sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Energia deve seguir mais cara em novembro por restrição em linhão do Norte ao Sudeste

Uma limitação no montante de energia que pode ser transportado pela maior linha de transmissão de eletricidade do Brasil, que leva até o Sudeste a produção de duas enormes hidrelétricas em Rondônia, Jirau e Santo Antônio, deverá pressionar as contas de luz em novembro, disseram especialistas à Reuters. Embora a restrição esteja presente desde o início da operação do linhão, ela ainda não era considerada nos modelos computacionais que calculam o preço da energia --em alta pelas fracas chuvas em áreas de hidrelétricas-- e guiam o acionamento das termelétricas.

Mas a partir do próximo mês a questão será considerada, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avaliar que o problema é de “caráter estrutural”, limitando um alívio para os bolsos dos consumidores que poderia ocorrer com a chegada da temporada de chuvas nas hidrelétricas. Os consumidores do país têm pago um adicional nas tarifas desde julho, devido a chuvas abaixo da média na região das hidrelétricas, principal fonte de geração do Brasil. Em outubro, a cobrança extra foi elevada para seu maior nível, a chamada bandeira tarifária segundo patamar, com custo de 3,50 reais a cada 100 kilowatts-hora.

Em novembro, quando geralmente começam chuvas na região das hidrelétricas, a expectativa era de que a cobrança extra caísse para 3 reais, primeiro patamar da bandeira vermelha, ou 2 reais, com bandeira amarela, mas a limitação de transmissão pode manter a tarifa sob pressão, disse à Reuters o presidente da comercializadora FDR Energia, Erik Azevedo. “O que vai acontecer é que, com a capacidade reduzida da transmissão, vai reduzir a energia disponível no Sudeste... se não fosse essa restrição do linhão, a gente com certeza poderia ter bandeira vermelha nível 1. Com isso, já passa para bandeira vermelha nível 2”, disse.

Criadas para incentivar uma redução no consumo quando a oferta de energia no sistema é menor, as bandeiras tarifárias geram custos maiores quando saem da cor verde para a vermelha ou amarela. A mudança de nível das bandeiras é guiada pelo custo das usinas termelétricas acionadas para atender à demanda, em complemento às usinas hídricas. A bandeira vermelha nível 1 é acionada quando há uso de termelétricas com custo acima de 422 reais. O nível 2 da bandeira é acionado com o uso de térmicas acima de 610 reais. Atualmente, as térmicas mais caras em funcionamento estão na casa dos 860 reais por megawatt-hora.

A comercializadora de energia Comerc previa que a usina térmica mais cara a ser acionada em novembro teria custo na casa dos 524 reais, mas com as restrições esse custo deve subir para quase 700 reais no Sudeste, o que caracterizaria a bandeira vermelha no segundo nível. “Tem um aumento muito grande de preço, porque você não consegue escoar a energia pro Sudeste. Isso afeta, sim, o cenário de oferta”, disse a gerente de estudos setoriais da Comerc, Juliana Chade.

LINHÃO BUSCA SAÍDA
A restrição, que pode durar até o final de 2019 se o problema não for resolvido, tem origem em limitações em um equipamento chamado “eletrodo de terra” em um dos dois bipolos do linhão de transmissão que liga Rondônia ao Sudeste, operado pela IE Madeira, parceria entre Cteep e Eletrobras. O eletrodo, que é utilizado apenas em casos de interrupção no funcionamento de um dos bipolos, precisará ser instalado em local diferente do inicialmente planejado para funcionar adequadamente. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) avaliou que, com as limitações no equipamento, falhas que obrigassem o desligamento forçado de qualquer um dos dois bipolos do linhão poderiam resultar em um blecaute de grande porte no Sul e Sudeste.

Para evitar esse risco, o ONS estabeleceu que os dois bipolos do linhão de 2,4 mil quilômetros de extensão deverão operar em capacidade máxima de 4,7 mil megawatts, ante uma capacidade total de 6,3 mil megawatts das estruturas. Antes, previa-se que o linhão alcançaria uma capacidade de 5,6 mil megawatts ainda em 2016 e chegaria ao total de 6,3 mil megawatts em 2017. As hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, entre as maiores do Brasil, somam cerca de 7,5 mil megawatts em capacidade de geração. O diretor técnico da IE Madeira, Jairo Kalife, disse à Reuters que a empresa está em processo de conclusão de estudos e conversas com o órgão ambiental Ibama e com o Iphan afim de ter autorização para uma obra que solucionará o problema, com uma mudança no posicionamento do eletrodo de terra.

