terça-feira, 31 de julho de 2018

Previsão de carga é reduzida para 1,6% em 2018

A atual projeção do desempenho da carga nacional de energia elétrica aponta para um crescimento de 1,6% em 2018 e 2,7% em 2019. Essas foram as únicas mudanças trazidas na 2ª Revisão de Carga em relação ao documento anterior, elaborado em parceria entre o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Segundo o documento disponibilizado nesta segunda-feira, 30 de julho, impactaram negativamente no desempenho da carga de 2018: redução das projeções de crescimento do PIB; greve dos caminhoneiros; situação fiscal do país; e disputa eleitoral.
A taxa média anual de crescimento da carga entre 2018 e 2022 está prevista em 3,4% a.a. e a redução em relação à 1ª Revisão Quadrimestral, utilizada a partir do PMO de maio de 2018, foi da ordem de 1.100 MW médio.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53069898/previsao-de-carga-e-reduzida-para-16-em-2018

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Bandeira será vermelha patamar 2 em agosto, pelo terceiro mês consecutivo

A bandeira tarifária de agosto será vermelha patamar 2, movimento que se mantém pelo terceiro mês consecutivo desde o inicio do período seco em maio desse ano. Ela vai representar custo adicional na conta de energia do consumidor de R$ 5 a cada 100 kWh consumidos.
A explicação da Agência Nacional da Energia Elétrica para a manutenção da bandeira no nível de custo mais elevado é que as condições hidrológicas continuam desfavoráveis e houve redução no nível de armazenamento dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional. Nesse cenário de custos elevados pelo aumento do risco hidrológico, o Preço de Liquidação das Diferenças, que é usado nas operações do mercado de curto prazo atingiu seu valor máximo de R$ 505,18/MWh. Ambos os fatores influenciam a cor da bandeira.
O mecanismo adotado pela Aneel desde janeiro de 2015 sinaliza para o consumidor o aumento no custo de geração de energia, especialmente nos meses em que o Operador Nacional do Sistema Elétrico é obrigado a despachar um maior numero de usinas termelétricas.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53069720/bandeira-sera-vermelha-patamar-2-em-agosto-pelo-terceiro-mes-consecutivo

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Geração distribuída é ‘solução 3D’ para o setor de energia, diz Adriano Pires

A geração descentralizada, também conhecida como geração distribuída, já é uma realidade mundial. Barreiras sociais e ambientais, juntamente com altos custos de transmissão, e altas perdas de energia, tornaram os arranjos de energia centralizada mais desafiadores, abrindo uma oportunidade à inserção da produção de energia por novas abordagens.

Como resultado, a expansão da geração de energia ao redor do mundo tem se concentrado sobre arranjos descentralizados.

O movimento a favor da disseminação da geração descentralizada de energia elétrica ganhou, ainda, mais momentum após o Acordo de Paris de 2015. Com ele, muitos governos modificaram suas políticas para acelerar o desenvolvimento e a utilização de tecnologias energéticas descentralizadas.

Normalmente, essas políticas começam com um mecanismo financeiro para os interessados ​​em investir em tais tecnologias. À medida que os gargalos são aliviados, o governo reduz gradualmente os incentivos.

A expansão da geração descentralizada vem ocorrendo, sobretudo, por meio do uso de energia renovável, entre elas a solar. Porém, a intermitência deste tipo de energia adiciona um novo fator de risco à segurança do sistema elétrico.

Sem baterias de elevadíssima capacidade de armazenamento de energia, a otimização dos sistemas de transmissão e distribuição passa, inexoravelmente, pela digitalização das redes.

É a digitalização que calibrará os diferenciais entre oferta e demanda de eletricidade, contornando com rapidez possíveis descompassos oriundos da falta de flexibilidade do sistema.

Pode-se dizer que a geração distribuída por energia solar é uma solução “3D”: consonante com a necessidade de descarbonização, descentralização e digitalização do sistema elétrico.

No Brasil, as características da geração distribuída por energia solar se revelam ainda mais disruptoras, por termos um sistema calcado na geração centralizada e sujeito a uma regulação intervencionista, onde o contribuinte sempre acaba pagando a conta.

Sob a realidade da geração descentralizada por fonte solar, os esforços de expansão da rede obedecem às características de livre mercado e precisam de arcabouço regulatório ágil e flexível.

A disseminação do uso da energia solar passa pela a quebra de paradigmas como dos papéis do produtor e do consumidor. A figura do prosumer – a união entre producer e consumer – deve ser mais difundida.

No caso da energia solar, o prosumer é representado pela geração elétrica por painéis fotovoltaicos dos segmentos residencial, comercial e de pequenas e médias propriedades rurais.

Esses segmentos vêm comandando a expansão do uso da energia solar, impulsionados por resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que estabeleceu o sistema Net Energy Metering como referência de medição do país e definiu as características dos sistemas mini e microgeração distribuída.

Ainda que o arcabouço regulatório atual e o barateamento da tecnologia de painéis fotovoltaicos sirvam de incentivo à geração solar, os equipamentos ainda são muito caros para a realidade nacional, acendendo uma luz vermelha sobre as formas de financiamento existentes.

Linhas de financiamento atrativas, somadas aos níveis atuais das tarifas de energia elétrica do mercado cativo, tornam os investimentos em mini e microgeração por painéis fotovoltaicos mais convidativos, pois o payback dos projetos será mais curto.

O incentivo feito por linhas de financiamento mais atraentes para a compra de painéis fotovoltaicos, não seria inédito. A Caixa Econômica Federal tem parcerias com distribuidoras de gás locais para a compra do kit de GNV, e esse modelo poderia ser aplicado à geração solar.

Além dos atrativos de uma linha de financiamento popular, a capilaridade das operações da Caixa e sua interação com a população seria a solução adequada para financiar a expansão da geração de energia elétrica por fonte solar.

Leia mais em: https://www.poder360.com.br/opiniao/economia/geracao-distribuida-e-solucao-3d-para-o-setor-de-energia-diz-adriano-pires/

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Equatorial faz lance único e compra a Companhia de Energia do Piauí

A Equatorial Energia comprou nesta quinta-feira (26) a Companhia de Energia do Piauí (Cepisa), no 1º leilão de privatização de distribuidoras controladas pela Eletrobras, realizado na sede da B3 (antiga BM&F Bovespa), em São Paulo. A empresa foi a única a dar lance no leilão.

O leilão da Cepisa foi tratado pelo governo como primordial para dar uma sinalização positiva para o mercado e acionistas da Eletrobras.

Sobre o fato de uma única empresa se interessar pela Cepisa, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse que "o objetivo do governo era começar" (o processo de venda das distribuidoras). Ele acrescentou ainda que a Equatorial é um grande grupo e bem preparado para atender o Piauí "com energia barata e de boa qualidade", uma vez que já está presente no Nordeste

A Equatorial Energia é uma holding que controla a Cemar, no Maranhão, e a Celpa, no Pará, e tem importante participação no capital da Termoelétrica Geranorte. De capital pulverizado, a companhia tem entre seus acionistas a Blackrock, Opportunity e Squadra Investimentos, além de 69,7% de participação de administradoras e minoritários.

