sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Equipamentos de energia solar ficaram 30% mais baratos no último ano

Um levantamento do Portal Solar constatou redução significativa de preços nos projetos de geração distribuída no último ano. O valor dos equipamentos caiu 30%, enquanto o serviço de instalação teve redução de 40%. Além disso, o interesse do consumidor por sistemas fotovoltaicos dobrou nos últimos 12 meses, o número de instalações também aumentou, o que contribuiu para a queda dos preços.
Essa estimativa é do CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer. Um dos motivos dessa redução do custo passa pelo aumento da oferta dos painéis solares pelo mercado chinês, que hoje é responsável pela produção de 80% desses equipamentos. Além disso, as altas tarifas das distribuidoras e a possibilidade da venda direta ajudaram a despertar o interesse do consumidor em gerar a própria energia. A retração, apontou, teve como consequência um retorno financeiro na faixa de 20% a 30% ao ano, sendo mais rentável que o CDB ou poupança.
No modelo de venda direta da empresa, explicou, o cliente final paga o equipamento para o portal enquanto o serviço de engenharia e a instalação para a empresa que realizará o serviço. Segundo Meyer, a vantagem desse sistema de cobrança é que não ocorre tributação dupla do equipamento e permite que as empresas instaladoras possam operar sem estoque, no modelo just in time.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53082584/equipamentos-de-energia-solar-ficaram-30-mais-baratos-no-ultimo-ano

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

48% da energia do país virá de fontes limpas e renováveis até 2040, diz BP


Acompanhando o ritmo do crescimento econômico e do aumento de renda, o Brasil deve ter também uma alta no consumo de energia na ordem dos 60% até 2040. A boa notícia é que a boa parte deste crescimento deve vir de fontes alternativas de energia renovável, que inclui energia eólica, solar e biocombustíveis, como etanol, e que são menos poluentes. Em 2040, quase metade (48%) da energia usada no país deve vir de fontes limpas e renováveis.
As informações fazem parte de um relatório sobre o mercado de energia global da companhia de petróleo britânica BP, divulgado nesta quarta-feira (28). O BP Energy Outlook é feito anualmente pela companhia para traçar as tendências em consumo e produção de energia no mundo nas próximas duas décadas.

A conta considera todas as formas de consumo energético do país, o que vai desde a geração de energia elétrica até os combustíveis usados nos transportes.
Fontes de energia no Brasil em 2016: 
  • Petróleo: 40%
  • Hidrelétricas: 29%
  • Fontes alternativas: 13%
  • Gás: 11%
  • Carvão: 6%
  • Nuclear: 1%
Total de fontes limpas e renováveis: 42%
Fontes de energia no Brasil em 2040: 
  • Petróleo: 31%
  • Hidrelétricas: 24%
  • Fontes alternativas: 24%
  • Gás: 16%
  • Carvão: 3%
  • Nuclear: 2%
Total de fontes limpas e renováveis: 48%

Brasil entre os mais limpos do mundo

"O Brasil já tem uma matriz de energia que não se compara a quase nenhum outro lugar do mundo. Se os outros países conseguissem chegar a uma pequena parte do que é o Brasil, nosso caminho para cumprir as metas de redução das emissões já avançaria enormemente", disse o economista-chefe do grupo BP, Spencer Dale, em evento nesta quarta-feira (28).
No mundo, segundo o estudo, a energia hidrelétrica responde por apenas cerca de 5% do total consumido e deverá se manter neste patamar até 2040. As demais fontes renováveis, por sua vez, que garantem hoje 3% do consumo atual, podem chegar a 20% ou 30% neste horizonte.
"Conforme a tecnologia de energias renováveis, especialmente eólica e solar, avança, elas se tornam mais acessíveis, e será delas que virá a maior parte do crescimento na oferta de energia nos próximos 20 anos", disse Dale.
Globalmente, de acordo com as projeções da BP, o ritmo de crescimento das energias renováveis deve ser de 7% ao ano até 2040. Petróleo, por outro lado, que hoje fornece mais de 60% da energia global, deve crescer a uma taxa anual de 0,5% e ver sua participação cair para a faixa dos 40% até 2040.

Brasil: crescimento sem eficiência

Apesar do exemplo internacional na sustentabilidade de suas fontes energéticas, o Brasil vai na contramão de diversos países no quesito de eficiência energética. "O consumo de energia no Brasil deve crescer a uma média de 2% ao ano, o que basicamente acompanha seu crescimento econômico", disse Dale. Os cenários da BP trabalham com um avanço médio do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro de 1,8% ao ano até 2040.
"Em outros países, em especial os mais desenvolvidos, um crescimento de 2% da economia é acompanhado por um crescimento menor do que isso na demanda por energia, por causa dos ganhos com eficiência", disse Dale.
Nos últimos 40 anos, afirmou o economista, as bases de dados do Brasil mostram que, para cada alta de 1% do PIB, o consumo de energia cresceu também 1%, aproximadamente.
"Em outros países isso se descola", disse. Na China, segundo ele, com o ritmo de crescimento do PIB superior a 6% ao ano, a alta na demanda por energia fica na faixa dos 2%. Na Europa, afirmou Dale, o consumo de energia mantém o mesmo nível de 1975, mesmo com um PIB três vezes maior.

Crescimento global virá dos emergentes

Segundo o economista-chefe da BP, o consumo total de energia no mundo deve crescer na faixa de 20% a 30% até 2040, e toda essa demanda virá exclusivamente dos países emergentes, enquanto o aumento nos países desenvolvidos deverá ser virtualmente zero.
"Já são países consolidados e estáveis", disse. "O crescimento virá dos emergentes, principalmente da Ásia, não só pelo aumento da população, mas, principalmente, pelo enriquecimento. Conforme essas pessoas saem de um nível de renda baixa, em que se preocupam essencialmente em botar comida na mesa, para renda média, elas passam a ter acesso a energia elétrica, a comprar eletrodomésticos, a ter a primeira moto ou o primeiro carro, e é isso que puxa o crescimento."