A intervenção deverá custar cerca de 50 milhões de reais. O investimento total da IE Madeira na construção de seu bipolo e subestações no linhão foi de mais de 3 bilhões de reais. “Com uma complementação de entre quatro a seis meses a gente faz isso... a grande incógnita é quanto tempo vão demorar as liberações ambientais”, disse Kalife. A IE Madeira tem sofrido um desconto de 10 por cento em sua receita desde a entrega do linhão, em 2014, devido à limitação do eletrodo de terra. Atualmente, a empresa tenta convencer a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a cancelar a punição, alegando que enfrentou dificuldades na fase de testes do empreendimento devido a atos de vandalismo que derrubaram torres de energia necessárias aos ensaios.

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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Modelo de privatização de distribuidoras sairá nos próximos dias, diz Eletrobras

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, disse hoje, em evento em São Paulo, que o modelo para a concessão das seis distribuidoras de energia da companhia será apresentado nos próximos dias. Segundo ele, o processo elaborador pelos bancos passa agora pela aprovação do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) para a privatização entre fevereiro e março do próximo ano. — Essa venda irá acontecer. O data room também será aberto para os investidores nos próximos dias. Precisamos diminuir a nossa alavancagem para tornar a empresa mais eficiente—, disse Ferreira durante evento da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing (ADVB).

O executivo disse que o plano da companhia é chegar ao patamar de dívida de 3 vezes o seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). No ano passado, essa relação era de 8,8 vezes e no primeiro semestre já estava em 4,7 vezes. — Tínhamos uma meta de reduzir o endividamento para até 4 vezes este ano, somente com a privatização das distribuidoras. Agora, com a decisão de vender 77 das 178 SPE (Sociedade de Propósito Específico) vamos conseguir chegar a esse patamar de dívida —, explicou Ferreira Jr. Segundo ele, com a venda das distribuidoras, a Eletrobrás poderá aumentar em R$ 1,1 bilhão a sua geração de caixa, medida pelo Ebitda.

Em relação à privatização da Eletrobras, Oo executivo ressaltou que para se definir a modelagem é necessário a aprovação de uma Medida Provisória (MP) para a instituição de uma consulta pública. — Quanto à modelagem para a democratização da Eletrobras, a ideia é que o resultado seja apresentado no próximo mês. O Ministério de Minas e Energia (MME) tem trabalhado junto com a Fazenda e com o PPI para o desenvolvimento dessa modelagem. Concluindo o trabalho, vamos compartilhar as oportunidades com os interessados. Certamente o debate da privatização no passado era condenado. Hoje a sociedade, ciente da importância do equilíbrio fiscal, da importância de que o governo tenha recursos para investir em áreas mais criticas, está mais flexível à venda de empresas públicas —, afirmou Ferreira Jr.

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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Distribuidoras farão campanha para incentivar que consumidor economize energia

Diante do cenário de insuficiência de chuvas e baixa nos reservatórios das usinas hidrelétricas, as distribuidoras de energia elétrica de todo o país farão uma campanha publicitária para incentivar o consumo consciente de energia. A previsão é que as peças em rádio, televisão e internet sejam divulgadas ao longo de novembro. A campanha atende a uma recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e tem por objetivo, além de conscientizar sobre a necessidade de evitar desperdício, passar informações sobre as bandeiras tarifárias, sistema que permite a cobrança mensal de um adicional pelo uso de energia de termelétricas.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a campanha será coordenada pela Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), que ficará responsável por produzir as peças que serão divulgadas em todo o país. A campanha não acarretará custos adicionais para o consumidor. Os recursos virão do Programa de Eficiência Energética (PEE), que existe para financiar esse tipo de iniciativa. O PEE funciona com uma taxa embutida nas contas de luz, correspondente a 0,5% da receita operacional líquida das companhias de energia.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a previsão é de que o armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas fique abaixo do verificado em 2014, ano mais crítico do histórico recente. O Nordeste apresenta o quadro mais preocupante, com os reservatórios operando com apenas 7,59% da capacidade. No Sudeste e Centro-Oeste, o nível das barragens é de 20,45% e no Norte, 25,38%.

