência instalada, o Estado é líder no Nordeste em geração distribuída e responde por 34,6% da capacidade na Região. No País, é o quinto maior.

Atualmente, são 1.220 projetos cearenses conectados à rede, bem mais do que os 682 contabilizados até dezembro do ano passado pela reguladora. Porém, ainda estão distantes dos mais de 7,6 mil empreendimentos do tipo que existem em Minas Gerais, estado que lidera o ranking no País, gerando mais de 119,7 mil kW de energia própria.

No Brasil, a quantidade de unidades consumidoras que passou a produzir sua própria energia aumentou de 21,2 mil, em dezembro de 2017, para 55,3 mil, neste mês. Alta de 161% no período.

Para o consultor de energia da Federação das Indústrias do Estado Ceará (Fiec) e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis, Jurandir Picanço, o impacto que os gastos com energia têm no orçamento das famílias e empresas mostra que a produção própria é uma alternativa muito favorável ao consumidor.

Além disso, quanto maior o custo da energia fornecida pela concessionária, mais vantajosa a substituição. Neste ano, o reajuste da conta de luz no Ceará foi de 3,8% para consumidores residenciais e de 7,96% para comércio e indústria.

"O consumidor vai ter acesso a uma energia muito mais barata que a fornecida pela concessionária. A diferença inicial é de, pelo menos, 40%". Ele reforça que o Ceará tem a seu favor o alto índice de radiação solar que chega, em média, a 5,5 kWh/m² por dia. "É 90% superior a radiação solar da Alemanha, que é o país que mais investe em produção fotovoltaica", compara.

Apesar da expansão da geração distribuída, o potencial a ser alcançado com investimentos em energia renovável é muito maior, afirma o cientista industrial e presidente da Gram-Eollic, Fernando Ximenes. "Ainda significa pouco se comparado com o número de usuários de energia no Brasil. A geração distribuída, somada às grandes usinas de energias renováveis, representa em torno de 0,7% do potencial de energia instalado no Sistema Interligado Nacional (SIN)", diz.

Ele afirma que, enquanto alguns países europeus já falam em migração completa para fontes de energias renováveis até 2020, o Brasil ainda prioriza as térmicas na matriz elétrica. "Só neste ano, o Governo investiu em dois grandes projetos de termelétricas, em São Paulo, com contrato de 30 anos, mais do que os 48 projetos de energias renováveis do Nordeste inteiro. O que é um erro. O carro elétrico já está reduzindo o aquecimento global. É uma necessidade", destaca.


Leia mais em: https://www.opovo.com.br/jornal/economia/2018/09/energia-eletrica-geracao-propria-avanca-88-no-ceara.html

terça-feira, 25 de setembro de 2018

GE anuncia plataforma inovadora para armazenamento de energia

As energias renováveis vêm ganhando um papel de destaque cada vez mais na matriz energética do Brasil – principalmente quando falamos da energia que vem dos ventos.

A energia eólica foi introduzida no Brasil em 2009 e em menos de dez anos o país tornou-se o 8º maior gerador do mundo, segundo o ranking do Global World Energy Council (GWEC) de fevereiro de 2018.
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E as perspectivas para essa fonte de energia são cada vez melhores – projetada para atingir 14% da capacidade instalada até 2026. Diante desse cenário e contribuindo para uso das energias renováveis, a GE anunciou uma nova plataforma de armazenamento de energia, o GE Reservoir.

Com a possibilidade de se integrar a toda rede elétrica, a solução permite a complementariedade da energia renovável com a tradicional, podendo melhorar o desempenho da rede e permitir uma geração mais distribuída, além de potencialmente reduzir custos.

A inovação está no sistema de gestão das baterias (BMS), que é de propriedade da GE e chamado de Blade Protection Unit (BPU), bem como na utilização de contêineres pré-fabricados que são montados com as baterias em fábrica, sendo enviados já prontos para a instalação à planta do cliente.

“A plataforma permite distribuição, armazenamento e utilização de energia mais limpa onde e quando for mais necessária. Ela se adapta em praticamente todos os locais, desde sistemas de rede centralizados até comunidades mais remotas”, explica Rodrigo Salim, líder de Baterias e Soluções de Armazenamento de Energia da GE Power.

“A modularidade da solução permite que diferentes valores de potência e energia, MW e MWh, respectivamente, possam ser fornecidos aos clientes, mantendo o processo de montagem e instalação do sistema extremamente simples. A montagem do sistema em fábrica também garante potencialmente ao sistema da GE uma das maiores densidades de MWh/m2 do mercado”.

GE Armazenamento de Energia

Com o Reservoir, também é possível “conectar o sistema de baterias diretamente no barramento de corrente contínua, DC, das plantas solares”, comenta Rodrigo.

“Com isso, a eficiência total do processo de armazenamento de energia, incluindo carga e descarga, pode crescer de maneira significativa, permitindo também que as perdas por sombreamento ao longo do dia, no início da manhã e no início da noite, sejam potencialmente reduzidas, pois o conversor DC-DC do sistema de baterias pode trabalhar com tensões mais baixas, carregando as baterias mesmo em momentos de pouca irradiação, quando não se pode injetar energia na rede”.

A solução também é equipada com sensores que coletam informações sobre o estado de carga, temperatura, tensão, corrente e outros fatores.

Os dados podem ser enviados para um centro remoto de operações, onde modelos de degradação são utilizados, também proprietários e desenvolvidos no Centro de Pesquisas Global da GE, em Niskayuna (Estados Unidos), para determinar a vida útil do sistema de baterias.

