quinta-feira, 30 de junho de 2016

Contratos de 1.465 quilômetros de linhas de transmissão são assinados na Aneel

Na última segunda-feira, 27 de junho, foram assinados na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica os contratos de concessão de seis lotes do leilão de transmissão n° 13/2015, realizado em 13 de abril deste ano, em São Paulo. Participaram do encontro os diretores da Aneel José Jurhosa Junior, relator do processo e André Pepitone da Nóbrega, técnicos da Agência e representantes das empresas que arremataram os lotes.
A reunião de trabalho inicia a gestão dos contratos de concessão dos lotes A, L, P, Q, S e X do leilão, que compreendem 1.465 km de linhas de transmissão e subestações que acrescentam 2.726 MVA em capacidade de subestações ao sistema, instalados em 8 estados brasileiros: Piauí, Ceará, Maranhão, São Paulo, Tocantins, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso.
Os investimentos totais dos seis empreendimentos contratados estão estimados em mais de R$ 2,7 bilhões e o prazo das obras varia de 36 a 60 meses a partir da assinatura dos contratos. Os lotes C, E, F, I, M, O, T e W desse certame ainda não tiveram seus contratos assinados.

Leia mais em: http://canalenergia.com.br/zpublisher/materias/Noticiario.asp?id=112642

quarta-feira, 29 de junho de 2016

AIE: energia é o principal fator de poluição do ar

A energia é a maior contribuinte para a poluição do ar, que mata em torno de 6,5 milhões de pessoas por ano, segundo um relatório publicado pela Agência Internacional de Energia. O número deverá aumentar significativamente nas próximas décadas, a menos que a indústria de energia tome medidas para conter as emissões de carbono. O relatório traz as medidas que a indústria de energia podem tomar para melhorar a qualidade do ar, que é a quarta ameaça a saúde humana, depois de pressão arterial elevada, dietas pobres e tabagismo.
A produção e uso da energia, principalmente da queima de combustíveis não regulamentados, mal regulados ou ineficientes, são as mais importantes fontes artificiais de emissões, respondendo por 85% do material particulado e quase todos os óxidos de enxofre e óxidos de nitrogênio. De acordo com a AIE, as emissões vem caindo em países industrializados e apresentou sinais de declínio na China. No entanto, aumentaram na Índia, Sudeste Asiático e na África.
"O ar puro é um direito humano básico que a maioria da população mundial não tem", disse o diretor da AIE, Fatih Birol. Segundo o estudo, com um aumento de apenas 7% no investimento total de energia até 2040 seria possível melhorar consideravelmente a qualidade do ar e, consequentemente, a saúde das pessoas.


Leia mais em: http://canalenergia.com.br/zpublisher/materias/Noticiario.asp?id=112607

terça-feira, 28 de junho de 2016

Comissão da Câmara discute fim de poluente usado em equipamento elétrico

Na próxima terça-feira 28 de junho, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados discutirá a proposta que prevê a eliminação total das bifenilas policloradas, substâncias que compõem óleos isolantes utilizados em transformadores, capacitores e outros equipamentos elétricos.
O projeto de lei 1075/11, em análise na Comissão de Meio Ambiente, determina que essas substâncias deixem de ser usadas pela indústria nacional até 31 de dezembro de 2028, de acordo com a obrigação assumida pelo Brasil perante a Convenção de Estocolmo.
Segundo o deputado Josué Bengtson (PTB-PA), que pediu a realização da audiência, o setor elétrico estima que a antecipação desses prazos vai exigir investimentos imediatos de R$ 30 bilhões e implicarão a revisão do equilíbrio econômico e financeiro de todos os contratos do setor elétrico.

Fonte: http://canalenergia.com.br/zpublisher/materias/Noticiario.asp?id=112595

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Dívida pública subiu 2,82% em maio, para R$ 2,878 trilhões, diz Tesouro

A dívida pública brasileira, que inclui os endividamentos interno e externo do governo federal, subiu 2,82% em maio, para R$ 2,878 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (27). Em abril, o endividamento público havia registrado queda e ficado em R$ 2,79 trilhões.
Dívida pública é o resultado dos títulos que o governo emite para pagar os papéis que estão sendo resgatados, ou seja, que estão vencendo, e também para financiar empréstimos.
O aumento da dívida em maio se deve às emissões de títulos em valores superiores aos resgates.
Enquanto as emissões somaram R$ 55,80 bilhões, os resgates foram de R$ 11,48 bilhões, o que resultou em uma emissão líquida de R$ 44,32 bilhões no mês passado. No mesmo período, as apropriações de juros somaram R$ 34,76 bilhões.
Nos últimos anos, por exemplo, mais de R$ 400 bilhões foram emitidos pelo Tesouro Nacional para proporcionar recursos para os empréstimos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No futuro, o banco devolverá esses recursos à União.
A expectativa do governo é que a dívida fique entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões no fim de 2016. A previsão está do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2016. Ao fim de 2015, ela era de R$ 2,79 trilhões.
Dívida interna x externa
Quando os pagamentos e recebimentos da dívida são realizados em real, ela é chamada de interna. Quando tais operações financeiras ocorrem em moeda estrangeira, usualmente o dólar norte-americano, a dívida é classificada como externa.
Em maio, a dívida interna subiu 2,77% e passou de R$ 2,67 trilhões para R$ 2,74 trilhões. Houve emissão líquida de R$ 44,69 bilhões, além de R$ 29,28 bilhões relativos à apropriação de juros.
No mesmo mês, o estoque da dívida externa aumentou 3,94% em relação a abril e passou de R$ 129,60 bilhões para R$ 134,70 bilhões.
Dívida interna x externa
Quando os pagamentos e recebimentos da dívida são realizados em real, ela é chamada de interna. Quando tais operações financeiras ocorrem em moeda estrangeira, usualmente o dólar norte-americano, a dívida é classificada como externa.
Em maio, a dívida interna subiu 2,77% e passou de R$ 2,67 trilhões para R$ 2,74 trilhões. Houve emissão líquida de R$ 44,69 bilhões, além de R$ 29,28 bilhões relativos à apropriação de juros.
No mesmo mês, o estoque da dívida externa aumentou 3,94% em relação a abril e passou de R$ 129,60 bilhões para R$ 134,70 bilhões.

Leia mais em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/06/divida-publica-subiu-282-em-maio-para-r-2878-trilhoes-diz-tesouro.html

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Reino Unido decide sair da UE e primeiro-ministro renuncia

 Com 52% dos votos a favor e 48% contra, o Reino Unido decidiu deixar a União Europeia (UE) depois de 43 anos. O resultado do referendo realizado nessa quinta-feira (23) foi divulgado nas primeiras horas da manhã de hoje (24).

Em declaração ao país, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou a sua demissão. Ele deve deixar o cargo em outubro.

Cameron sempre se posicionou favoravelmente à permanência do Reino Unido na UE e, durante os meses que antecederam o referendo, afirmou que o Brexit - união das palavras Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída, em inglês) - poderia trazer graves consequências econômicas para o país.

"O povo britânico votou para deixar a União Europeia, e sua vontade deve ser respeitada. A vontade do povo britânico é uma instrução que deve ser entregue. Será necessária uma liderança forte e empenhada”, disse David Cameron, ressaltando que outra pessoa deve liderar o processo de transição.

A taxa de participação no referendo foi de 71,8%, a maior em votações no Reino Unido desde 1992.

Nigel Farage, líder do partido Ukip e defensor do Brexit, afirmou ser o "dia da independência" do Reino Unido.

A Inglaterra e País de Gales votaram fortemente a favor da saída, enquanto cidadãos da Escócia e da Irlanda do Norte optaram pela permanência no bloco. Em Londres, 60% dos votos foram pela permanência na UE. No entanto, em todas as outras regiões da Inglaterra, a maioria votou pela saída.

O Reino Unido é o primeiro país a sair da União Europeia desde a sua criação, mas a decisão não significa que ele deixará imediatamente de ser membro da UE. Esse processo pode demorar dois anos, de acordo com o Tratado de Lisboa.