Bandeira vermelha
A previsão de escassez de chuvas fez com que o governo anunciasse, no final de setembro, que a bandeira tarifária passaria para a cor vermelha patamar 2, em outubro. Esta é a tarifa mais cara prevista e implica a cobrança de taxa extra nas contas de luz de R$ 3,50 a cada 100 kWh consumidos. Em setembro, vigorou a bandeira amarela, que aplica uma taxa extra de R$ 2 para cada 100 kWh de energia consumidos.
Para atenuar a situação, o CMSE decidiu, no início do mês, também retomar a operação de usinas termelétricas que estão paradas por falta de combustível. O comitê optou por não acionar as usinas termelétricas mais caras, o chamado "despacho fora da ordem de mérito", mas aprovou, se necessário, o aumento da importação de energia elétrica da Argentina e do Uruguai. Ontem (16) a Age ncia Nacional de Energia Ele trica (Aneel) autorizou a Companhia Paranaense de Energia (Copel) a retomar temporariamente a operac a o comercial das tre s turbinas da usina termele trica Arauca ria, localizada no munici pio de mesmo nome.
Além da termelétrica de Araucária, o CMSE também decidiu pela retomada da operação das usinas Cuiabá, Termonorte II e Termo Fortaleza que, por serem movidas a gás, são capazes de produzir energia a preços mais competitivos se comparados com os de outras usinas térmicas, segundo o comitê.

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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Furnas investe R$ 5 milhões em Túnel de Vento

Furnas está investindo R$ 5 milhões na construção do primeiro Túnel de Vento do país voltado exclusivamente para avaliar os efeitos do movimento do ar nos sistemas de geração de energia eólica. O túnel do vento será instalado no Centro Tecnológico da empresa em Aparecida de Goiânia (GO) e vai contribuir para a evolução de empreendimentos eólicos e para as pesquisas de integração deste tipo de fonte de energia com a geração hidráulica nas hidrelétricas da estatal.
Com previsão de funcionamento em 2018, a expectativa é que os estudos desenvolvidos com o Túnel do Vento aumentem a produção de energia, gerando um ganho financeiro de mais 30%. Além disso, permitirá uma economia significativa a partir do avanço tecnológico nas estruturas, fundações e pontos de reforço das torres das linhas de transmissão. O equipamento também poderá reduzir eventuais gastos para corrigir interrupções no fornecimento de energia elétrica no país.
A iniciativa faz parte do programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação de Furnas, que já investiu cerca de R$ 251 milhões entre 2008 a julho de 2017. Atualmente, a empresa conta com 29 projetos, a maioria destinada a novas formas de geração de energia limpa e renovável.

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https://www.canalenergia.com.br/noticias/53038079/furnas-
investe-r-5-milhoes-em-tunel-de-vento

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

General Motors investe em fábricas com energia renovável

A General Motors acaba de dar um importante passo rumo a sustentabilidade das suas unidades industriais. A partir do final de 2018, as várias fábricas dos estados do Ohio e de Indiana, nos EUA, onde são fabricados os modelos Chevrolet Cruze e Silverado, assim como as pick-up GMC Sierra serão alimentadas exclusivamente por aerogeradores que conseguirão recolher do vento cerca de 200 megawatts de energia.
A missão da GE é a de atingir a totalidade da alimentação energética a partir de fontes renováveis. A estratégia que começa a ganhar contornos consideráveis tem paralelo nos modelos de automóveis que a General Motors tem apresentado, possuindo alguns deles, como o Chevrolet Bolt, emissões nulas de gases de escape.

Os contratos estabelecidos para fornecimento de energia elétrica renovável foram feitos com a Altenex, empresa independente de consultoria energética.

Até aqui a utilização de energias renováveis pela GM representava uma poupança anual na ordem dos 5 milhões de dólares. Em 2014 a empresa investiu na aquisição de energia eólica gerada no Texas para alimentar a operação industrial no México.

A General Motors planeja gerar ou ser fonte a energia elétrica 100% vinda de energias renováveis – como a eólica, solar e de gás de aterro – até 2050 para suas 350 operações em 59 países.

A nova meta de energia renovável, juntamente com o desenvolvimento de veículos elétricos e uma manufatura mais eficiente, faz parte da estratégia global da empresa para fortalecer seus negócios, melhorar as comunidades e atender questões das mudanças climáticas.

Hoje, GM economiza US$ 5 milhões por ano apenas por já utilizar energias renováveis, um número que vai aumentar à medida que mais projetos começam e o fornecimento de energias renováveis aumenta. Além disso, a empresa prevê que os investimentos na instalação e produção de energias limpas irá diminuir, trazendo ainda mais retorno financeiro para a companhia.

Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/10/general-motors-quer-fabricas-mais-sustentaveis-com-energia-renovavel/32774

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Governo Trump anuncia que vai derrubar Plano de Energia Limpa de Obama

O titular da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês), Scott Pruitt, anunciou nesta segunda-feira (9) que a entidade vai derrubar o Plano de Energia Limpa, implementado pelo ex-presidente Barack Obama para controlar as emissões de gases de efeito estufa. A informação é da agência EFE.
Ao lado do líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, Pruitt anunciou no estado do Kentucky que assinará amanhã a proposta de revogação do plano. "Quando se pensa no que essa regra significava, tratava-se de escolher os ganhadores e os perdedores. O poder regulador não deveria ser utilizado por nenhum órgão regulador para escolher os ganhadores e perdedores", disse.
"A administração passada estava usando cada pedaço de poder e autoridade para usar a EPA e escolher ganhadores e perdedores e como geramos eletricidade neste país", afirmou Pruitt.
Segundo o documento de revogação, divulgado pela imprensa americana, a EPA acata as ordens executivas do presidente Donald Trump pedindo a revisão do plano e questiona a legalidade da regra original.
"Sob a interpretação proposta nesta notificação, o Plano de Energia Limpa excede a autoridade estatutária da EPA e será derrubado", diz o texto. A proposta também diz que a EPA ainda tem que determinar se criará uma regra adicional sobre o regulamento dos gases de efeito estufa.
O plano promovido por Obama requer que os estados cumpram com os padrões específicos de redução de emissões de dióxido de carbono com base no seu consumo individual de energia e  também inclui um programa de incentivos para que os estados consigam um avanço no cumprimento das normas sobre a utilização de energias renováveis e a eficiência energética.
No governo Obama, a EPA calculou que o Plano de Energia Limpa poderia prevenir de 2.700 a 6.600 mortes prematuras e de 140.000 a 150.000 ataques de asma em crianças.

Leia mais em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2017-10/governo-trump-anuncia-que-vai-derrubar-plano-de-energia-limpa-de-obama

terça-feira, 10 de outubro de 2017

A força dos ventos: energia eólica supera a de outras usinas no Nordeste

Com reservatórios de água em níveis críticos, o Nordeste brasileiro está vivendo de vento. Desde abril, a energia eólica, produzida pela capacidade dos ventos em girar gigantes aerogeradores, é a principal fonte de geração naquele subsistema, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Além de bater recordes consecutivos este ano, a produção eólica, em outubro, superou a soma dos megawatts (MW) médios gerados por todos os demais tipos de usina, considerando, inclusive, a importação de eletricidade. Na última sexta-feira, assegurou 52,6% da geração total do Nordeste. 
O salto da capacidade instalada das usinas eólicas no país é gigantesco. Pulou de 935,4 MW, em 2010, para 12.966 MW em 2017 e alcançará 17.452 MW em 2020, considerando o que foi contratado em leilões: 1.772% de aumento em uma década. Como grande parte das usinas está concentrada no Nordeste, região que mais sofre com reservatórios de água em níveis críticos, de apenas 8,72% da capacidade total, os ventos garantiram a carga (consumo mais as perdas do sistema) diária na região.
Em plena “safra”, ou seja, o período do ano em que os ventos produzem os melhores resultados, as usinas eólicas chegaram a abastecer 64% da alta demanda de um dia útil. Feito considerado extraordinário pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Nos fins de semana, quando o consumo total é menor, a energia dos ventos atende, normalmente, a 71% da demanda. Em 10 de setembro, entretanto, supriu 84% do consumo, no momento de pico, às 9h13.
“Esses dados mostram a força de um setor que está em franco crescimento. A geração de eólica vem ganhando uma importância cada vez maior e tem inclusive sido a salvação do Nordeste devido ao baixo nível dos reservatórios da região”, afirma Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica. Ela explica que os ventos para a geração de energia devem ser rápidos e constantes, porém sem rajadas, mantendo-se unidirecionais. Isso porque, toda vez que o vento muda de direção, as pás são ajustadas. Portanto, quanto mais constante o vento, menos ajustes serão feitos e o equipamento terá um rendimento maior.
A Abeeólica contabiliza R$ 90 bilhões investidos desde 1998 e projeta mais R$ 30 bilhões até 2020. “Em termos de postos de trabalho, o total instalado eólico propiciou ao país mais de 180 mil vagas diretas e indiretas ao longo da cadeia produtiva”, revela a entidade. A associação registra 12,33GW de capacidade instalada dividida em 491 parques, representando mais de 8% da matriz. Para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a geração de energia eólica, em 2016, cresceu 55% em relação a 2015. Ao todo, foram gerados 33,15 terawatts/hora (TWh) ao longo do ano passado. Os dados do primeiro semestre de 2017 foram divulgados pela CCEE recentemente e mostram que a produção de energia eólica em operação no Sistema Interligado Nacional (SIN), entre janeiro e julho de 2017, foi 25,3% superior à geração no mesmo período do ano passado.
 As usinas da fonte produziram um total de 3.794 MW médios frente aos 3.029 MW médios gerados no mesmo período de 2016, segundo a câmara. No fim de julho deste ano, a CCEE contabilizou 446 usinas eólicas em operação comercial no país, que somavam 11,3 gigawatts (GW) de capacidade instalada, incremento de 19,7% frente à das 371 unidades geradoras existentes em julho de 2016. O Rio Grande do Norte é o maior produtor de energia eólica do país, com 1.227 MW médios em 2017, aumento de 25,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Pelo ranking da CCEE, em seguida, aparece a Bahia, com 819 MW médios produzidos (+30%), o Rio Grande do Sul, que alcançou 565,6 MW médios ( 16,3%), e o Ceará, com 494 MW médios ( 1,3%).
 Companhia internacional produtora de energia a partir de fontes renováveis, a Voltalia anuncia a inauguração de mais um parque eólico no Nordeste, em São Miguel do Gostoso (RN), em 19 de outubro, com capacidade instalada de 108 MW. Presente em 16 países, a empresa opera no Brasil desde 2006 e, atualmente, possui cinco complexos eólicos — todos no Nordeste — e um projeto híbrido, que totalizam 429,30 MW de capacidade instalada.
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“Esses dados mostram a força de um setor que está em franco crescimento. A geração de eólica vem ganhando uma importância cada vez maior e tem inclusive sido a salvação do Nordeste devido ao baixo nível dos reservatórios da região”
Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica

Leia mais em: http://www.abradee.com.br/imprensa/noticias/3646-a-forca-dos-ventos-energia-eolica-supera-a-de-outras-usinas-no-nordeste-correio-braziliense

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Barack Obama elogia produção de energia verde e biocombustíveis no Brasil


O protagonismo do Brasil na produção de energia verde e no uso dos biocombustíveis foi elogiado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante o Fórum Cidadão Global, nesta quinta-feira (dia 05 de outubro), em São Paulo. Segundo ele: “o que me dá esperança é que os Estados Unidos conseguiram aumentar muito o uso de suas energias renováveis.

E o Brasil, também de várias formas, vem trabalhando em biocombustíveis e tem sido um exemplo para o mundo. Isso é algo que devemos nos orgulhar e também continuar”. ”É fato que o Brasil é um importante agente nessa agenda ambiental global”, completa Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).

“O Brasil tem sido um dos mais importantes protagonistas nas discussões em torno da Plataforma Biofuturo, lançado na COP22 com o apoio de mais de 20 países, incluindo os Estados Unidos, para acelerar o desenvolvimento e ampliar a implantação de medidas sustentáveis de baixa emissão. Temos uma vantagem competitiva importante, considerando que nossa matriz energética é uma das mais renováveis do mundo”.

Barack Obama no Brasil

O setor sucroenergético recebe esse discurso com muito orgulho, principalmente de um líder como o ex-presidente americano. Neste momento, existe uma importante mobilização global para criação de políticas públicas que aumentarão a produção e o uso de renováveis, a exemplo da China, que mais recentemente anunciou planos de elevar o nível de etanol na mistura do combustível; e do próprio Brasil, que está prestes a implementar o RenovaBio, um programa de descarbonização de transportes e redução de emissão de gases de efeito estufa (GEEs) rumo a uma economia de baixo carbono.

Tanto a Plataforma Biofuturo quanto o RenovaBio, em linha com os compromissos ambientais do País para 2030, assumidos na Conferência do Clima (COP21), reforçam o papel dos biocombustíveis, em especial o etanol de cana. O biocombustível, que reduz emissões em até 90% se comparado à gasolina, contribuirá para que o Brasil reduza em 43% emissões de GEEs e aumente a participação dos renováveis na matriz energética em 18%.

Hoje, o etanol abastece 73% da frota Flex e 30% da frota nacional de motos. Desde a introdução da tecnologia flex, seu uso nesses veículos evitou a emissão de mais de 400 milhões de toneladas de CO2 eq.

“Somos o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo e um dos principais exportadores de etanol, com uma indústria sustentável que representa R$ 80 bilhões do PIB brasileiro. Assim como Obama pontuou, seu governo conseguiu provar que o progresso econômico e a proteção ambiental não estão em conflito, mas que na verdade podem complementar um ao outro. No Brasil, isso é também uma realidade. Como exemplo, nossa indústria gera quase um milhão de empregos e renda em 30% dos municípios brasileiros.”, comenta Farina.


