terça-feira, 31 de março de 2020

MME suspende todos os leilões por tempo indeterminado

O Ministério de Minas e Energia (MME) adiou, por tempo indeterminado, a realização de todos os leilões de geração e transmissão de energia programados para 2020. A decisão consta na Portaria nº 134, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na tarde desta segunda-feira, 30 de março. As crises mundiais de saúde e econômica causadas pela pandemia de coronavírus (Covid-19) foram determinantes na decisão do governo.

Foram cancelados dois leilões de energia existente (A-4 e A-5), dois leilões de energia nova (A-4 e A-6), o leilão de sistema de transmissão de energia e o leilão para o atendimento ao sistema isolado.

“Os atos que determinarem a continuidade dos certames de que trata o caput definirão novos prazos para as etapas em curso na data de publicação desta Portaria, bem como definirão outras medidas necessárias para dar tratamento aos impactos da postergação, incluindo-se nova realização de etapas já concluídas”, diz a portaria.

Os leilões de energia existe seriam realizados em 30 de abril. O leilão A-4 estava marcado para 28 de abril e o A-6, para 24 de setembro. O leilão de transmissão ocorreria em 10 de julho de 2020.

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segunda-feira, 30 de março de 2020

ONS: queda de consumo e pandemia zeram custo de operação

A operação do mês de abril começa com o custo marginal de operação zerado em todo o país. Esse é o resultado da atual conjuntura do país com as afluências elevadas na maior parte do Brasil e, principalmente, a queda de 8,1% na carga conforme projeta o Operador Nacional do Sistema Elétrico, para os próximos 30 dias, além da retração de 6% em maio.
Os valores foram revelados há pouco durante o segundo dia da reunião mensal do ONS para a Programação Mensal de Operação referente a abril, realizada de forma remota em função da pandemia do coronavírus.
Durante o primeiro dia da reunião, o Operador revelou que a projeção de queda da carga deve-se à retração da demanda por conta da crise que tem levado ao fechamento de diversos segmentos da economia. A maior queda ante o mesmo período do ano passado está no submercado Sudeste/ Centro-Oeste com 10% ante uma estimativa anterior de crescimento de 2%. Ao total a estimativa é de que a carga em abril de 2020 fique em 63.135 MW médios. São esperadas quedas de 7,1% para o Sul, de 5,5% no Nordeste e de 1,8% no Norte.
A previsão é de que a energia natural afluente continue baixa apenas no Sul do país, como tem sido nos últimos meses, sendo 25% da média de longo termo para o final de abril. No SE/CO a estimativa é de fechar o mês em 88% da MLT, praticamente a mesma previsão do Nordeste, onde são esperados 89%. Já no Norte está a maior afluência projetada, 117% da média histórica.
Já em termos de armazenamento nos reservatórios do SIN, a curva segue a tendência das vazões. Apenas no Sul é projetada redução ante o volume inicial, passando de 18,3% para 16,9%. No restante continua o replecionamento com projeção de encerrar abril com volumes de 57,5% no SE/CO, de 78,3% no Norte e de 88,2% no NE.

A estimativa de despacho térmico para a semana operativa que se inicia neste sábado, 28 de março, é de 6.880 MW médios, sendo que 1.784 MW médios por ordem de mérito, outros 4.836 MW médios por inflexibilidade e outros 260 MW médios por restrição elétrica.
Já a meteorologia para abril e maio aponta que no SE/CO há expectativa de temperaturas próximas à média e chuvas de normal a abaixo da MLT. No Sul existe a mesma avaliação quando a chuvas, mas com temperaturas podendo fica acima da média. No NE e Norte é esperada a normalidade para os dois indicadores.
De acordo com a previsão da Climatempo, na semana que vem a expectativa é de que as chuvas deverão cair em bom volume no Sul e parte do Sudeste, sendo nas bacias do Alto Uruguai, Iguaçu, Itaipu, Paraná e Paranapanema.
Segundo a meteorologista Patrícia Madeira, serão duas ondas de chuvas que podem somar 100 mm nas bacias do Uruguai, Baixo Iguaçu e Itaipu. Nas outras áreas a previsão é de não registrar nem metade desse volume. Já entre os dias 4 e 10 de abril, volta o padrão atual, mais concentrado no Norte e NE. Na semana seguinte, de 11 a 17, ela apontou que é esperada mais chuva no Sudeste, sem ser volumosa, mas que representa vazões adicionais e inesperadas já que neste período não costuma ocorrer essa precipitação.

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sexta-feira, 27 de março de 2020

Capacidade eólica pode crescer 112% na década

A consultoria Wood Mackenzie indica que a despeito da pandemia do novo coronavírus espera que as adições globais de capacidade de energia eólica fiquem a uma média anual de 77 GW entre 2020 e 2029. Se essa previsão se confirmar, ao final desta década o consolidado representará um crescimento de 112% na capacidade instalada global quando comparada ao final de 2019.
Segundo relatório ‘Atualização da Perspectiva de Mercado Eólico Global: 1T 2020’ (na tradução livre do inglês), 62 GW de capacidade eólica foram adicionados nos 12 meses de 2019, o que representa um aumento de 23% em relação a 2018 e o segundo maior total anual após 2015, quando alcançou 63 GW.
A consultoria aponta que a aceleração na implementação deve-se ao ritmo induzido por políticas na China e nos Estados Unidos, que provocou um aumento de 11,5 GW nas adições de capacidade líquida global de 2019 em comparação com 2018. E, acrescentou, embora a história para 2019 seja positiva, 2020 não seguirá esse caminho por conta do impacto da pandemia.
As adições anuais na América Latina terão uma média superior a 4 GW. O desenvolvimento do mercado livre no Brasil, a execução dos prêmios inaugurais de leilão na Colômbia, a oportunidade apresentada pelas aposentadorias de carvão no Chile e a crescente demanda do segmento de no México apresentam potencial de contribuirão para um crescimento médio anual de 9% na região de 2020 a 2029.
Já o cumprimento das metas de energia e clima da UE para 2030 impulsionará a adição de 225 GW na Europa durante o período de previsão, de acordo com Wood Mackenzie. Por lá, as restrições de terra em países maduros impulsionarão um quarto do crescimento da Europa no exterior, onde o setor compreenderá 32% das adições na Europa Ocidental e 43% das adições no Norte da Europa entre 2020 e 2029.
Por sua vez, as restrições da cadeia de suprimentos e os atrasos causados ​​pelo coronavírus reduzirão o potencial de crescimento de curto prazo na China, mas os desenvolvedores ainda conseguirão conectar 26 GW de energia eólica à rede em 2020 por lá.