“Os tratados deixam de ser aplicáveis ao Estado em causa a partir da data de entrada em vigor do acordo de saída ou, na falta deste, dois anos após a notificação, a menos que o Conselho Europeu, com o acordo do Estado-Membro em causa, decida, por unanimidade, prorrogar esse prazo”, diz o Artigo 50 do Tratado de Lisboa.

Após o resultado do referendo, a libra caiu para o nível mais baixo em relação ao dólar desde 1985.

Em declaração hoje de manhã, Mark Carney, o governador do Banco da Inglaterra, prometeu a liquidez necessária às instituições para que a crise política que começa agora, com a saída de David Cameron, não se torne uma crise financeira.

Carney garante que há 250 bilhões de libras em fundos para assegurar o funcionamento dos mercados.


Leia mais em:  http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/reino-unido-decide-sair-da-ue-e-primeiro-ministro-anuncia-renuncia

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Aneel aprimora regulamento sobre qualidade do fornecimento de energia

A diretoria da Agência Nacional da Energia Elétrica aprovou em reunião na última terça-feira, 21 de junho, novas regras que tratam da qualidade do fornecimento de energia elétrica, o que levou a alteração do Módulo 8 dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional (Prodist). Os novos parâmetros passam a valer a partir de 1º de janeiro de 2017.
 
Segundo a Aneel, os principais problemas relacionados à qualidade da energia são causados por distorções harmônicas, desequilíbrio de tensão, flutuação de tensão e variações de tensão curta. As distribuidoras alegam que muitos dos distúrbios são causados pelos acessantes. Por sua vez, os acessantes alegam que problemas dessa natureza não são tratados pela distribuidora por não existir previsão regulamentar. Diante das reclamações, a Aneel identificou a necessidade de evoluir o regulamento que trata da qualidade da energia. Outro motivador é o crescimento da geração distribuída, principalmente com o advento da Resolução Normativa n° 482/2012.
 
O aprimoramento foi discutido na Audiência Pública nº 82/2015, que recebeu 175 contribuições de 17 empresas, no período 17 de dezembro de 2015 a 22 de fevereiro de 2016. Entre os aprimoramentos estão a padronização de protocolos e normas relacionadas às medições dos fenômenos, assim como a criação de indicadores a serem apurados quando das medições. "A resolução de tal lacuna é essencial para evolução do regulamento e também acompanha a tendência atual de crescimento da geração distribuída no Brasil, que é um potencial perturbador da qualidade do produto por empregar eletrônica de potência em seu funcionamento", reconhecem os técnicos da Aneel.
 
Leia mais em: http://canalenergia.com.br/zpublisher/materias/Noticiario.asp?id=112535

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Bilionário egípcio diz à Bloomberg que está pronto para investir na Oi

A formalização do pedido de recuperação judicial da Oi (OIBR3; OIBR4), o maior já ocorrido no Brasil, somando R$ 65,4 bilhões, pode representar uma boa janela de oportunidade para investimentos. Essa é a ousada leitura que faz o bilionário egípcio Naguib Sawiris, entrevistado pela Bloomberg nesta manhã.
"A Oi precisa de acionista com forte histórico em telecomunicações para resolver seus problemas operacionais, além de financeiros", afirmou em entrevista por telefone à Bloomberg. O bilionário diz estar pronto para investir na companhia se tiver exclusividade nas negociações.
Na avaliação de Sawiris, desde que sua dívida seja reestruturada e a empresa receba um aumento de capital e um forte plano industrial, ela tem um grande potencial para se recuperar. Para o investidor egípcio, uma possível fusão da Oi com a TIM Participações (TIMP3) faz "muito sentido", mas a companhia precisa conseguir ficar de pé para negociar.
Nesta terça-feira, a BM&FBovespa comunicou que as ações da Oi ficarão com as negociações interrompidas até as 11h. Além disso, elas serão removidas de todos os índices de ações que fazem parte dentro da Bolsa. Conta o comunicado que será realizado um procedimento especial de negociação para determinação do preço de retirada das ações OIBR3 e OIBR4 dos índices IBrA, IBrX100, IGCT, ISE e SMLL. O procedimento terá início às 16h, com duração mínima de uma hora.

Leia mais em: http://www.infomoney.com.br/oi/noticia/5190812/bilionario-egipcio-diz-bloomberg-que-esta-pronto-para-investir

terça-feira, 21 de junho de 2016

"Brexit" está virando "Bremain" e Bolsa caminha para seu 4º dia seguido de alta

O Ibovespa opera em alta nesta segunda-feira (20) acompanhando a forte valorização das ações no mundo todo após pesquisas mostrarem a permanência do Reino Unido na União Europeia ganhando a dianteira a quatro dias do referendo. Ativos com perfil defensivo como dólar, ouro, iene e treasuries operam em baixa, com maior busca por ativos de risco. Por aqui, o presidente interino, Michel Temer, reúne-se com governadores para debater dívida em meio a incertezas após o Rio de Janeiro decretar estado de calamidade pública pela situação financeira.  
Às 11h58 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira subia 2,29%, a 50.666 pontos. Já o dólar comercial recua 1,16% a R$ 3,3808 na venda, enquanto o dólar futuro para julho cai 1,05% a R$ 3,391. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 cai 1 ponto-base a 13,77% ao passo que o DI para janeiro de 2021 tem queda de 11 pontos-base a 12,53%.
Entre as commodities, o minério de ferro spot com 62% de pureza e entrega no porto de Qingdao fechou estável, com leve variação positiva de 0,02% a US$ 51,06 a tonelada seca.
Temer se reúne com governadoresEm meio ao cenário de crise econômica, os governadores dos estados se reúnem hoje, na residencia oficial de Águas Claras, com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg,  para tratar de uma pauta comum que possa ajudar os estados a recuperar a capacidade de investimento e a geração de renda. Eles vão debater a aprovação do projeto que altera as regras do Simples Nacional, a retomada das operações de crédito e defender questões específicas de cada estado para renegociar dívidas.
O encontro dos governadores vai ocorrer pela manhã e, à tarde, eles participam de reunião com o presidente interino, Michel Temer. Segundo o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, há um entendimento a respeito do tema. “A renegociação das dívidas é um passo muito importante para melhorar a condição econômica dos estados e isso pode contribuir para a retomada do desenvolvimento econômica e a criação de empregos”, disse Rollemberg, em entrevista ontem à Rádio Nacional.
No final de abril, o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu por 60 dias o julgamento da ação que vai decidir que tipo de juros deve corrigir as dívidas dos estados com a União e determinou que os dois lados tentem chegar a um acordo. “Isso [um acordo] é o que vamos tentar amanhã [hoje] e estamos otimistas de buscar um entendimento com o presidente [interino, Michel Temer] o ministro da Fazenda [Henrique Meirelles]”, disse o governador.
Ações em destaqueSeguindo o bom humor externo, as ações da Petrobras (PETR3, R$ 11,84, +3,95%; PETR4, R$ 9,24, +3,24%) disparam nesta segunda-feira, após pesquisas diminuírem as chances de Brexit - saída do Reino Unido da União Europeia, em votação prevista para a próxima quinta-feira (23). Os ativos de risco sobem com a notícia, levando os preços do petróleo para alta superior a 2% nesta manhã. Neste momento, o contrato Brent subia 1,77%, a US$ 50,63 o barril, enquanto o WTI avançava 1,92%, indo a US$ 48,90 o barril.
No radar da estatal, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, concedeu entrevista ao jornal Wall Street Journal na última sexta-feira, afirmando que está comprometido a devolver "a grandeza" à abatida estatal ao se livrar de ativos - e de ideologias obsoletas - que não servem mais para a companhia. Parente ainda confirmou que a companhia recebeu três ofertas de compra para uma fatia da BR Distribuidora, mas não deu mais detalhes sobre as negociações.


Leia mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/5180275/brexit-esta-virando-bremain-bolsa-caminha-para-seu-dia-seguido

segunda-feira, 20 de junho de 2016

O marketing além da visão ocidental

Em um mundo cada vez mais globalizado, muitas campanhas publicitárias hoje são veiculadas em todo o mundo. No entanto, durante os dois primeiros dias do Cannes Lions – Festival Internacional de Criatividade, painéis sobre a China e o continente africano mostraram que nem sempre a noção ocidental de inovação e marketing pode obter sucesso em determinados mercados. O Estadão é o representante oficial de Cannes Lions no Brasil.