Com isto, poderia ser possível antecipar potenciais falhas, e potencialmente garantindo uma disponibilidade maior do sistema, podendo também determinar se a degradação do sistema está conforme o planejado, ou com taxas distintas ao projetado.

Com isso, o Reservoir se torna uma plataforma de armazenamento de energia completa para ajudar a atender às necessidades em constante mudança do setor de energia. Além de oferecer aos clientes alto nível de flexibilidade, potencial eficiência operacional em geração híbrida, operação de rede e gerenciamento de energia.

A novidade vem aliada com a perspectiva de crescimento das energias renováveis na América Latina. “O setor energético está passando por uma mudança inédita com o crescimento das energias renováveis, descentralização da energia e com a digitalização criando desafios e oportunidades na geração, transmissão e distribuição de energia”, comenta Emanuel Bertolini, Gerente Geral de Grid Solutions Américas, divisão da GE Power.

“O Reservoir oferece um novo tipo de sistema de energia que os clientes estão procurando para ajudar no gerenciamento do próximo capítulo da eletricidade”.
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O Reservoir expande a atuação de 10 anos da GE na área de armazenamento de energia e se baseia casos de sucesso recentes. No ano passado, a GE lançou a primeira turbina a gás híbrida do mundo e foi a primeira a entrar no mercado com aplicações avançadas para turbinas a gás e eólicas híbridas, com capacidade “Black Start”.

No mês passado, a GE anunciou ainda um novo projeto de 41MW/41MWh com o Grupo Arenko para construir um dos maiores sistemas de armazenamento de energia do mundo no Reino Unido. No total, a GE conta com uma capacidade de armazenamento de energia de mais de 200MWh em sistemas em operação, em construção, ou com início de construção já planejado.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2018/09/ge-anuncia-plataforma-inovadora-de-armazenamento-de-energia/34169#.W6otdvZv_IU

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Estudo propõe agenda para setor mais competitivo em 2022

O núcleo temático Energia do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), divulgou um estudo sobre como o setor energético pode chegar em 2022 de acordo com uma agenda prioritária que o governo poderia seguir. No documento da entidade, que é a Think Tank número 2 do Brasil e a 3a na América Latina segundo o Think Tanks and Civil Society Program da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos), o país pode alcançar um mix energético equilibrado entre fontes fósseis e limpas, com maior participação de gás natural, mas também de biomassa, eólica e solar e maior competividade, a partir de uma participação mais efetiva de investidores privados nos diversos setores e elos da cadeia, tendo o setor público focado sua atuação na regulação e no planejamento de longo prazo.
Outros pontos indicados é que o Brasil pode ter um arcabouço legal regulatório mais ágil e menos judicializado. Bem como, inovações na geração elétrica, com geração distribuída a partir de fontes limpas, e no papel ativo do consumidor.
De acordo com o documento, “a visão estratégica proposta para o setor energético brasileiro é: desenvolver o vasto potencial nacional de modo a transformar o Brasil em potência energética, em um ambiente de negócios aberto, diversificado e competitivo, aderente à transição global para uma economia de baixo carbono. Pertencer ao futuro da energia”. E que, “para garantir o desenvolvimento sustentável do setor energético, faz-se necessário o estabelecimento de políticas públicas de longo prazo, com objetivos claros, e que garantam previsibilidade decisória e de atuação. Por sua vez, a atração de investidores privados configura-se como de fundamental importância para as pretensões do setor, dada a escassez de recursos públicos. Neste contexto, deve-se estabelecer desde já as bases de um ambiente de negócios que promova eficiência e competitividade”.
Na agenda proposta constam temas como estímulo à competitividade, que passam pela redução da participação do Estado no setor elétrico com destaque para a privatização da Eletrobras, desenvolvimento de mecanismos para o crescimento do mercado livre combatendo a volatilidade na formação de preços. O segundo ponto é a governança e prestação de contas. A segurança jurídica e regulatória é o terceiro ponto dessa agenda recomendada com ações que combatam a inadimplência e judicialização que afeta o setor elétrico atualmente. E ainda, a criação de um ambiente propício à inovação, e sem deixar de lado o compromisso ambiental, buscando a redução das emissões de carbono.
Essa agenda, explicou a entidade toma como contexto a perspectiva de que a demanda global por energia tende a crescer nos próximos anos, embora a taxas decrescentes, influenciada pela demanda das economias emergentes, asiáticas em particular. E a pressão imposta por mudanças climáticas, novos padrões de consumo e inovações tecnológicas muda a forma de se produzir e consumir energia no médio prazo.
Especificamente para o setor elétrico, o Cebri destaca que as tendências de digitalização, descarbonização, recursos energéticos distribuídos e eletrificação moldam o crescente acesso à energia e modificam o papel do consumidor. “Estima-se que a eletricidade aumente em 40% sua participação no consumo final de energia até 2040. Entre os setores que já impulsionam a eletrificação está o transporte, que pode vir a frear o crescimento da demanda global por petróleo a partir do mesmo ano. Tal revolução na mobilidade, impulsionada também por compartilhamento e tecnologia autônoma, decorre de uma forte sinalização de mercado, onde estimativas indicam que mais de 55% das vendas e 33% da frota global seja composta por veículos elétricos em 2040”.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53075783/estudo-propoe-agenda-para-setor-mais-competitivo-em-2022

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Energia limpa deve superar carvão na Europa ainda este ano