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quinta-feira, 26 de março de 2020

Distribuidoras esperam medidas para compensar concessões da Aneel

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica afirmou em nota nesta quarta-feira (25) que confia na adoção de medidas complementares destinadas a manter o equilíbrio econômico financeiro do setor elétrico e “mitigar os efeitos das concessões estabelecidas pela Aneel.” A declaração aconteceu um dia depois da aprovação pela agência reguladora de um pacote de medidas que inclui a proibição do corte no fornecimento de energia elétrica de consumidores inadimplentes pelos próximos 90 dias.

A Abradee também repetiu apelo feito por diretores da Aneel na reunião de ontem para que consumidores em melhores condições mantenham seus pagamentos em dia durante esse período, “pois não se tratam de isenções.” “Esses recursos financeiros são fundamentais para que as empresas do setor elétrico possam manter seu principal objetivo: o fornecimento de energia elétrica à sociedade com qualidade e presteza”, reforçou a associação.

A ideia por trás da decisão da agência é atender consumidores residenciais em situação de maior vulnerabilidade, que poderão perder sua fonte de renda durante o período de quarentena imposto pela pandemia do coronavírus. Além de residências, não poderá haver interrupção no fornecimento por falta de pagamento de atividades essenciais em áreas como saúde, segurança pública, tratamento e fornecimento de água e transporte.

A entidade disse que continua empenhada em um esforço conjunto com a Aneel e os ministérios de Minas e Energia e da Economia em busca de alternativas mitigatórias para as medidas. Nas últimas semanas, informou a nota, as distribuidoras participaram de diversas reuniões para discutir medidas adequadas de atendimento às demandas resultantes da evolução do coronavírus, que resultaram nas iniciativas aprovadas pela Aneel visando à manutenção da confiabilidade do sistema e da preservação da saúde de consumidores e trabalhadores do setor.

“O entendimento da situação excepcional à qual todos os setores da economia estão inseridos também foram refletidos nessa Resolução, a qual a Abradee espera que traga melhores condições para a população.”



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quarta-feira, 25 de março de 2020

Projeção de consultoria para eólica no mundo é reduzida em 5 GW

A evolução e alcance cada vez maiores da pandemia do novo coronavírus e outras mudanças no mercado desde a atualização do quarto trimestre de 2019 levou a consultoria Wood Mackenzie a alterar a sua previsão de expansão da fonte eólica no mundo para 73 GW em 2020. Essa estimativa é 4,9 GW menor do que projetava a empresa ao final de 2019.

Segundo avaliação da chefe de Pesquisa Global de Energia Eólica da Wood Mackenzie, Dan Shreve, as partes interessadas do setor estão adaptando continuamente as operações comerciais para equilibrar a segurança dos trabalhadores com as necessidades de seus clientes, cumprindo, ao mesmo tempo, medidas dinâmicas de contenção governamental.

De acordo com consultoria, o potencial impacto nas instalações globais continua sendo mais significativo nos dois maiores mercados, ou seja, China e Estados Unidos. Aliás, neste último a OMS estima que caminha para ser o novo centro da epidemia em termos globais.

Em mercados europeus classificados como de nível I, entre eles Espanha, França e Itália, a projeção é de que podem ser atingidos ainda mais em termos percentuais devido às medidas de bloqueio mais agressivas que inibem a mobilidade dos trabalhadores com o fechamento de fábricas nesta semana devido a infecções.

Contudo, o efeito dominó para outros mercados pode ser limitado, especialmente considerando a rápida recuperação prevista para a cadeia de fornecimento de energia eólica da China e o impacto limitado da pandemia na Índia e na América Latina até o momento.

“A cadeia de suprimentos de energia eólica é verdadeiramente global por natureza, com um nível de diversificação mais alto que o solar, e, portanto, o impacto do desligamento do coronavírus da China nos mercados ocidentais foi gerenciado através do aproveitamento de linhas de suprimentos estabelecidas da Índia, Brasil, México e outras grandes produções hubs”, aponta a consultoria. “Além disso, tanto a produção quanto a construção no mercado chinês estão se recuperando rapidamente com os governos locais, agora incentivando as instalações a voltar ao trabalho, pois acredita-se que o surto esteja sob controle. Este último ponto é crítico. Embora surjam interrupções no fornecimento na Europa Ocidental, o suprimento de componentes críticos da China, como pás de turbinas eólicas para os EUA, supera o da Espanha em dois a um”, acrescentou a consultoria em sua análise.

Mas alerta que os riscos permanecem, especialmente na Europa, onde o fechamento de fábricas provavelmente resultará em atrasos na instalação de turbinas, tanto no mercado interno quanto possivelmente nos EUA.

Aponta ainda que as plantas de pás de turbinas eólicas da LM Wind Power e Siemens Gamesa estão encerrando a produção. Embora o tempo de inatividade declarado seja medido em semanas, pode levar meses se a taxa de infecções na Espanha continuar aumentando. Enquanto nos Estados Unidos, as empresas de EPC relataram que suas cadeias de suprimentos permanecem intactas para itens de construção civil e elétrica, embora o fornecimento de equipamentos de alta tensão ainda a serem entregues esteja sendo monitorado de perto devido a opções limitadas de fornecimento. Em mercados com infraestrutura EPC bem estabelecida, a consultoria avalia que o impacto não é tão grave.

A maior preocupação com a demanda eólica está no potencial atraso ou cancelamento de novos leilões e licitações, de acordo com Wood Mackenzie. E cita países como a África do Sul que deveria lançar sua próxima rodada de leilões no segundo trimestre de 2020, cronograma classificado como improvável, assim como os certames planejados na Polônia e na Ucrânia na primeira metade do ano.

As cadeias de valor de diferentes tecnologias têm níveis variados de exposição a restrições do lado da oferta e escala potencial retração da demanda. A disseminação de paradas na Espanha, Itália, Malásia e partes dos EUA impactará os inversores solares e a produção de módulos. Nos EUA, estima que é provável que os portos permaneçam abertos e a construção do local possa continuar, mas atrasos na implementação poderão ser verificados.