Um mercado de mais de 1 bilhão de habitantes, a África está “se modernizando, mas não se tornando ocidental”, de acordo com Feyi Olubodun, presidente da Insight Publicis, da Nigéria. “Veja o caso da tecnologia: nós simplesmente pulamos uma fase do movimento de telefonia. Não há quase linhas fixas no país, nós fomos diretamente para o telefone celular.”

Uma ideia global pode ter sucesso no continente, desde que seja bem adaptada à cultura local. O publicitário GG Alcock, presidente da Minanawe Marketing, da África do Sul, citou um exemplo de um programa que pegou carona na onda mundial da culinária na TV: a atração O Sishebo Perfeito é uma competição que foca na preparação de diferentes versões de um prato típico sul-africano. “A audiência é 30 vezes maior do que a do Master Chef África do Sul.”
René Chen explicou que a China deixou de ser apenas uma 'copiadora' de produtos ocidentais para se tornar também um polo de inovação

René Chen explicou que a China deixou de ser apenas uma 'copiadora' de produtos ocidentais para se tornar também um polo de inovação

No setor de medicamentos, as empresas também precisam ficar atentas para o fato de que a homeopatia é muito forte no continente – na Etiópia, por exemplo, 42% das vendas estão neste segmento. Os bancos também necessitam saber oferecer o produto certo ao cliente: em várias nações do continente, é comum que as pessoas façam empréstimos para garantir um funeral perfeito a um ente querido. O valor gasto chega a um ano da renda de uma família. “A questão espiritual é muito importante no continente, e não pode ser ignorada”, diz Alcock.

Inovação. Essa dicotomia entre global e local também foi debatida em um seminário sobre a China. Sócia da agência Jones Knowles Ritchie em Xangai, René Chen explicou que, nas últimas décadas, a China deixou de ser apenas uma “copiadora” de produtos ocidentais para se tornar também um polo de inovação. “A China tem uma cultura de reprodução, mas também de adaptação de design, produto e modelos de negócios”, diz René.

Ela usou dois exemplos para mostrar que, ao pegar carona em ideias do ocidente, empresas chinesas também conseguiram ir além do conceito original. O AliPay, sistema de pagamentos da gigante do e-commerce Alibaba, foi criado com base no PayPal. Hoje, no entanto, seu uso na China não se restringe mais a pagamentos relacionados à internet. “Hoje, o AliPay é usado no varejo, em bancos e até nos mercados de produtos frescos, que até recentemente aceitavam só dinheiro.”

Outro fenômeno chinês é o WeChat, um aplicativo de mensagem que inicialmente tinha função muito semelhante à do WhatsApp, hoje uma propriedade do Facebook. “O WeChat começou com as mensagens, mas se tornou um hub para serviços. Hoje, inclui funções semelhantes às de Facebook, Instagram e Twitter.” A logomarca do WeChat é muito semelhante à do WhatsApp.

O WeChat acabou se diferenciando, segundo René, ao formar um ecossistema de serviços. Aos poucos, explica ela, novas funções estão sendo incluídas no app. “Hoje, apenas pelo WeChat, é possível transferir dinheiro, comprar ingressos para um show, chamar um táxi e até marcar um horário no médico”, explica. “E, na Ásia, todo mundo precisa ter WeChat: hoje, empresas preferem fazer conferências de negócios pelo aplicativo.”

Leia mais em: http://economia.estadao.com.br/blogs/radar-da-propaganda/o-marketing-alem-da-visao-ocidental/

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Siemens e Gamesa se unem para criar mega empresa no mercado eólico

A Siemens e a Gamesa firmaram um acordo para fundir seus negócios no setor eólico, incluindo as unidades de operação e manutenção voltadas para o segmento. A ideia é criar uma empresa líder mundial na área. A Siemens terá 59% da nova companhia e a Gamesa ficará com os 41% restantes. Como parte do acordo, a Siemens pagará aos acionistas da Gamesa € 3,75 por ação. Segundo as empresas, a nova companhia, que terá sede na Espanha, manterá seu posicionamento nos mercados em que atua.
A nova empresa já nascerá com 69 GW instalados em todo o mundo, uma carteira de pedidos valorada em € 20 milhões e receitas de € 9,3 bilhões, segundo dados dos últimos 12 meses até março. Os negócios da Siemens e da Gamesa são complementares tanto em relação a presença geográfica, quanto em carteira de produtos e tecnologia. A nova companhia terá um alcance global nos principais mercados eólicos e presença industrial em todos os continentes. Enquanto os negócios da Siemens tem sólida posição nos mercados da América do Norte e no norte da Europa, os da Gamesa estão em mercado emergentes, como Índia e América Latina, assim como no Sul da Europa.
"A fusão dos ativos eólicos com a Siemens é um reconhecimento do trabalho realizado pela companhia nos últimos anos e uma confirmação de nossa aposta na criação de valor a longo prazo, mediante a geração de sinergias significativas e a expansão do horizonte de crescimento rentável. Hoje iniciamos uma nova etapa, criando junto com a Siemens um líder eólico mundial", comentou Ignacio Martín, presidente executivo da Gamesa.
Já o presidente e CEO da Siemens AG, Joe Kaeser, afirmou que a combinação dos negócios das duas empresas tem como base uma lógica industrial clara e um indústria crescente e atrativa. "Esta combinação de negócios nos permitirá oferecer maiores oportunidades e valor aos clientes e acionistas da nova companhia", declarou o executivo. Gamesa e Simens prevêem que suas sinergias gerem cerca de € 230 milhões anuais em termos de Ebit (Lucro Antes dos Juros e Tributos) após quatro anos do fechamento da operação, o que deve ocorrer no primeiro trimestre de 2017. A operação ainda está sujeita a aprovação dos acionistas da Gamesa e de órgãos competentes.

Leia mais em:  http://canalenergia.com.br/zpublisher/materias/Noticiario.asp?id=112447

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Apoio britânico para deixar UE cresce para 53%, diz pesquisa

O apoio britânico para a saída da União Europeia em um referendo em 23 de junho cresceu para 53%, indicou uma pesquisa por telefone nesta quinta-feira, no nível mais alto de apoio registrado na campanha em mais de três anos.

A pesquisa, do instituto Ipsos Mori, ouviu 1.257 adultos da Grã-Bretanha, entre 11 e 14 de junho, e indicou que 51% de todos os eleitores querem deixar o bloco e 49% querem se manter. Mas, quanto filtrados entre os que provavelmente irão votar, a pesquisa indicou que 53% iria votar pela saída e 47% pela permanência no bloco.

"Restando uma semana, a saída superou o 'fica' com uma série de argumentos sobre imigração e dinheiro, os quais as pessoas geralmente acreditam, apesar de serem amplamente negados pelo outro lado", disse o presidente Ben Page à Reuters.

Leia mais em: exame.abril.com.br/negocios/noticias/apoio-britanico-para-deixar-ue-cresce-para-53-diz-pesquisa

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Hillary vence primária final dos democratas e tem encontro "positivo" com Sanders


 Hillary Clinton encerrou formalmente a corrida presidencial democrata dos Estados Unidos com uma vitória na primária do distrito de Columbia, na terça-feira, e logo voltou sua atenção para a união do partido durante um encontro particular de 90 minutos com o rival derrotado Bernie Sanders.
Hillary, que conquistou delegados suficientes para garantir a indicação democrata na semana passada, se encontrou com Sanders em um hotel do centro de Washington, e os ex-adversários de uma disputa primária às vezes amarga procuraram um meio termo antes da eleição de 8 de novembro contra o provável candidato presidencial republicano, Donald Trump.
Sanders vem resistindo à pressão para se curvar e apoiar formalmente Hillary como forma de demonstrar união partidária, preferindo continuar em campanha para obter concessões da ex-primeira-dama em relação à sua pauta política e a reformas no processo de indicação do Partido Democrata.
As duas campanhas descreveram a conversa como "positiva", e disseram que os dois assinalaram seu compromisso em comum de deter Trump e de promover temas como aumentar o salário mínimo, eliminar as doações ocultas na política e tornar o ensino superior e os planos de saúde mais acessíveis.
O porta-voz de Sanders, Michael Briggs, disse que o encontro foi "uma discussão positiva sobre a melhor maneira de trazer mais pessoas para o processo político e sobre a ameaça perigosa que Donald Trump representa para nossa nação".
O senador de Vermont prometeu se manter na disputa democrata até o último voto das primárias, embora tenha parado de falar em conquistar a indicação de sua legenda na semana passada e se voltado a formas de levar adiante seus objetivos políticos.
Sanders agendou um discurso nacional em vídeo para seus apoiadores na noite de quinta-feira, dizendo-lhes em uma mensagem de e-mail que "a revolução política continua".
Hillary derrotou Sanders com folga no distrito de Columbia, conquistando 79 por cento dos votos diante dos 21 por cento de seu rival.
O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou seu apoio à sua ex-secretária de Estado na quinta-feira, horas depois de receber Sanders na Casa Branca.


