quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Senado analisa projeto de estímulo a investimento em eficiência energética

Está em tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado projeto de lei que exclui da dívida de estados e municípios os financiamentos para aumentar a eficiência energética, preferencialmente os que visem usar energia solar, eólica e de biomassa.

Apresentada pelo ex-senador Walter Pinheiro, a proposta recebeu voto favorável do relator, Valdir Raupp (PMDB-PE).

O PRS 72/2013 estabelece que essas operações não sejam computadas na apuração do total devido pelos entes federados prevista na Resolução do Senado 43/2001, que impede a contratação de novos empréstimos caso o estado ou município atinja ou ultrapasse o limite que ela determina.

Pela resolução, a dívida total não pode ser maior que 16% da receita corrente líquida e o valor gasto com amortizações, juros e demais encargos da dívida consolidada não pode exceder 11,5% da receita corrente líquida.

A norma ainda estabelece que a relação entre o montante da dívida líquida dos estados e a receita corrente líquida é de no máximo 2. No caso dos municípios, o limite máximo é de 1,2.

O autor argumenta que a exceção se justifica não apenas para beneficiar as cidades, atraindo mais turistas, favorecendo o comércio e o lazer e também proporcionando maior segurança, mas também porque geraria grande economia, já que as atuais lâmpadas de sódio ou mercúrio seriam substituídas pelas modernas lâmpadas de LED.

Raupp lembra que a legislação já admite exceções na apuração das dívidas: os empréstimos com a União para financiar a melhoria da gestão fiscal, financeira e patrimonial e o Programa Reluz (Programa Nacional de Iluminação Pública e Sinalização Semafórica Eficiente), as dívidas junto ao BNDES e as operações com a União para ajuste fiscal dos estados e o refinanciamento de dívidas municipais não são somadas para efeito de apuração do limite de endividamento.

“Nada mais apropriado do que estender a citada exclusão às ações de promoção da eficiência energética, de resto porque se trata de uma diretriz que alia como poucas os fundamentos da preservação do meio ambiente, do desenvolvimento econômico e do bem-estar social”, afirma o senador em seu relatório.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2018/02/senado-analisa-projeto-de-estimulo-investimento-em-eficiencia-energetica/33787

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Indústria registra crescimento no consumo de energia

Setores consomem conforme o fluxo de produção, portanto, a recuperação da demanda de energia é um bom sinal para a economia. É o que mostra o boletim mensal da CCEE.

A análise engloba consumidores livres, especiais e autoprodutores, e indica que o ramo de metalurgia e produtos de metal, maior em termos de representatividade no mercado livre, consumiu 3,0% a mais de energia no último ano. Já o consumo no setor de veículos registrou incremento de 20,3% frente à demanda em 2017.

Leia mais em: https://veja.abril.com.br/blog/radar/industria-registra-crescimento-no-consumo-de-energia-em-2017/

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Consumidores mineiros investem em energia solar para reduzir a conta de luz

O sol nasce para todos, mas para alguns brilha mais e gera economia e lucro. Isso vale para quem recorre aos sistemas de geração de energia solar voltaica. Os equipamentos instalados nos telhados e quintais possibilitam aos consumidores (comerciais ou domésticos) reduzir a conta de luz. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Minas é o estado com maior número desses equipamentos, com o total de 3.540 sistemas, na frente de São Paulo, que tem 3.166 equipamentos instalados. “A tendência é que, cada vez mais, as pessoas passem a recorrer ao uso da energia solar para o próprio consumo, por uma questão econômica e pela consciência ambiental. A energia solar é totalmente limpa. Não causa nenhum dano à natureza”, afirma Geovane Câmara, diretor da Facilita Energia Solar Soluções, empresa de venda de equipamentos em Montes Claros e que atua em todo o Norte do estado.
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Geovane lembra que a montagem de um sistema de geração de energia solar é um investimento relativamente barato. Com cerca de R$ 15 mil a R$ 20 mil é possível adquirir o sistema, que garante o fornecimento de energia para uma família e ainda ceder o excedente para um vizinho – o chamado compartilhamento. O empresário ressalta que o investimento na geração própria de energia é vantajoso, principalmente para hotéis, padarias, açougues e sorveterias, que consomem muita energia e têm equipamentos que ficam ligados o tempo todo. Ele lembra que o dono do empreendimento pode comprar os sistemas fotovoltaicos recorrendo a financiamento bancário.

A receita de Geovane foi seguida pelo empresário Marcelo Ribeiro Felisberto, dono do Hotel Canoeiros, às margens do Rio São Francisco, em Pirapora. Em novembro de 2016, com um empréstimo do Banco do Nordeste – com prazo de 11 anos para pagamento e mais um ano de carência –, ele investiu R$ 500 mil na instalação de uma usina fotovoltaica para gerar energia para o estabelecimento, que tem 100 apartamentos. Os módulos (painéis) foram instalados em uma extensão de 800 metros quadrados em cima do telhado. “Consegui uma economia de 70% nos gastos com energia”, comemora Marcelo, que conseguiu baixar o valor da conta de luz de R$ 15 mil para R$ 3 mil por mês. Além de energia para o próprio consumo, ele pode transferir o excedente para a rede de energia e ter uma compensação pelo valor.