Leia mais em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/11/28/bp-energia-renovavel-brasil-dobrar.htm

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Itaipu atinge 2,6 bilhões de MWh de energia acumulada

A usina de Itaipu atinge, nesta quarta-feira, 28, por volta das 22h30 (horário brasileiro), um total de 2,6 bilhões de megawatts-hora (MWh) de energia acumulada desde o início da operação, em maio de 1984, batendo ainda um outro recorde: o novembro mais produtivo do histórico. É a maior produção acumulada já registrada por uma hidrelétrica em qualquer tempo.

Essa é mais uma marca que se soma a outras tantas da maior geradora de energia limpa e renovável do mundo.

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Os 2,6 bilhões de MWh poderiam iluminar o planeta por 42 dias; os Estados Unidos por 7,5 meses; o Brasil por 5 anos e meio; o Paraguai por 167 anos; o Estado de São Paulo por 20 anos; ou a região de Brasília por 420 anos.

Até essa terça-feira, 27, Itaipu produzia no mês 8.081.682 MWh, caminhando para o melhor novembro do histórico, superando o de 2017, melhor então do ranking, em 34 anos de operação. A expectativa é fechar o mês com 9,2 milhões de MWh. Se a previsão for confirmada, será a primeira vez que Itaipu superará num mês de 30 dias a marca de 9 milhões de MWh.

Geração no ano

Desde o início do ano até agora, Itaipu gerou 87.412.067 MWh ante 86.044.481 MWh, em 2017. Nesse mesmo período em 2016, ano do recorde mundial, a usina produzia 93.225.684 MWh. Com esse desempenho, 2018 deve ficar entre os quatro melhores da história.

Se a produção de novembro for confirmada, serão necessários 7.95 milhões MWh em dezembro para o total anual superar 2017. Estatisticamente, a geração nesse patamar em dezembro ocorreu em 10 dos últimos 18. Para ultrpassar o quinto melhor ano do histórico (2008), será necessária uma produção de 6,25 milhões de MWh, número sempre superado nos últimos 24 anos de operação da usina.

100 milhões a cada 14 meses

Em média, Itaipu produz 100 milhões de MWh a cada 12 a 14 meses. Os 2,5 bilhões, por exemplo, foram alcançados no dia 21 de novembro de 2017. Já em 2016, Itaipu bateu o recorde mundial de geração em um ano com 103 milhões de MWh. Hoje, a Itaipu atende em média 15% do consumo do Brasil e 85% do Paraguai.

Para o diretor-geral brasileiro, Marcos Stamm, a marca de 2,6 bilhões de MWh tem uma importância estratégica e simbólica. “A cada ano, Itaipu reforça sua missão gerando energia limpa e renovável a serviço do desenvolvimento do Brasil e do Paraguai, com práticas sustentáveis, geração de renda, desenvolvimento tecnológico e inclusão social em benefício das pessoas”.

Segundo ele, Itaipu é referência para empreendimentos hidrelétricos no mundo inteiro. “Uma usina que orgulha brasileiros e paraguaios”.

Para o diretor técnico executivo, Mauro Corbellini, essa marca mostra que Itaipu está em pleno vigor, atingindo altos índices de eficiência para levar energia com qualidade até a casa das pessoas, movimentar a economia e desenvolver os dois países-sócios do empreendimento. Ele acrescenta que nos últimos sete anos, Itaipu tem conseguido colocar mais 100 milhões de MWh nos sistemas interligados brasileiro e paraguaio a cada 380 dias. Essa média já foi maior que 400 dias no passado. “A dedicação técnica de nossas equipes e a experiência acumulada têm feito a diferença no melhor aproveitamento possível dos recursos hídricos disponíveis”.

Modernização

Os 2,6 bilhões de MWh são atingidos em meio ao início da implantação do projeto de modernização da usina para continuar gerando de forma sustentável nas próximas décadas.

Para essa atualização, uma equipe multidisciplinar, composta por engenheiros brasileiros e paraguaios da própria usina. vem coordenando com as demais áreas da empresa diversos estudos ao longo dos últimos anos. Uma etapa inicial, realizada entre os anos de 2003 e 2008, promoveu a avaliação dos ativos da hidrelétrica, ou seja, em que estado da vida útil se encontram todos os equipamentos.

O foco do projeto está nos sistemas de controle, proteção, supervisão, regulação, excitação e monitoramento das unidades geradoras e subestações, como placas de circuitos, sensores e medidores, entre outros, que estão espalhados por vários quilômetros ao longo da casa de força, barragem, subestações e vertedouro. A previsão é atualizar os sistemas de duas unidades geradoras por ano, fase que deve durar dez anos.
O projeto todo deve ser concluído em 14 anos.