Em termos da cadeia de suprimentos de baterias é visualizado uma volta na atividade na China e na Coréia do Sul, enquanto as instalações de fabricação automotiva na Europa e na América do Norte estão fechando ou mudando para produzir equipamentos médicos. Ainda é cedo para avaliar o impacto, pois as vendas de veículos elétricos permaneceram fortes até fevereiro e as implicações de execução e demanda de curto prazo do projeto para aplicações na rede serão direcionadas para estratégias locais de mitigação.

Em geral, aponta que o principal risco para os mercados regionais de energia é uma recessão prolongada. Os geradores de gás devem enfrentar impactos desiguais do colapso simultâneo do preço do petróleo.

Por aqui, continua a Wood Mackenzie, começamos a ver medidas de quarentena no mercado interno, desafiando ainda mais uma geografia fortemente dependente da demanda global de matérias-primas. Segundo a avaliação, isso diminuirá a demanda nos principais mercados do país, bem como no Chile, México e Argentina e provavelmente levará a leilões reduzidos ou atrasados e desafiará o financiamento de projetos.


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terça-feira, 24 de março de 2020

Proposta prevê isenção da conta de luz para consumidores de baixa renda

O presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogerio (DEM-RO), enviou na última sexta-feira (20) ao Ministério de Minas e Energia proposta de medida provisória que prevê até 100% de isenção da conta de luz para consumidores beneficiados com a tarifa social de baixa renda. A medida seria aplicada por até três meses, no ápice da crise do coronavírus, e atingiria 8,3 milhões de famílias, a um custo total estimado pelo parlamentar em R$ 1 bilhão.

O custeio tem como objetivo “mitigar os efeitos econômicos adversos nas famílias de baixa renda associados à pandemia da covid-19.” Ele seria feito com parte do orçamento dos programas de Pesquisa e Desenvolvimento e de Eficiência Energética que ainda não tenha sido utilizada pelas empresas do setor elétrico.

Os recursos represados de P&D e EE totalizam aproximadamente R$ 5 bilhões, de acordo com o senador. “Todas as empresas do setor elétrico são obrigadas a realizar investimentos em P&D. Portanto, o dinheiro do fundo poderia ser utilizado para custear as tarifas de quem consome até 220 kWh”, justificou em nota divulgada por sua assessoria.

Segundo o senador, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o assunto será discutido dentro do governo e não existe ainda uma definição sobre a MP. Albuquerque teria, porém, afirmado que a proposta é “interessante para aliviar o impacto dessa pandemia nas classes de baixa renda e vai no sentido das medidas que já estão sendo pensadas pelo governo para o setor.”

A minuta de MP estabelece que a isenção alcançará as despesas das unidades consumidoras que não são cobertas pela Conta de Desenvolvimento Energético e poderá atingir a totalidade do valor a ser pago pela unidade consumidora beneficiária da política pública, desde que haja recursos disponíveis.

A gestão dos valores a serem repassados será feita pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que já administra os repasses da CDE. A CCEE deverá criar uma conta específica para movimentar os recursos.

A proposta de MP também determina às empresas de geração, transmissão e distribuição terão 15 dias para depositar os recursos, a partir da publicação da medida. Os valores não utilizados serão devolvidos.

A Câmara de Comercialização vai repassar recursos da nova conta às concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica, para a cobertura das faturas mensais dos consumidores. O repasse será fiscalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica e as distribuidoras que fornecerem “informações inverídicas” sobre os valores a serem cobertos serão obrigadas a devolver o que foi solicitado em dobro. Os recursos movimentados estarão isentos da incidência do PIS/Pasep e da Cofins.

Na quinta-feira passada, 19 de março, a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica divulgou comunicado em que manifestava preocupação com os impactos para o setor da adoção de medidas de desoneração na conta de luz, durante a pandemia do coronavírus. A Abradee alertou que ações tomadas sem um discussão prévia poderiam levar ao desequilíbrio de empresas de todos os segmentos, já que a arrecadação dos recursos não apenas de distribuidoras, mas também de geradoras e transmissoras, é feita na conta de energia.

Entenda a tarifa de baixa renda

Os subsídios da tarifa social de energia elétrica foram criados em 2002 pela Lei 10.438. Eles vem na forma de descontos para famílias de baixa renda, com consumo mensal de até 220 kWh e inscritas no Cadastro Único de programas sociais do governo federal.

Os descontos são escalonados de acordo com a faixa de consumo, e variam de 10% (entre 101 e 220 kWh)a 65%(de 0 a 30 kWh) para a maioria dos beneficiários. Para famílias indígenas e quilombolas que atendam às exigências da política pública, o desconto é de 100% na faixa de consumo até 50 kWh/mês; de 40% entre 51 e 100 kWh e de 10% entre 101 e 2020 kWh.

Os beneficiários da tarifa social também estão isentos do do custeio da CDE e do Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica- Proinfa.

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segunda-feira, 23 de março de 2020

Itaipu e elétricas adotam planos de contingência em meio a pandemia

A usina de Itaipu, assim como diversas empresas do setor energético brasileiro e mundial, adotou uma série de medidas internas e externas para evitar a disseminação do novo Coronavírus, sem prejudicar à produção de energia elétrica para a população. Entre elas está a liberação de um fundo emergencial de US$ 3 milhões para ajudar Foz do Iguaçu e as demais cidades da 9ª Regional de Saúde do Paraná a combater a pandemia. Visando garantir o funcionamento normal da hidrelétrica, a companhia colocou em prática um plano de contingência, com período de execução a partir desta sexta-feira, 20 de março, valendo por duas semanas.

Apenas os empregados que não podem exercer suas funções em casa e trabalham em atividades consideradas essenciais terão suas rotinas mantidas. Um escalonamento será feito, caso haja necessidade. Já os demais adotarão o sistema home office, a exemplo do que vem sendo feito por outras empresas do setor público e privado. A decisão foi tomada logo depois de uma reunião extraordinária do diretor-geral brasileiro, Joaquim Silva e Luna, com o Grupo de Gestão Estratégica, criado na última terça-feira (17) para discutir ações relacionadas ao Covid-19, e que emite boletins diários com instruções para os empregados.

“É um momento que requer atenção redobrada. Vamos acompanhar atentamente a situação nacional e internacional, tomando todos os cuidados necessários, preservando o nosso bem maior, que é a nossa gente, e a atividade fim da empresa, a geração de energia elétrica”, disse o diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna.