Maior demanda

De acordo com a Absolar, os consumidores residenciais lideram o uso da energia solar fotovoltaica, representando 42% da potência instalada no país. São pessoas como o comerciante Wilson Ivo de Oliveira, de Várzea da Palma, cidade vizinha a Pirapora. Ele investiu R$ 40,8 mil em um sistema de geração de energia solar voltaica em seu supermercado. “Pagava cerca de R$ 950 de luz por mês. Hoje, só R$ 78, sendo que R$ 38 são referentes à taxa de iluminação pública”, explica.

A fonte renovável também trouxe economia para a confeiteira Marta Souza Morais, que tem quatro geladeiras, um freezer, três aparelhos de ar-condicionado e duas batedeiras industriais em casa. Há dois anos ela instalou um sistema de geração de energia solar no telhado de sua casa, no Bairro Todos Santos, em Montes Claros. “Juntei minhas economias e paguei R$ 34 mil. Sei que hoje está até mais barato, mas estou muito satisfeita. Foi o investimento que fiz na vida. Pagava entre R$ 600 e R$ 800 de luz. Hoje, pago R$ 75”, relata.

A rede de farmácias Minas Brasil também optou pela energia limpa no Norte do estado. Desde 2015, a empresa aplicou R$ 3,2 milhões em 2.084 módulos, que atendem 12 lojas da rede. “Percebemos uma redução de 85% no gasto com energia elétrica. A partir de agora, a expectativa é de pagar todo o investimento em até 60 meses e contabilizar apenas as vantagens da energia solar”, afirma o empresário Leandro Guedes, diretor da Minas Brasil. Segundo dados da Absolar, as empresas dos setores de comércio e serviços representam 39% do mercado do uso de energia solar fotovoltaica no Brasil. Em seguida, aparecem as indústrias (9%) e os sistemas localizados na zona rural (5%). Edificações e serviços do poder público correspondem a 5% do público, assim como o grupo representado pelas escolas, hospitais, tribunais e a própria iluminação pública.

Setor em crescimento

Os números do rápido crescimento da energia solar no Brasil impressionam. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), atualmente, a potência instalada no país é de 1,1 mil megawatts (MW) em usinas solares fotovoltaicas de médio a grande portes. A expectativa é que a capacidade instalada mais do que dobre neste ano. Até o fim de 2018 deverão entrar em operação 2,3 mil MW das usinas alimentadas pela luz do Sol. Os investimentos no setor até 2017 somaram R$ 4,5 bilhões. Aprevisão é de que os investimentos acumulados deverão atingir aproximadamente R$ 13,6 bilhões até final deste ano. A criação de empregos pela energia solar também é aquecida: atualmente, gira em torno de 20 mil postos de trabalho e a estimativa é atingir 25 mil novos empregos diretos e indiretos este ano.


O Brasil tem 18.214 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e engajamento ambiental a 20.518 unidades consumidoras, que somam mais de R$ 1,33 bilhão em investimentos acumulados desde 2012, em todas as regiões brasileiras. O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, lembra que, até 2016, a capacidade instalada de energia solar no Brasil era apenas 90 megawatts e houve um crescimento de 11 vezes em um ano. “O ano passado foi histórico para a energia solar no Brasil”, afirma. Também salienta que a geração a partir de fontes renováveis, como a luz solar, “diversifica a matriz energética e faz com o país fique menos dependente das hidrelétricas e das termelétricas.”

Atrativos
Sauaia ressalta que a tendência do setor é continuar despontando, por causa das vantagens oferecidas, sendo uma delas a condição de o cidadão gerar a própria energia que gasta e reduzir custo. Ele afirma que a conta de luz tem reajustes muito acima da inflação, o que contribui para as pessoas investirem nos sistemas próprios de geração de energia. “Os consumidores estão em busca de novas formas de economia”, observa. Por outro lado, o dirigente da Absolar assinala que para que o mercado da energia solar venha avançar ainda mais é preciso que o governo federal libere mais linhas de crédito para pessoas físicas.

Leia mais em: https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2018/02/25/internas_economia,940005/consumidores-investem-em-energia-solar-para-reduzir-a-conta-de-luz.shtml

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Comissão analisa projetos que incentivam energia alternativa



A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) reúne-se na terça-feira (27), às 9h, com 10 itens na pauta. Entre eles, está o projeto que torna obrigatória a instalação de equipamentos de geração de energia elétrica de fonte renovável em prédios públicos ou financiados com recursos públicos (PLS 253/2016). A proposta é do senador Telmário Mota (PTB-RR), para quem o poder público deve dar o exemplo na redução dos impactos ambientais causados pela atividade humana.

O projeto considera resultante de fonte renovável a energia elétrica gerada a partir de pequenas centrais hidroelétricas ou por fonte eólica, solar, maremotriz e biomassa. De acordo com o texto, serão obrigados a utilizar energia com essas características as edificações de prédios públicos quando submetidos a reforma, os imóveis alugados pelo poder público, os imóveis construídos para abrigar órgãos públicos e os imóveis residenciais novos do programa Minha Casa Minha Vida.

O relator, senador Jorge Viana (PT-AC), é favorável ao projeto. Ele aproveitou um substitutivo apresentado pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE), que destaca que a instalação de fontes renováveis descentralizadas, seja em residências, em prédios públicos ou em outras edificações, reduz as perdas de energia nas linhas de transmissão e de distribuição, além de contribuir para a expansão do parque de geração de energia.