Leia mais em: https://www.ultimoinstante.com.br/ultimas-noticias/economia/setores/energia-itaipu-atinge-26-bilhoes-de-mwh-de-energia-acumulada/268394/

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Setor de energia da UE pode cumprir meta de Paris 5 anos antes

A geração de eletricidade da Europa poderá praticamente se livrar das emissões de gases causadores do efeito estufa até 2045, cinco anos antes da meta estabelecida no acordo climático de Paris, segundo uma associação do setor de energia.
O cumprimento da meta exigirá mais investimentos em energias renováveis e redes, e serão necessários 111 bilhões de euros (US$ 126 bilhões) por ano do setor de energia e de outros para reduzir as emissões, segundo um estudo da Eurelectric, que representa mais de 3.000 empresas. Com a queda do custo da geração ecológica, a meta de Paris pode ser atingida antes e a um custo menor.
"As energias renováveis são um divisor de águas que modifica a equação do custo no sistema energético e tem papel fundamental na transição energética", disse Francesco Starace, presidente da Eurelectric e CEO da Enel. "Essa transformação exige uma ampliação do setor energético."
Para atingir a meta de Paris, será necessário que mais de 80 por cento de toda a geração seja proveniente de fontes renováveis. Ao mesmo tempo, são necessários sistemas para compensar as emissões de carbono das instalações remanescentes de geração convencional, que são mantidas como reserva para os dias de pouco vento ou sem sol.
Os preços da eletricidade para os consumidores ainda deverão aumentar, mas não tanto quanto se esperava. Até 2045, as tarifas médias de energia por atacado na Europa subirão cerca de 59 por cento, para de 70 a 75 euros por megawatt-hora. A faixa de valores contrasta com a perspectiva da Comissão Europeia, de cerca de 105 euros.
Leia mais em: https://economia.uol.com.br/noticias/bloomberg/2018/11/26/setor-de-energia-da-ue-pode-cumprir-meta-de-paris-5-anos-antes.htm

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Geração solar dispara para aproveitar regras da energia elétrica

A possibilidade de mudanças regulatórias para remunerar o uso do fio da rede de distribuição de energia elétrica em 2019 está provocando corrida à geração distribuída, quando o consumidor produz a própria eletricidade e pode fornecer o excedente para a concessionária da sua região. Em junho de 2016, 4,4 mil unidades consumidoras do país recebiam créditos por injetar no sistema mais do que o consumido. Em agosto deste ano, o número saltou 1.168%, para 51,5 mil. Em 23 de novembro, eram 63,5 mil, alta de 23% em três meses. Do total, quase 90% dos créditos são relativos à geração solar de painéis fotovoltaicos.

O tema, alvo de amplo debate durante o Seminário Nacional dos Distribuidores de Energia Elétrica (Sendi 2018), realizado na semana passada, em Fortaleza, preocupa as distribuidoras de energia porque pode, no longo prazo, inviabilizar o modelo de negócios. Enquanto as concessionárias querem que a mudança regulatória ocorra o quanto antes, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) quer exatamente o contrário. No meio da disputa entre os agentes, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promete abrir audiência pública ainda este ano para encontrar uma solução.

O diretor-geral do órgão regulador, André Pepitone, diz que é função da Aneel conciliar os interesses antagônicos e buscar o equilíbrio. “A inovação está transformando completamente a relação do consumidor com o setor elétrico. Nos próximos cinco anos, teremos mais mudanças do que as que ocorreram nos últimos 50”, afirma. O desafio, portanto, é fazer a regulação acompanhar a velocidade das transformações. “São 130 novos sistemas de geração distribuída por dia, mas dentro de um universo de 82 milhões de consumidores conectados às distribuidoras do país, os 60 mil que recebem créditos são uma gota no oceano”, pondera.

"É um tema delicado, em que a agência tem que se aprofundar bastante. É preciso remunerar o fio de maneira adequada, separado da energia"
André Pepitone, diretor-geral da Aneel

Para Pepitone, é natural que as inovações tenham regras diferenciadas para que evoluam. “Em 2015, a Aneel aprimorou a Resolução 482, para estimular a geração distribuída. Em 2019, vamos estudar o modelo de negócios. É um tema delicado, em que a agência tem que se aprofundar bastante. É preciso remunerar o fio de maneira adequada, separado da energia”, explica. “O fato é que não será possível conviver com 82 milhões de consumidores fazendo uso da geração distribuída com o atual modelo tarifário. Isso é impraticável”, afirma.

O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Ildo Grudtner, diz que a pasta estabelece políticas públicas e trabalha em conjunto com a Aneel. “É necessário antecipar os ajustes, decorrentes de novas tecnologias. O modelo é baseado num fluxo unidirecional, de geração, transmissão e distribuição. Hoje, a carga deixou de ser passiva e é ativa. O fluxo é bidirecional”, destaca.

A correção do rumo, enumera Grudtner, passa pela separação da energia do fio de distribuição, pela revisão dos subsídios e pela melhoria de preços e tarifas. “O futuro exigirá tecnologia de medição avançada, com comunicação bidirecional. Como tudo está em transformação, também o negócio das concessionárias vai passar por mudanças acentuadas”, aposta. “Mas precisamos antecipar os ajustes regulatórios antes que os problemas ocorram”, completa.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, ressalta que a rede é essencial e mesmo a geração distribuída depende dela. “O processo é uma simbiose. Somos favoráveis à microgeração distribuída, porque é inexorável, mas precisa ser implementada com sustentabilidade”, pontua. Segundo ele, 18% do que o consumidor paga na tarifa é para remunerar a distribuição. “A solução tem que ser buscada enquanto o problema ainda é pequeno”, argumenta.
Leite alerta que o preço dos painéis fotovoltaicos caiu muito nos últimos anos e o prazo de payback (retorno do investimento) está diminuindo a tal ponto que permitirá ao regulador retirar o subsídio sem inviabilizar o negócio. “Tem que se buscar equilíbrio, porque senão quem não entrar na microgeração vai acabar pagando a conta. É como em uma mesa de bar, se os primeiros saírem sem pagar, ela aumenta para quem fica”, comparou.