A geração de energia renovável na Europa deve superar a geração por carvão neste ano, graças aos esforços do continente para diminuir a dependência do combustível poluente, de acordo com relatório encomendado pelo UBS.
As energias renováveis agora cobrem aproximadamente um quinto da geração bruta na Europa. A taxa de crescimento anual da capacidade de geração eólica e solar quase dobrou durante os últimos cinco anos para 7 por cento, segundo a Aurora Energy Research, autora do estudo. A capacidade de geração convencional já começou a encolher por lá.
Do Reino Unido à Itália, os governos elaboraram planos para se livrar do carvão até meados da próxima década. A discussão sobre a desmobilização do carvão acontece até na Alemanha, que ainda depende muito de carvão e linhito para produzir eletricidade barata.
A objetivo da União Europeia é ampliar a parcela das modalidades renováveis para 32 por cento da geração total até 2030, mas esta meta pode ser ultrapassada e a participação chegar a 65 por cento, de acordo com o UBS. Teoricamente, é possível gerar 100 por cento de energia limpa, mas os custos podem subir até 60 por cento, pelos cálculos do banco.
Desde 1990, quase 300 GW em capacidade renovável foram disponibilizados na Europa, sendo 90 por cento na forma de energia eólica e solar. Mais 200 GW em capacidade eólica e solar podem ser acrescentados até 2030, reduzindo a intensidade do carvão na matriz em cerca de 50 por cento, de acordo com a pesquisa da Aurora. Tal cenário aumentaria a necessidade de postos de combustíveis e baterias para equilíbrio e contingência.
A energia eólica e os painéis fotovoltaicos devem se tornar viáveis sem subsídios a partir de 2020, mostrou o relatório da Aurora.

Leia mais em: https://economia.uol.com.br/noticias/bloomberg/2018/09/20/energia-limpa-deve-superar-carvao-na-europa-ainda-este-ano.htm

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Estrangeiros mais competitivos podem favorecer venda de SPEs, diz Ferreira Jr

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, afirmou que o capital estrangeiro está mais competitivo no Brasil, em razão do câmbio, e isso pode influenciar favoravelmente a venda das participações da estatal em 71 sociedades de propósito específico. O leilão das SPEs está marcado para o dia 27 de setembro na bolsa B3, em São Paulo, quando serão ofertados 18 lotes de participações em empreendimentos eólicos e de transmissão, com preços mínimos que somam R$ 3,1 bilhões.
Ferreira Jr acredita ser possível vender todos os lotes incluídos no certame. “Nós fizemos um trabalho para estabelecer preços mínimos com base em duas avaliações. São preços bons, porque são maiores que o valor contábil das companhias”, disse nesta quarta-feira, 19 de setembro, após reunião no Ministério de Minas e Energia.
Entres os interessados estão fundos de investimento, sócios da Eletrobras que detêm o controle societário em parte dos empreendimentos e investidores estratégicos, como grandes companhias que atuam no setor. Por causa disso, ele acredita no sucesso do leilão.
Segundo o executivo, alguns dos sócios minoritários da Eletrobras devem vender sua participação no certame pelo mesmo valor ofertado à estatal. A opção pela venda será divulgada no dia da qualificação para o leilão. Da mesma forma, os que são majoritários na parceria com a empresa poderão exercer o direito de preferência para cobrir a oferta colocada.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53075523/estrangeiros-mais-competitivos-podem-favorecer-venda-de-spes-diz-ferreira-jr

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Alta nas tarifas de energia atrai interesse dos consumidores em GD

Os aumentos constantes nas tarifas de energia no país têm levado muitos consumidores a buscar na energia solar uma alternativa para redução de custos. Segundo levantamento exclusivo do Portal Solar, lideram o interesse em gerar a própria energia consumidores dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – regiões que tiveram um dos maiores aumentos nas contas de luz.

O estudo, feito com base nos 2 milhões de acessos no Portal no primeiro semestre deste ano, traz o ranking dos dez estados brasileiros com maior nível de interesse em adquirir sistemas fotovoltaicos para residências, comércios e indústrias. Os consumidores de São Paulo estão na liderança do ranking, com 23,23% das cotações no Portal Solar, seguidos por Minas Gerais, com 11,83%, e Rio de Janeiro, com 11,13% (veja ranking abaixo).

Para Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar, a densidade demográfica, as altas tarifas das distribuidoras e a boa radiação solar justificam as posições ocupadas por esses estados. “O que antes era motivado por questões ideológicas e ambientais, hoje o crescimento da energia solar na geração distribuída é impulsionado, sobretudo, pelo viés econômico-financeiro, já que a tarifa no Brasil tem se tornado um grande obstáculo para a competividade do setor produtivo e para a renda das famílias”, explica. “Com um retorno de 16% a 25%, o consumidor começa a entender que a energia solar dá mais retorno que aluguel, poupança e CDB”, conclui Meyer.

Atualmente, o mercado de energia solar fotovoltaica já oferece opções de financiamentos para a aquisição desses equipamentos. O Portal Solar, em parceria com o Banco Votorantim, viabiliza a compra e instalação de sistemas orçados entre R$ 5 mil e R$ 500 mil, com parcelas que variam de 12 a 60 vezes. O financiamento é voltado para pessoas físicas e empresas. O Portal Solar ajuda o consumidor a entender a tecnologia fotovoltaica, encontrar os melhores instaladores e produtos do mercado.