Se aprovada, a matéria ainda precisa passar por um turno extra de votação, por se tratar de um substitutivo.
Minha Casa Minha Vida

A pauta da Comissão de Infraestrutura traz ainda outro projeto que trata de incentivo à energia alternativa (PLS 224/2015). Do senador Wilder Morais (PP-GO), a proposta prevê que as unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida possam receber em sua construção equipamentos destinados à geração de energia elétrica de fonte solar. O relator, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), apresentou um substitutivo à matéria para contemplar também a geração de energia de fonte eólica e de outras fontes renováveis.
Cide

Também consta da pauta do colegiado o projeto que exige que o governo federal invista pelo menos 5% da arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) em projetos de infraestrutura urbana de transportes coletivos ou não motorizados (PLS 11/2013). O texto a ser votado é o substitutivo do relator, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que dispensa estados e municípios de cumprir essa cota mínima, tornando-a obrigatória apenas para a União. A justificativa é de que a União tem retido a totalidade dos recursos da Cide, destinando-os para a formação do superavit primário, sem passar aos demais entes da federação a parte que lhes cabe.

Leia mais em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/02/23/comissao-analisa-projetos-que-incentivam-energia-alternativa

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Brasil ultrapassa o Canadá e ocupa 8º lugar em capacidade de usinas eólicas



Brasil ultrapassou o Canadá para se tornar em 2017 o oitavo país do mundo com maior capacidade instalada em usinas eólicas, com cerca de 12,8 gigawatts, em uma trajetória ascendente dos investimentos na fonte renovável que pode levar a um novo avanço no ranking neste ano, disse à Reuters a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum.

Com pouco mais de 2 gigawatts em novas usinas eólicas colocadas em operação no ano passado, o Brasil apareceu como o sexto maior em expansão anual da capacidade em todo o globo, à frente da França, com 1,7 gigawatt, segundo lista do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) divulgada na última semana.

Em 2018, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vê 1,6 gigawatts em novas eólicas com alta probabilidade de entrar em operação no Brasil, além de outros 226 megawatts vistos como com média viabilidade de implantação ainda neste ano.

"A energia eólica tem tido nos últimos anos, desde 2009, um crescimento exponencial no Brasil. Esperávamos mesmo chegar nesses patamares, e a gente ainda espera talvez chegar na sétima posição (no ranking global em 2018)", afirmou Elbia.

A líder global em energia eólica é a China, com 188 gigawatts instalados – o que representa mais que a capacidade instalada do Brasil quando consideradas todas as fontes de geração.

Países com maior capacidade instalada em usinas eólicas são China, Estados Unidos, Alemanha, Índia, Espanha, Reino Unido, França, Brasil e Canadá.

Embora o Brasil esteja a apenas 1 gigawatt de alcançar os 13,76 gigawatts dos franceses, o país pode levar mais tempo para galgar novos degraus – o sexto colocado, Reino Unido, conta com 18,9 gigawatts em eólicas instaladas, enquanto a Espanha ocupa a quinta posição no ranking do GWEC com 23,2 gigawatts.

Além da distância maior para esses rivais, o Brasil reduziu a velocidade de contratação de novas usinas a partir de 2015, em meio a uma recessão econômica que durou dois anos, o que prejudicará o ritmo de implementação de projetos a partir do próximo ano.

"Alguns países são impossíveis de alcançar, caso da China e dos EUA. Mas estamos seguindo uma trajetória de crescimento e vamos continuar. Claro que o ano de 2019 será um pouco mais desafiador. Então, talvez a gente perca um pouco a velocidade, mas retoma lá na frente", disse Elbia, da Abeeólica.

Melhor vento?

O crescimento da geração eólica no Brasil tem sido impulsionado por um forte interesse de investidores devido às características dos ventos do país, principalmente do Nordeste, visto por muitos especialistas como um dos melhores do mundo para a produção de eletricidade.

Segundo levantamento da consultoria ePowerBay, os dez parques eólicos mais produtivos do Brasil, todos no Nordeste, tiveram fatores de capacidade médios de entre 60,8% e 64,6% em 2017.

Os números dessas usinas mais produtivas comparam-se até ao rendimento de parques offshore, instalados em alto mar devido aos ventos mais fortes nessas regiões, disse à Reuters o presidente do Conselho do GWEC, Steve Sawyer.

"Particularmente o Nordeste do Brasil é beneficiado por ventos alísios do Atlântico Sul, e o vento é forte, estável e na maior parte do tempo vem da mesma direção... Em geral, o pleito do Brasil de que tem um dos melhores ventos do mundo é correto. Se é 'o melhor' ou não é uma questão complexa", afirmou, em respostas por e-mail.

O executivo disse que algumas regiões do México, África do Sul e Marrocos têm ventos "excelentes", assim como o Estreito de Cook, perto da Nova Zelândia, mas essas regiões ainda estão longe de alcançar o grau de desenvolvimento do Brasil em energia eólica.

A Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês) disse que o vento brasileiro é razoavelmente mais produtivo que a média global, mas com números "entre os maiores no mundo" na região Nordeste.

A agência estimou um fator de capacidade médio próximo de 30% para todo o Brasil, contra pouco mais de 20% na média global, em dados de 2015.