Cepisa é primeira distribuidora da Eletrobras a ser concedida à iniciativa privada (Foto: Karina Almeida/Arte G1) Cepisa é primeira distribuidora da Eletrobras a ser concedida à iniciativa privada (Foto: Karina Almeida/Arte G1)
Cepisa é primeira distribuidora da Eletrobras a ser concedida à iniciativa privada (Foto: Karina Almeida/Arte G1)
Em fevereiro, a assembleia da Eletrobras aprovou a venda das distribuidoras. Decidiu, ainda, assumir R$ 11,2 bilhões em dívidas das empresas. Se as distribuidoras não forem vendidas, a Eletrobras fará a liquidação das empresas, ou seja, encerrará a operação, medida que poderia custar pelo menos R$ 16,6 bilhões à estatal.


Redução da tarifa para consumidores
Ao oferecer um lance com índice de deságio de 119 pontos, a Equatorial abriu mão de toda a flexibilização tarifária e ainda pagará uma outorga ao governo para assumir o controle da Cepisa. A nova dona da distribuidora também se compromete a fazer um aporte de mais de R$ 700 milhões em investimentos.

Com a privatização, a redução de tarifas para o consumidor será da ordem de 8,5%, segundo a Aneel. O diretor-geral da agência, Romeu Rufino, explicou que a tarifa da Cepisa foi flexibilizada há cerca de 2 anos em 8,52% para corrigir problemas de custos na concessão. Ao arrematá-la, a Equatorial abriu mão desse "reajuste", o que tornará a energia mais barata para os consumidores.

Pelas regras do leilão, seria declarada vencedora a empresa que ofertasse o maior desconto da tarifa de energia (deságio). Por decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o deságio mínimo foi fixado em 61,31% do reajuste extraordinário de 8,52% concedido à Cepisa há cerca de 2 ano pela Aneel, o que garantia uma redução de, pelo menos, 5,22% na tarifa de energia para os consumidores do estado.

Segundo o ministro da Secretaria-geral da Presidência da República, Ronaldo Fonseca, a proposta da Equatorial garantirá ainda ao governo uma arrecadação de mais de R$ 95 milhões.
Presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda, e diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino (Foto: Luísa Melo/G1) Presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda, e diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino (Foto: Luísa Melo/G1)
Presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda, e diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino (Foto: Luísa Melo/G1)

Diante das dívidas de R$ 2,4 bilhões da empresa, foi fixado para a licitação um valor simbólico de R$ 50 mil. Como o oferta da Equatorial superou o deságio de 100%, será calculado também um valor de uma outorga a ser paga à União.

O ministro avaliou o leilão como um sucesso e que o fato de haver apenas uma proponente não importa. "O que importa é o que fica para o consumidor", afirmou Ronaldo Fonseca.

"Esse ativo é muito a nossa cara", disse o presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda, acrescentando que a empresa também tem interesse nas demais distribuidoras que serão leiloadas. Segundo ele, o fato de a companhia já estar presente no leste do Maranhão permitirá ganhos de sinergia.

Sobre a possível demissão de atuais funcionários da Cepisa, o presidente da Equatorial disse que haverá diálogo e que a preferência da empresa é sempre pela “prata da casa”.

Plano de privatização
O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, afirmou nesta quinta que a privatização busca dar "racionalidade" ao sistema, melhorando o sistema, e não capitalizar a Eletrobras.

Ao todo, serão privatizadas seis distribuidoras de energia controladas pela Eletrobras. Além da Cepisa, ainda serão vendidas:

Amazonas Distribuidora de Energia;
Boa Vista Energia;
Centrais Elétricas de Rondônia;
Companhia de Eletricidade do Acre;
Companhia Energética de Alagoas.
As distribuidoras de energia da Eletrobras enfrentam prejuízos recorrentes, além de problemas em atender metas de qualidade dos serviços e de equilíbrio financeiro definidas pela Aneel. Das seis distribuidoras a serem leiloadas, cinco descumpriram nos últimos dois anos os parâmetros de qualidade.

Em 2016, a Eletrobras decidiu não renovar a concessão das distribuidoras e, desde então, tem operado as concessionárias de forma provisória. A decisão da estatal foi vender as distribuidoras e, caso a venda não ocorra, liquidá-las.

Ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, na abertura do leilão da Cepisa (Foto: Luísa Melo/G1) Ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, na abertura do leilão da Cepisa (Foto: Luísa Melo/G1)
Ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, na abertura do leilão da Cepisa (Foto: Luísa Melo/G1)

Problemas financeiros
Segundo a Advocacia Geral da União (AGU), juntas, as distribuidoras acumularam prejuízo de R$ 4,5 bilhões no ano passado.

Apesar de parte da dívida ter sido assumida pela Eletrobras, algumas empresas enfrentam problemas financeiros que ainda precisam ser resolvidos por um projeto de lei aprovado em junho na Câmara dos Deputados, mas que aguarda aprovação do Senado.

Para aguardar a aprovação do projeto, o governo decidiu adiar para 30 de agosto o leilão de quatro distribuidoras: Amazonas Distribuidora de Energia; Boa Vista Energia; Centrais Elétricas de Rondônia; e Companhia de Eletricidade do Acre.

O leilão da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) está suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

A venda das distribuidoras é considerada como uma primeira etapa para a privatização da da própria Eletrobras, cujo leilão de venda é considerado cada vez mais improvável para esse ano. No final de maio, o governo retirou do Orçamento a previsão de arrecadação extra de R$ 12,2 bilhões no ano com a privatização da Eletrobras, devido à demora na tramitação do projeto que libera essa operação.

O argumento do governo e da companhia é que a Eletrobras ficará mais atrativa para investidores assim que se livrar das distribuidoras, que são fortemente deficitárias.


Leia mais em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/07/26/equatorial-compra-a-companhia-de-energia-do-piaui.ghtml

quarta-feira, 25 de julho de 2018

BNDES desembolsa R$ 4,04 bilhões para energia no primeiro semestre

Dos R$ 27,7 bilhões desembolsados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social de janeiro a junho deste ano, R$ 4,08 bilhões foram para a área de energia elétrica, representando um recuo de 37%. Os desembolsos para o setor representaram 14,7% do valor total dispendido pelo banco. Nos últimos doze meses, os desembolsos para a energia chegaram a R$ 11,4 bilhões, número 1% menor que o do primeiro semestre do ano passado. A área de infraestrutura, onde energia está inserida foi a que mais teve desembolsos no semestre, com R$ 11,02 bilhões. Em doze meses, foram R$ 25,7 bilhões.

Na parte de aprovações, o setor elétrico conseguiu este ano R$ 6,24 bilhões, novamente liderando na área de infraestrutura, que teve R$ 10,7 bilhões aprovados. Houve queda de 25%. O total de aprovações chegou a R$ 30,2 bilhões, um recuo de 10% na comparação com 2017. Nos últimos dozes meses, as aprovações para energia chegaram a R$ 12,9 bilhões. Em 12 meses, as aprovações para os projetos de infraestrutura chegaram a R$ 27,2 bilhões.