Leia mais em:  http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKCN0Z11H8

terça-feira, 14 de junho de 2016

Ibovespa cai com aversão a risco por "Brexit" pressionando o mercado; dólar zera ganhos

O Ibovespa abre em baixa nesta terça-feira (14) com o aumento da aversão ao risco nos mercados depois que o tabloide sensacionalista britânico, The Sun, posicionou-se a favor da saída do Reino Unido da União Europeia. Por aqui, o mercado não se anima com a entrega das investigações contra o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, de volta para o juiz federal Sérgio Moro. O que aumenta a indefinição política por aqui acabam sendo as citações a Marina Silva e ao ministro das Relações Exteriores, José Serra.

Às 10h05 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira caía 0,09%, a 49.616 pontos, em seu último dia de negociação. Já o dólar comercial tem leve alta de 0,02% a R$ 3,4874 na venda, enquanto o dólar futuro para julho tem alta de 0,19% a R$ 3,504. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 opera em queda de 1 ponto-base a 13,69%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 avança 1 pontos-base a 12,59%.

Entre as commodities, o minério de ferro spot com 62% de pureza e entrega no porto de Qingdao caiu 4,42% a US$ 50,57 a tonelada seca.

Vendas no varejo
Aqui e nos Estados Unidos saíram os dados de consumo relativos aos meses de abril e maio respectivamente. No Brasil, a Pesquisa Mensal do Comércio, com os dados das vendas do varejo de abril mostrou um avanço de 0,5% na comparação com março, em linha com a expectativa mediana dos economistas. Na comparação anual, o indicador caiu 6,7%, contra 6,6% estimados.

Já nos EUA, saíram às 9h30 as vendas no varejo, que tiveram uma expansão de 0,5%, contra expectativa mediana dos economistas de alta de 0,3% em maio. O dado mantém viva a possibilidade de aumento dos juros nos EUA em julho ou setembro deste ano.

Leia mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/5145049/ibovespa-cai-com-aversao-risco-por-brexit-pressionando-mercado-dolar

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Otimista com Brasil, "papa" do valuation segue com Vale e quer comprar mais brasileiras

De passagem em São Paulo para apresentar um seminário, Aswath Damodaran, professor da Stern School of Business e um dos mais renomados nomes do mercado quando o assunto é "valuation", diz estar otimista com o Brasil, alegando que sempre existem ótimas oportunidades em momentos de crise. Em entrevista exclusiva ao InfoMoney, Damodaran reconhece que a situação política dificulta o processo de avaliação das ações brasileiras, mas que, com paciência, o mercado oferecerá ótimos rendimentos.

Damodaran é considerado também um dos maiores especialistas do mundo em avaliação do preço de ações e empresas ("valuation", em inglês) e comenta também o cenário para a Petrobras, que no ano passado foi apontada por ele como o melhor caso de destruição de valor. Para ele, as mudanças que estão sendo feitas na companhia por conta da Lava Jato não são suficientes para melhorar o ambiente e tornar a estatal um bom investimento.

O professor não falou apenas de Brasil: ao comentar Estados Unidos, ele vê a espera pela alta de juros do Federal Reserve como o "evento mais superestimado da história"; a China, por sua vez, continua sendo uma grande preocupação, mas não pela desaceleração, e sim pela falta de transparência. Por isso, Damodaran recomenda que a hora agora é de paciência: quem buscar "operar" o noticiário vai sofrer com o excesso de informações.

O seminário de Damodaran acontece nos dias 13 e 14 de junho na HSM Educação Executiva, onde falará sobre a maximização de valor de companhias, apresentando os caminhos disponíveis para criação de valor das empresas e modelos de avaliações. Confira abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao InfoMoney:

InfoMoney - Em 2014, em entrevista ao InfoMoney, você afirmou que para investir em um mercado emergente é preciso sempre esperar por uma crise antes. Desta forma, o Brasil se mostra um bom investimento neste momento?

Aswath Damodaran - Sim se você for um investidor e não se você for um "trader" e eu acho que esta é a diferença. Trades vivem de momentos. Mas se você é um investidor de verdade, você pode ser seletivo, e o Brasil oferece oportunidades porque nem todas as empresas brasileiras estão sofrendo.

Hoje a política se tornou um componente ruim de investimento quando você compra uma Petrobras, Vale ou mesmo uma Embraer porque há um componente governamental em todas elas. A solução seria olhar para empresas menores, mas infelizmente estas companhias vem com um custo de serem "empresas familiares". Não são apenas companhias geridas por famílias, mas também aquelas lideradas por pessoas que essencialmente controlam e não deixam você mudar a forma como eles comandam.

Eu acredito que esta é uma oportunidade de se investir no Brasil, mas você também precisa ser cuidadoso com as companhias que você está investindo, porque algumas destas empresas podem ser "travadas" na forma como elas são geridas e não há nada que você como acionista pode fazer para mudar isso.

IM - Você vê alguma ação brasileira como um bom investimento neste momento?

AD - Eu não tenho adicionado ações brasileiras em meu portfólio faz um tempo. Mas como estarei no Brasil, vou começar a olhar mais para algumas companhias de maneira mais profunda. Creio que no fim de junho ou julho terei uma ou duas ações no meu portfólio. E provavelmente não será uma empresa de "grande nome".

IM - Em 2014 você afirmou que estava confortável em ter Petrobras e Vale em seu portfólio...

AD - Eu tenho Vale em meu portfólio, eu comprei novamente quando ela voltou para US$ 2,00 (cerca de R$ 7,00 em janeiro). Eu estou segurando-a como um investimento de longo prazo e eu acho que a Vale está em uma boa trajetória para retomar sua saúde, caso os preços do minério de ferro se recuperem.

Eu tive Embraer por um bom tempo, eu tenho ações brasileiras em meu portfólio, mas eu acho que muitas companhias estão sofrendo nos últimos anos.

IM - Em 2015 você fez uma análise sobe a Petrobras e usou a companhia como um exemplo de destruição de valor. Desde então tivemos algumas mudanças de diretores e uma troca de governo. Você acha que a empresa tem feito mudanças suficientes para começar a recuperar seu valor?

AD - Aconteceram algumas mudanças, mas elas não são suficientes e eu explico o porquê: o problema fundamental com a Petrobras não é que ela é corrupta ou que a sua gerência não sabe o que está fazendo. Eles sabem exatamente o que estão fazendo, estão mantendo Brasília feliz, e isto não mudou. Se você me perguntar qual é a missão da companhia, é uma missão muito mista: é ser uma grande companhia de petróleo, ser um símbolo brasileiro, deixar o governo feliz.

A Petrobras tem muitos "mestres" diferentes para servir e eu não gostaria de estar nesta posição, simplesmente porque se você está comandando a companhia. Se você olhar para a companhia, ela tem missões muito variadas, ela é uma companhia pública de petróleo e ela tem os objetivos de qualquer companhia pública, que é ganhar dinheiro e maximizar o seu valor, mas ela, para o bem ou para o mal, também é uma empresa estatal.