Mas os fatores de capacidade acima de 60 por cento vistos no Nordeste só são registrados normalmente por um seleto grupo de países, como Cabo Verde (64 por cento), Aruba (66 por cento) e Curaçao (76 por cento), segundo os dados da Irena.
Leia mais em: https://www.brasil247.com/pt/247/economia/343386/Brasil-ultrapassa-o-Canad%C3%A1-e-ocupa-8%C2%BA-lugar-em-capacidade-de-usinas-e%C3%B3licas.htm

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Aneel homologa construção de 4.919 km de linhas de transmissão de energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou hoje (20) o resultado do leilão de 11 lotes para a construção, operação e manutenção de instalações de transmissão de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN), realizado em dezembro do ano passado. A estimativa é que sejam investidos R$ 8,7 bilhões em transmissão de energia.
No total, foram arrematados 4.919 km de linhas de transmissão nos estados da Bahia, do Ceará, de Minas Gerais, do Pará, da Paraíba, do Paraná, de Pernambuco, do Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins.
Segundo a Aneel, o leilão apresentou deságio médio de 40,46%, que, segundo a agência, vai contribuir para modicidade tarifária de energia, uma vez que a receita dos empreendedores para exploração dos investimentos ficará menor que o previsto inicialmente.
O prazo das obras varia de 36 a 60 meses e as concessões de 30 anos valem a partir da assinatura dos contratos.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Dispositivo criado no MIT produz energia a partir das mudanças diárias de temperatura

Um time de cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveu uma forma de usar o ar para produzir energia. E não estamos falando de turbinas eólicas. Eles criaram um ressonador térmico, capaz de aproveitar as mudanças de temperatura no ar ao longo do dia para gerar eletricidade.

Segundo a instituição, a vantagem do novo dispositivo é que não há necessidade de luz solar para seu funcionamento. Mesmo sob a sombra, é possível usar a variação de temperatura para que a energia seja produzida.

O princípio da termoelérica na produção de energia consiste em uma diferenciação de temperatura em ambos os lados de um objeto e na circulação do calor da parte mais quente para a mais fria. Carregadores de bateria já fazem isso. O ressonador térmico do MIT também, mas usando elementos naturais do ambiente, em vez de ter que ligar o aparelho na tomada.

"Nós basicamente inventamos este conceito", disse Michael Strano, professor de engenharia química do MIT e um dos autores do estudo publicado na Nature Communications. "Este ressonador térmico é algo que podemos colocar sobre nossas mesas para gerar energia a partir de uma fonte que parece inexistente. Nós estamos cercados por flutuações de temperatura o tempo todo. Esta é uma fonte inexplorada de energia."

Além de Strano, a pesquisa envolveu outros oito membros do MIT. O líder da pesquisa, o graduando Anton Cottrill, explica que há um material de fase mutável que armazena calor dentro do ressonador. O grafeno, diz ele, acelera a condução do calor - este elemento já é conhecido por sua característica de alta condutibilidade elétrica.

Um exemplar de testes do ressonador térmico, em uma variação de 10° C entre uma noite e um dia, foi capaz de produzir 350 milivolts de potencial e 1,3 miliwatts de eletricidade, o suficiente para sustentar pequenos sensores de ambiente ou sistemas de comunicação.

Leia mais em: https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2018/02/dispositivo-criado-no-mit-produz-energia-partir-das-mudancas-diarias-de-temperatura.html

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Energia renovável esbarra na falta de incentivos

Ainda que já existam algumas iniciativas voltadas ao uso de energias renováveis no País, o Brasil - ao priorizar a visão monoenergética, baseada nas hidrelétricas - está bastante atrasado para virar a chave e adentrar de vez neste universo.
A avaliação é da doutora em Energia Solar Fotovoltaica, Aline Cristiane Pan, coordenadora do Seminário de Energias Renováveis na Feira de Negócios, Tecnologia e Conhecimento em Meio Ambiente (Fiema Brasil). A feira irá acontecer de 10 a 12 de abril no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. "O Brasil não pode depender de uma única fonte de energia, é preciso diversificar a matriz energética para podermos continuar crescendo como sociedade", adverte Aline.
Segundo a coordenadora do seminário, que será realizado no dia 11 de abril, das 8h às 16h30min, questões políticas e falta de incentivos governamentais têm emperrado o avanço do País na utilização de energia a partir de fontes renováveis. Embora com certo atraso, o Brasil tem registrado índices crescentes no uso de energias renováveis. Em 2013, possuía apenas nove empreendimentos que utilizavam energia fotovoltaica como suporte, número que saltou para 4.517 nos três anos seguintes. "Nada cresce tanto em energias limpas no País como a fotovoltaica", destaca Aline, reforçando que o número de conexões dessa geração cresceu 98% desde 2014. "A energia eólica também pode melhorar o desempenho, e já representa 7% de toda a eletricidade produzida no Brasil", observa. Segundo Aline, o Rio Grande do Sul é um dos estados que mais geram este tipo de energia, somando 68 parques eólicos, que produzem 1, 7 mil megawatts.
Aline destaca que o debate terá como tema Oportunidade e Aplicabilidade para as Energias Renováveis, abordando cenários, licenciamento, aplicabilidade e políticas de incentivo e energias hídrica, biogás e biometamo, solar e eólica. O seminário terá 50 palestrantes nacionais e internacionais, vindos de países como Finlândia, Alemanha, México e Uruguai. Os debates estão programados para ocorrer em quatro auditórios distintos e a expectativa é de reunir 3,6 mil pessoas durante os três dias do evento.
"A ideia é reunir a cadeia produtiva do meio ambiente, com foco no fortalecimento da legislação e em busca de oportunidades de negócios no Estado, principalmente envolvendo resíduos de saúde (gerados em hospitais, farmácias e laboratórios) e os urbanos", explica a diretora executiva da Fundação Proamb, responsável pela realização da Fiema Brasil, Marisa Cislaghi. "Além de exigirem soluções urgentes em termos ambientais, muitos destes resíduos podem ser reciclados e utilizados para produção de energia, no entanto é necessário enfrentar as barreiras burocráticas, que geram muitas incertezas", comenta.