Os enquadramentos do BNDES para projetos de energia no semestre chegaram a R$ 8,3 bilhões, 25% a menos que no mesmo período do ano passado. Eles representam 17,6% de um total de R$ 47,4 bilhões enquadrados pelo banco. A área de infraestrutura teve R$ 18,6 bilhões em projetos enquadrados, ficando com 39,2% do total e energia foi a área com melhor desempenho. Em 12 meses, os enquadramentos para energia somaram R$ 15,4 bilhões, uma queda de 5%, enquanto o total ficou em R$ 93,5 bilhões

Nas consultas, que somaram R$ 49,7 bilhões no semestre, R$ 8,5 bilhões vieram da área de energia, diminuindo 25% na comparação com o primeiro semestre do ano passado. As consultas para infraestrutura ficaram em R$ 19,3 bilhões e energia representou 17,2% do total consultado. Em doze meses, o BNDES registrou R$ 15,7 bilhões em consultas para projetos de energia, o que significa um recuo de 8%. O total de consultas chegou a R$ 100,9 bilhões.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53069329/bndes-desembolsa-r-404-bilhoes-para-energia-no-primeiro-semestre

terça-feira, 24 de julho de 2018

Petrobrás vai gerar energia eólica no mar

Inédita no Brasil, a geração de energia eólica no mar começa a dar seus primeiros passos no País pelas mãos da Petrobrás. O negócio promete ser tão bem sucedido quanto a geração eólica em terra, disse o diretor de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão da estatal, Nelson Silva. A licitação para a instalação de uma planta-piloto da empresa no Rio Grande do Norte será feita ainda este ano, revelou o executivo, que aguarda o licenciamento do projeto no Ibama para iniciar o processo.

A ideia é instalar torres de geração eólica, ou aerogeradores no jargão do setor, ao lado de plataformas em campos rasos do Nordeste, região brasileira com maior potencial para gerar energia a partir do vento. “A vantagem no offshore (no mar) é que se espera um fator de capacidade maior do que em terra”, explicou Silva. A previsão é que a planta-piloto comece a funcionar em 2022.

O fator de capacidade do Brasil, índice que mede o grau de aproveitamento dos aerogeradores para produzir energia eólica, é um dos maiores do mundo. Em janeiro, complexo eólico no Ceará, de propriedade da Echoenergia teve média do fator de capacidade superior a 60% ante 25% da média mundial. A vantagem da geração no mar, dizem especialistas, é que os aerogeradores, ou turbinas eólicas, podem ter capacidade maior do que os instalados em terra.

O Brasil começou a gerar energia eólica em 2005 – pouco menos do que 30 megawatts (MW). Em 2009, quando ocorreu o primeiro leilão do governo incluindo a oferta de empreendimentos eólicos, o Brasil gerava 600 MW. Hoje, essa geração ultrapassa os 13 mil MW e, somente com os leilões já realizados, deve atingir 17,8 mil MW em 2023. Atualmente, a geração eólica abastece 10% da população brasileira, ou 22 milhões de pessoas, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

“A média da capacidade dos aerogeradores do Brasil em terra gira em torno de 2 megawatts, mas no mar já tem máquina operando com 8 megawatts”, informa o presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Jean-Paul Prates, um dos primeiros defensores da inclusão da energia eólica como fonte de geração de energia no Brasil. Esta semana, ele promove no Rio Grande do Norte o 10.º Fórum Nacional Eólico, onde o tema será discutido, precedendo a maior feira do setor, a Brazil Windpower, que terá pela primeira vez um painel dedicado apenas à geração eólica offshore, com participação da Petrobrás.

Segundo o Ibama, a Petrobrás entrou com o pedido de licença ambiental para a planta-piloto de geração eólica offshore em maio e o órgão já emitiu o Termo de Referência para que a empresa elabore o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) para obter autorização. Pelo fato de já ter um equipamento no campo (plataforma), o Ibama já possui estudo ambiental do local, informou o órgão.

Se o projeto se mostrar economicamente viável, a expectativa do diretor da Petrobrás é de que seja a primeira de uma série de unidades que irão comercializar energia elétrica no mercado brasileiro a partir da geração eólica no mar. Para acelerar os investimentos, a estatal busca a parceria de empresas com experiência no segmento, como a francesa Total e a norueguesa Equinor (ex-Statoil).

“Vamos utilizar a experiência dessas empresas e os próprios dados que temos das medições das plataformas no Nordeste e da geologia do local, da medição de ventos e das marés”, explicou Silva. Segundo ele, a Petrobrás já está mais forte financeiramente e pode começar a olhar projetos de mais longo prazo e a investir em energia renovável.

Leia mais em:https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,petrobras-vai-gerar-energia-eolica-no-mar,70002412545

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Governo deixa de economizar milhões por ano sem uso de energia solar

Com potencial de gerar 170 vezes mais eletricidade do que a atual matriz brasileira, a energia solar ainda é subaproveitada no país, contribuindo com menos de 1%. Iniciativas pontuais, no entanto, revelam que investir em geração fotovoltaica é cada vez mais necessário e providencial para o Brasil, que, além de ser um país tropical, com muita irradiação solar, precisa conter os gastos. Se o governo federal replicar em todos os prédios públicos a instalação que cobre apenas o Ministério de Minas e Energia (MME) e, bem recentemente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), poderia economizar, pelo menos, R$ 200 milhões por ano em energia.

O gasto com eletricidade da administração federal em 2017 foi de R$ 2,083 bilhões. Em 2016, foi de R$ 2,156 bilhões. O recuo de 3,5% de um ano para outro já foi reflexo de algumas medidas de eficiência energética adotadas pelo Executivo, entre elas a instalação de um miniusina fotovoltaica na cobertura do MME. O sistema foi realizado no modelo de acordo de cooperação técnica entre a pasta e Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), sem ônus para o poder público, mas com custos de cerca R$ 500 mil. A potência de geração da miniusina é de 69 quilowatts (kW) ou 60 quilowatts pico (kWp), que equivale ao consumo de 23 residências de uma família média brasileira, com três a quatro pessoas consumindo 300 kWh por mês.

O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, explica que, na ocasião da implantação, se calculava que a usina seria capaz de gerar cerca de 7% do consumo do prédio do MME. “Um ano depois, um balanço apontou que contribuiu com 10%, porque os painéis fazem sombra, o que amenizou o calor nos andares mais altos e reduziu o consumo de ar-condicionado”, explica. “A geração solar pode garantir, pelo menos, 10% da energia nos demais prédios públicos, mas em alguns edifícios pode chegar a 90%, se for mais horizontal.”

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No caso da Aneel, que inaugurou a primeira etapa de uma usina fotovoltaica na sede em Brasília na última semana de junho, a geração solar vai garantir redução de 20% nos gastos com energia. Com investimento de R$ 1,8 milhão, a usina de microgeração distribuída, com 1.760 painéis de 1,65m² e potência de 510,40 kWp, vai gerar uma média de 710 megawatts hora (MWh) por ano. A agência também instalou um autoposto para abastecer carros elétricos. “A Absolar, recentemente, entregou ao Rodrigo Maia (deputado do DEM-RJ e presidente da Câmara dos Deputados) uma proposta de projeto técnico e econômico para instalação de energia solar nos anexos do Legislativo”, conta. Dependendo do tamanho do sistema, Sauaia estima investimento de R$ 2 milhões para economia líquida pode mais de 18 anos, uma vez que a vida útil dos equipamentos é de mais de 25 anos.