UNICA

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA - www.unica.com.br) é a entidade representativa das principais unidades produtoras de açúcar, etanol (álcool combustível) e bioeletricidade da região Centro-Sul do Brasil, principalmente do Estado de São Paulo.

As usinas associadas à UNICA são responsáveis por mais de 50% da produção nacional de cana, 60% da produção de etanol e quase 70% da bioeletricidade ofertada para o Sistema Interligado Nacional (SIN).

Na safra 2016/17, o Brasil produziu aproximadamente 651 milhões de toneladas de cana, matéria-prima utilizada para a produção de 38,7 milhões de toneladas de açúcar, 27,2 bilhões de litros de etanol e mais de 20 TWh para a rede elétrica nacional.
Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2017/10/barack-obama-elogia-producao-de-energia-verde-e-biocombustiveis-brasil/32796

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Operação de quatro termelétricas atualmente indisponíveis pode garantir 1,5 GW ao SIN

A operação das usinas termelétricas Cuiabá, Araucária, Uruguaiana e Termonorte 2 podem garantir ao Sistema Interligado um reforço de 1500 MW, além dos 1.400 MW em importação de energia autorizada da Argentina e do Uruguai. O cálculo é do diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Eduardo Barata.
Há uma orientação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico para que a Petrobras procure trabalhar no sentido de garantir o suprimento de combustível a um grupo de usinas termelétricas que estão indisponíveis e que podem reforçar o sistema. É o caso das UTEs Cuiabá e Araucária. Pertencente à JBS, Cuiabá tem uma disputa com a Petrobras em torno do contrato de suprimento, mas a ideia, segundo o ministro interino de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, é dar segurança à estatal para que ela possa segregar a questão judicial do abastecimento.
Uruguaiana, que também é a gás e está localizada na fronteira com a Argentina, não tem condições de ser suprida pela estatal e depende da aquisição do produto do país vizinho. No caso da Termonorte 2, que é a óleo combustível, o problema é financeiro, já que a proprietária da usina está inadimplente com o pagamento do combustível.
A lista de empreendimentos divulgada pelo Ministério de Minas e Energia após a reunião mensal do CMSE da última quarta-feira, 4 de outubro, inclui a UTE Termo Fortaleza.  A usina não tem problemas com a Petrobras e está momentaneamente parada porque o terminal de regaseificação que garante o fornecimento do combustível está em manutenção.
“Estamos analisando o custo da geração térmica fora da ordem de mérito, enquanto aguardamos a estação chuvosa. Se  tivermos uma estação chuvosa melhor do que a gente teve no ano passado, pode não precisar de medida nenhuma,” disse o diretor do ONS, durante o encontro anual da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica com seus convidados.
Para Barata, é preciso fazer a administração do sistema com atenção, para não tomar decisão atrasada, nem antecipar decisão que pode custar caro ao sistema. “Nós insistimos que não há risco de desabastecimento”, disse o executivo, ao lembrar que em outubro o país está no patamar 2 da bandeira vermelha e a expectativa é de que essa bandeira se mantenha.
A previsão do CMSE é de que ao final de novembro os armazenamentos equivalentes dos reservatórios no Sul, Nordeste e Norte  devem atingir níveis inferiores aos verificados em 2014, que foi o ano mais crítico do histórico recente. No Sudeste/Centro-Oeste, o armazenamento deve ficar próximo ao verificado naquele ano.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53037239/operacao-de-quatro-termeletricas-atualmente-indisponiveis-pode-garantir-15-gw-ao-sin

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Hidrologia desfavorável elevará custo da energia em 2018 para consumidores, diz especialista

Um clima bastante seco na área das hidrelétricas brasileiras e projeções de chuva abaixo da média nos próximos meses devem fazer com que o ano de 2018 comece já com pressão nas contas de luz, que poderão ter cobranças adicionais.

As preocupações vêm em um momento em que o governo já conversa sobre a possibilidade de promover uma campanha a partir da reta final deste ano com o objetivo de incentivar a população a reduzir o consumo, diante da perspectiva de custo elevado para atender à demanda em meio à menor oferta de geração hídrica.

Atualmente, a bandeira tarifária das contas de luz é bandeira vermelha eleva o adicional para 3,50 reais no segundo patamar, o que já acontece neste mes de outubro.

A consultoria Thymos Energia estima que o nível médio de armazenamento das hidrelétricas ao final de setembro deverá ser de cerca de 24 por cento, praticamente o mesmo visto em igual época de 2001, quando o país precisou recorrer a um racionamento de eletricidade.