Expectativa é receber 10 mil visitantes em três dias do evento

A oitava edição da Fiema Brasil terá outros cinco eventos paralelos, voltados para discussões sobre recursos hídricos, resíduos sólidos, e tecnologias ambientais. Um deles, o 6º Congresso Internacional de Tecnologias para Meio Ambiente, reunirá acadêmicos e pesquisadores que irão apresentar pesquisas e estudos científicos, destinados ao desenvolvimento de soluções em gestão ambiental. Organizado em parceria entre a Universidade de Caxias do Sul (UCS) e a Fundação Proamb, o congresso terá como tema central Inovação com Sustentabilidade em Tempos de Mudança. Durante o evento, estudantes irão apresentar trabalhos técnicos com foco em química ambiental, recuperação de áreas degradadas e recursos hídricos.
Outro momento importante, segundo Marisa Cislaghi, será o 6º Seminário Brasileiro de Gestão Ambiental na Agropecuária - "um dos grandes desafios do País, já que está entre os gigantes do setor no mundo", destaca Marisa. "O encontro é uma oportunidade de avançar nas discussões acerca de problemas como contaminantes e resíduos e debater os antídotos para detê-los, como maior utilização de biocombustível, produção orgânica e depósito de agrotóxicos." A gestora da Fundação Proamb destaca que o encontro - que ocorre dias 11 e 12 - conta com parceria da Embrapa, IFRS-BG e Sindicato Rural, e apoio da Emater.
Com previsão de reunir 200 expositores e receber 10 mil visitantes, a Fiema Brasil ainda contará com o 1º Seminário Internacional de Resíduos Industriais e Urbano, o 5º Seminário de Segurança do Trabalho, o 4º Meeting Empresarial e o 2º Seminário de Energias Renováveis, este último com foco na diversificação da matriz energética brasileira. Além de tratar sobre licenciamento e políticas de incentivo, serão abordadas as energias hídrica, biogás e biometano, solar e eólica. A programação será no dia 11 de abril, entre 9h e 16h30min.

Leia mais em: http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/02/economia/611891-energia-renovavel-esbarra-na-falta-de-incentivos.html

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Brasil aumenta produção e passa para a oitava posição no ranking da energia eólica


Levantamento da Global Wind Energy Council (GWEC) divulgado nesta quinta-feira (15) coloca o Brasil entre os destaques na produção de energia eólica no mundo. Com a ampliação do parque, foi possível passar o Canadá e ocupar o oitavo lugar no ranking mundial de energia proveniente dos ventos.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), hoje o Brasil possui mais de 500 usinas eólicas que geram quase 13 gigawatts de energia elétrica. Conhecidamente uma região de ventos vigorosos, o Nordeste é responsável por 60% da produção.

“O Brasil tem um dos melhores ventos do mundo do mundo para produção de energia eólica e nosso fator de capacidade, que é a medida de produtividade do setor, passa do dobro da média mundial. Além disso, temos uma cadeia produtiva 80% nacionalizada, que investe e gera empregos aqui”, afirma a presidente da entidade, Élbia Gannoum.
Leia mais em: http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2018/02/brasil-aumenta-producao-e-passa-para-a-oitava-posicao-no-ranking-da-energia-eolica

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Holanda planeja enorme parque de energia solar em alto-mar

Uma fazenda de algas no Mar do Norte será transformada em um grande parque de energia solar em alto-mar que visa fornecer energia para a Holanda em cerca de três anos.
O projeto vem em um momento crítico para o país, que está lutando para conter o uso de combustível fóssil e cumprir metas de redução de emissão de gases do efeito estufa após anos de baixo investimento em fontes de energia renováveis.
Depois de um projeto piloto, um consórcio composto por produtores de energia, cientistas e pesquisadores planeja, em última instância, operar 2.500 metros quadrados de painéis solares flutuantes em 2021, disse Allard van Hoeken, fundador da Oceans of Energy, que elaborou o projeto.
O piloto, que receberá 1,2 milhão de euros em financiamento do governo, operará 30 metros quadrados de painéis neste verão. O projeto irá testar equipamentos, condições climáticas, impacto ambiental e produção de energia.
A Universidade de Utrecht examinará a produção de energia no protótipo em alto-mar, localizado a cerca de 15 quilômetros da costa da cidade holandesa de Haia, em uma zona de testes conhecida como Fazenda do Mar do Norte.
"Além de eliminar o problema de falta de terra, há vários outros benefícios para a construção no mar, semelhante àqueles em energia eólica", disse o especialista em energia solar Wilfried van Sark, da Universidade de Utrecht, que está envolvido no projeto.
"Há mais sol no mar e há o benefício adicional de um sistema de resfriamento para os painéis, que aumenta a produção em até 15 por cento", disse.
Os painéis serão ancorados entre turbinas eólicas já existentes e conectados aos mesmos cabos, transportando energia eficientemente para os consumidores finais.
Van Hoeken disse que espera que a energia solar em alto-mar seja eventualmente mais barata do que as fontes de energia eólica.