DESEMPENHO
O superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Aneel, Ailson de Souza Barbosa, explica que o projeto foi possível graças à elaboração de um contrato de desempenho, pioneiro no setor público e com potencial de expansão para outros órgãos. A obra foi incluída no Projeto de Eficiência Energética (PEE) da Companhia Energética de Brasília (CEB), que aportou os recursos para instalação do sistema. À medida que a usina gera, a fatura de energia da autarquia diminui. A agência continuará pagando o restante da fatura até amortizar o investimento e, quando o dinheiro voltar para a CEB, será aplicado em outros projetos de eficiência energética.

“O contrato é de ganha-ganha porque há o retorno do recurso, sem nenhuma gratuidade. Por enquanto, fizemos só o bloco H. Daqui a um mês devemos concluir mais dois blocos. A partir daí teremos economia de 20% em cima do consumo atual, que deve ser reduzido com outras medidas, como a otimização dos sistemas de ar-condicionado e de iluminação”, diz. Para Barbosa, a Aneel está dando o exemplo para o setor público com a instalação da usina. “O contrato de desempenho deve atrair o interesse de outros órgãos”, aposta.

Leia mais em: https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2018/07/22/internas_economia,974934/governo-deixa-de-economizar-milhoes-por-ano-sem-uso-de-energia-solar.shtml

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Energia solar cresceu 9 vezes no meio rural

O meio rural atingiu 15,8 megawatts de utilização operacional de energia solar fotovoltaica. Essa marca atual significa que este tipo de fonte cresceu nove vezes em 2017 e neste ano já dobrou o uso dessa tecnologia no campo.

“Os agricultores descobriram a energia solar fotovoltaica. São eles os responsáveis por levar o alimento do campo para as áreas urbanas, e passam, agora, a também ter uma complementação de renda, gerando energia elétrica para abastecer áreas urbanas e reduzir os seus gastos especificamente”, disse o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.

Segundo o presidente, essa é uma novidade interessante, porque a demanda tem se espalhado em diversos segmentos.

“O meio rural tem açudes usando energia solar fotovoltaica flutuante em Goiás. Tem projetos mais tradicionais de bombeamento e irrigação em Minas Gerais”, contou Sauaia.

Além do custo mais baixo, outra vantagem apontada por Rodrigo Sauaia para o uso desta tecnologia no campo é a de ela ser mais limpa.

“Muitos desses produtores rurais, às vezes para levar irrigação para uma área produtiva distante da rede elétrica, tinham que levar um gerador a diesel barulhento e poluente no meio da plantação para gerar e poder irrigar. Era péssimo para o meio ambiente, caro para o produtor, mas ele precisava fazer isso. Agora, pode fazer isso com o sol, com um sistema móvel e com energia limpa e sem combustível, sem dor de cabeça para o produtor”, observou.

A energia solar também tem se mostrado um bom negócio para os produtores de agricultura familiar. O presidente da Absolar destacou as linhas de financiamento que o consumidor passou a ter para fazer a instalação do serviço.

Ele contou que, no Paraná, um produtor familiar de leite está refrigerando o produto com a energia do sol, depois de conseguir um financiamento por meio do Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar (Pronaf), que neste caso, tem juros variando entre 2,5% a 5,5% ao ano.

Para o período de julho de 2018 a junho de 2019, o Bndes informou que os juros são de até 4,6% e a aquisição do equipamento deve estar vinculada a uma atividade econômica.

Para as pessoas físicas e jurídicas que queiram instalar projetos de energia solar fotovoltaica, o banco abriu linhas de financiamento no Programa Fundo Clima para 80% dos itens financiáveis, podendo chegar a R$ 30 milhões a cada 12 meses por beneficiário.

Para renda anual de até R$ 90 milhões, o custo é de 0,1% ao ano com a remuneração do Bndes de 0,9% ao ano. Na renda anual acima de R$ 90 milhões, o custo tem o mesmo percentual, mas a remuneração do Bndes é de 1,4% ao ano.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2018/07/energia-solar-cresceu-9-vezes-meio-rural/34249

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Consumo de energia sobe 2,6% em julho, afirma CCEE

O consumo de energia no Brasil subiu 2,6% na primeira quinzena de julho. É o que indica os dados preliminares de medição coletados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que também mostram crescimento de 2,4% na geração de energia elétrica no país na comparação com o mesmo período de 2017. As informações constam no boletim InfoMercado Semanal Dinâmico da CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

Até o dia 15 de julho, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN atingiu 58.617 MWmédios, índice 2,6% superior ao montante consumido no mesmo período do ano passado. No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo) o consumo subiu 2,3%. Caso esse movimento fosse desconsiderado, o aumento seria de 3,4% no consumo. Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, o consumo registrou incremento de 3,5%, havendo aumento de 1% caso o movimento dos agentes fosse desconsiderado na análise.

Dentre os ramos da indústria avaliados pela Câmara, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de extração de minerais metálicos químico e de metalurgia e produtos de metal foram os únicos com incremento no consumo, quando a migração é desconsiderada, com 6,7%, 3% e 2,5% respectivamente. Por outro lado, a indústria têxtil de serviços e de manufaturados diversos apresentaram índices reduções no consumo dentro do mesmo cenário: 5,8%, 2,3% e 1,7% respectivamente.

A geração de energia no Sistema chegou a 60.726 MW médios, índice 2,4% superior à produção de energia no mesmo período de 2017. A geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, caiu 2,5%, enquanto a produção de eólicas e térmicas cresceu 11,1% e 10,6%, respectivamente.

O Boletim também apresenta a estimativa da produção das hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, que em julho ficou equivalente a 61,3% de suas garantias físicas, ou 37.102 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 67,7%.



Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53068699/consumo-de-energia-sobe-26-em-julho-afirma-ccee

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Investimento global em energia renovável cai 7% em 2017

 No ano passado, o investimento global em energia foi de US$ 1,8 trilhão, valor que representa uma queda de 2% em relação aos números de 2016, de acordo com o relatório World Energy Investment 2018, divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE, na sigla em inglês).

Mais de US$ 750 bilhões foram gastos no setor elétrico, enquanto US$ 716 bilhões foram investidos no fornecimento de petróleo e gás globalmente em 2017.

Os investimentos impulsionados por empresas estatais são responsáveis ​​por uma parcela crescente do investimento global em energia, que aumentou mais de 40% nos últimos cinco anos, principalmente devido a modificações e reconstruções nas redes nacionais para equilibrar demanda e oferta.

No entanto, os investimentos no setor, responsável por dois terços dos gastos com geração de energia (US$ 300 bilhões), caíram 7% em 2017. A AIE prevê que essa taxa continuará a declinar este ano, ressaltando que “a implementação de políticas de eficiência energética e a melhoria da intensidade energética global estão abrandando”.

De acordo com o relatório, esse declínio deve-se à mudança no foco de melhorias na rede de energia, bem como menores custos de capital para projetos eólicos onshore (em terra), além de uma queda no investimento em energia hidrelétrica. Veja também: 14 bilhões de aparelhos de refrigeração em 2050...e uma conta pesada 

Também pesa a redução do apoio de governos para desenvolvimento de projetos de energia solar, como a decisão da China de cortar subsídios para novos projetos, o que aumenta o risco de desaceleração dos investimentos no setor este ano.

Como a China responde por mais de 40% do investimento global em energia solar fotovoltaica, suas mudanças na política de incentivo têm implicações globais. Isso reitera a importância crítica das políticas públicas na condução do investimento em energia renovável, avalia a Agência.