O governo pode mudar, mas ainda é um governo, e você continua tomando decisões para fazer as pessoas felizes em Brasília em vez de focar em fazer o que é melhor para a Petrobras se tornar uma companhia de petróleo mais saudável. Porém, o que é necessário para tornar a companhia mais saudável pode estar em conflito com o que o governo precisa fazer. Eu acho que este será o grande desafio. Como você cria uma empresa independente, com uma gestão independente se a sua diretoria e seu conselho ainda está relacionado com o governo.

Eu acho que este não é um problema apenas do Brasil, apenas com a Petrobras, está em outros lugares, com grandes companhias.

IM - E onde você está investindo agora? Há algum país ou companhia específica que você acredite que seja um bom investimento agora?

AD - Eu voltei a comprar ações da Apple pela quarta vez na semana passada. Em geral é isso, eu vou para onde eu encontrar oportunidades, seja em ações indianas, indonésias, brasileiras, norte-americanas, basta que elas se mostrem boas oportunidades. As grandes tacas normalmente estão onde as pessoas não estão olhando.

IM - Agora sobre as bolsas dos EUA: como você acha que a alta de juros do Federal Reserve e as eleições vão impactar o mercado?

AD - Eu parei de me preocupar com o Federal Reserve e acho que este é o fenômeno mais "supervalorizado" da história. O Fed não ajustou as taxas para baixo, elas estão baixas porque o crescimento econômico está mais lento e a inflação está baixa. E por alguma razão as pessoas acham que o Fed tem poderes para mover as coisas, mover as taxas de juros ou o mercado de ações. Meu palpite é que isto já está precificado nas ações porque a inflação já está melhorando e o crescimento econômico está melhorando. Isso que irá guiar as taxas, não o Fed.

A eleição é interessante, porque historicamente ela traz volatilidade aos mercados emergentes, mas nos desenvolvidos isto não é um "game over". Começando pelos Estados Unidos, onde historicamente o efeito das eleições no mercado de ações é mínimo, e isso ajuda. Você não quer que as eleições guiem muito o mercado, porque este efeito significa que o governo tem muito efeito nos negócios, o que pode ter um efeito tanto positivo quanto negativo, como vocês estão vendo no Brasil. É um enorme problema para os mercados esta volatilidade causada pelas trocas de governo.

Seguindo a história, eu não acho que nós devemos ver um grande impacto das eleições nas ações americanas, eu acho que as pessoas estão preocupadas agora com o que Donald Trump ou Hillary Clinton irão fazer, mas a verdade é que a margem de efeito no mercado é relativamente pequena. Eu não espero um grande movimento, tanto para cima quanto para baixo, não importa quem ganhar.

IM - Sobre China, investidores estão preocupados com o menor crescimento do país. Como você vê este risco para os mercados globais?

AD - Eu acho que há um risco real vindo da China e isso porque nos últimos 10 anos, no mundo todo, a China foi usada como pretexto para investirmos sem olhar para os fundamentos. Mas a China é uma economia muito nebulosa, no sentido em que você não sabe nada do que está acontecendo lá dentro. O governo não é transparente, as companhias não são transparentes, uma economia que você realmente não sabe o que está acontecendo porque todas as estatísticas do governo são "cegas".

Isso pra mim é o grande problema da China, pois quando a verdade vir à tona podemos presenciar uma grande crise. E o pior de tudo: só saberemos o que realmente acontece lá quando a crise estourar. Eu estou preocupado com a China e acho que todos deveríamos estar preocupados porque, por décadas, nós usamos a China como um mecanismo para guiar o crescimento global. Mas se você tirar a China da equação, você está olhando para um crescimento bem mais lento da economia global, e isto irá machucar a todos.

IM - E como você está avaliando o impacto da Europa? A economia segue fraca na região e agora temos o risco da saída do Reino Unido da União Europeia.

AD - Eu acho que a Europa, mais que os EUA, é uma economia em queda. Se você olhar para ela, é uma economia envelhecida. Não é um período que ela irá crescer rápido, mas também não terá um crescimento negativo. Eu acho que a Europa tem uma combinação de problemas e um deles é que você não verá uma recuperação dos bonds como antes na Europa porque é um conjunto de economias velhas. Em segundo lugar, estamos vendo uma série de problemas políticos na Europa porque governantes estão saindo dos cargos e você vê as pessoas oferecendo soluções que não são verdadeiras soluções, mas que apenas parecem boas.

Eu acho que a Europa será um grande peso para a economia global no curto prazo porque as expectativas das pessoas precisam ser reformuladas. É por isso que não haverá crescimento real na Europa, este é um conjunto de economias em queda e as pessoas precisam se acostumar com isso.

IM - Outro tema que tem sido destaque é o preço do petróleo. Você acredita que há uma chance dos preços voltarem a cair ou subir, ou devemos ver a commodity se mantendo em US$ 50?

AD - Eu não ficaria focado nos preços do petróleo, eles são o que são. Os fundamentos podem ajudar a prever se ele deveria valer mais ou menos, mas a verdade é que para um horizonte de anos essas projeções de nada valem. Ou seja, se sua empresa depende do petróleo, precisa saber que isto não estará sob seu controle. Se você for uma companhia aérea (que possui boa parte do custo operacional em combustível), você precisa saber que focar no preço do petróleo é perda de dinheiro e tempo. Se você fizer isso, estará jogando dinheiro fora.

Em relação ao atual patamar de US$ 50, meu sentimento é que no longo prazo a commodity estará em US$ 60, mas no curto prazo pode voltar para US$ 25 ou disparar para US$ 95, já que sempre há uma crise no Oriente Médio para fazer o petróleo disparar. Ou seja: ela continuará a ser uma das coisas completamente fora do nosso controle.

IM - Recentemente, você falou da necessidade de diferenciar "traders" de investidores. No Brasil ainda temos um mercado muito imaturo e as pessoas estão sempre buscando retornos rápidos. Você acha que esta é uma lição importante para os brasileiros aprenderem?

AD - Isto é uma verdade em todo o mundo, não apenas no Brasil. As pessoas em todos os lugares precisam aprender isso. No Brasil é verdade, na Índia é verdade, nos Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e Alemanha. Isto sempre acontece.

A maioria das pessoas faz "trades", elas não investem. Isto sempre foi assim nos mercados. O que você quer fazer é criar um bom trade para ganhar dinheiro rápido, mas você comete um erro e perde dinheiro. Se você fizer um trade tentando adivinhar o que as pessoas estão fazendo e seguir ordens, cedo ou tarde haverá uma correção, e quando isso acontecer você perderá muito dinheiro. E isso significa que você vai reduzir seus “trades”.

Quando você tem muitos "trades" e você é um investidor, você provavelmente terá de vender a descoberto. Isto porque as pessoas vão começar a pegar o humor do momento para empurrar os preços para baixo e assim você terá que vender a descoberto, porque você deseja obter vantagem disso, e na maior parte do mundo, incluindo nos Estados Unidos, quem vende a descoberto é visto como uma má pessoa, como um especulador, como pessoas que ganham dinheiro de forma errada.

Enquanto nós dividirmos o mercado entre pessoas que fazem dinheiro de forma saudável e pessoas que ganham dinheiro de maneira ruim, nós iremos ver isto que eu falei, ou seja, nós teremos muito mais "trades" do que investidores.

IM - Para encerrar, qual lição você acha que é a mais importante para o investidor brasileiro neste momento em que a política tem sido mais destaque que os fundamentos no mercado?

AD - Primeiro é preciso aprender que os riscos políticos nunca têm as melhores soluções, as mais sensatas. Os problemas políticos são resolvidos, mas normalmente resolvidos de formas ruins. Os riscos políticos são piores que os outros porque eles demoram muito tempo para irem embora.

Em segundo lugar, as coisas nunca estão tão ruins quanto você imagina e também nunca estão tão bem quanto se acredita. Um dos grandes problemas nos mercados emergentes é que temos muitas variações de humor. Neste momento, os investidores brasileiros estão convencidos de que o fim do mundo está chegando e que iremos voltar para 1991, que a inflação vai chegar a 5.000%. Minha visão é que o Brasil está passando por um momento ruim, mas não está tão ruim quanto as pessoas estão achando que as coisas estão. Haverá uma recuperação.