Leia mais em: https://extra.globo.com/noticias/economia/holanda-planeja-enorme-parque-de-energia-solar-em-alto-mar-22397390.html

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Migrações para o mercado livre de energia caem 45% em 2017

O mercado livre de energia elétrica permanece atraindo empresas com o interesse em redução de custos. Em 2017, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE registrou a adesão de 1.267 empresas para o Ambiente de Contratação Livre – ACL, uma média de 105 por mês.

Apesar da grande movimentação, o fluxo de migração reduziu 45% em relação à 2016, quando foram registrados 2.303 consumidores novos no ACL, média de quase 200 adesões a cada mês.

Mesmo com a queda no número de migrações ao longo de 2017, quando comparada ao ritmo de 2015, as adesões mantiveram número expressivo. Há dois anos, a média de empresas aprovadas no quadro associativo da CCEE como consumidores livres e especiais era de apenas 8 por mês.

Os consumidores especiais, ou seja, empresas com demanda entre 500 KW e 3MW, representaram 92% de toda a migração em 2017, totalizando 1.164 adesões. Esta classe de agentes já representa 63% dos associados da CCEE (6.865).

linha de transmissão

Para se ter uma ideia do impacto da migração nos últimos dois anos, ao final de 2015, a Câmara de Comercialização contava com 3.244 associados, o que significa um crescimento de cerca de 112% no número de empresas.

Já os consumidores livres, empresas com demanda superior a 3MW, totalizaram 103 migrações e alcançaram a marca de 874 agentes na CCEE.

Para 2018, a Câmara de Comercialização registra 286 pedidos de adesão, divididos em 274 vindos de consumidores especiais e 12 de consumidores livres.

Maior representatividade no consumo

Além do crescimento do número de agentes, o mercado livre também tem ampliado sua representatividade no consumo de energia do Sistema Interligado Nacional – SIN. Segundo dados do Boletim InfoMercado, o consumo no ACL significou 28,5% em dezembro de 2017 (17.507 MW médios de 61.533 MW médios). Em dezembro de 2016, o mercado livre representava 26% do consumo (15.792 MW médios de 60.790 MW médios).

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2018/02/migracoes-para-o-mercado-livre-de-energia-caem-45-em-2017/33665

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

ENTREVISTA-Chinesa CEE quer expandir negócios em energia no Brasil e prevê fábrica

O grupo chinês CEE Power quer expandir a atuação no setor elétrico do Brasil, onde arrematou em 2016 uma concessão para construir um lote de linhas de transmissão, e os investimentos previstos devem incluir a implementação de uma fábrica local de equipamentos, disse à Reuters um executivo da companhia no país.
O interesse do grupo segue-se a negócios bilionários fechados nos últimos anos por empresas chinesas na área de energia do Brasil, como as gigantes State Grid, China Three Gorges, State Power Investment Corp (SPIC) e Shanghai Electric.
"A ideia é viabilizar uma fábrica de equipamentos no Brasil, dos principais equipamentos utilizados em transmissão e geração. E enquanto isso vamos construindo uma carteira de ativos... estamos constantemente monitorando o mercado", disse o diretor comercial da CEE Power no Brasil, Marcio Coelho, referindo-se a uma possível participação em projetos novos.
Após a estreia em 2016, a companhia e seu braço internacional Real You Group chegaram a participar de leilões no Brasil no final de 2017 que ofereceram concessões para novos projetos de transmissão e para a construção de usinas solares, mas a forte competição nas disputas levou a empresa a recuar.
O leilão de projetos de transmissão teve um deságio médio de mais de 40 por cento, enquanto os certames de geração registraram os menores preços da história do país para a contratação de novas usinas eólicas e solares, em meio a um forte interesse de investidores estrangeiros por ativos de energia no Brasil.
"Apesar de sermos chineses, somos uma empresa privada na China, e somos menores que uma State Grid... nossos passos são mais cautelosos, os projetos têm que ter retorno financeiro", disse o diretor da CEE Power no Brasil.
Ele afirmou que o grupo irá avaliar os próximos leilões de concessões de transmissão, mas provavelmente arquivará por ora os planos de entrar também no setor de geração no país, devido à queda dos retornos com a intensa disputa.
"Está muito pressionado... neste momento, vamos focar no projeto que temos em transmissão, um projeto muito bom, que vamos colocar em operação rapidamente, e continuaremos sondando o mercado", disse Coelho.
As linhas de transmissão em construção pelo grupo, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, devem receber mais de 200 milhões de reais em investimento --e a empresa quer antecipar as operações, previstas para junho de 2020, em pelo menos seis meses.
A expectativa é de novos leilões de projetos de transmissão neste ano, mas ainda não há previsão de datas.
O diretor afirmou que o empreendimento utilizará capital próprio da CEE Power e financiamentos internacionais. A empresa também avalia emitir debêntures de infraestrutura no Brasil para financiar o projeto, mas no momento não há intenção de utilizar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os planos da CEE Power evidenciam a atratividade dos negócios em energia elétrica no Brasil para os chineses, que têm se movimentado para expandir a atuação no país em busca também de fomentar importações de equipamentos e serviços de empresas orientais.
O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, disse à Reuters recentemente que o setor de energia deve seguir como um dos principais interesses dos chineses no Brasil, com ainda mais investimentos no radar.
"Há pelo menos mais uma meia dúzia de outras grandes elétricas chinesas avaliando negócios no país neste momento", afirmou.
FÁBRICA
Enquanto avalia novas oportunidades de negócio, a CEE Power quer montar uma fábrica no Brasil para produzir equipamentos de média tensão.
O empreendimento deve receber um investimento de 20 milhões de reais e ser erguido em Santa Catarina, em parceria com uma empresa local, afirmou o diretor comercial da CEE Power no Brasil.
"O plano inicialmente é montar uma pequena operação, um investimento de 20 milhões de reais... a gente deve colocar para rodar este ano ainda, em parceria com uma empresa brasileira. Vamos produzir para-raios, chaves fusível, isoladores e religadores", disse.
O grupo oriental ainda quer no futuro fazer um investimento próximo a 50 milhões de dólares, para montar uma unidade maior no país, provavelmente por meio de uma joint venture com outra companhia chinesa, afirmou Coelho, sem detalhar os prazos estimados para o movimento.