Leia mais em: https://extra.globo.com/noticias/economia/aneel-estuda-formas-de-frear-escalada-da-conta-de-luz-diz-diretor-23080058.html

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Governo quer financiar energia solar para reduzir conta de luz

Com o brasileiro pagando contas de luz mais caras desde junho com a bandeira tarifária vermelha acionada para compensar os custos do acionamento de termelétricas e a expectativa de industriais de manutenção de tarifas altas pelo menos no horizonte de um ano, o governo tem pouca margem de manobra para amenizar o peso da energia no bolso das famílias e no caixa das empresas. As alternativas com efeito no curto prazo são limitadas. Ainda assim, a menos de três meses para a saída de Michel Temer, o governo estuda medidas para reduzir a dependência do país de hidrelétricas e, ao mesmo tempo, reduzir o custo da energia.

O governo planeja um novo programa de financiamento dos bancos públicos para a compra de painéis de geração de energia solar, o que tende a beneficiar apenas famílias de renda mais alta. O governo também quer mexer nos subsídios que, junto com os impostos, representam cerca de 50% das contas, o que teria um efeito mais amplo para os consumidores. Mas isso demanda negociações mais complexas e demoradas.

Outras duas propostas em estudo são a realização de leilões para substituir termelétricas a diesel por gás natural, mais baratas, e a revisão do contrato da usina Itaipu. Ambas só terão desdobramentos a partir de 2023.

ESPECIALISTAS SÃO CÉTICOS

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse ao GLOBO que pretende, pelo menos, levantar a questão sobre a necessidade de eliminar subsídios que pesam na conta de luz. Apesar do calendário apertado, os leilões de termelétricas a gás podem ser realizados ainda em 2018, ele diz.

Moreira também quer começar as negociações sobre a revisão do acordo de Itaipu com o Paraguai, cujo novo governo já procurou o Brasil para conversar. O país vizinho é obrigado a vender o excedente da sua parte na geração da usina para o Brasil até 2023. Depois dessa data, ficará livre para vender no mercado livre (no qual comprador e vendedor negociam o custo da energia). O Brasil é, de longe, o mercado mais atraente, o que abre espaço para a negociação de novas condições.

- Existem programas de assistência regional no Paraná e no Paraguai que foram negociados durante a construção da usina. Tudo isso pesa na conta e precisa ser revisto - diz o ministro.

Especialistas veem com ressalvas as iniciativas do governo. Para o professor de Economia da UFRJ, Nivalde José de Castro, é preciso ter cuidado com a criação de programas de financiamento para incentivar a geração domiciliar solar. Eles tendem a beneficiar quem não precisa. Um kit para atender o consumo de uma residência custa em torno de R$ 10 mil.

Para Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, esse tipo de programa é insustentável se forem mantidas as regras atuais de compensação. Quem gera energia solar pode abater integralmente os valores na conta, deixando o peso dos subsídios para os demais consumidores. Para os dois especialistas, a revisão do contrato de Itaipu pode ser uma oportunidade para reduzir as tarifas, mas num prazo mais longo.


Leia mais em: https://oglobo.globo.com/economia/governo-quer-financiar-energia-solar-para-reduzir-conta-de-luz-23077613

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Geração de energia solar e dos ventos bate recorde no Nordeste

Ao mesmo tempo em que a forte estiagem vem reduzindo cada vez mais a água armazenada nos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do país, o forte sol e os ventos estão batendo recorde de geração de energia. De acordo com o Operador Nacional do sistema Elétrico (ONS), no último dia 13 de setembro,foi registrado recorde de geração instantânea (no pico) das duas fontes no Nordeste. . A geração de energia eólica chegou a 8.665 Megawatts (MW) às 8 horas e 24 minutos, atendendo 83% da carga do Nordeste. O fator de capacidade chegou a 86% (quanto que a usina consegue gerar de sua capacidade máxima). Segundo o ONS, oo recorde anterior tinha acontecido um dia antes, em 12 de setembro, quando foram produzidos 8.330 MW às 8 horas e 31 minutos.

Já a geração solar instantânea no pico chegou a 722 MW às 10 horas e 52 minutos, com fator de capacidade de 86%. O último recorde tinha acontecido no dia 11 de setembro, quando foram produzidos 710 MW às 9h57min.

A geração eólica média diária no Nordeste também bateu recorde no dia 13 de setembro ao serem produzidos 7.716 MW médios, com um fator de capacidade de 76%. Segundo o ONS, esse volume de energia foi suficiente para atender 74% da carga do Nordeste no dia. O recorde anterior foi registrado no dia 12 de setembro, quando foram gerados 7.319 MW médios.

Considerando a produção total de energia eólica no páis, incluindo outras regiões, no último dia 13 atingiu 8.718 MW médios, representando 13,6% da geração total do país de 64.285 MW. Já a energia solar contribuiu com 0,5% da geração total de energia do país com um total de 372 MW médios.