Agências fecham e WhatsApp vira alternativa

Visando preservar a saúde dos clientes e colaboradores, diversas companhias elétricas suspenderam o atendimento presencial e liberaram a maioria dos funcionários para trabalharem remotamente. Em nota, a Enel Distribuição São Paulo informou que paralisou temporariamente todas suas lojas físicas. O atendimento continuará por meio dos canais digitais, que funcionam 24 horas por dia. Sobre os serviços que até então eram realizados apenas nas agências, como solicitação de nova ligação, a empresa afirmou estar trabalhando para oferecer um novo canal exclusivo e não presencial aos clientes, via whatsapp. A previsão é que esteja disponível a partir do próximo dia 23 de março.

Outra que fechou as agências foi a Cemig, orientando os consumidores para os canais virtuais. O gerente de Relacionamento com os Clientes da Cemig, Luciano José de Oliveira, reforçou que a empresa está empenhada prioritariamente em manter a continuidade do fornecimento de energia em toda sua área de concessão, atuando de forma a garantir a segurança e conforto dos clientes durante o período de maior incidência do vírus.

Já a Neoenergia lançou números de whatsapp para o atendimento. A utilização da ferramenta é simples: por meio do WhatsApp ou QR Codes, há o direcionamento a mais de 50 serviços que podem ser resolvidos. Além disso, há a possibilidade de comunicar interrupções de energia via mensagem no aplicativo, enviando o número da conta contrato, agilizando a realização do serviço. Também como forma de prevenção, foi restringido o atendimento presencial apenas aos serviços de Ligação Nova, Alteração de Titularidade, Religação, Negociação de Débitos e Entrega de Projetos.

Em comunicado, a Taesa falou em “proteger seu maior ativo – as pessoas”, e reduzir a velocidade de disseminação do Covid-19 no país, anunciando medidas como home office para o grupo considerado de risco e os funcionários no Rio de Janeiro, devido à grande concentração de profissionais em ambiente fechado. Foi criado também um plano de contingência para os Centros de Operação e Controle da Companhia (COC-Taesa e COC-Backup), com o objetivo de reduzir a possibilidade de contaminação de todos os colaboradores e, em especial, os integrantes dos turnos de revezamento que atuam na sala de controle em tempo real.

Na nota, a companhia ressaltou que, dada as características do negócio de transmissão, suas 39 concessões possuem contratos de longo prazo com receitas fixas, reajustadas pela inflação e baseadas no desempenho e disponibilidade das linhas e subestações, e que vem monitorando de perto suas operações e o avanço na construção de todos os seus empreendimentos, afirmando que até o momento todos os fornecedores vem trabalhando normalmente com a manutenção do cronograma de entrega das obras.

Por sua vez, a ISA Cteep instalou um comitê permanente de crise, reforçando a higienização em todos ambientes de trabalho e transporte funcional, além de suspensão de viagens, e outras ações. Segundo a transmissora, os negócios tem receita regulada e previsível, sem risco de demanda, o que não afetará a posição de liquidez. “Trabalhamos incansavelmente e ininterruptamente para proteger os interesses de nossos stakeholders, além de garantir a continuidade da operação. Devemos enfrentar essa situação com calma, mas sem subestimar os riscos”, afirma a nota.

Nos mesmos moldes, a Alupar instituiu um Comitê de Crise Emergencial, responsável pelo Planejamento de Contingência para lidar com a situação, afetando os Centros de Operações, Subestações e Canteiros de Obras. A companhia salientou que o desafio do momento, além de passar por essa crise, é garantir a regularidade das operações e a continuidade dos projetos em implantação. “Ressaltamos que todos os projetos em implantação no Brasil já fizeram suas respectivas captações de longo prazo, não sendo necessárias novas captações no curto prazo”, sustenta o final do texto.


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sexta-feira, 20 de março de 2020

Acumulado de março apresenta leve alta no consumo de energia, afirma CCEE

O consumo de energia elétrica no Brasil na primeira quinzena de março alcançou os 64.779 MW médios, um leve aumento de 0,4% frente ao mesmo período do ano passado, afirmam os dados divulgados na última quarta-feira (18) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, e que são referentes ao período anterior ao agravamento dos impactos causados sobre a economia pela disseminação do novo Coronavírus.

Segundo a CCEE, o crescimento verificado nesta prévia decorre principalmente do efeito do feriado de Carnaval, que em 2019 ocorreu no dia 05 de março. Já neste ano, as festas foram celebradas em fevereiro, o que adiantou a redução do consumo nos segmentos comercial e industrial. As temperaturas mais amenas registradas entre o dia 1º e 15 limitaram o aumento no volume consumido.

No Ambiente de Contratação Regulada – ACR, o consumo apresentou retração de 2,0%, principalmente em decorrência da migração de consumidores para o Ambiente de Contratação Livre – ACL. Excluindo-se o impacto das migrações, o ACR registraria aumento de 0,1%. Já o consumo no mercado livre, por sua vez, apresentou incremento de 6%. Desconsiderado o impacto da migração, contudo, o ACL teria um aumento mais modesto, de 0,9%.

Os segmentos que registraram maior crescimento, considerando autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, foram: saneamento, com 23,8%, comércio 18% e manufaturados diversos, com 13,2%. Os ramos de atividade que apresentaram o pior desempenho foram transporte, com retração de 7,6% e extração de minerais metálicos, 6,2% negativos.

Geração. A geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional – SIN também apresentou elevação no período. Com 68.468 MW médios, a produção mostrou uma elevação de 0,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A alta foi observada nas usinas hidráulicas e fotovoltaicas com respectivos 7,2% e 17,9%. A baixa, em 20% das usinas térmicas e de 38,9% das eólicas.