Leia mais em: https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2018/02/06/entrevista-chinesa-cee-quer-expandir-negocios-em-energia-no-brasil-e-preve-fabrica.htm

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Brasil adere à Agência Internacional de Energia Renovável

O Brasil iniciou oficialmente o processo de adesão para se tornar membro pleno da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena). O organismo internacional foi criado para apoiar o desenvolvimento de energias renováveis e a redução de emissões de gases de efeito estufa.

Inicialmente, a Irena teve como foco o fomento às tecnologias eólica e solar produzidas nos países desenvolvidos, mas passou a considerar também os bicombustíveis e a energia hidráulica no escopo dos seus trabalhos.

"A energia renovável não só ajudará a atender a demanda de energia do Brasil, mas também impulsará o crescimento econômico e criará oportunidades de emprego”, disse o diretor-geral da Irena, Adnan Z. Amin, em comunicado..

A agência considera que, enquanto a energia hidrelétrica continua a dominar o seu mix de geração de energia, o Brasil também está emergindo como uma energia solar e energia eólica (ventos). Segundo o comunicado, o país foi o quinto mercado mundial em expansão de eólicas e tem 11 gigawatts (GW) instalados. O objetivo é chegar a 24 GW até 2024.

A associação internacional prometeu contribuir com a plataforma Biofuturo, liderada pelo Brasil e que reúne várias países com o objetivo de promover a bionergia. Além disso, o corpo técnico da agência poderá também proporcionar mais vantagens para o desenvolvimento da energia solar e eólica no Brasil. Além disso, poderá atrair investimentos, financiamentos e divulgação de processos licitatórios, beneficiando-se do apoio institucional da organização.

Em outubro passado, o Brasil se associou à Agência Internacional de Energia (AIE) como país não membro.

Fonte: O Globo

Leia mais em: https://oglobo.globo.com/economia/brasil-adere-agencia-internacional-de-energia-renovavel-22366989

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Energia eólica no Nordeste cresce e tem ápice na época de secas

Responsável por 7,3% da energia elétrica gerada no ano passado, a fonte eólica vem aos poucos ganhando terreno na matriz brasileira. Desde o começo da década, a partir dos leilões do governo Federal, o setor já cresceu mais de 10 vezes e crescerá pelo menos mais 46% nos próximos cinco anos, pelo volume que já foi contratado.

Segundo avaliação da presidente da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), Elbia Gannoum, o cenário é muito favorável no médio e longo prazo. “No cenário econômico, o pior já passou. Hoje, eu diria que as expectativas são muito boas, com a retomada do país e a necessidade de energia para crescer”.

Para Gannoum, o Brasil é campeão no quesito de energias renováveis, com potencial muito grande, e principal fonte renovável é a eólica. “Temos o melhor vento do mundo: melhor qualidade, competitivo, menor preço e com interesse dos investidores”, ressaltou.

O vento brasileiro, especificamente no Nordeste e no Rio Grande do Sul, tem produtividade acima da média mundial – que é de 30% da capacidade instalada. Em estados como Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, o fator de capacidade fica acima de 40% no ano e chega a 60% de julho a outubro, similar ao de uma hidrelétrica.

O inverno e a 1ª metade da primavera são as melhores fases, que coincidem com esvaziamento dos reservatórios. “É uma complementaridade quase que perfeita, quando começa a melhor chuva, cessam os ventos, quando tem menos chuva, vem o melhor vento”, explicou Gannoum.

“[A energia éolica] não pode despachar quando quer, mas tendo (vento), despacha e guarda água nos reservatórios, assim como reduz o uso de outras fontes. É muito mais prudente do que gastar bilhões de reais em termelétricas como se faz. Foram R$ 30 bi em 2015 e 2016” complementou o coordenador de Clima e Energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo.

Principal fonte

Com níveis críticos nas hidrelétricas durante boa parte de 2017, o Nordeste só não teve a geração eólica como principal fonte em março. Em julho, a participação dos ventos chegou a 55,7% – em junho, agosto, setembro e outubro também foi superior a todas as outras somadas, de acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Em 14 de setembro, 64% da energia consumida veio das eólicas, que operavam em 76% da capacidade – um recorde.

O arredamento de terras também produz renda, já que aluguel gira em torno de R$ 1 mil/mês por aerogerador, em contratos que passam de 20 anos. Quatro mil famílias, que dependiam da monocultura de subsistência, são beneficiadas, sendo que a máquina não impede outras atividades.