Leia mais em: https://oglobo.globo.com/economia/geracao-de-energia-solar-dos-ventos-bate-recorde-no-nordeste-23069974

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

CCEE alerta para déficit de energia incentivada em 2019

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou nesta quinta-feira, 13 de setembro, um estudo sobre a oferta de energia incentivada para atender os consumidores especiais em 2019. O levantamento aponta para um déficit de 539 MW médios ao longo do próximo ano, em decorrência do retorno do comprometimento dos montantes liberados nos mecanismos de descontratação realizados para 2018.
“No entanto, é preciso ressaltar que novas liberações de energia especial comprometida no ACR poderão ocorrer pelo Mecanismo de Venda de Excedentes, regulamentado pela REN Nº 824/2018, visto que houve restrição de liberação por meio do MCSD de Energia Nova para o próximo ano. Há ainda potencial de liberação de lastro de 952 MW médios, caso os consumidores especiais enquadrados na Lei 13.360/2016 exerçam os direitos a eles concedidos, de opção de fornecedor de energia elétrica convencional”, disse em nota a CCEE.
Para este ano, o levantamento indica sobra de 942 MW médios. “O cenário é confortável para a operação do mercado neste último trimestre, mas é preciso atenção para o atendimento dos consumidores especiais a partir de 2019, pois há uma grande dependência da realização de mecanismos de descontratação de energia incentivada. O histórico tem demonstrado a eficácia destas medidas para o equilíbrio do mercado”, comentou Carlos Dornellas, gerente de monitoramento da CCEE.
Quando a disponibilidade de energia incentivada é analisada, as cessões de MCSD de Energia Nova realizadas pela CCEE apresentam papel crucial. O MCSD A4+ liberou de forma permanente 351 MW médios e o MCSD A-1 alcançou a marca de 1.132 MW médios, somados aos 113 MW médios disponibilizados pelo MCSD A-0. Além disso, os acordos bilaterais liberaram 293 MW médios.
A sobra para 2018 também é impactada pelo menor nível de migração dos consumidores para o mercado livre, 12% de redução ao mês durante o ano. As cargas de menor porte (até 0,4 MW médios) representam a maior parcela das migrações (79%) com consumo médio de 0,14 MW médios.
Vale ressaltar que, a partir de janeiro de 2019, consumidores com carga igual ou superior a 3.000 kW e atendidos em tensão inferior a 69 kV poderão optar pela compra de energia elétrica convencional. Essa nova regulação gera um potencial de liberação de energia incentivada de 945 MW médios, caso os consumidores exerçam o direito concedido.

leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53074924/ccee-alerta-para-deficit-de-energia-incentivada-em-2019

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Energia solar pode evitar o uso de térmicas fósseis, aponta estudo da Absolar

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) identificou oportunidade de redução da conta de luz dos consumidores brasileiros, por meio da contratação da fonte solar fotovoltaica em novos leilões de energia do Governo Federal, como forma de aliviar a pressão sobre os recursos hídricos, reduzir os recorrentes despachos de usinas termelétricas fósseis e reduzir as emissões de gases de efeito estufa do País.
Segundo estudo da entidade, os brasileiros poderiam ser beneficiados com uma economia de entre R$ 2 e 7 bilhões nas contas de luz em menos de cinco anos, via complementação da matriz elétrica brasileira com a fonte solar fotovoltaica, especialmente no subsistema elétrico da região Nordeste, região mais afetada pela seca e pela falta de disponibilidade de recursos hídricos para operação das hidrelétricas da região. A medida evitaria, também, a liberação de entre 15,4 e 17,9 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera no mesmo período, contribuindo para o cumprimento dos compromissos brasileiros de redução de emissões de gases de efeito estufa,
assumidos junto ao Acordo de Paris.
O presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, recomendou um debate aprofundado com relação à recentemente proposta divulgada pelo Ministério de Minas e Energia de contratar novas termelétricas fósseis a gás natural para o atendimento da região Nordeste.
“Porque trocar termelétricas antigas por outras termelétricas, quando poderíamos estar substituindo as termelétricas fósseis por usinas baseadas em renováveis, a preços menores? Temos um imenso potencial renovável subutilizado e que reduziria não apenas os custos financeiros, mas também os custos ambientais, de poluição e de gases de efeito estufa, de uma maneira muito mais efetiva e contundente. Outros países do mundo já começam a contratar renováveis com armazenamento para fins de segurança energética, com preços competitivos e sem emissões de gases de efeito estufa”, questiona Koloszuk.
O trabalho técnico identificou déficit estrutural de garantia física na matriz elétrica brasileira, ou seja, a necessidade de complementar a geração de energia elétrica, como medida de segurança de suprimento, para atender a projeção de demanda presente e futura. Nos últimos anos, tal complementação tem sido realizada através do acionamento recorrente de termelétricas emergenciais, de custo mais elevado e com emissões de gases de efeito estufa, com consequente repasse destes custos à população. Isso contribui para os aumentos tarifários muito superiores à inflação repassados aos consumidores desde 2013.
“O parque gerador da matriz elétrica brasileira precisa ser robusto o suficiente para atender a demanda projetada, mesmo em cenários adversos, durante períodos de estiagem, e com margem de segurança capaz de assegurar o suprimento e minimizar o risco de déficit, ou seja, de apagões para a população. A fonte solar fotovoltaica pode ser parte estratégica desta solução, sendo uma fonte competitiva e de rápida implantação”, esclarece o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia.
As termelétricas mais caras do país foram ativadas nos últimos anos como uma medida de segurança de suprimento, por conta da severa crise hídrica que diminuiu a capacidade de geração de energia elétrica das hidrelétricas. Esta medida foi retomada em 2018, levando o país a estabelecer, por meses consecutivos, a “bandeira tarifária vermelha nível 2”, maior patamar de tarifa previsto no setor e que indica elevação no uso de termelétricas fósseis onerosas para suprir a demanda brasileira.
Como resultado desta medida, que visa evitar um novo apagão, os consumidores brasileiros terão de pagar uma conta extra que já soma centenas de milhões de reais para cobrir os custos mensais de operação das usinas fósseis emergenciais em operação.
Para aliviar os custos sobre a sociedade brasileira, o estudo da Absolar aponta que existem formas de superar estes desafios econômicos e ambientais: diversificando a matriz elétrica nacional, com a expansão de fontes renováveis competitivas, a exemplo da fonte solar fotovoltaica, capaz de produzir mais energia elétrica justamente em períodos de pouca chuva e sol intenso.
“A ampliação planejada da fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira contribuiria significativamente para reduzir o acionamento das termelétricas fósseis mais onerosas ao país, diminuindo custos aos consumidores, reduzindo emissões de gases de efeito estufa e aliviando a pressão sobre os recursos hídricos na geração de energia elétrica. Simultaneamente, a medida promoveria a geração de empregos locais qualificados, proporcionando ganhos de renda para a população e contribuindo para a retomada da economia nacional” destaca Sauaia.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53074744/energia-solar-pode-evitar-o-uso-de-termicas-fosseis-aponta-estudo-da-absolar