O relatório revela ainda que o investimento em combustíveis fósseis aumentou no ano passado pela primeira vez desde 2014, em parte devido ao incremento do poder de compra da indústria de petróleo e gás.

A participação das empresas petrolíferas nacionais no investimento total no setor manteve-se perto de recordes, uma tendência que a AIE prevê que continue este ano.

A indústria de xisto dos EUA também está vendo uma tendência ascendente após um longo período de fragilidade financeira.  Já o investimento no setor nuclear afundou para seu nível mais baixo em cinco anos, segundo o relatório.

Leia mais em: https://exame.abril.com.br/economia/investimento-em-energia-renovavel-cai-7-em-2017/

terça-feira, 17 de julho de 2018

Geração de energia fotovoltaica já conta com indústria nacional, mas impostos tiram vantagem

O presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Rodrigo Sauaia, afirma que o maior gargalo do setor no Brasil são os impostos sobre os insumos importados usados na fabricação de painéis solares. Principal financiador dos projetos, o BNDES, exige conteúdo local. Mas os projetos vencedores nos leilões da ANEEL são os que oferecem o menor preço final ao consumidor. Por isso a geração fotovoltaica não avança no Brasil como devia, ao contrário do que acontece em países como China, Índia e Turquia.

Por muito tempo a energia solar fotovoltaica foi uma opção limpa, mas cara. Como estamos hoje?

Vemos uma grande transição energética baseada em três eixos: descentralização, que pressupõe a geração de energia junto aos centros urbanos; a digitalização, que passa pelo uso da tecnologia da informação e da internet em favor da rede elétrica; e a descarbonização, que é a geração com menor impacto ambiental, menos emissão de gases de efeito estufa.  Mas nada disso pode acontecer se as novas fontes e suas tecnologias não forem competitivas. No caso da energia solar fotovoltaica, o que a tem feito crescer não é a preocupação ambiental, que predominou nas décadas de 1970 e 1980, mas a competitividade que alcançou. Estamos falando de energia solar gerando energia elétrica mais barata do que todas as fontes fósseis, mais barata que termoelétrica biomassa, mais barata do que a energia gerada em pequenas centrais hidrelétricas. Vimos isso nos dois últimos leilões. No leilão de dezembro, o preço médio foi de R$ 145,68 por megawatt-hora (MWh). Em abril desse ano saiu por R$118,07. São preços recordes que, com pouco incentivo público, caíram quase pela metade em quatro anos. Isso foi possível graças aos ganhos de escala, melhoria da tecnologia e aumento da eficiência.

No Brasil não há iniciativas estatais nessa linha. Estamos atrasados?

Muitas empresas públicas e privadas de fontes convencionais já introjetaram a transição em seu modelo de negócio. A Engie e outras empresas francesas, italianas, espanholas, norte-americanas, holandesas e chinesas já investem em renováveis. O Brasil precisa, de fato, despertar para essa oportunidade porque temos alguns dos maiores grupos da América do Sul em suas áreas que ainda não decidiram suas estratégias de transição. Mas vejo sinais positivos, embora tímidos. A associação já conta com grandes grupos como Furnas e Chesp, e temos conversas com a Eletrobras e Petrobras. Então, acredito que é uma questão de tempo.

Em que pé está a fabricação de equipamentos fotovoltaicos no Brasil?

Já temos algumas usinas que usaram produtos nacionais porque foram financiadas pelo BNDES, que exige conteúdo local. Assim foi para uma grande usina em Minas e outra no Rio Grande do Norte. Mas é fato que existe um desafio para a cadeia produtiva nacional. Um dos gargalos mais importantes é a carga tributária injusta aplicada sobre o fabricante nacional. Ele compra matérias primas importadas, paga impostos elevadíssimos sobre esses insumos e precisa incorporar o custo no preço dos produtos. Isso faz com que o equipamento produzido no Brasil, mesmo em fábricas de grupos que detêm tecnologia de ponta e são ativas no mundo inteiro, sejam até 30% mais caros do que os fabricados no exterior. O problema é o imposto. Por isso temos conversado com o governo para que se atualize o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS), que hoje inclui apenas 20% dos insumos produtivos de um módulo fotovoltaico. Os ministérios envolvidos já concordaram e, agora, falta um parecer final da Fazenda.

Muitas peças vêm da China com preços bem mais competitivos... Nosso problema é o módulo fotovoltaico, que vem de lá na maioria das vezes. Mas também importamos da Malásia, Tailândia, Japão e um pouco do Vietnam, Europa e América do Norte. O Brasil já fabrica todos os componentes do sistema. Inversores, estruturas e rastreadores nacionais já estão muito competitivos.

Os investidores reclamam das exigências do BNDES para financiamento. Há uma linha tênue entre protecionismo e entrave. Como vê a questão?

O BNDES tem um plano de nacionalização progressiva para o setor. O problema é que o banco exige módulos nacionais e esse componente tem um tratamento tributário extremamente desfavorável, o que encarece os projetos. Mas,  ao nosso ver, o erro não está no BNDES e sim no imposto. Isso tem dificultado a viabilidade desse financiamento porque os empreendedores do setor concorrem em leilões muito competitivos, precisam ter preço. Cada centavo conta. Ter um preço competitivo de módulo é um fator crucial para a entrega dos projetos contratados. O imposto trava não só a cadeia produtiva, mas, indiretamente, o financiamento nacional.

Foto: José Peres/ Jornal do Brasil
"O BNDES exige módulos nacionais, mas o tratamento tributário extremamente desfavorável, encarece os projetos", afirma Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
Qual o horizonte para os leilões de solar da Aneel?

Até hoje foram cinco leilões, com os dois primeiros em 2014. É importante dizer que estavam previstos dois leilões para 2016, mas a fonte foi retirada do primeiro com a promessa de que entraria no segundo, que acabou cancelado. Isso prejudicou muito o planejamento do setor porque haverá uma lacuna de contratação nos anos de 2019 e 2020, quando seriam entregues os projetos. Isso traz enorme preocupação ao fabricante, que tem de produzir de forma continuada. Não há previsão, mas recomendamos que o governo realize um leilão ainda esse ano para entregas em dois anos. No longo prazo, é preciso fixar um cronograma que traga mais previsibilidade. O Brasil tem, em carteira, por volta de 20 GW, que é o portfólio disponível para atender leilões do governo. É uma enormidade de potencial.

Índia e Turquia, que guardam semelhanças com o Brasil, já aparecem com destaque no cenário internacional. O que fizeram diferente de nós?

Eu também incluiria a China que, embora monumental, ainda é um país em desenvolvimento. Os chineses não começaram muito tempo antes dos outros, mas têm uma característica importante: um governo central bastante eficiente na tomada de decisão. Quando decidem, implementam rápido. Por isso se tornaram o maior mercado fotovoltaico do mundo.  Tinham 130 GW instalados até 2017 e, em breve, vão superar a meta de 200 GW. Já a matriz elétrica brasileira inteira tem 160 GW. Na Índia, o que houve de especial foi desenvolvimento de um plano nacional para energia solar fotovoltaica, com a meta de atingir 100 GW até 2022. Em 2017, instalaram 10 GW. É um programa transversal, que inclui energia solar gerada em residências, comércio, indústria, prédios públicos e grandes usinas, em grande parte contratada pelo governo, mas via mercado. A Índia levou a solar para o eixo central de seu desenvolvimento para reduzir a dependência do carvão e importação de combustíveis fósseis. Há ainda uma parcela muito grande da população sem acesso a energia elétrica. Estão instalando energia solar com baterias em todo os cantos do país. A Turquia seguiu direção parecida, mas com incentivos diretos, com prêmio em dinheiro para quem gera energia solar, um caminho que o Brasil não seguiu. Optamos por uma linha de compensação. De toda forma, até três anos atrás, ninguém falava de Turquia e agora, eles viraram um dos principais mercados da Europa expandida, atraindo empreendedores de toda a Europa e da Ásia vizinha.