Se você for um investidor, o que você precisar ter, mais do que qualquer outra coisa, é paciência. É preciso disciplina, porque todo dia você abre o jornal e olha os preços das ações, ou outros ativos, e fica maluco. Se você achar uma boa companhia, com uma boa gestão, um bom modelo de negócios e bons produtos, meu conselho é: compre esta ação hoje, coloque em seu portfólio e pare de ler o jornal por uns dois anos. O que eu quero dizer é pra não ficar olhando os preços das ações e as notícias financeiras, porque isso te leva a fazer coisas estúpidas.

Enfim, eu acho que estes são tempos difíceis para ser um investidor, ainda mais se você for um cidadão brasileiro, porque eu acho que o que você vê a sua volta é caos. Eu acredito que o Brasil é inteligente, as pessoas irão achar uma forma de se reerguer. Eu me mantenho otimista com o País e com as companhias brasileiras.

Leia mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/5095516/otimista-com-brasil-papa-valuation-segue-com-vale-quer-comprar

sexta-feira, 10 de junho de 2016

O primeiro grande desafio de Ilan à frente do BC: a sobrevida da inflação

Os últimos resultados do IPCA e IGP-M superaram as estimativas, colocando em dúvida as apostas em redução da Selic já no Copom de julho, o primeiro a ser comandado pelo novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Mesmo sem abandonar a aposta em um corte até o fim do ano, o mercado ficou mais cauteloso no curto prazo.
Ilan Goldfajn, que quando era economista-chefe do Itaú previa corte de juros no 2º semestre, chega ao BC no momento em que surgem sinais de sobrevida do choque de inflação iniciado em 2015 e que vinha perdendo gás até o 1º trimestre de 2016. Mesmo atenuada, persiste a maior escalada de preços observada no país desde a alta de 2002-2003, combatida na época com juro de até 26,5% por um BC que tinha entre os diretores justamente o presidente que assume nesta quinta-feira.
Por ora, dois fatores impedem os analistas do mercado de ficarem ainda mais pessimistas com a inflação e os juros. Um é que os índices mais salgados de maio se devem a uma “corcova” temporária de alta dos preços, causada pelo efeito de problemas climáticos sobre os alimentos e falta de oferta de alguns produtos agrícolas, além da alta da tarifa de água em São Paulo.
Ainda que a pressão seja temporária, o BC precisa evitar os chamados “efeitos de segunda ordem”, ou seja que a tal “corcova” influencie a alta de preços de outros produtos, diz o economista Rodrigo Melo, da Icatu Vanguarda. Por isso, seria difícil Ilan estrear cortando a Selic já em julho. Melo, contudo, vê espaço para o corte ocorrer em agosto. A baixa do dólar seria um dos fatores que poderiam ajudar a melhorar as expectativas, ajudando a inflação a ceder após a aceleração vista desde abril.
A queda do dólar reflete em grande parte fatores externos ao Brasil, como a redução das apostas em alta dos juros americanos. Pesa positivamente também o otimismo dos investidores com a possibilidade de o governo Temer conseguir a aprovar as reformas fiscais. Ou seja, o fortalecimento do real seria uma forma de o mercado antecipar estas expectativas mais favoráveis, o que também contribui para antecipar o alívio da inflação pelo canal das expectativas.
Mas também há fatores de incertezas. Enquanto o mercado mostra certo otimismo com reformas fiscais, a economista Monica de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson em Washington DC, nos EUA, vê a inflação “sem rédeas”. Isso ocorreria devido ao fenômeno da “dominância fiscal”, em que, diante de déficits elevados, a taxa de juros perde poder em controlar a inflação. Mesmo com a recessão profunda, Monica vê a inflação anual resistindo na casa de 8% e diz duvidar que o BC corte juros este ano. Ilan Goldfajn já demonstrou não acreditar na hipótese da dominância.
Outro ponto de incerteza é como reagirá o BC caso a inflação siga alta considerando-se a nova equipe que Ilan ainda deve escolher. Embora sejam esperados nomes totalmente comprometidos com a meta de inflação para compor o Copom, isso não significa que o BC poderá reagir com um choque de juros como o de 2003, observa Melo, do Icatu. No choque anterior, a inflação era mais alta e a economia crescia, embora pouco. Hoje, a inflação é “menos alta” e a economia já está em recessão profunda, tornando desnecessária uma alta adicional de juros.
O câmbio também pode pesar nas expectativas e o mercado espera que o relatório de inflação que sai no final de junho, já sob a orientação de Ilan, mostre se, e em qual medida, o fortalecimento do real alterou as projeções para o IPCA. O BC, que vinha barrando a queda do dólar em R$ 3,50, deixou de intervir recentemente e o dólar chegou ao patamar de R$ 3,30. Embora até esta quinta-feira o BC esteja sob comando ainda de Tombini, para alguns analistas o mercado já estaria reagindo à expectativa de que Ilan intervenha menos no câmbio.

Leia mais em: http://www.infomoney.com.br/bloomberg/mercados/noticia/5125819/primeiro-grande-desafio-ilan-frente-sobrevida-inflacao

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Fontes renováveis respondem por 98% da energia no Uruguai

As fontes renováveis foram responsáveis pela geração de 98% da energia elétrica no Uruguai, disse nesta terça-feira o presidente da empresa estatal elétrica uruguaia (UTE), Gozalo Casaravilla, que destacou que isto se deve à combinação de fontes hidráulicas, eólicas, fotovoltaicas e biomassa.
O especialista fez estas afirmações durante um encontro com empresários e investidores do setor que se desenvolveu na sede da câmara Espanhola de Comércio, Indústria e Navegação do Uruguai, em Montevidéu.
Nesse sentido, Casaravilla explicou que o Uruguai "fez um bom investimento" desde o passado com a instalação de represas hidrelétricas, que representam 50% do fornecimento atual, às quais se somam as fontes de geração eólicas e solar, que fornecem 40%, e as de biomassa, responsáveis por 8%.
"Neste ano em particular, como foi um ano com boa contribuição nas represas, já temos na média do ano uma ordem de 98 % de energia elétrica do Uruguai renovável", disse.
Além disso, o engenheiro em eletricidade destacou que todos estes avanços, que localizam o Uruguai como o país mais avançado na região em energias renováveis, se devem aos procedimentos de investimento como contratos de compra de energia (PPA, por sua sigla em inglês), fideicomissos, e sociedades anônimas, entre outras.
Segundo explicou Casaravilla, para a mudança da matriz elétrica uruguaia foi feito um investimento de cerca de US$ 3 bilhões em energia eólica, enquanto em solar foram gastos cerca de US$ 500 milhões, e em fontes de microgeração ficam em US$ 15 milhões.
A máxima autoridade da empresa energética estatal precisou que as previsões de exportação de energia à Argentina e Brasil, que em primeira instância ficavam em US$ 30 milhões, serão revisadas, já que como descreveu, ambos países atravessam diferentes realidades que serão analisadas.
Finalmente, Casaravilla disse que o Uruguai oferece garantias como "o cumprimento de contratos honrados" àqueles investidores internacionais que desejam se instalar no país no setor de geração elétrica.

Leia mais em: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/fontes-renovaveis-respondem-por-98-da-energia-no-uruguai

quarta-feira, 8 de junho de 2016

OCDE percebe crescimento estável na economia mundial

A OCDE percebe um crescimento estável na economia de seus países-membros, assim como na zona do euro, nas sete grandes economias mundiais e nas cinco principais asiáticas.
Os indicadores compostos avançados mensais publicados nesta quarta-feira pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que estes se mantiveram na OCDE em 99,6 pontos, abaixo do nível 100 que marca a média a longo prazo, e que a zona do euro repetiu os 100,4 de março.
Os indicadores de abril -que refletem por antecipado inflexões no ciclo econômico- constatam essa mesma fase de estabilidade na França (100,7), Alemanha (99,8), Japão (99,6) e Canadá (99,5).
Nos EUA, foram percebidos sinais de estabilização (98,9), enquanto na Itália (100,5) e no Reino Unido (99,1) a tendência aponta a um impulso no crescimento.
Os indicadores das sete principais economias (Canadá, França, Japão, Alemanha, Itália, Reino Unido e EUA) se mantiveram em seu conjunto nos 99,4 pontos, enquanto os das cinco principais asiáticas (China, Indonésia, a Índia, Japão e Coreia do Sul) ficaram em 99,2.
A OCDE previu também estabilidade no avanço da economia chinesa (98,4), crescimento firme na Índia (100,4) e uma tendência positiva no Brasil (98,8) e Rússia (99,2).