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Projeção do BNDES aponta para retração nos investimentos no setor elétrico

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta terça-feira, 11 de setembro, as perspectivas de investimento no país para os próximos quatro anos (2018-2021), considerando um mapeamento dos planos de investimento em 20 setores da economia, sendo 12 da indústria e oito da infraestrutura. Os investimentos em perspectiva alcançam R$ 1,03 trilhão, o que corresponde a uma média anual de R$ 258 bilhões. Veja tabela no final.
Segundo o BNDES, a última vez em que os valores mapeados superaram essa marca foi no levantamento feito em meados de 2015 para o período de 2015 a 2018. A perspectiva é de crescimento real de 1,9% a.a., em média, nos investimentos ao longo de 2018 a 2021, mostrando uma melhora significativa nas expectativas comparadas ao levantamento anterior, feito no segundo semestre de 2017, quando a projeção era de queda de 3,1% a.a., em média, nos investimento de 2017 a 2020.
As projeções, porém, apontam para uma retração de 2% a.a. no setor de infraestrutura, principalmente por conta do setor de energia elétrica. Em 2017, o setor elétrico investiu R$ 61,1 bilhões. Para o período de 2018 a 2020, a perspectiva é de R$ 160,3 bilhões em novos investimentos, ou seja, uma média anual de R$ 40,1 bilhões, o que representa uma retração de 16,2% a.a.
“Embora a retomada da economia seja um fator positivo, vislumbra-se a necessidade de sustentar o crescimento econômico por um período mais prolongado para que os investimentos no setor voltem a crescer”, diz em nota o BNDES.

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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Brasil atinge 350 MW em geração solar distribuída

O Brasil atingiu a marca de 350 MW de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída fotovoltaica em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos. Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a fonte baseada na conversão direta dos raios solares em energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99,4% das instalações do país.

Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 76,7% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (16,1%), consumidores rurais (3,8%), indústrias (2,5%), poder público (0,8%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,01%).

Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar, com 43,3% da potência instalada no território nacional, seguidos de perto por consumidores residenciais (37,4%), indústrias (9,2%), consumidores rurais (6,5%), poder público (3,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,4%) e iluminação pública (0,02%).

De acordo com a Absolar, o Brasil possui hoje 37.107 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental a 44.727 unidades consumidoras e somando mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões. O Estado de Minas Gerais lidera o ranking nacional, com 22,10% da potência instalada, seguido pelo Rio Grande do Sul (14,16%), São Paulo (12,63%), Santa Catarina (7,09%) e Paraná (5,43%).

O presidente do Conselho de Administração da entidade, Ronaldo Koloszuk, ressaltou que o crescimento é impulsionado por três fatores principais: a forte redução de mais de 75% no preço da energia solar ao longo da última década; ao forte aumento nas tarifas de energia elétrica dos consumidores brasileiros, pressionando o orçamento de famílias e empresas; e o aumento no protagonismo e na responsabilidade socioambiental dos consumidores, cada vez mais dispostos a economizar dinheiro e ajudando, simultaneamente, a preservação do meio ambiente.

Koloszuk se mostra otimista em relação ao avanço para a fonte no Brasil, com a certeza de crescimento do setor nos próximos anos e décadas. “Com mais de 82 milhões de unidades consumidoras e um interesse crescente da população, das empresas e também dos gestores públicos em aproveitar seus telhados, fachadas e coberturas para gerar energia renovável localmente a partir do sol, estamos economizando dinheiro e contribuindo na prática para a construção de um país mais sustentável e com mais empregos locais e qualificados”, comentou Koloszuk.

Para o CEO da Absolar, Dr. Rodrigo Sauaia, o país tem excelente recurso solar e possui condições privilegiadas para se tornar uma liderança mundial na área. Levantamento realizado pelo Ibope Inteligência em 2018 apontou que 9 em cada 10 brasileiros quer gerar energia renovável em casa. “Além disso, pesquisas realizadas pelo Ibope Inteligência em 2018 e 2017, pelo Datafolha em 2016 e pelo DataSenado em 2015 comprovaram que a fonte fotovoltaica conta com amplo apoio de mais de 85% da população brasileira”, ressaltou Sauaia.