Leia mais em: http://www.jb.com.br/economia/noticias/2018/07/16/geracao-de-energia-fotovoltaica-ja-conta-com-industria-nacional-mas-impostos-tiram-vantagem/

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Centro de Londres vai funcionar com 100% de energia renovável

O centro histórico de Londres vai passar a funcionar com energias renováveis.

A zona histórica de Londres no centro da capital britânica, oficialmente conhecida como Cidade de Londres ou simplesmente “A Cidade”, vai passar a funcionar exclusivamente com energias renováveis.



O Governo da cidade junto com a City Corporation, o corpo administrativo da área, anunciou que os 2,9 quilômetros quadrados do centro da cidade vão passar a trabalhar apenas com energia solar e eólica a partir de outubro deste ano.

A City Corporation vai instalar painéis solares nos seus edifícios e investir em centrais de painéis solares e turbinas eólicas, produzindo parte eletricidade no centro da cidade.

A empresa também fará contratos para investir em centrais de painéis solares e turbinas eólicas, na prática acabando por produzir parte da sua própria eletricidade no centro da cidade, e eliminando toda a pegada de carbono dos seus edifícios.

A energia gerada vai ser aproveitada por habitações camarárias em seis bairros de Londres, dez equipamentos escolares, três mercados municipais e os parques naturais de Hampstead Heath e Epping Forest.

Entre os negócios que serão beneficiados com energia renovável, estão a Bolsa de Londres, o Banco da Inglaterra, as seguradoras Lloyd’s e Aviva, a empresa de telecomunicações BT Group e a Unilever.

Londres

A energia também chegará à Torre de Londres (já fora dos limites do centro histórico), o Tribunal Criminal, a Catedral de St. Paul e o Hospital de S. Bartolomeu.

Dentro da área metropolitana de Londres, os esforços vão integrar medidas para a redução das emissões poluentes. Entre elas já se pode contar com a adoção de táxis e carros elétricos para as frotas de transportes públicos.

O Parque Nacional da Cidade também vai crescer o número de árvores ao redor da capital britânica.

“Estamos sempre olhando para o impacto ambiental do nosso trabalho e esperamos ser um farol para outras organizações seguirem o exemplo”, afirmou Catherine McGuinness, presidente do Comitê de Política e Recursos da City of London Corporation.


Fonte: Ambiente Energia

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Gasolina, energia, planos de saúde e educação respondem por metade da inflação deste ano

Metade da inflação do primeiro semestre de 2018 pode ser explicada por apenas quatro itens: gasolina, energia elétrica, planos de saúde e educação. A inflação foi de 2,60% no período entre janeiro e junho deste ano: e esses gastos responderam 1,30 ponto percentual dessa taxa.

Só a gasolina teve um impacto de 0,51 ponto percentual na inflação do primeiro semestre. O peso da energia elétrica foi de 0,29 ponto percentual, enquanto o dos planos de saúde chegou a 0,26 ponto percentual e o de educação foi de 0,24 ponto percentual.


A taxa de 2,60% da inflação no primeiro semestre deste ano acelerou frente a 2017, quando tinha ficado em 1,18%. O movimento foi influenciado por altas expressivas de gasolina e energia em todo o período.


O preço da gasolina acumulou alta de 12,17% nos primeiros seis meses do ano, enquanto o da energia elétrica avançou 8%. No caso dos planos de saúde, o aumento foi de 6,55%, enquanto em cursos regulares chegou a 5,45%.

A inflação mensal estava abaixo de 1% desde 2016, mas em junho acelerou para 1,26%, puxada pela alta nas contas de luz e pelos efeitos da greve dos caminhoneiros.

Outros itens também tiveram impacto importante na inflação do primeiro semestre, como o leite longa vida, que teve alta de 28,15% no preço.

Fonte: Globo

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Consumo de energia cai quase 20% durante o jogo da seleção brasileira

Se durante o jogo de ontem entre a seleção brasileira e a da Bélgica o coração de muitos brasileiros disparou, já consumo de energia elétrica no país oscilou bastante. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão o que coordena a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), teve de lidar com oscilações bruscas, com reduções na carga em poucos minutos, assim como um aumento brusco de 7.188 megawatts (MW) no consumo, em apenas 30 minutos.

A carga de energia gerada pouco antes do início do jogo que estava na faixa de 66 mil MW, chegou a cair para até cerca de 55 mil MW ao fim do segundo tempo, uma queda de 17,3%, subindo depois para cerca de 65 mil MW.

De acordo com dados do ONS, antes do início do jogo a partir das 12h45m, ocorreu uma redução na carga gerada de cerca de 8.613 MW em duas horas e 15 minutos, em comparação com a carga ocorrida na sexta-feira anterior, dia 29 de junho, quando não ocorreu nenhum evento de relevância nacional.No início do jogo, às 15h, o sistema verificou uma nova redução no consumo de energia, desta vez de 2.303 MW em apenas 20 minutos.

Segundo dados do ONS, durante o primeiro tempo do jogo, permaneceu 11.443 MW abaixo do consumo de uma sexta-feira normal.Já durante o intervalo do jogo, quando o Brasil já estava perdendo por dois a zero da Bélgica, em apenas oito minutos o sistema registrou um aumento na carga de 2.398 MW.

No início do segundo tempo, quando todos ainda tinham esperança de uma virada no placar, o consumo caiu 1.565 MW em 15 minutos. De acordo com o ONS, durante o segundo tempo do jogo a carga se manteve na faixa de 13.340 MW abaixo da média de uma carga de uma sexta normal. Logo após o jogo com a decepção da seleção fora da Copa do Mundo, a carga voltou a crescer 7.188 MW em 30 minutos apenas.

A ONS explicou que foram adotadas uma série de medidas operacionais pelos agentes do setor sob sua coordenação para conseguir atender, de modo seguro, à demanda nos mesmos padrões de qualidade e segurança com as fortes oscilações de aumento e redução do consumo em períodos curtos.

leia mais em:https://oglobo.globo.com/economia/consumo-de-energia-cai-quase-20-durante-jogo-da-selecao-brasileira-22863156

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Empresas indianas voltam suas atenções para o Brasil

Escolher um país do outro lado do mundo e com uma cultura diferente para dar início ao processo de internacionalização de uma empresa é uma aposta arriscada, mas foi justamente essa a estratégia da indiana Sterlite ao decidir desembarcar no Brasil. Desde abril do ano passado, quando começou a participar dos leilões de linhas de transmissão de energia, já se comprometeu a investir R$ 7 bilhões aqui.

Ela é uma das companhias do país asiático que, nos últimos anos, resolveram voltar suas atenções para a economia brasileira. O Brasil, por sua vez, tenta elevar as vendas de seus produtos para um dos mercados que mais avançam no mundo, com uma população de cerca de 1,3 bilhão de pessoas.