RECEITAS AMEAÇADAS Para Ronaldo Koloszuk e Rodrigo Sauaia, presidente do Conselho e CEO da Absolar, respectivamente, a geração distribuída solar fotovoltaica está incomodando grandes grupos econômicos, tradicionais e conservadores no setor elétrico. “Um forte lobby, encampado por entidades que representam as distribuidoras, tem pressionado autoridades para alterar importantes regulamentações que recentemente dinamizaram o mercado. O motivo é financeiro: ao empoderar os consumidores, tornando-os produtores ativos de sua própria energia renovável e mais independentes, a geração distribuída solar fotovoltaica ameaça as receitas e lucros de distribuidoras que não se adaptarem à nova realidade do mercado e às demandas dos consumidores”, alegam.

Segundo eles, a intenção do lobby é mudar as regras, para que consumidores com geração distribuída paguem mais pelas redes de distribuição, sob a alegação de que o impacto tarifário de supostos subsídios cruzados seria de 0,1% para cada 50 mil unidades consumidoras. “Os números, no entanto, não se sustentam. Dados da Aneel indicam que a redução de receita média para as distribuidoras, com o crescimento da geração distribuída para 150 mil unidades consumidoras até 2020, seria inferior a 0,1%. Já o impacto médio nas tarifas dos consumidores seria de menos de 1%, considerando todo o acumulado no período de 2015 a 2020”, explicam.

A Absolar alerta que, em 2017, o reajuste médio anual das tarifas de energia elétrica foi superior a 10%, frente a uma inflação de 2,95%. Com isso, a receita bruta das distribuidoras saltou para nada menos que R$ 243 bilhões em 2017, dados da própria Abradee. Em 2018, o aumento médio tem sido de 15%. “Desse modo, mesmo em um cenário positivo de crescimento da geração distribuída solar fotovoltaica, como o projetado pela Aneel, pelo qual atingiríamos 880 mil sistemas em 2024, a geração distribuída solar fotovoltaica passará a representar menos de 1% das unidades consumidoras, que somariam mais de 95,1 milhões no período. Não se sustenta a suposição de que a geração distribuída teria qualquer impacto relevante nas receitas das distribuidoras”, defendem os executivos da Absolar.

Exemplos internacionais

Nelson Leite, presidente da Abradee, rechaça o argumento de que há um lobby. “Não existe lobby, porque não foram as distribuidoras que começaram o processo de discussão. A Aneel que colocou o prazo. Em 2015, quando revisou a resolução, disse que em 2019 o assunto seria retomado. Estamos contribuindo com o regulador, dentro do cronograma da Aneel”, sustenta. “Estamos com boa intenção na discussão deste negócio. A tarifa binômia resolve a situação, porque separa o uso do fio da energia, e a compensação fica só na energia. Quanto mais tempo demorar, mas difícil vai ficar a solução”, reitera.

No entender de Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a discussão é fundamental para o futuro da micro e minigeração. “No caso do Brasil, ainda não temos regras que conciliem a atratividade financeira para quem quiser gerar sua energia com a imprescindível necessidade de sustentabilidade de negócio para as distribuidoras”, ressalta. “Todos queremos que a micro e minigeração continuem crescendo, mas isso apenas ocorrerá de maneira saudável se enfrentarmos esta importante questão: com menos consumidores pagando uso do fio, com quem ficaria essa conta, já que o sistema de distribuição tem que continuar existindo, sendo ampliado e modernizado?”, questiona.

O presidente da Abradee acentua que o negócio das distribuidoras não morre no curto prazo, porque o cronograma da Aneel prevê discutir as mudanças regulatórias no ano que vem e implantá-las em 2020. “A questão é que tem muita gente entrando para manter o benefício, por isso a pressa de resolver o impasse regulatório. É preciso saber até quando quem entra com as regras atuais terá subsídio. Até pagar o painel, até cumprir contratos, ou é vitalício?”, indaga.

Durante o Sendi 2018, foram apresentados dois modelos internacionais. Alberto Biancardi explica como foi a mudança de regulação na Itália. “O nosso sistema precisou passar por uma troca na medição. Depois de muitos estudos em universidades, decidimos usar a medição inteligente, mas ainda são de primeira geração. Já existe a segunda geração, que conversa com os operadores para fazer a conta do faturamento e validar os dados”, conta.

Nos próximos três anos, a Itália vai instalar os dispositivos mais modernos, que permitirão novo conjunto de parâmetros. “Os dispositivos precisam medir e interagir com distribuidores, além de dar informações aos reguladores. Esse é o caminho que vamos seguir”, revela.

O diretor da empresa Eletricista do Chile, Rodrigo Castillo, explica que o setor elétrico vai experimentar uma transformação tão impactante quanto ocorreu nas telecomunicações. “Hoje, se usa menos de 20% de um smartphone para falar, que foi o motivo da criação do telefone. Isso vai ocorrer na energia, com a bidirecionalidade. Temos que ter redes inteligentes, sistemas elétricos inteligentes e regulação diferente”, explica.

Como, atualmente, os custos fixos são rateados por todos, os mais ricos, que conseguem implantar geração distribuída, estão sendo subsidiados pelos mais pobres, alerta o chileno. “Precisamos de tarifas que reflitam melhor os custos reais”, destaca. Segundo ele, a exigência de modernizar o sistema no Chile acabou impactando em um aumento de 1,5% na tarifa de energia. “Tivemos que mudar a lei. Porém, o esforço tarifário foi pequeno para o desenvolvimento que as mudanças permitirão”, conclui.