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quinta-feira, 19 de março de 2020

IEEX fecha mais uma vez no vermelho, 9,73%

O índice de energia elétrica (IEEX) na B3 voltou a apresentar nova queda nesta quarta-feira, 18 de março. Seguindo o desempenho de todo o mercado financeiro, o indicador encerrou o dia em queda acentuada, de 9,73%, aos 56.119,21 pontos, retomando o mesmo patamar de março de 2019.
Todas as 18 ações que compõem o índice na bolsa de valores fecharam no campo negativo. A mais expressiva ficou, novamente, com a Eletrobrás. Os papeis ON (ELET3) recuaram 19,84% somente em um dia, cotadas a R$ 19,44. No mês a elétrica já acumula 43,7% de perda de valor de mercado. As ações ordinárias da Light (LIGT3) fecharam a R$ 11,10 depois de uma queda de 18,68% ante seu valor de abertura, a segunda maior queda. Em terceiro lugar entre as maiores perdas estão os papeis ON da Eneva (ENEV3), recuo de 16,78%, a R$ 27,98.
As menores perdas ficaram com a Taesa (TAEE11) em 4,24%, Cesp (CESP6) que desvalorizou 5,05% e Engie (EGIE3) com decréscimo de 6,15%.

Gráfico mostra nova queda do IEEX na B3
Na análise de 2020, todas as empresas do índice estão no vermelho. A Light figura no topo da lista de empresas que perderam valor. A companhia vale menos da metade quando comparado ao fechamento de 2019. São 53,28% de perda, logo atrás vem a Eletrobras como apontado acima. A terceira maior desvalorização é da Eneva que recuou 35,96%.
Já entre as menores perdas estão a Engie com 13,50%, a Taesa com 8,32% a menos e a AES Tietê,  22,81% a menos em seu valor de mercado.
O principal índice acionário do país, o Ibovespa encerrou o dia em queda de  10,35%, a 66.982 pontos, mesmo nível verificado em 7 de agosto de 2017.

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quarta-feira, 18 de março de 2020

GD solar recebe R$ 1,2 bilhão em investimentos do setor rural brasileiro

Os investimentos em Geração Distribuída através da fonte solar nas propriedades rurais do país ultrapassaram a marca de R$ 1,2 bilhão. A informação deriva de um mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o qual indica que produtores rurais representam atualmente por 8,7% da potência na GD a partir do sol no Brasil. No acumulado, a modalidade apresenta cerca de 2,3 GW de capacidade instalada, incluindo residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos. Com um total de aproximadamente 200 mil sistemas em operação, a fonte corresponde a 99,8% das conexões do tipo no país, sendo a líder do segmento.

O levantamento da Associação mostra um montante de mais de R$ 11,9 bilhões em aportes acumulados desde 2012 para a GD, espalhados pelas cinco regiões nacionais. Com isso, a tecnologia fotovoltaica está presente em mais de 79,9% dos municípios brasileiros. Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 72,60% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (18%), consumidores rurais (6,3%), indústrias (2,7%), poder público (0,4%) e outros tipos, como serviços públicos (0,04%) e iluminação pública (0,01%).

Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar afirmou que o uso da energia solar junto ao agronegócio traz ganhos de competitividade aos produtores rurais, pois reduz os custos com eletricidade e aumenta a segurança elétrica. “Protege o consumidor contra os aumentos das tarifas de eletricidade, aumenta a oferta de energia elétrica na propriedade rural, torna a produção no campo mais limpa e sustentável e agrega valor à marca do produtor rural”, comenta.

Para Rodrigo Sauaia, CEO da entidade, há diversas aplicações fotovoltaicas possíveis no setor rural. “A tecnologia é extremamente versátil e pode ser utilizada no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves e frangos, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural, entre muitas outras funcionalidades. A sinergia entre o agro e a solar fotovoltaica é enorme”, explica Sauaia.

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terça-feira, 17 de março de 2020

Chuvas no outono devem ficar perto da média, diz Climatempo

As chuvas no outono devem ficar próximas da média histórica. Em coletiva realizada nesta segunda-feira, 16 de março, o meteorologista do Climatempo Filipe Pungirum revelou que apesar de ser normal uma redução nas chuvas nessa época do ano, o desempenho deve ser bom e na média de longo termo. “Temos performances muito boas de produção, principalmente as contribuições da bacia do rio Grande e do rio Paranaíba para o rio Paraná”, afirma.

Ele também prevê uma tendência boa de afluências no Sudeste/ Centro-Oeste na nova estação, ficando perto da MLT. O rio Parapanema, que apesar de ficar na região Sudeste teve comportamento similar ao da região Sul –  de poucas chuvas no trimestre – também terá um bom outono. “A expectativa é de melhora no quadro de chuvas ao longo do outono, com chuvas acima da média”, avisa. Ele prevê que no fim de junho o quadro de seca/retorne.

A região Sul, que vem tendo uma hidrologia fraca, com estiagem severa, tem a previsão de boas chuvas em abril, embora ainda abaixo da média, com previsão de melhora. “A expectativa é de início de melhora em abril e recuperação plena em maio, acima da média”, explica. O Nordeste tem expectativa de chuvas acima da média no Ceará, Rio Grande do Norte e Maranhão e o restante diminui em abril. Em maio, o quadro se repete, enquanto em junho, chuvas acontecem na costa leste.

Pungirum ressaltou ainda que o bom período úmido trouxe uma boa perspectiva para o outono, já que essas chuvas acabam controlando os níveis dos reservatórios para o restante do ano. Esse bom cenário permitiu bandeira verde na tarifa de energia.

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segunda-feira, 16 de março de 2020