Leia mais em: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/ocde-percebe-crescimento-estavel-na-economia-mundial

terça-feira, 7 de junho de 2016

Os números da revolução das energias renováveis no mundo

As fontes renováveis estão mudando o tabuleiro energético mundial. O ano de 2015 foi recorde: a capacidade de geração a partir das energias renováveis registrou o maior aumento da história - 147 GW - e os investimentos no setor somaram US$ 285,9 bilhões, quase uma Dinamarca em PIB.
É o que aponta a edição 2016 do estudo REN21 Renewable Energy Global Status Report, relatório de referência no desenvolvimento do mercado, da indústria e da política de fontes limpas.
Segundo o estudo anual, a integração bem sucedida em larga escala das energias renováveis no mix energético foi impulsionada por vários fatores.
Em primeiro lugar, as renováveis já são competitivas em muitos países, em termos de custos, com os combustíveis fósseis. Além disso, a liderança governamental continua a ter um papel importante na promoção do crescimento das renováveis no setor da energia, particularmente na eólica e solar.
Outros fatores de crescimento incluem o melhor acesso a financiamento, preocupações relativas à segurança energética e ambiental e o aumento da procura por serviços verdes nas economias emergentes.
Navegue pelos slides e confira os números da ascensão das renováveis no mundo.

Leia mais em: http://exame.abril.com.br/economia/frases-e-numeros/os-numeros-da-revolucao-das-energias-renovaveis-no-mundo

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Bolsas mundiais têm dia de cautela com todos os olhos voltados para Yellen

A sessão desta segunda-feira (6) é de forte cautela para as bolsas mundiais, com os mercados de olho na fala da chaiwoman do Federal Reserve, Janet Yellen, que aborda temas econômicos em conferência na Filadélfia, às 13h30 (horário de Brasília). Yellen poderá dar hoje mais sinalizações sobre quando a autoridade monetária dos EUA elevará os juros após os dados bem abaixo do esperado de emprego na última sexta-feira, o que esfriou a aposta de elevação em breve.

As bolsas chinesas  fecharam em baixa nesta segunda-feira, com investidores esperando uma série de dados nas próximas semanas para avaliar a situação econômica, enquanto Hang Seng teve leve alta de 0,40%. Já Xangai caiu 0,15% e Nikkei teve baixa de 0,37%.

Na Europa, o dia também é de cautela, com o DAX em alta de 0,03%, o CAC 40 caindo 0,14% e o FTSE tendo alta mais expressiva, de 0,87%, também de olho em Yellen. 

No Brasil, o mercado fica de olho na Comissão do Impeachment no Senado, que definirá hoje às 16h o cronograma do processo de impedimento contra a presidente afastada Dilma Rousseff e para o relatório Focus, além de seguir atento ao noticiário político.

Leia mais em:  http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/5095579/bolsas-mundiais-tem-dia-cautela-com-todos-olhos-voltados-para

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Chile tem tanta energia solar que agora é de graça



A indústria solar do Chile se expandiu tão rapidamente que está gerando eletricidade gratuitamente.

Os preços à vista chegaram a zero em algumas regiões do país durante 113 dias até abril, número que está a caminho de superar o total do ano passado, de 192 dias, segundo a operadora da rede central do Chile.
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Embora isto pode ser bom para os consumidores, é uma má notícia para as usinas de energia, em dificuldades para gerar receita, e para as empresas que buscam financiar novos parques.

A pior situação acontece na região norte do país, no deserto do Atacama. A crescente demanda por eletricidade do Chile, impulsionada pela expansão da produção mineira e pelo crescimento econômico, ajudou a estimular o desenvolvimento de 29 parques solares, e outros 15 estão nos planos para a rede central de energia do país.

Agora, o Chile enfrenta a queda da demanda por energia devido à desaceleração da produção de cobre em meio a um excedente global, o que provoca um excesso de energia gerada em uma região que não possui linhas de transmissão para distribuir a eletricidade a outras partes.

“Os investidores estão perdendo dinheiro”, disse Rafael Mateo, CEO da unidade de energia da Acciona, que está investindo US$ 343 milhões em um projeto de 247 megawatts na região, que será um dos maiores da América Latina. “O crescimento foi desordenado. Não se pode ter tantas empresas no mesmo lugar”.

Um dos principais problemas é que o Chile possui duas redes de energia principais, a central e a do norte, sem conexão entre si. Existem também áreas dentro das redes que não possuem uma capacidade de transmissão adequada.

Com isso, uma região pode ter muita energia, o que derruba os preços, porque o excedente não pode ser entregue a outras partes do país, segundo Carlos Barría, ex-chefe da divisão de energia renovável do governo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Chile, em Santiago.

Infraestrutura inadequada

O governo está trabalhando para corrigir este problema, com planos de construir uma linha de transmissão de 3.000 quilômetros para ligar as duas redes até 2017. Além disso, está desenvolvendo uma linha de 753 quilômetros para resolver o congestionamento nas partes norte da rede central, a região na qual os excedentes de energia estão levando os preços a zero.

“O Chile tem pelo menos sete ou oito pontos nas linhas de transmissão que estão em colapso e bloqueados e tem o enorme desafio de driblar os pontos de estrangulamento”, disse o ministro de Energia, Máximo Pacheco, em entrevista, em Santiago. “Quando você embarca em um caminho de crescimento e desenvolvimento como o que temos tido, obviamente surgem problemas”.

Leia mais em: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/chile-tem-tanta-energia-solar-que-agora-e-de-graca

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Hillary inicia ofensiva para liquidar disputa democrata

A pré-candidata democrata à presidência americana Hillary Clinton inicia nesta quinta-feira uma ofensiva para tentar vencer de maneira categórica as primárias da Califórnia, no último episódio da batalha interna do Partido Democrata, que se mostrou muito mais difícil do que o previsto.
A ex-secretária de Estado decidiu utilizar uma carta importante: seu marido, o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001), também vai pedir votos aos eleitores californianos para Hillary possa conquistar a indicação democrata em grande estilo na próxima terça-feira.
Antes do início da campanha eleitoral, a nomeação da ex-primeira-dama - apoia pela liderança do partido e por doações bilionárias - era considerada algo tranquilo.
Mas o senador Bernie Sanders, com um discurso que bate na acomodação do Partido Democrata e sem apoios milionários, mostrou que existe uma importante corrente insatisfeita em todo o país, o que o transformou em um rival duro para Clinton.
Entre os republicanos, o bilionário Donald Trump - um empresário sem experiência política - deixou para trás 16 adversários, incluindo alguns pesos pesados, e já tem um número suficiente de delegados para garantir a candidatura à presidência.
Partido busca unir fileiras
Importantes lideranças do Partido Democrata também decidiram aumentar a pressão sobre os eleitores para tentar concluir a disputa interna da maneira mais rápida possível, em uma tentativa de evitar divisões antes da eleição presidencial.
Mas é justamente o firme apoio da liderança partidária a Clinton o combustível que estimula muitas pessoas a apoiar Sanders, um forte crítico da agenda cada vez mais moderada do partido.
Muitas pesquisas apontam que Clinton e Trump registram níveis de imagem negativa sem precedentes na história política americana, de quase 60% do eleitorado.
Na próxima terça-feira, os democratas também realizarão primárias em Nova Jersey e é possível que neste estado Hillary Clinton consiga os delegados que faltam para assegurar a nomeação, mas uma derrota na Califórnia (ou até uma vitória apertada) deixará seu favoritismo claramente abalado.
No processo das primárias, até o momento Clinton conquistou 1.769 delegados, contra 1.544 de Sanders, uma diferença de 225 delegados.
Mas a ex-secretária de Estado teria o apoio de 543 'superdelegados', dirigentes e legisladores do partido, o que a deixaria, a princípio, com 2.312 votos assegurados na convenção partidária, muito perto dos 2.383 necessários para encerrar a disputa.
O problema é que a primária na Califórnia distribuirá nada menos que 475 delegados, de forma que esta consulta interna tem condições de modificar a relação de forças para a convenção.
Mostrar liderança real
Para o jornal Washington Post, uma vitória de Sanders na disputa interna democrata é "possível, mas altamente improvável".
Várias pesquisas indicam que Clinton, apesar da resistência de parte importante do eleitorado democrata, deve sair vitoriosa da primária na Califórnia, mas ela precisa de um triunfo categórico para mostrar que tem a liderança real da disputa interna.
Como os democratas distribuem os delegados de forma proporcional, com os delegados que conquistar na terça-feira nas primárias da Califórnia, Nova Jersey, Montana, Novo México e Dakota do Sul, Clinton deve liquidar o pleito.
Para Sanders, a esperança reside nas pesquisas sobre as eventuais disputas na fase decisiva da campanha, que deixam claro que ele pode vencer Trump com muito mais facilidade que Clinton.
A ex-secretária de Estado chegou a ter uma vantagem de 12% sobre Trump nas pesquisas, mas a diferença sumiu e atualmente está dentro da margem de erro. Algumas sondagens, inclusive, já mostram Donald Trump na liderança.
As mesmas pesquisas mostram que Sanders poderia derrotar Trump por 10 pontos percentuais.
Desta maneira, a esperança de Sanders é que os 'superdelegados' decidam apoiar não o pré-candidato com mais delegados na disputa interna, e sim aquele com mais possibilidades de derrotar Trump.
 