Leia mais em: https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2018/11/26/internas_economia,1008063/geracao-solar-dispara-para-aproveitar-regras-da-energia-eletrica.shtml

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Consumo de energia cresceu 3,8% em novembro, afirma CCEE

O consumo de energia elétrica no Brasil teve um aumento de 3,8% em novembro em relação ao mesmo período do ano passado. A informação deriva dos dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 15 do mês pela CCEE e publicados através do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, que traz números prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

Segundo o levantamento, nas duas primeiras semanas de novembro, o consumo no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 62.814 MW médios, montante superior aos 60.536 MW médios consumidos no mesmo mês em 2017.

No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo) houve aumento de 4% no consumo, índice que considera a migração de consumidores para o mercado livre (ACL) na análise. Caso esse movimento dos agentes não fosse levado para a análise, o consumo seria 5,1% maior, impactado pela presença dos feriados e pelas altas temperaturas, especialmente na segunda semana do mês.

Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL o consumo cresceu 3,3% quando a migração é considerada. O incremento no consumo também é registrado sem as novas cargas oriundas do ACR na análise, mas menos expressivo, em 0,7%.

Quanto aos ramos industriais avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, o setor de minerais não-metálicos, alimentício e de madeira, papel e celulose foram os segmentos com maior evolução no consumo, quando a migração não é considerada na análise, com 6,9%, 3,7%, e 2,3%, respectivamente.  Por outro lado, no mesmo cenário sem migração, os segmentos de metalurgia e produtos de metal, têxtil e de transportes apresentaram retração no consumo, com 3,1%, 1,7% e 0,6%.

O Boletim também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em novembro, equivalente a 78,7% de suas garantias físicas, ou 47.480 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 86,4%.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53081897/consumo-de-energia-cresceu-38-em-novembro-afirma-ccee

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Eólicas quebram novo recorde de geração no Nordeste

Depois de mais de dois meses, a geração eólica no Nordeste bateu novo recorde de geração instantânea. No último domingo, 18 de novembro, às 9h11, a produção através dos ventos chegou a 8.920 MW, com um fator de capacidade de 86%. Naquele momento, a geração eólica superou em 4% a carga total do subsistema, tornando o Nordeste exportador de energia, segundo informação divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico nesta quarta-feira, 21.
O recorde anterior aconteceu no dia 13 de setembro, às 8h24, quando foram gerados 8.665 MW, com fator de capacidade também de 86%. Na ocasião, o montante foi suficiente para abastecer 83% da carga da região.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53081660/eolicas-quebram-novo-recorde-de-geracao-no-nordeste

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Brasil já tem uma Itaipu em energia eólica

A energia eólica ultrapassou a marca de 14,34 GW (gigawatts) de capacidade instalada no Brasil, patamar equivalente a uma usina de Itaipu —a segunda maior hidrelétrica do mundo.

Ao todo, são 568 parques eólicos, em 12 estados do país. A energia gerada nos últimos 12 meses é suficiente para abastecer 25 milhões de residências por mês, ou cerca de 75 milhões de brasileiros, segundo dados da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).

A fonte tem vivido um crescimento exponencial no país desde 2009, estimulada por leilões promovidos pelo governo federal para contratar novos empreendimentos.

A expansão deve continuar. Contando os empreendimentos contratados nos últimos leilões promovidos pelo governo, a projeção é que até 2024 a energia eólica atinja ao menos 18,8 GW de capacidade instalada.

“No ano que vem, vamos atingir a segunda posição na matriz elétrica brasileira. Em janeiro, vamos alcançar uma participação maior do que a das usinas a biomassa, que hoje é a segunda maior fonte atrás das hidrelétricas”, afirma Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica.

“A expansão eólica no Brasil é um caso de sucesso. Há dez anos, havia poucos investidores, hoje todas as grandes empresas têm investimentos em usinas eólicas”, afirma Thais Prandini, diretora-executiva da consultoria Thymos.

No entanto, para além da comemoração, a marca também acende um alerta. O motivo é a característica variável das usinas eólicas, cuja geração depende do regime de ventos, que não são constantes.

Em setembro, nos dados mais recentes da ONS (Operadora Nacional do Sistema Elétrico), a geração das usinas eólicas chegou a responder por 13,98% de toda a energia gerada no sistema, um patamar recorde. No entanto, nesse mesmo mês, a fonte chegou a ocupar a parcela mínima de 1,1% na geração nacional.

“Chegou o momento de se discutir mais formas de garantir a segurança energética do país”, diz Gannoum.
O problema não é novo, aponta a consultoria PSR. A necessidade de um suprimento de energia que garanta o abastecimento tem sido um dos assuntos mais debatidos nos últimos anos, segundo o último relatório da empresa especializada em setor elétrico.

A questão se agravou a partir do momento em que o país deixou de construir hidrelétricas sem reservatório —obras com impacto socioambiental bem maior do que as chamadas usinas a fio d’água, que estão mais sujeitas à escassez de água.

O avanço de fontes como a eólica e a solar, cuja geração também sofre variações ao longo do dia ou do ano, é outro fator cada vez mais relevante para o problema.

As soluções possíveis para essa questão são diversas e, hoje, são alvo de discussões acaloradas entre representantes do setor elétrico.

Para Prandini, da Thymos, é importante diversificar a matriz elétrica para minimizar os riscos de cada fonte.

“Uma solução seriam fazer projetos híbridos, com usinas com mais de uma fonte de energia. Ou até mesmo pensar em baterias, que hoje ainda não são viáveis economicamente, mas que são uma tecnologia importante”, diz.

A PSR também aponta soluções possíveis, como alterar a operação das hidrelétricas para manter os reservatórios cheios, utilizar usinas térmicas para atender o consumo em horários de ponta, entre outras.