A situação atual só não é pior porque o Brasil depende menos de energia hídrica do que no passado e conta com melhor infraestrutura de transmissão.

E, com o clima seco, a perspectiva ainda é de demora na recuperação dos lagos das usinas mesmo com a retomada das chuvas, disse o analista de energia da Thomson Reuters, Claudio Vallejos.

“A baixa umidade do solo agrava a situação hídrica… temos o fim de setembro mais seco desde 2010 no Nordeste e no Sul, e o segundo mais seco desde 2010 no Sudeste e no Norte”, apontou ele.

Na prática, isso significa que é preciso mais chuva para recuperar o nível de armazenamento das usinas, uma vez que as primeiras precipitações serão absorvidas pelo solo excessivamente seco.

Para o sócio da Thymos, João Carlos Mello, a atual projeção de hidrologia desfavorável gera a perspectiva de que 2018 já comece com bandeira tarifária vermelha ou amarela nas contas de luz, o que eleva os custos para os consumidores.

Criadas para incentivar uma redução do consumo quando a oferta de geração é menor, as bandeiras tarifárias geram custo extra quando acionadas no patamar vermelho ou amarelo. Se as condições são favoráveis, a bandeira é verde e não há cobrança adicional.

“Mesmo que venha uma chuvarada, um toró, tipo Arca de Noé, nem assim você consegue salvar, em termos de custo, vai ter um custo maior (para a energia) em 2018. Não sei se vai ser bandeira vermelha ou amarela, mas acho que não vai ser verde em 2018”, disse Mello.

Veja também:   Tarifa branca é nova opção para reduzir o valor da conta de energia
Dessa forma, os consumidores e indústrias sofrerão com custo adicional mesmo no período úmido, em que deveria haver maior oferta hídrica.

A previsão de custo maior é devido à necessidade de acionamento de termelétricas, cuja produção é mais cara que a energia das hidrelétricas.

Operação cara
De acordo com projeções atualizadas nesta segunda-feira pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o cenário hídrico desfavorável deve manter o custo de operação do sistema em níveis elevados até março ou abril de 2018.

As projeções da CCEE são de que o custo de operação do sistema poderá exigir acionamento de bandeira vermelha nas contas de luz até ao menos novembro deste ano.

Entre dezembro e março de 2018, com a chegada de alguma chuva, as simulações da CCEE indicam um custo de operação que significaria bandeira amarela nas contas de luz, em todas regiões.

Ainda segundo as projeções da CCEE, a bandeira amarela ainda poderia ser acionada em abril devido a uma recuperação mais lenta esperada para as hidrelétricas do Nordeste.

As simulações da CCEE apontam os reservatórios do Nordeste podem fechar novembro com apenas 7 por cento de armazenamento.

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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Primeiras torres eólicas de São Paulo iniciam operação e geram 3 MW médios

Após dois meses em testes, os primeiros aerogeradores do Estado de São Paulo entraram oficialmente em operação no mês de setembro, na área da usina Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, localizada no município de Rosana, na região de Presidente Prudente. Nesse período as torres eólicas geraram cerca de 3 megawatts médios.

Com investimento de R$ 8,3 milhões, as unidades têm capacidade de gerar por ano até 620 megawatts-hora (MWh), energia suficiente para abastecer cerca de 500 residências com consumo médio de 100 quilowatt-hora (kWh).

“O início da produção de energia elétrica por meio dos ventos é um marco para São Paulo, que comprova seu potencial e viabilidade econômica para adotar o uso da geração de energia eólica em sua matriz energética.

Esse projeto desenvolvido a pedido do governador Geraldo Alckmin pode ser replicado no formato de consórcio por empresas e condomínios residenciais”, afirma o secretário estadual de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.

As torres eólicas possuem 30 metros de altura e pás de 10 metros de comprimento. A energia elétrica produzida pelos aerogeradores será utilizada no consumo interno da usina Porto Primavera.

aerogeradores porto primavera

Com o apoio da Secretaria Estadual de Energia e Mineração, a Cesp – Companhia Energética de São Paulo está desenvolvendo na usina localizada em Rosana um amplo projeto de pesquisa, que visa estudar a complementaridade energética das fontes solar, eólica e hidráulica.

O projeto possui 54 meses de duração e sua conclusão está prevista para agosto de 2018 com um custo total de R$ 31 milhões, contabilizando o projeto de pesquisa, compra dos equipamentos, instalação e manutenção. Além das usinas solares e eólicas estão em funcionamento uma estação solarimétrica e uma estação anemométrica que completam o projeto de P&D.