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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

PLD sobe e fica em R$ 496,28/MWh

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica informa que o Preço de Liquidação das Diferenças para o período entre 8 e 14 de setembro foi fixado em R$ 496,28/MWh em todos os submercados, alta de 2% no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Nordeste. No Norte, o aumento foi de 1% com o preço ficando equalizado com os demais submercados.
Em termos percentuais, as afluências previstas para a segunda semana do mês no Sistema estão 10% mais altas, variação de 3.500 MW med em energia. Esta elevação foi totalmente influenciada pelo aumento previsto no Sul, cuja expectativa passou de 90% para 129% da média histórica. Já nos demais submercados, a expectativa é de afluências mais baixas com queda de um ponto percentual no Norte e de dois pontos percentuais no Nordeste. A redução das afluências no Sudeste – de 73% ante os 79% da média – foi a principal responsável pela elevação do PLD.
Outro fator que contribuiu para o aumento dos preços foi a redução da disponibilidade de geração hidráulica, que está cerca de 2.700 MW med mais baixa que a esperada anteriormente. Para a próxima semana, a previsão é de que a carga fique em torno de 285 MW med inferior ao esperado com redução apenas no Sudeste, com queda de 395 MW med. No Nordeste, a expectativa é de que a carga fique 110 MW med mais alta, enquanto permaneça inalterada no Sul e no Norte.
Já os níveis dos reservatórios do Sistema ficaram cerca de 2.650 MW med acima do esperado com elevação em todos os submercados, principalmente no Sul, com acréscimo de 2.150 MW med. As demais altas foram de 205 MW med no Sudeste, 155 MW med no Nordeste e de 140 MW med no Norte. O fator de ajuste do MRE para setembro foi revisto de 59,8% para 57,9%. O ESS estimado para o período é de R$ 156 milhões, sendo R$ 27,8 milhões referentes apenas à restrição operativa e os R$ 129 milhões restantes por conta da segurança energética, em despacho autorizado pelo CMSE.

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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Consumo de energia aumenta 1,3% em agosto, afirma CCEE

O consumo de energia no país durante o mês de agosto cresceu 1,3% quando comparado ao mesmo período do ano passado. É o que indica os dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de agosto pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e que constam na última edição boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

Ao longo de agosto, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN foi de 60.248 MWmédios, montante de energia superior aos 59.502 MWmédios consumidos em agosto de 2017.

No Ambiente de Contratação Regulado o consumo ficou praticamente estável, com 0,1%, número que incorpora na análise a migração de consumidores para o mercado livre. Caso esse movimento fosse desconsiderado, haveria aumento de 1,1% no consumo. Já no Ambiente de Contratação aumentou 4% no consumo de energia, índice que inclui as cargas oriundas do ACR na análise. O incremento seria menor, cerca de 1,5%, caso o movimento dos agentes fosse descartado.

Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos extração de minerais metálicos e químico foram os segmentos com maior aumento no consumo, com 4,9%, 4,8% e 4,4%, quando a migração é desconsiderada. Por outro lado, o ramo têxtil de comércio e de transportes apresentaram os maiores índices de retração dentro do mesmo cenário sem migração: 3,5%, 3,1% e 2,7% respectivamente.

O Boletim também apresenta estimativa da produção das hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em agosto, equivalente a 59,8% de suas garantias físicas, ou 38.972 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 71%.

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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Projetos de fazendas de energia solar cativam financiadores

A conta de luz em alta está impulsionando a geração compartilhada. Os projetos de fazendas de energia solar têm recebido cada vez mais financiamentos, conta um executivo do setor financeiro. É um dos ramos que tem a análise mais simpática dos comitês de investimentos. No banco dele, já são mais de 30 iniciativas dessas.

A demanda pela novidade vem de redes de varejo e de serviços, que conseguem comprar por R$ 350 o megawatt-hora, ou 70% a menos do que as distribuidoras tradicionais cobram. É uma combinação rara. Os contratos longos com boas pagadoras acabam reduzindo o custo do financiamento das fazendas.

O executivo conta que a maioria dos novos projetos está em Minas Gerais, que tem só uma distribuidora, a Cemig. Uma exigência do modelo é que a fazenda entregue a energia para a mesma distribuidora que atende os imóveis. Ao menos duas grandes redes de farmácias e uma de concessionárias de veículos aderiram à geração compartilhada no estado. Elas alugam cotas das fazendas e pagam apenas um valor pelo uso da rede da distribuidora. Fogem, assim, dos altos custos da energia. Nos últimos 18 meses, o preço da energia elétrica subiu 18%, em média, no país. A tendência é que continue em alta.


Leia mais em: https://blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/post/projetos-de-fazendas-de-energia-solar-cativam-financiadores.html

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Cientistas descobrem nova forma de transformar luz solar em combustível

Acadêmicos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, se tornaram os pioneiros em uma nova maneira de transformar luz solar em combustível. Um novo estudo, conduzido por pesquisadores da renomada instituição britânica, usou luz solar para extrair hidrogênio da água, o que é capaz de gerar uma fonte verde e ilimitada de energia renovável.

A técnica usada pelos pesquisadores é chamada de fotossíntese semi-artificial: consiste em "dividir" a água em hidrogênio e oxigênio, imitando a "lógica fotossintética" das plantas. Eles fizeram isso usando uma mistura de componentes biológicos e tecnologias produzidas pelo homem. O objetivo é explorar novas formas de produzir e armazenar energia solar.

O método desenvolvido pelos pesquisadores também conseguiu absorver mais luz solar do que a fotossíntese natural.

A fotossíntese é o processo que as plantas utilizam para converter a luz solar em energia. O oxigênio é produzido como subproduto da fotossíntese, quando a água absorvida pelas plantas é "dividida". É uma das reações mais importantes do planeta porque é a fonte de quase todo o oxigênio do mundo. Ja o hidrogênio que é produzido nesse processo é considerado uma potencial fonte de energia renovável poderosa.