Hoje, a principal proposta na mesa de discussão é a realização de leilões regionais para contratar usinas térmicas movidas a gás natural. O Ministério de Minas e Energia abriu uma consulta pública, no fim de outubro, para debater a proposta, que é bastante controversa no setor.

Para a PSR, a proposta não resolve o problema por falhas na estruturação do leilão, que estaria gerando um custo adicional ao consumidor de energia sem necessidade.

O avanço da fonte eólica também levanta outro debate: o fim de subsídios dados pelo governo federal ao setor no passado, para ajudar na consolidação da fonte no país, e que hoje não seriam mais necessários.

Gannoum, da Abeeólica, concorda que chegou o momento de se rever esses benefícios, que incluem, por exemplo, isenções nas tarifas de transmissão e distribuição de energia, que acabam encarecendo a conta de luz dos consumidores.

No entanto, ela defende que o fim dos subsídios se aplique a todas as fontes, e não apenas à eólica. Hoje, além do eólico, outros setores de geração ganham benefícios, como as fontes solares e a carvão.

Leia mais em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/11/brasil-ja-tem-uma-itaipu-em-energia-eolica.shtml

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Aneel lança aplicativo para consumidor entender a conta de energia

O consumidor brasileiro finalmente terá meios para entender o emaranhado da conta de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) lançou, nesta terça-feira (13), um aplicativo para celular. A plataforma funcionará como novo canal de acesso para aproximar os consumidores do órgão regulador, com simplificação do atendimento e mais transparência, sobretudo, em relação a questões como a composição da tarifa de energia.

O diretor geral da Aneel, Andre Pepitone, comentou, durante o lançamento do aplicativo, que, em 21 anos de agência, esta é a primeira vez que recebe um ministro de Minas e Energia na reunião pública da diretoria. “Hoje, vamos dar um salto qualitativo grande na busca de explicar ao consumidor a conta de energia. O ministro Moreira Franco sempre falou sobre essa necessidade”, destacou. “O novo canal de acesso, aderente às novas tecnologias, torna o consumidor empoderado. Hoje, são 82 milhões de consumidores no país”, disse.

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, ressaltou que a agência reguladora não deve ser órgão de governo, mas de Estado. “Queremos aperfeiçoar isso. Ela existe com duas finalidades: definir de maneira clara qual a qualidade de serviço que deve ser prestado e exigir que os contratos sejam cumpridos”, elencou. “Nós tentamos melhorar a governança, com a possibilidade de usar arbitragem para evitar judicialização excessiva. No setor elétrico, isso é essencial. Conheci poucos setores que vivam um ambiente de judicialização tão voraz como o elétrico”, disse.

Moreira Franco criticou o atual modelo do setor. “Há uma governança soviética, de transparência questionável, por grupo reduzido. A cada setembro, apresenta um cartão vermelho no bolso das pessoas e aumenta a energia sem que isso passe pelo Congresso, pelo Tesouro”, afirmou, referindo-se à bandeira vermelha que, em geral, é acionada em setembro, ao fim do período seco, quando os reservatórios estão em níveis críticos.

O ministro disse que é necessário romper esse processo. “O que Aneel está fazendo é o início de uma ruptura, começando a colocar luz, exatamente onde as coisas tem que se dar, que é mostrando quanto as pessoas pagam pelo bem que consomem. No sistema elétrico, a conta é indecifrável”, assinalou.

“Ainda não está computado o que se paga de imposto, mas será o passo seguinte. É inconcebível que estados cobrem 35% de ICMS sobre um setor que é essencial. Energia precisa ser barata”, sentenciou. “Há uma quantidade de subsídio excessiva. O aplicativo vai permitir que as pessoas comecem a entender melhor seus direitos, para organizar sua vida financeira, e isso leve para a prática de um preço justo”, completou.

O superintendente de Mediação Administrativa, André Ruelli, afirmou que o aplicativo vai trazer o consumidor para o debate. “Vai além do módulo entenda sua conta, é um canal de comunicação da agência para auxiliar os consumidores na solução do seus conflitos, porque nosso papel é fazer o setor funcionar”, explicou.

Os principais assuntos demandados pelos consumidores (80%) estão na primeira tela do aplicativo. “Há orientações sobre como proceder em caso de falta de energia. Ressarcimento de danos elétricos. A plataforma trabalha de forma integrada com a da Aneel”, disse. Além de um gráfico pizza sobre componentes da tarifa e também um comparativo da evolução dos preços em relação a inflação. “Os próximos passos serão aprimorar o entenda sua conta, agregando os impostos, e integrá-lo com o sistema das distribuidoras”, afirmou o superintendente da Aneel.

Leia mais em: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/brasil/2018/11/13/interna_brasil,768213/aneel-lanca-aplicativo-para-consumidor-entender-a-conta-de-energia.shtml

terça-feira, 13 de novembro de 2018

AIE prevê que demanda global por energia vai crescer mais de 25% até 2040

A demanda global por energia vai crescer mais de 25% até 2040 e exigir investimentos anuais superiores a US$ 2 trilhões, segundo relatório divulgado hoje pela Agência Internacional de Energia (AIE).

"Nossa análise mostra que mais de 70% dos investimentos globais em energia serão conduzidos por governos e, sendo assim, a mensagem é clara - o destino energético do mundo depende de decisões governamentais", comentou no documento o diretor executivo da AIE, Fatih Birol.

Segundo Birol, elaborar políticas corretas e incentivos adequados será fundamental para atender "as metas em comum de garantir a oferta de energia, reduzir emissões de carbono, melhorar a qualidade do ar em centro urbanos e expandir o acesso básico à energia na África e em outras partes".