“São Paulo conta com áreas de boa intensidade de ventos, onde a fonte eólica pode ser uma opção de geração de energia elétrica. Os municípios com maior potencial são Jaú, Barra Bonita e Dois Córregos, na região de Bauru; Capão Bonito e Fartura, na região de Itapeva; Votorantim, Piedade e Itu, na região administrativa de Sorocaba; Campos do Jordão, Pindamonhangaba e Guaratinguetá, no Vale do Paraíba e; Valinhos, Cabreúva e Joanópolis, na administrativa de Campinas”, destaca o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Junior.

A Cesp conta com a parceria no projeto eólico da USP/Fusp, Fepisa, MRTS Consultoria e MFAP Consultoria Elétrica e Comércio Ltda, além dos fornecedores e montadores RTB Energias Renováveis, BASE Energia Sustentável e PVSOLAR Energia e Meio Ambiente.

O Estado de São Paulo tem um potencial de aproximadamente 13 mil GWh, tendo um fator de capacidade médio de 31,3%.

Os valores foram calculados a uma altura de 100 metros, considerando restrições pertinentes e velocidades de vento acima de 6,5 metros por segundo, ocupando uma área de 1.134 km². Se forem consideradas todas as áreas com velocidades acima de 6 metros por segundo, esse potencial de geração subiria para cerca de 72 mil GWh, com fator de capacidade médio de 26,6%.

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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Conta de luz de outubro terá bandeira vermelha e taxa extra de R$ 3,50

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, anunciou que as contas de luz terão o segundo patamar da bandeira vermelha em outubro. Com a decisão, o consumidor terá um acréscimo de R$ 3,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos a partir de domingo, 1º de outubro. Em setembro, vigorou a bandeira amarela, que adiciona R$ 2,00 a cada 100 kWh consumidos. Rufino ressaltou que não há risco de falta de energia, nem de racionamento. "O abastecimento está assegurado, mas terá um custo mais alto", afirmou Rufino. Com a decisão, o consumidor terá um acréscimo de R$ 3,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos a partir de domingo, 1º de outubro.
Para tentar conter parte desse custo, a Aneel vai iniciar uma campanha nas redes sociais e na TV para estimular a economia de energia. Não haverá meta de redução de consumo. A campanha terá dicas para uso consciente de eletrodomésticos como ferro de passar roupa, ar condicionado, máquina de lavar roupas e geladeira, entre outros. "O usuário pode contribuir e ter um consumo mais eficiente", afirmou. O diretor-geral da Aneel disse que a quantidade de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas foi a menor para meses de setembro de toda a série histórica, iniciada em 1931. "Com os reservatórios em situação crítica, vamos acionar as térmicas mais caras", disse Rufino.
A térmica mais cara acionada para fornecer energia no mês de outubro será a de Sepé Tiaraju, no Rio Grande do Sul. A energia da usina tem custo de R$ 698,00 por megawatt-hora (MWh). O segundo patamar da bandeira vermelha é acionado toda vez que o custo de geração da usina mais cara supera o patamar de R$ 610,00 por MWh. Essa é a primeira vez que o segundo patamar da bandeira vermelha é acionado desde a criação do sistema. A conta de luz, porém, já teve um adicional mais caro. No primeiro ano em que as bandeiras vigoraram, em 2015, só havia um patamar de bandeira vermelha, e a taxa era de R$ 5,50 a cada 100 kWh.
Além do acionamento das termelétricas, o governo autorizou a importação de energia de países vizinhos. O Brasil já está recebendo 400 MW médios do Uruguai e há potencial para receber 1 mil MW médios da Argentina. A operação já foi autorizada. "Todas as alternativas estão sendo buscadas para oferecer energia mais barata", afirmou. Com a bandeira vermelha em seu segundo patamar, o consumidor deve ter um acréscimo médio de R$ 5,60 em sua conta. Esse custo considera o consumo médio das famílias brasileiras, que é de 160 kWh por mês. Aqueles que consomem mais energia terão uma cobrança mais alta.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Aquecimento global traz aumento de tempestades e impacta no setor elétrico

Um estudo recente elaborado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais identificou na última década um aumento das tempestades severas no Brasil em decorrência do aquecimento global. Para o setor elétrico, de acordo com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, o fenômeno representa maior incidência de interrupções de energia, já que 80% das ocorrências que provocam interrupções acontecem exatamente no período das tempestades.
Apesar do setor elétrico ter acesso a novas ferramentas para gerenciar o atendimento com mais agilidade, o tempo de espera sem energia tem

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