O mercado deve esgotar as possibilidades no Nordeste e Rio Grande do Sul antes de ir a outros Estados, como São Paulo, que tem o potencial da Alemanha – a 3ª do mundo no setor. O Brasil passou de 9º para 8º em 2017.

Paraná aproveita ventania do Nordeste

Com apenas um parque eólico piloto implantado em 1999 pela Copel (Companhia Paranaense de Energia) na cidade de Palmas, os paranaenses aproveitam os ventos do Nordeste para produzir energia.

Dona de 20 hidrelétricas e distribuidora do Paraná, a empresa tem forte atuação fora do seu Estado de origem com investimento superior a R$ 3 bilhões em energia eólica no Rio Grande do Norte.

Atualmente, a Copel possui 15 parques eólicos em três grandes complexos em operação: dois próprios, o São Bento Energia e o Copel Brisa Potiguar, e 49% de um em São Miguel do Gostoso (RN), com outros 51% da Voltalia, multinacional francesa. Juntos os três representam mais de 10% da capacidade do RN, estado líder, que detêm 30% do potencial brasileiro hoje.

A participação deve aumentar ainda mais neste ano, já que o 4º e maior complexo da Copel, o Cutia, também no RN, deve entrar em operação com 13 parques e capacidade de 312,9 MW.

Segundo o superintendente da Coordenação de Avaliação de Negócios da Copel, Mauro José Bubniak, a empresa também tem dois projetos “encarteirados” de 150 MW no RN. “Se a tarifa for atrativa vamos viabilizar. A expectativa é que a Aneel retome a regularidade e faça dois leilões neste ano, o de abril já está marcado”, comentou.

Além da Copel, as empresas privadas do Paraná também fazem seus negócios girarem no Nordeste, como a CER (Companhia de Energias Renováveis), com parques em operação e construção na Bahia, e a Brasventos (JMalucelli Energia é acionista majoritária) com parques em operação no RN.

Leia mais em: https://www.metrojornal.com.br/brasil/2018/02/05/energia-eolica-no-nordeste-cresce-e-tem-apice-na-epoca-de-secas.html

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Mercado de GD atinge R$ 1,4 bilhão de faturamento em 2017, aponta pesquisa

O mercado de geração solar distribuída no Brasil alcançou o faturamento de R$ 1,47 bilhão em 2017, segundo pesquisa realizada pela consultoria especializada no setor fotovoltaico Greener. O volume de negócios ultrapassou 297 MWp no último ano, contra 82,9 MWp em 2016.

Segundo a pesquisa divulgada nesta semana, a econômica de energia (82,3%) lidera como principal motivação de compra dos sistemas por parte dos clientes, seguido de investimento (11,6%) e sustentabilidade (4,6%). Atualmente, há 2.741 empresas integradoras (em 2016 eram 1.500). Essas empresas são responsáveis pela comercialização e instalação dos sistemas de geração de energia elétrica em residências e comércios.

Do total de equipamentos comercializados em 2017, 35,16% foram importados. Ainda segundo a pesquisa, os preços dos kits tiveram uma quebra na tendência de queda dos últimos semestres, aumentando em +10,04% o seu preço médio. Isso se deve, principalmente, a um aumento médio de +16,82% no preço dos módulos no último semestre.

Por outro lado, os preços ao cliente final caíram 4,75% nos últimos 6 meses, uma vez que as empresas integradoras espremeram suas margens de lucro. “Devido a entrada de muitas novas empresas é natural que elas forcem o mercado abaixo de seus preços a fim de conseguir efetuar seus primeiros projetos. Ressalta-se para a insustentabilidade de uma empresa com preços muito baixos, isso deprecia o mercado e o torna insustentável”, diz a Greener.

Em um acumulado de um ano e meio (desde jun/2016) o custo de integração reduziu em mais de 50%. Isso se deve, entre outros motivos, a uma melhor eficiência do integrador, redução da margem líquida, além de uma maior compreensão do preço praticado no mercado.

A pesquisa de mercado contou com a participação de 552 empresas integradoras no período de 29 de novembro de 2017 a 2 de janeiro de 2018. A pesquisa contou com amostragem de empresas de todo do país, todos os portes e idades. De acordo com a Greener, houve o aproveitamento de 51,3% das respostas.

“Nossa pesquisa foi capaz de alcançar 20,90% de penetração do mercado nacional de Integração e com isso obtivemos 10,72% de penetração com os dados validados”, diz a consultoria.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53050628/mercado-de-gd-atinge-r-14-bilhao-de-faturamento-em-2017-aponta-pesquisa

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Shell vai investir R$ 1,5 bi em energia eólica

Quatro meses depois de trazer sua comercializadora de energia elétrica ao Brasil, a petroleira Shell está na fase final de negociação para dois projetos de campos de energia eólica no Nordeste, um deles no Ceará. O investimento previsto é de 1,5 bilhão de reais para uma capacidade de até 400 megawatts de energia, o que colocaria a multinacional entre as dez maiores comercializadoras de energia eólica do país.

A Shell também negocia para que seu braço de geração, a Shell New Energy, seja uma das investidoras dos novos campos. A empresa corre para fechar os acordos antes do próximo leilão do governo, previsto para abril. Procurada, a Shell não comentou.


Leia mais em: https://exame.abril.com.br/blog/primeiro-lugar/shell-vai-investir-r-15-bi-em-energia-eolica/