Leia mais em: https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2018/11/13/internas_economia,1005302/aie-preve-que-demanda-global-por-energia-vai-crescer-mais-de-25-ate-2.shtml

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

ONS: chuvas melhoram e novembro pode terminar com volume na região de 20% no SE

A hidrologia neste fim de ano está com resultados melhores que o previsto. De acordo com o diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Eduardo Barata, as previsões de setembro sinalizavam que os níveis no Sudeste terminariam novembro entre 14% a 15% e eles devem chegar a 19% ou 20%. “Continuou chovendo de forma abundante na região Sul e o fluxo de energia do Sudeste para o Sul a partir de outubro foi do Sul para a região Sudeste. Esse foi o grande diferencial”, explicou.

Ainda segundo ele, as condições climáticas até setembro eram muito ruins no Sudeste, Nordeste e Sul, mas a partir de outubro elas melhoraram. As chuvas foram intensas na cabeceira do rio Grande. O diretor do ONS se mostrou mais otimista pela melhora nas condições climáticas. O período chuvoso também já está caracterizado, o que era outra preocupação do operador. “O começo está bastante promissor”, avisa. Para novembro, as previsões são de chuva boa no rio Paranaíba e no rio Tocantins. Os rios Madeira e Xingu, no Norte, também deverão ter bons níveis.

Sem poder precisar se o período úmido vai ficar acima ou abaixo da média, Barata lembrou que este início é promissor e no ano que vem haverá mais máquinas da UHE Belo Monte (PA – 11.233 MW) no sistema, além de não ter mais a restrição do rio Madeira causada pelo eletrodo de terra da interligação, que será resolvida até o fim do ano. “As condições deverão ser bem melhores do que as que nós tivemos no verão do ano passado”, observa.

A previsão do período para a região Nordeste deverá ser de 25%, sem alterações. Não houve sinal de melhora no subsistema. Já no Sul, a previsão é de 80%.

Leilão de potência – Ressaltando que o Operador é favorável a todos os tipos de fontes, Barata disse que o leilão de térmicas para a região Nordeste deve ser melhor estudado. Ele alertou para o fato que o que motiva o certame é de potência e os critérios e metodologias para quantificação de potência ainda são insuficientes. Segundo ele, hidrelétricas também podem fornecer potência e todas as grandes UHEs no Sudeste podem instalar turbinas e geradores para isso, faltando quantificar.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53080541/ons-chuvas-melhoram-no-sudeste-e-novembro-pode-terminar-com-volume-na-regiao-de-20

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Consumo de energia subiu 1,1% em outubro, afirma CCEE

O consumo de energia elétrica no país durante outubro atingiu 62.915 MW médios no Sistema Interligado Nacional – SIN, crescimento de 1,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam na última atualização do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

De acordo com o levantamento, o Ambiente de Contratação Regulado – ACR, ficou praticamente estável ao apresentar queda de 0,1% no consumo, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL) na análise. Caso esse movimento dos agentes fosse desconsiderado, o consumo registraria aumento de 1%.

No Ambiente de Contratação Livre – ACL, há registro de elevação no consumo em ambos os cenários. No que inclui as cargas oriundas do ACR na análise, o aumento seria de 4%, enquanto a análise sem a migração aponta índice 1,3% superior na comparação com 2017.

Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, o setor de extração de minerais metálicos, alimentício e de minerais não-metálicos foram os segmentos com maior aumento no consumo, quando a migração é desconsiderada, com respectivos 6,6%, 4,1% e 3,9%. Em contrapartida, os ramos de comércio metalurgia e têxtil apresentaram os maiores índices de retração no consumo dentro do mesmo cenário sem migração, registrando 2,4%, 2% e 1,9%, respectivamente

Quanto a estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em outubro, o InfoMercado Semanal Dinâmico apontou o equivalente a 67,46% de suas garantias físicas, ou 43.125 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 78,5%.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53080376/consumo-de-energia-subiu-11-em-outubro-afirma-ccee

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Leilões A-1 e A-2 terão preços iniciais de R$ 170 e de R$ 162/MWh

O Ministério de Minas e Energia estabeleceu preço inicial para  de R$ 170/MWh para a energia contratada no leilão A-1 e de R$ 162/MWh para os contratos do leilão A-2 de 2018. O edital com as regras e os preços dos certames foi aprovado pela Agência Nacional de  Energia nesta terça-feira, 6 de outubro. Os leilões estão marcados para o dia 7 de dezembro.

Os A-1 e o A-2 são destinados à contratação de energia de empreendimentos existentes na modalidade disponibilidade para usinas termelétricas a biomassa e agás natural; e por quantidade para empreendimentos de fonte hídrica e usinas eólicas. Pelas regras dos certames, os custos decorrentes do risco hidrológico serão integralmente assumidos pelos vendedores.

O período de suprimento do A-1 será de janeiro de 2019 a dezembro de 2020, e o do A-2 de janeiro de 2020 a dezembro de 2021. Poderão participar empreendimentos que estiverem em operação até a data de publicação do edital.

Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53080186/leiloes-a-1-e-a-2-terao-precos-iniciais-de-r-170-e-de-r-162mwh

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Após "safra dos ventos", energia eólica já responde por 14% da geração elétrica no país

Com 568 parques eólicos instalados de Norte a Sul, o Brasil acaba de bater a marca de 14,34 GW de capacidade instalada de energia gerada a partir dos ventos. É o mesmo tamanho de Itaipu, a maior usina hidrelétrica do Brasil. Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará são os estados com a maior quantidade de usinas em funcionamento.

Em 2011, a capacidade instalada da energia eólica no país era de 1 GW. Hoje, diz a ABEEólica, a associação do setor, energia gerada pelo vento equivale ao consumo residencial médio de cerca de  80 milhões de pessoas. Com isso, a energia eólica já está atendendo a quase 14% do Sistema Interligado Nacional, de acordo com o Boletim Mensal de Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), referente ao mês de setembro.