PESQUISADORES PREVÊEM REVOLUÇÃO NA ENERGIA RENOVÁVEL

A pesquisa pode, a partir de agora, ajudar a revolucionar os sistemas usados para produção de energia renovável. Um artigo sobre o estudo, publicado esta semana na revista "Nature Energy", descreve como os acadêmicos do Laboratório Reisner, em Cambridge, desenvolveram sua plataforma para obter uma divisão de água movida à energia solar.

— A fotossíntese natural não é eficiente porque evoluiu meramente para sobrevivência, de modo que reduz a quantidade mínima de energia necessária, que seria de cerca de 1% a 2% do que poderia potencialmente converter e armazenar — diz Katarzyna Sokó, primeira autora da pesquisa e estudante de doutorado em Cambridge.

A fotossíntese artificial existe há décadas, mas ainda não foi usada com sucesso para criar energia renovável, pois depende do uso de catalisadores, que geralmente são caros e tóxicos. Isso significa que ainda não pode ser usada para ampliar as descobertas em um nível industrial.

A pesquisa de Cambridge faz parte do campo emergente da fotossíntese semi-artificial, que visa superar as limitações da fotossíntese totalmente artificial, usando enzimas para criar a reação desejada.

A pesquisadora Katarzyna Sokó espera que as descobertas permitam o desenvolvimento de novos sistemas de modelos inovadores para conversão de energia solar.

— É emocionante — descreve ela. — Essa poderia ser uma ótima plataforma para o desenvolvimento de tecnologias solares. A abordagem poderia ser usada para unir outras reações, ver o que pode ser feito, aprender com essas reações e depois construir peças sintéticas e mais robustas de tecnologia de energia solar.

Este modelo é o primeiro a criar, com sucesso, um sistema de fotossíntese semi-artificial impulsionado puramente pela energia solar.

O pesquisador Erwin Reisner, chefe do Laboratório Reisner, da Universidade de Cambridge, e um dos autores do artigo, descreveu a pesquisa como um "marco":

— Este trabalho supera muitos desafios difíceis associados à integração de componentes biológicos e orgânicos em materiais inorgânicos para a montagem de dispositivos semi-artificiais e abre um novo horizonte para o desenvolvimento de futuros sistemas de conversão de energia solar.


Leia mais em: https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/cientistas-descobrem-nova-forma-de-transformar-luz-solar-em-combustivel-23035802

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Leilão A-6 contrata 2,1GW de potência e viabiliza R$ 7,68 bilhões em investimentos

O leilão A-6 terminou nesta sexta-feira, 31 de agosto, após quase quatro horas de competição com a contratação de 2.100 MW de capacidade, correspondente a 1.228 MW médios. Foram viabilizadas 48 projetos da fonte eólica (1.250 MW), três termelétricas (391 MW) e 11 usinas hídricas (457,7 MW). Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os empreendimentos demandarão R$ 7,68 bilhões de novos investimentos.

De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o preço médio de venda do leilão foi R$ 149,87/MWh, representando um deságio médio de 46,89%, o que significa uma economia de R$ 20,9 bilhões aos consumidores brasileiros.

O preço médio final das hídricas foi de R$ 181,48/MWh, das eólicas R$ 90,45/MWh e das térmicas R$ 179,85/MWh. Entre as geradoras vencedoras estão Eneva, Copel, Neoenergia, CPFL Renováveis, EDP Renováveis. Destaque para hidrelétrica Baixo Iguaçu (Copel/Neoenergia), que vendeu uma expansão, e para térmica a gás natural Parnaíba (Eneva).

A fonte eólica apresentou deságio de 60,15% frente ao preço teto de R$ 227/MWh. A fonte hídrica apresentou deságio de 37,42% frente ao preço inicial de R$ 290/MWh e a fonte térmica apresentou deságio de 41,61% frente ao teto de R$ 308/MWh. O menor preço da eólica foi de R$ 87/MWh. No total, 19 distribuidoras comparam energia. A maior compradora foi a Ceron, seguida por Cemig e Celesc.

Estados que viabilizaram mais projetos foram Rio Grande do Norte (742,3 MW), Bahia (508,4 MW), Paraná (427,2 MW) e Maranhão (353,2 MW).

O prazo de suprimento para os empreendimentos hidrelétricos é de 30 anos e para a fonte eólica, de 20 anos. Para os projetos de geração a partir de termelétrica, o prazo de suprimento é de 25 anos. Os projetos precisarão entrar em operação em 1º de janeiro de 2024.

O leilão A-6 de 2018 é o primeiro certame em que a fonte eólica será contratada na modalidade por quantidade, em que os riscos são assumidos pelo gerador, em função da maturidade dessa fonte e de sua competitividade.

O leilão  começou com quase sete horas de atraso por conta de uma decisão judicial do Tribunal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. O tribunal concedeu uma liminar para uma empresa que questionava o processo de habilitação dos empreendimentos. Após horas de embate jurídico, a Advocacia Geral da União (AGU) conseguiu reverter a sentença do TRF, alegando que a suspensão do leilão ameaça diretamente o interesse público. O leilão começou às 16h40.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) registrou o cadastramento de 1.090 projetos para o leilão, totalizando 59.116 MW de potência instalada. Desse montante, 928 projetos referem-se a empreendimentos eólicos, 66 de PCHs, sete de UHE’s, 23 de CGHs, 25 de termelétricas a biomassa, dois de termelétricas a carvão e o restante (39), de termelétricas a gás natural.


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