Pratik Agarwal, presidente global da Sterlite, explica que o Brasil apresenta não só oportunidades de investimento, como uma estrutura regulatória, na área de energia, que atrai o investidor estrangeiro. Como exemplos, cita os prazos longos dos contratos de concessão, geralmente de 30 anos, e a correção das receitas pela inflação, o que mitiga o risco de variação cambial.

— Nós escolhemos o Brasil devido ao tamanho das oportunidades no país, à necessidade de capital privado e às sinergias que encontramos. É um mercado que oferece uma configuração ideal aos participantes e um potencial de US$ 30 bilhões em projetos só em transmissão. É um mercado que nos deixa realmente animados — disse.

INCREMENTO DO COMÉRCIO

A empresa ficou com seis dos 20 lotes ofertados no último leilão feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), comprometendo-se a investir, só nesta fatia, R$ 3,65 bilhões. Além disso, já tinha saído vencedora em outros dois leilões no ano passado, com investimentos de R$ 3,36 bilhões. Essa parcela deverá subir, uma vez que é no Brasil que a Sterlite quer colocar boa parte dos US$ 4 bilhões (cerca de R$ 15,5 bilhões) que vai investir na América Latina. Nem mesmo a incerteza em relação a quem ganhará as eleições presidenciais parece incomodar o executivo.

— Os resultados políticos são sempre um risco, em qualquer país, mas acreditamos que o Brasil tem estruturas contratuais sólidas, que incentivam as empresas estrangeiras. Apesar dos desafios políticos, estamos à vontade para fazer fortes apostas no Brasil — afirmou.

A Sterlite não está sozinha. Nas próximas semanas, a ACG Worldwide deve inaugurar uma fábrica em Pouso Alegre (MG), que custou mais de R$ 350 milhões e será a maior da América Latina em produção de cápsulas para medicamentos. A Ranbaxy, que fabrica genéricos, também está no Brasil.

Elas se juntam a empresas que chegaram um pouco antes e já conseguiram consolidar sua participação no mercado brasileiro. É o caso da Novelis, controlada pelo grupo indiano Aditya Birla, que é líder em laminados e tem o maior centro de reciclagem de latas de alumínio da América do Sul. Só no ano passado, a empresa alcançou uma receita de mais de US$ 6 bilhões (R$ 23,2 bilhões) no país.

Na área de tecnologia da informação, os indianos têm, no Brasil, a Infosys e a Tata Consultancy — do Grupo Tata, que, em 2008, comprou a Jaguar Land Rover e, em 2016, inaugurou uma fábrica da marca em Itatiaia (RJ). Ao todo, são US$ 50 bilhões em investimentos diretos da Índia no Brasil, bem acima dos US$ 2 bilhões que brasileiros investiram por lá.

Leonardo Ananda, presidente da Câmara de Comércio Índia Brasil e cônsul-geral do país asiático, acrescenta que a relação pode ser ainda mais positiva para o Brasil. A corrente de comércio, superavitária para o Brasil, foi de US$ 7,6 bilhões em 2017 e deve crescer este ano. Ele acredita que, até 2025, a Índia será o terceiro principal parceiro comercial do Brasil — hoje é o décimo.

— As trocas comerciais estão muito voltadas para combustíveis e produtos agrícolas. Nosso objetivo é diversificar essa pauta. Há mais produtos, como leguminosas, que podem ser exportados para a Índia, assim como alimentos processados — disse.

O Brasil exporta muito açúcar, petróleo e pedras preciosas (esmeraldas, principalmente) para a Índia. Na outra mão, a Índia vende principalmente insumos farmacêuticos, diesel e especiarias.

Na visão de Ananda, produtos típicos brasileiros — como açaí, guaraná, pão de queijo e cachaça — têm apelo junto ao público indiano. Para isso, uma missão comercial brasileira será levada a Mumbai, em ação organizada pela Agência de Promoção de Exportações (Apex), para participar da maior feira de alimentos do país. Além disso, os dois governos trabalham em acordos para permitir essa maior integração — recentemente, o Brasil teve aval para exportar ovos e gado para produção de leite para a Índia.

— A Índia era um país que até 15, 20 anos atrás não possuía grandes varejistas, o que dificultava a importação de alimentos, já que não havia uma estrutura logística para distribuição. A formação dessas redes abriu espaço para produtos de outros países — explicou Ananda.

Weber Barral, sócio da consultoria Barral M. Jorge, também vê potencial para esse mercado, mas lembra que o Brasil, em alguns casos aliado ao Mercosul, terá de trabalhar para derrubar barreiras tarifárias e fitossanitárias.

— O comércio entre os dois países é pequeno comparado ao potencial. São dois grandes mercados consumidores. A parte de alimentos é onde o Brasil mais pode ganhar, mas há a questão das barreiras — disse, lembrando que o acordo em vigor, feito no âmbito do Mercosul, tem cerca de 800 produtos e há uma negociação para ampliar para mais de dois mil itens.

O interesse no mercado indiano é válido pelo potencial de consumo, afinal, a população é de cerca de 1,3 bilhão de pessoas. Além disso, é um dos países que mais crescem no mundo e deve manter esse ritmo nos próximos anos. Em 2017, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 6,7%. Para este ano, é esperado um crescimento de 7,4% e, em 2019, de 7,8%, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Na avaliação de Diego Coelho, coordenador do Observatório de Multinacionais da ESPM-SP, Brasil e Índia, embora façam parte do Brics (com Rússia, China e África do Sul) e tenham uma relação comercial que completa 70 anos em 2018, ainda são poucos alinhados.

— As exportações até cresceram, mas ainda é um volume baixo para o potencial. O investimento é pouco e não é cruzado. Os dois países deviam buscar complementariedade nas cadeias de produção global — explicou o professor.

Como exemplo, citou o setor automotivo. Os dois países virariam competidores se um tentasse exportar seus automóveis para o outro. No entanto, podem trabalhar no fornecimento de produtos para essa cadeia, com cada uma das nações trabalhando nos itens automotivos e de autopeças em que têm maior eficiência.
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https://oglobo.globo.com/economia/empresas-indianas-voltam-suas-atencoes-para-brasil-22865712

quinta-feira, 5 de julho de 2018

5 tendências em energia renovável para você ficar de olho

A queda nos custos de baterias para armazenamento de energia e seu uso proliferado devem pavimentar o caminho para um futuro de geração mais limpa, segundo relatório anual da Bloomberg New Energy Finance divulgado nesta semana, o New Energy Outlook (NEO).

Para atender às mudanças na demanda e no suprimento, o estudo prevê que o investimento global no aumento da capacidade de baterias chegará a US$ 548 bilhões até 2050.

O relatório mostra ainda que as fontes eólica e solar devem representar 50% da geração mundial até meados do século. Ao mesmo tempo, o poluente carvão deve encolher para apenas 11% da geração global de eletricidade no mesmo período.

Confira a seguir as tendências que prometem sacudir o tabuleiro energético mundial nos próximos anos, segundo o estudo da BNEF.


Baterias
A BNEF prevê que os preços da bateria de íon-lítio, que já caíram cerca de 80% por megawatt-hora desde 2010, continuarão a cair à medida que a produção de veículos elétricos aumente ao longo dos anos 2020.