Elétricas anunciam ações para enfrentar pandemia de coronavírus

Em meio ao avanço dos casos de coronavírus no Brasil, as empresas e instituições do setor elétrico seguem anunciando medidas para preservar a saúde de seus colaboradores, garantir o funcionamento dos serviços e prevenir a expansão do Covid-19 no país. Medidas como cancelamento de viagens internacionais, participação em eventos, reuniões por videoconferências e trabalho remoto estão entre as ações adotadas pelos agentes.
Segundo o Ministério da Saúde, já são 200 casos confirmados de contaminação no Brasil, 1,9 mil casos suspeitos e nenhuma morte. Ainda que o grau de letalidade do vírus seja considerado baixo, o seu alto poder de disseminação exige que a sociedade se organize para controlar o aumento do número de pessoas contaminadas.
A Bolsa de valor de São Paulo estava operando abaixa de 10,14% no momento do fechamento dessa reportagem e o circuit breaker já havia sido acionado nesta segunda-feira, 16 de março.
Comitê de crise acionado
O diretor geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, anunciou que vai utilizar um fundo emergencial de US$ 3 milhões para ajudar o sistema de saúde de Foz do Iguaçu (PR) a enfrentar o vírus. Embora a cidade não tenha ainda nenhum caso confirmado, Foz recebe turistas do mundo todo e faz fronteira com o Paraguai e a Argentina. Viagens estão sendo cancelas ou reprogramadas e eventos estão sendo reagendados na região. O show da Esquadrilha da Fumaça, no Gramadão, previsto para o dia 27/3, foi adiado para uma data que ainda será divulgada.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) anunciou a suspensão, temporária, da participação presencial em todos os eventos, reuniões e cursos de capacitação durante o mês de maço.
O Grupo Cosan, controlador da Compass Gás e Energia, disse que toda atenção está voltada para os impactos gerados pela pandemia do Covid-19. Planos de contingência desenvolvidos nas últimas semanas estão sendo implementados.
A EDP anunciou que está adotando medidas de monitoramento e prevenção para proteger os seus colaboradores e as comunidades onde a empresa atua.  “Perante a previsível disseminação do vírus no Brasil e as implicações para a operação da Companhia, a EDP acionou de imediato o seu Comitê de Crise, que ficou responsável pelo Planejamento de Contingência para lidar com a presente situação. Os objetivos principais da Companhia, neste contexto, são minimizar o risco para os mais de 3,3 mil colaboradores da EDP e a manutenção da continuidade de negócios, em especial a prestação dos serviços de geração, transmissão e distribuição de energia pelas empresas do grupo”, diz o comunicado divulgado pela companhia.
Segundo a EDP, todas as viagens internacionais foram canceladas e os colaboradores do escritório de São Paulo começaram a trabalhar em casa a partir desta segunda-feira, 16. Um esquema de rodízio preventivo entrará em vigor os escritórios do Espírito Santos e Porto Alegre.
A Neoenergia pediu que os seus clientes das suas distribuidoras (Coelba, Celpe, Cosern e Elektro) priorizem o uso dos canais digitais de atendimento para se informar sobre a prestação de serviços e atendimentos emergenciais. “É importante lembrar que prestamos um serviço essencial para a população e temos um papel fundamental neste momento. Confio na responsabilidade de cada um dos nossos colaboradores para o cumprimento das medidas adotadas para evitar a disseminação do Covid-19 e para manter os serviços que prestamos para milhões de cidadãos brasileiros”, afirmou o CEO da Neoenergia, Mario Ruiz-Tagle, em nota à imprensa.
A Neoenergia também adotou medidas internas, como restrições de visitas de prestadores de serviço e fornecedores, suspensão de eventos internos e externos, bem como quarentena para profissionais que retornaram de viagem no exterior.

sexta-feira, 13 de março de 2020

Geração distribuída atinge 201,7 mil conexões no Brasil

O número de usinas conectadas na modalidade de geração distribuída alcançou 201.773 unidades, sendo 201,3 mil do tipo solar fotovoltaica, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). São 2,5 GW em capacidade instalada, dos quais 2,3 GW são de usinas solares.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a energia solar fotovoltaica representa 99,8% de todos as conexões distribuídas, com mais de R$ 11,9 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais.

No entanto, embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil a energia solar representa apenas 0,3% da matriz elétrica. Nações como Austrália, China, EUA e Japão já ultrapassaram a marca de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos, bem como da Alemanha, Índia, Reino Unido e outros, que já superaram a marca de 1 milhão.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53129340/geracao-distribuida-atinge-2017-mil-conexoes-no-brasil

quinta-feira, 12 de março de 2020

IPCA: energia elétrica registra deflação de 1,71% em fevereiro

O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 11 de março, o índice oficial de inflação de fevereiro de 2020. O IPCA teve alta de 0,25%, depois de variar 0,21% em janeiro. Foi o menor resultado para um mês de fevereiro desde 2000, quando o índice foi de 0,13%. No ano, o IPCA acumulou alta de 0,46% e, nos últimos 12 meses, de 4,01%, abaixo dos 4,19% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2019, a taxa havia sido 0,43%.

Segundo o IBGE, o grupo Habitação registrou deflação de 0,39%, por conta do item energia elétrica (-1,71%), cujo impacto no índice do mês foi de -0,08 p.p. Em fevereiro, passou a vigorar a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz. À exceção de Vitória (2,32%) e Fortaleza (0,25%), todas as áreas apresentaram variações negativas. Clique aqui para ver o desempenho de itens acompanhados pelo IBGE.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53129153/ipca-energia-eletrica-registra-deflacao-de-171-em-fevereiro 

quarta-feira, 11 de março de 2020

Adicional das bandeiras terá redução de até 22% em 2020

O custo dos adicionais de bandeiras tarifárias para o período 2020/2021 serão reduzidos em todas as faixas de acionamento do mecanismo, segundo proposta que a Agência Nacional de Energia Elétrica vai apresentar em consulta pública. Na bandeira amarela, o valor passará de R$ 1,343 para R$ 1,306 a cada 100 kWh consumidos, com redução de 3%; na Vermelha patamar 1, de R$ 4,169 para R$ 3,240, com queda de 22%; e na Vermelha patamar 2 de R$ 6,243 para R$ 5,264 a cada 100 kWh, com diminuição de 16%.

Os valores do próximo período tarifário refletem a incorporação dos prêmios de repactuação do risco hidrológico pagos por geradores hidrelétricos, além de outros parâmetros adotados pela Aneel. A agência informou que a partir de 1º de julho de 2020 a maior parte dos prêmios associados à repactuação do risco passarão a integrar as receitas fixas da Conta Bandeiras, dando um alívio para o consumidor.

A receita total dos prêmios de repactuação é estimada em R$ 1,4 bilhão, valor que deverá ser deduzido do custo de referência da exposição ao risco hidrológico nas bandeiras amarela e vermelha.

No ano passado, os consumidores cativos atendidos em baixa tensão pagaram à Conta Bandeiras cerca de R$ 24,5 bilhões. O valor corresponde à soma das parcelas com cobertura tarifária e os valores dos adicionais aplicados na conta de energia elétrica.

As faixas de acionamento das bandeiras consideram a atualização do histórico operativo do Sistema Interligado; os valores do Preço de Liquidação das Diferenças; a estimativa do mercado ao qual se aplica o sistema de bandeiras; a projeção do volume de energia total vinculado às usinas participantes do Mecanismo de Realocação de Energia e o índice de inflação. A Aneel vai receber contribuições à consulta pública entre 12 de março e 27 de abril pelo e-mail cp011_2020@aneel.gov.br.