- O setor eólico teve investimento no Brasil  de US$ 3,57 bilhões (R$ 11,4 bilhões) no passado, representando 58% dos investimentos realizados em renováveis no país (eólica, solar, biomassa, biocombustíveis e resíduos, PCH e outros). Considerando o período de 2010 a 2017, o investimento já passa dos US$ 30 bilhões. Estes são alguns dos dados que mostram a importância do setor eólico - explica Elbia Gannoum, Presidente Executiva da ABEEólica.

No  Nordeste, a energia eólica já responde por mais de 70% da geração de energia. Segundo o ONS, no último dia 13 de setembro, 74,12% da demanda foi atendida pela energia a partir dos ventos.

Leia mais em: https://oglobo.globo.com/economia/apos-safra-dos-ventos-energia-eolica-ja-responde-por-14-da-geracao-eletrica-no-pais-23211940

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Desembolsos do BNDES para energia chegam a R$ 7,2 bilhões até setembro

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social desembolsou R$ 7,2 bilhões para projetos de energia elétrica de janeiro a setembro deste ano. O resultado mostra um recuo de 22% na comparação com o ano passado. No período, o banco somou R$ 43,5 bilhões em desembolsos para as áreas de Agropecuária, Indústria, Infraestrutura e Comércio e Serviços. Nos últimos 12 meses, o desembolso para energia ficou em R$ 11,7 bilhões, número 6% menor que a marca anterior. Energia foi o setor que liderou nos desembolsos na área de infraestrutura, sendo seguida por transporte rodoviário, com R$ 5 bilhões.

Já as aprovações foram 31% menores até setembro, chegando a R$ 8,45 bilhões. O valor de aprovações é 16,9% do total consentido pelo banco. Em 12 meses, o recuo registrado foi de 36%, com R$ 11,2 bilhões aprovados para projetos do setor, que são 15,1% do total destinado pelo BNDES.

Na parte de consultas, foram R$ 15,8 bilhões de janeiro a setembro, com recuo de 7% em relação ao ano anterior. Em 12 meses, foram R$ 17,3 bilhões em consultas. O que mostra uma redução de 15% no valor das consultas do período de 2017. Assim como nos desembolsos, energia também liderou nas consultas e também foi seguida transporte rodoviário.

Foram R$ 15,6 bilhões em enquadramentos para a área de energia. Houve queda de 6% nos números. De janeiro a setembro, os enquadramentos chegaram a R$ 17,2 bilhões, também caindo 6%. A parte de energia foi responsável por 21% do total dos enquadramentos.


Leia mais em: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53079897/desembolsos-do-bndes-para-energia-chegam-a-r-72-bilhoes-ate-setembro

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

BNDES capta US$ 156 milhões com banco dos Brics para eólicas e solares

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social captou US$ 156 milhões junto ao New Development Bank – o banco dos Brics – para apoiar investimentos em geração de energia renovável no Brasil. A captação conclui o repasse de US$ 300 milhões previsto no acordo firmado entre as duas instituições em abril de 2017 com essa finalidade. As outras duas parcelas foram liberadas em abril e junho deste ano, nos valores de, respectivamente, US$ 67,3 milhões e US$ 75,8 milhões.  Esta última tranche, maior liberação já realizada pelo banco dos Brics, destina-se a dois projetos apoiados também com recursos do BNDES: o complexo eólico de Campo Largo I e o complexo solar de Pirapora I.

Para Campo Largo I, o BNDES e o NBD liberaram US$ 95 milhões cada, somando US$ 190 milhões. Com relação ao complexo solar de Pirapora I, o BNDES liberou US$ 102 milhões enquanto o NDB apoiou com US$ 61 milhões, totalizando US$ 163 milhões. Os 11 parques eólicos do complexo de Campo Largo I abrangidos por este financiamento localizam-se nos municípios de Sento Sé e Umburanas (BA). Já os investimentos do complexo solar de Pirapora que serão beneficiados pelo apoio do BNDES e do NDB estão localizados em Minas Gerais. O projeto do complexo eólico de Campo Largo I compreende a implementação de 11 parques eólicos, com capacidade total instalada de 326,7 MW e da respectiva linha de transmissão. As estimativas preveem a redução da emissão de 102.300 toneladas de CO2 por ano e a criação 2.400 empregos diretos e indiretos.

Já o desembolso de US$ 61 milhões feito pelo NDB para o Complexo de Pirapora I é destinado à instalação de quatro plantas solares, no município de mesmo nome em Minas Gerais. Os recursos também se destinam ao financiamento da respectiva linha de transmissão.  As quatro plantas são compostas por 475.800 painéis solares, com o total de 120 MW. A estimativa é que as plantas reduzam a emissão de CO2 em 21.172 toneladas por ano e criem 1.105 empregos diretos e indiretos. O Complexo é controlado pela Pirapora Holding S.A, cujos acionistas são EDF Renewables, com 80% do capital e a Canadian Solar, com 20% do capital. No Brasil, a EDF Renewables possui os complexos eólicos Ventos da Bahia Fase 1 e Fase 2, o Complexo Solar de Pirapora entre outros projetos considerados de baixa emissão de carbono. A outra sócia, Canadian Solar Inc é uma das três maiores companhias de energia solar do mundo, com experiência em desenvolvimento, projeto e construção. Em 2016, a empresa inaugurou a primeira fábrica de módulos fotovoltaicos do Brasil, em Sorocaba (SP), voltada para o fornecimento dos painéis do Complexo Solar de Pirapora.

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