O estudo estima que US$ 548 bilhões sejam investidos em baterias até 2050, dois terços disso conectados à rede e um terço instalado em residências e empresas.

Geração de baixo carbono
O mix de eólica e solar deverá representar quase 50% da geração de energia mundial até 2050 devido à redução drástica de custos dessas tecnologias e ao advento de baterias mais baratas, o que permitirá que a eletricidade seja armazenada e descarregada conforme a demanda.

Energia Eolica Aerogerador

Nas próximas três décadas, US$ 11,5 trilhões deverão ser investidos em nova capacidade de geração de energia, com US$ 8,4 trilhões deste total em eólica e solar, e outros US$ 1,5 trilhão em outras tecnologias de carbono zero, como hidrelétrica e nuclear.

Esse investimento produzirá um aumento de 17 vezes na capacidade solar fotovoltaica em todo o mundo e um aumento de seis vezes na capacidade de energia eólica.

Indústria do carvão
As perspectivas para a indústria do carvão não são nada animadoras. O estudo estima que a queima de carvão nas usinas cairá 56% entre 2017 e 2050.

Para os analistas da BNEF, essa queda oferece uma projeção mais otimista para as emissões de carbono do que o relatório do ano passado. O estudo prevê um aumento das emissões globais do setor elétrico de 2% em 2017 para um pico em 2027 e depois uma diminuição de 38% em 2050.

  Energia renovável terá o primeiro Arranjo Produtivo Local do Brasil
No entanto, isso ainda significaria que o setor energético global não cumpriria sua parte do esforço de manter os níveis globais de CO₂ abaixo de 450 partes por milhão, considerado suficiente para limitar o aumento da temperatura média global a dois graus centígrados e evitar as piores previsões das mudanças climáticas.

Gás
Já para o gás, o futuro é mais reconfortante. O papel do gás no mix de geração evoluirá, com aumento na construção e utilização de usinas elétricas para proporcionar suporte para as energias renováveis, em vez de produzir a chamada eletricidade de carga base ou contínua.

A BNEF estima que a geração a gás terá um aumento de 15%, entre 2017 e 2050, embora sua participação na eletricidade global caia de 21% para 15%.

Transporte eletrificado
O crescimento do setor de transportes elétricos também influenciará o tabuleiro energético mundial, representando 9% da demanda total até 2050.

Com base em outro estudo da BNEF, o Electric Vehicle Outlook, os veículos elétricos representariam 28% das vendas globais de carros novos até 2030 e 55% até 2040. Os ônibus elétricos devem dominar seu nicho, alcançando 84% de participação global até 2030.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2018/07/5-tendencias-em-energia-renovavel-para-voce-ficar-de-olho/34181

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Geração de energia limpa bate recorde na Alemanha

A geração de energia elétrica através da utilização de recursos renováveis atingiu um novo recorde na Alemanha. No primeiro semestre de 2018, 104 bilhões de quilowatts-hora (kWh) foram gerados no país, através de usinas eólicas, hidrelétricas, de energia solar e biomassa, divulgou a empresa alemã de energia E.on nesta segunda-feira (02).

Com o aumento de cerca de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, o país conseguiu, pela primeira vez, produzir mais de 100 bilhões de kWh em um período de seis meses exclusivamente através das energias limpas.

"Isso significa um aumento de 33% em três anos e mostra que as energias renováveis se tornam cada vez mais importantes para a nossa cadeia energética", avaliou a presidente da E.on, Victoria Ossadnik.

Os números divulgados nesta segunda-feira não incluem sistemas fotovoltaicos privados, cuja energia gerada é usada diretamente por residências, sem ser absorvida pela rede pública de energia.

A maior parte da geração de energia limpa é proveniente das usinas eólicas em terra e no mar que, segundo a E.on, geraram 55 bilhões de kWh no primeiro semestre.

A segunda maior fonte energética foram as usinas solares, com 21 bilhões de kWh, e as de biomassa, com 20 bilhões de kWh. As hidrelétricas geraram cerca de 8 bilhões de kWh.

Em 2018, o pico da geração de energia limpa, segundo a Agência Federal de Energia da Alemanha, ocorreu no dia 3 de janeiro, quando uma forte tempestade atingiu o país. O 1,1 milhão de kWh gerado no dia cobriu 71,6% do consumo de eletricidade. No dia 28 de janeiro, um domingo, as energias limpas chegaram a cobrir 81% da demanda.

Segundo a E.on, a geração de energia limpa entre janeiro e o final de junho de 2018 seria suficiente para abastecer por um ano todas as residências alemãs, com um consumo médio de 2,5 mil kWh/ano, segundo cálculos da E.on.

Em 2017, as energias renováveis contribuíram com 36% do total da geração de energia elétrica no país, aumentando de 32% no ano anterior, segundo dados da Associação Federal das Indústrias de Energia e Recursos Hídricos da Alemanha (BDEW).

Leia mais em: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/geracao-de-energia-limpa-bate-recorde-na-alemanha.ghtml

terça-feira, 3 de julho de 2018

Consumo cresce 2,9% em maio, relata EPE

O consumo de energia na rede totalizou 39.143 GWh em maio, volume 2,9% superior ao do mesmo mês de 2017. De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética, publicados na Resenha Mensal, puxaram este resultado as regiões Sudeste com crescimento de 3,8% e a Sul que apresentou aumento de 8,8% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Já no acumulado do ano o crescimento atingiu em maio 1,5%, enquanto que em 12 meses, a expansão foi de 1,4%.

O mercado cativo das distribuidoras apresentou aumento de 1,2% em maio e queda de 3,2% em 12 meses, o consumo livre aumentou 6,5% no mês e 12,5% em 12 meses. O número de unidades consumidoras de eletricidade cresceu 1,8% em maio, em relação a esse mês de 2017.

Na classe industrial, o avanço foi de 3,3%, quinta taxa positiva no ano. Todos os 10 setores que mais demandaram energia elétrica em maio tiveram desempenho positivo, sendo os maiores nos ramos automobilístico (13,4%) e químico (5,4%). Por região geográfica do país, tiveram alta: Sudeste (7,5%), Nordeste (5,4%) e Sul (3,0%); e queda: Norte (19,1%) e Centro-Oeste (1,6%).

O consumo da classe residencial somou 11.229 GWh, crescimento de 2,9%, com destaque para a região Sul com 14,2%, que participou com cerca de 70% no acréscimo de 317 GWh sobre o consumo nacional do mesmo mês no ano passado. A ocorrência de dias com temperaturas altas, pouco comuns nesse período na região, levou ao aumento na demanda de eletricidade para climatização. No Nordeste, o consumo residencial de eletricidade recuou 2,2%, queda de 1% no Norte, de 5,4% no Centro Oeste e de 2,3 no Sudeste.

O volume de eletricidade consumido pelo segmento comercial foi de 7.473 GWh, nível 3,9% superior ao registrado nesse mês em 2017. As condições climáticas impactaram o resultado principalmente na região Sul do país, que liderou a expansão no consumo de eletricidade no mês com alta de 13,7%, considerando-se o ajuste ao calendário de faturamento necessário em apenas um dos estados da região. Na região Sudeste a alta de 2,6%, houve crescimento de 2,4% no Centro-Oeste, leve aumento de 0,1% no Nordeste e queda de 2,5% no Norte.
Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53066756/consumo-cresce-29-em-maio-relata-epe