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terça-feira, 10 de março de 2020

Geração solar bate novo recorde

A geração solar fotovoltaica bateu novo recorde de produção instantânea na última sexta-feira, 6 de março, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico. O recorde foi registrado às 12h04, quando foram gerados 1.378 MW. Esse montante é suficiente para atender 11,8% da carga do Nordeste. O recorde anterior havia ocorrido no dia 27 de fevereiro, quando foram gerados 1.357 MW.

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segunda-feira, 9 de março de 2020

PLD sobe 48% no submercado Sudeste/Centro-Oeste

O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) para o período de 7 a 13 de março subiu em todos os submercados, com exceção do Norte, resultado da piora na expectativa de afluências nas próximas semanas, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta sexta-feira, 6.

O preço médio do submercado Sudeste/Centro-Oeste subiu 48%, fixado em R$ 86,62/MWh. Para o Sul, o preço foi elevado a R$ 158,20/MWh, enquanto o preço no Nordeste teve alta de 44%, fixado em R$ 84,67/MWh. Já o preço do Norte caiu 31%, fixado no piso de R$39,68/MWh. Os limites de intercâmbio de energia para os patamares de carga pesada e média foram atingidos para todos os submercados, mantendo o preço desacoplado.

Para a próxima semana, a expectativa é que a carga elétrica do país recue cerca de 1.273 MW médios. A queda foi verificada no Sudeste (- 869 MW médios) e no Sul (- 488 MW médios). Por outro lado, há aumento no Nordeste (+ 36 MW médios) e no Norte (+ 48 MW médios).

Em março, espera-se que as afluências no país fiquem em 100% da Média de Longo Termo (MLT), porém abaixo da média para os submercados Sul e Norte. As afluências dos submercados em relação à MLT foram de 111% no Sudeste, 38% no Sul, 101% no Nordeste e 88% no Norte.

Os níveis dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) ficaram cerca de 1.812 MW médios acima do esperado. O aumento foi verificado no Sudeste (+ 2.531 MW médios), no Nordeste (+ 52 MW médios) e no Norte (+483 MW médios). No submercado Sul os níveis estão mais baixos (-358 MW médios).

O fator de ajuste para o condomínio de hidrelétricas que participam do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) está estimado em 128,5% para fevereiro.

Encargo

Como a região Sul enfrenta baixas nos reservatórios, por conta de chuvas em níveis muito inferiores às médias históricas, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu tomar algumas medidas, como o acionamento de termelétricas fora da ordem de mérito. Com isso, a previsão dos Encargos de Serviços do Sistema (ESS) para março de 2020 ficou em R$ 234 milhões, sendo cerca de R$ 231 milhões referentes à segurança energética e R$ 3 milhões de Unit Commitment.

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sexta-feira, 6 de março de 2020

Consumo cai 2% em fevereiro, aponta CCEE

O consumo de energia no país recuou 2% de fevereiro. De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica o volume consumido chegou a 65.302 MW médios registrados nos 29 dias do mês passado.
No ambiente de contratação regulada a retração ficou em 3,8%, principalmente em decorrência da migração de consumidores para o ACL. Se for excluído o impacto das migrações, o ACR registraria diminuição de 1,8%. Já o ACL teve um crescimento de 2,3% no consumo. Eliminado o impacto da entrada de novos clientes, por outro lado, haveria uma queda de 2,6%.
De acordo com dados da CCEE, desconsiderando a migração, os segmentos que registraram as maiores quedas, entre autoprodutores, varejistas, e consumidores livres e especiais, foram: veículos (10%), madeira, papel e celulose (7,2%), e extração de minerais metálicos (6,2%). Em contrapartida, os mercados de saneamento (22,1%), comércio (13,82%) e transporte (9,44%) tiveram as maiores altas.
Já a geração de energia no Sistema Interligado Nacional também apresentou diminuição no mês de fevereiro na comparação com o mesmo período de 2019. Com 69.259 MW médios, a produção registrou queda de 1,3% em relação aos 70.156 MW médios do ano passado.



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quinta-feira, 5 de março de 2020

Joint venture investirá R$ 2 bi em eólicas no Brasil

A Votorantim Energia e o fundo de pensão canadense CCP Investiments anunciaram que irão investir R$ 2 bilhões na construção de dois complexos eólicos na região da Serra do Inácio, entre os estados do Piauí e Pernambuco. No total, as usinas somam 411,6 MW de capacidade instalada, com previsão de operação em meados de 2022.

A energia produzida por Ventos do Piauí II e III será comercializada no mercado livre, com 60% do volume já contratado pelas empresas Votorantim Cimentos e Companhia Brasileira de Alumínio (CBA).

Em nota à imprensa, o CEO da Votorantim Energia e presidente do conselho da joint venture, Fabio Zanfelice, disse que, juntamente com os parques Ventos do Piauí I e Ventos do Araripe III, as novas usinas vão compor o maior cluster de geração eólica do Brasil, responsável por 5% da produção de energia através dos ventos do país e 36% da geração eólica do Piauí. “Serão 976,2 MW de capacidade instalada de geração, sendo 745,2 MW naquele estado e 231,0 MW em Pernambuco”, declarou o executivo.

Também em nota, o diretor presidente da CBA, Ricardo Carvalho, declarou que o investimento em energia limpa está alinhado à estratégia de sustentabilidade da empresa. “A sustentabilidade é o ponto de partida que orienta e estrutura todas as nossas ações e projetos.”

A Votorantim Energia estreou no mercado de energia eólica com o projeto Ventos do Piauí I. Com potência instalada de 205,9 MW, o complexo de sete parques eólicos entrou em operação em julho de 2017. Após a conclusão dos projetos Ventos do Piauí II e III, as empresas terá investido aproximadamente R$ 5 bilhões na região, criando um cluster com quatro complexos eólicos equipados com 352 aerogeradores.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53128461/sem-dinheiro-de-bancos-joint-venture-investira-r-2-bi-em-eolicas-no-brasil

quarta-feira, 4 de março de 2020

Aneel confirma resultado do A-6 para oito usinas


A Agência Nacional de Energia Elétrica homologou o resultado do Leilão A-6 de 2019 para oito empreendimentos de geração vencedores do certame. A lista dos projetos habilitados é composta pela usina hidrelétrica São Roque; as térmicas Ipiranga Bioenergia Mococa e Cerradão 3; a eólica Caetité D e as pequenas centrais hidrelétricas Rodeio, Jaspe, Barra das Águas e São Luiz.