 
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quarta-feira, 1 de junho de 2016

7 dicas para abrir um negócio que terá sucesso na crise

Crise econômica é sinônimo de tempo ruim para os negócios? Se você acha que sim, saiba que nem sempre isso é verdade: para quem sabe aproveitar, a recessão pode ser um momento de muito sucesso empresarial.
Porém, como saber se esse pode ser seu caso? O primeiro passo é fazer uma autoanálise e ver se seu perfil bate com o de um empreendedor de verdade. Você está pronto para entrar em uma carreira que depende da sua disposição em assumir riscos?
“Enquanto muitos olham a crise como algo ruim, é preciso entender que é justamente com os problemas que surgem oportunidades”, afirma Fabiano Nagamatsu, consultor do Sebrae/SP. “Com crise ou sem crise, ter um negócio é sinônimo de perigo. O que dá para fazer é minimizá-lo, pelo controle das próprias ações.”
Com medo desses riscos, muitos donos de negócio adotam o “comportamento de manada”: quando todo mundo cruza os braços, esse tipo de empreendedor faz o mesmo. Quando essas mesmas pessoas saem correndo para abrir um negócio, ele novamente segue o comportamento delas.
O que era para ser uma tática de proteção apenas compromete as chances de sucesso. “Se você apenas acompanhar o movimento dos outros, perderá a capacidade de se diferenciar. A crise econômica é uma oportunidade de os empresários apostarem na sua competência empresarial, porque ela faz diferença. O ambiente econômico é o mesmo para todos, mas só alguns negócios sobrevivem justamente por isso”, explica Bento Costa, coordenador do MBA de Marketing e Varejo do Ibmec/DF.
Destacando-se da manada de empreendedores, é possível perceber o lado positivo da crise econômica: o surgimento de novas necessidades e, portanto, novos negócios, diz Marcelo Veras, CEO da Inova Business School.
“Estamos vivendo um momento histórico: nunca se viu tantas empresas centenárias serem engolidas por startups. Há muita gente com ideias procurando dinheiro; e muita gente com dinheiro procurando ideias. Quem conseguir uma boa solução terá sucesso, independente de recessão”.
Ficou animado e está preparado para abrir um negócio durante a crise econômica? Então, confira algumas ações para colocar em prática desde já e obter muito sucesso:

1. Faça um bom planejamento

Fazer um planejamento é essencial para qualquer empresa que queira criar sua identidade no mercado, afirma Nagamatsu, do Sebrae/SP. “Por meio dele, não apenas é decidido como sua empresa será conhecida pelos clientes, mas também aonde você próprio quer chegar.”
Mas claro que não basta só planejar: é preciso ir acompanhando e alterando suas decisões, porque o mercado muda muito rápido. “Com as inovações tecnológicas, o ciclo de vida de um produto ou serviço é mais temporário. Por isso, a criatividade sempre vai ser o principal ponto de um planejamento.”

2. Inove, sempre

Um ponto muito relacionado com a criatividade, e que está presente em todo empreendedor de sucesso, é a atitude inovadora. “Muitos acham que inovação é algo apenas para empresas grandes, que têm uma área de pesquisa e desenvolvimento. Porém, isso é um engano”, diz Nagamatsu. “Essa inovação pode ser algo básico, algo que o diferencie do seu concorrente”. Por exemplo, mudanças no atendimento, na divulgação, nos processos e na entrega já contam como inovações.

3. Pense no seu cliente, e não em você mesmo

Lembre-se: o sucesso da sua empresa depende da relevância do problema que você irá resolver. Por isso, de nada adianta inaugurar um negócio para só depois verificar se há mercado ou não: é preciso analisar o problema a ser resolvido e pensar na jornada que seu consumidor fará até o produto.
“É só pegar o exemplo da economia compartilhada: veja o quanto ela cresceu, mesmo na crise”, diz Veras, da Inova Business School. “Isso porque ela usa os recursos disponíveis de forma inteligente, ou seja, propõe uma solução inovadora e que ressoa com as necessidades de boa parte dos consumidores.”

4. Estude, e muito, o seu mercado

Segundo Nagamatsu, do Sebrae/SP, é preciso que seu conhecimento sobre o negócio esteja à altura do empreendimento. Ou seja: se você não empreenderá em uma área que já conhece, é preciso buscar capacitação técnica antes de abrir a empresa.
“Por exemplo, se você decide empreender e vê que o setor de mercado pet está crescendo, busque saber como atender ao público-alvo desse tipo de negócio. Isso é verdade mesmo em uma franquia: não fique achando que, por ser algo padronizado, é possível abrir mão da capacitação.”

5. Só se comprometa com gastos mais para frente

Você acha que é preciso investir muito dinheiro para dar o pontapé inicial na sua empresa? Pois está enganado: só assuma gastos fixos, como aluguel e contratação de funcionário, depois de muita preparação.
“Preparar-se é algo que pode ser feito sem nenhum custo. É preciso primeiro fazer cursos, pesquisas, teste de mercado e até mesmo uma pré-venda do seu produto ou serviço. Só depois você pode começar a contrair custos fixos. Os empresários de sucesso não gastam primeiro para conhecer seu negócio depois”, diz Costa, do Ibmec/DF.

6. Repita: o bom hoje é melhor do que o ótimo amanhã

Um conceito muito conhecido no mundo do empreendedorismo é o “Lean Startup”: a ideia de que a melhor forma de desenvolver uma empresa é testar rápido e errar rápido, crescendo por meio de estímulos práticos.
“Acabou o momento de criar um produto e lançar só no dia perfeito”, sentencia Veras. “Hoje, já tendo um protótipo, você deve lançá-lo e testar essa ideia com especialistas e alguns consumidores. Ser o primeiro é relevante na hora de sua empresa ser avaliada, especialmente se ela envolve o desenvolvimento de alguma tecnologia.”

7. Invista em um time perfeito

A economia mais burra que um empreendedor pode fazer é deixar de investir em pessoas qualificadas na empresa, afirma Veras, da Inova Business School. “Tem gente que tem uma ideia ótima, mas coloca a implementação na mão de pessoas medianas. Isso acaba com o negócio.”
Isso vale tanto para sócios quanto para funcionários: contrate apenas o melhor, e não descarta completamente a ideia de abrir mão de alguma participação na companhia. “Às vezes, é mais inteligente não ser dono de tudo. Por exemplo, se você não possui alguma competência, é melhor dividir seu negócio com um parceiro e ganhar velocidade do que tentar aprender tudo que aparece pela frente.”

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