A Aneel já havia confirmado o resultado do leilão A-6 para 74 das 91 usinas que negociaram contratos no certame. Com a decisão desta terça-feira, 3 de março, falta ainda ratificar a habilitação técnica de nove vendedores que não tinham apresentado toda a documentação exigida.

O leilão realizado em 19 de outubro do ano passado era destinado à contratação de energia de fontes hidrelétrica, eólica, solar fotovoltaica e termelétrica a biomassa, a gás natural e a carvão mineral nacional, com início de suprimento em janeiro de 2025. No certame foram vendidos 1.155,2 MW médios, ao preço médio de R$ 176,09/MWh e deságio médio de 33,7% em relação aos preços‐teto estabelecidos para a disputa.

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terça-feira, 3 de março de 2020

Níveis no Nordeste sobem e começam março a 60,5%

Em um dia de alta em todas as regiões, os reservatórios da região Nordeste estão operando com volume de 60,5%. De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico referentes ao último dia 1º de março, houve subida nos níveis de 0,2% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 31.212 MW mês e a Energia Natural Afluente é de 12.689 MW med, o mesmo que 89% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho opera com 47,91% da sua capacidade.

No Sudeste/Centro-Oeste, os níveis estão em 41,3%, crescendo 1% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 83.790 MW mês e a ENA é de 90.621 MW med, o equivalente a 131% da MLT. O reservatório da usina de Furnas, na bacia do rio Grande, opera com 45,78% e o de Emborcação, na do rio Paranaíba, com 26,49%. Na região Sul, o aumento de 0,2% no volume levou os reservatórios locais a estarem operando com 20,7% da capacidade. A energia armazenada é de 4.128 MW mês e a ENA é de 4.123 MW med,  que equivale a 58% da MLT. A usina de Passo Real está com 42,94%.

O Norte, com 47,1%, teve o aumento mais expressivo dentro todas as regiões, de 1,4%. A energia armazenada é de 7.143 MW mês, enquanto a ENA chega a 19.789 MW med, que corresponde a 74% da MLT. A usina de Tucuruí registra volume de 67,17%.

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segunda-feira, 2 de março de 2020

Solar: década apresenta oportunidades e desafios globais

As seis maiores tendências globais a serem observadas no mercado solar global a partir deste ano e nos próximos colocados pela consultoria Wood Mackenzie inclui o maior risco de preço de energia, investimentos em infraestrutura de rede, incentivos de política de curto prazo, a COP26, leilões com lances agressivos e o risco de resíduos fotovoltaicos.
De acordo com a empresa, os custos continuarão a cair, embora mais devagar do que antes, e a diversificação do mercado global continuará em curso. Além disso, mercados emergentes atingirão a maioridade e nos próximos cinco anos, veremos países como a Arábia Saudita, Paquistão e Malásia participando do chamado “clube de gigawatt”.
A consultoria lembra que há leilões planejados em 44 países fora da OCDE. Um pipeline de projetos que somam 180 GWdc em quase 120 países. Por isso, gerenciar os riscos associados à realização de negócios em mercados emergentes de energia será um desafio fundamental para os investidores negociarem. Nessas regiões, avalia, há oportunidades além das plantas tradicionais conectadas à rede.
Para a Wood Mackenzie, as instalações solares fotovoltaicas fora da rede para aqueles que atualmente não têm fonte de alimentação ou onde o serviço de fornecedores existentes é inadequado oferecerão um conjunto de oportunidades diferente, principalmente na África Subsaariana. As preocupações com ESG (os investimentos em ativos que apresentam respeito ao meio ambiente) e o alto custo da energia à base de petróleo também estão levando as empresas de indústrias extrativas, como a mineração, a considerar os sistemas baseados em sistemas fotovoltaicos como um agente ‘limpador’ e, em muitos casos, como uma alternativa mais barata.
Tom Heggarty, analista da Wood Mackenzie acredita em um aumento no risco de preço de energia à medida aumenta o número de mercados fotovoltaicos solares. Os pequenos produtores independentes de energia podem ser forçados a se concentrar apenas no desenvolvimento inicial e na venda de projetos operacionais ou prontos para operação. “O mercado ficará mais consolidado à medida que os grandes players adquirem carteiras mais arriscadas. Os novos participantes, como as maiores corporações de petróleo e gás, estarão de olho nos desenvolvimentos do mercado – sua experiência comercial e apetite ao risco devem deixá-los bem posicionados para o sucesso”, comentou ele em comunicado da empresa.
No ano passado, essa tendência foi abordada pela Agência CanalEnergia, em outubro, na Reportagem Especial que tratou do futuro do setor solar no país.
Para o analista da consultoria, embora a próxima década pareça saudável para a fonte, as ações dos formuladores de políticas poderiam abrir caminho para um crescimento ainda mais forte.
Apesar desse otimismo, há uma questão a ser tratada, a da infraestrutura. Um grande volume de projetos está em desenvolvimento ou em filas de conexão à rede. E ainda, será necessário investimento para aumentar a resiliência das redes para lidar com o fornecimento variável de energia renovável. Para ele, as redes bem desenvolvidas e interconectadas devem ser capazes de lidar com níveis razoavelmente altos de penetração atualmente.
Outro fator que a empresa vê como positivo são os esforços globais para a descarbonização, que poderão, em breve, levar a uma rápida aceleração no ritmo de investimento em energia solar fotovoltaica. No entanto, leilões com nível de preços insustentáveis ​​podem retardar o desenvolvimento de mercados emergentes. Ele cita o crescente número de contratos de leilão abaixo de US$ 20/MWh verificados em todo o mundo. Mas, em alguns casos, é difícil ver como a economia se traduzirá em retornos aceitáveis ​​para os investidores. Preços de oferta extremamente baixos ameaçam afastar empresas com potencia de investimento, mas com expectativas de retorno mais altas.
Já em relação ao risco apresentado pelos resíduos fotovoltaicos é um tema que a indústria ainda não abordou. No final desta década, a primeira onda de instalações fotovoltaicas começará a chegar ao fim da vida útil. São quase 4 GWdc de instalados entre 2001 e 2005, o que representa algo até 18 milhões de módulos individuais. A questão que fica é o que acontecerá com aqueles quando chegarem ao fim de suas vidas úteis, uma pergunta ainda sem resposta.

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