quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

OCDE prevê pressão maior sobre fabricantes

As pressões por reestruturação mais profunda na indústria siderúrgica global devem aumentar "significativamente" no curto e médio prazo, avalia o Comitê de Aço da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Economico (OCDE), em Paris.

Em sua analise periódica da conjuntura, o comitê, formado por países produtores e consumidores, concluiu que é preciso que os países tomem ações imediatas para enfrentar o problema persistente de excesso de capacidade.

A situação se agravou com a desaceleração da economia global nos últimos meses. A queda na atividade tem sido particularmente forte nos emergentes, pesando na produção industrial e no comércio global. Nas economias desenvolvidas, investimento e produtividade crescem modestamente.

O consumo de aço tem sido negativo nas principais economias neste ano. O uso aparente de aço acabado é agora projetado para declinar 1,7% em 2015 e só se recuperar 0,7% no ano que vem.

A baixa nas projeções da OCDE reflete a contração maior que esperada na China, na América do Sul e em economias do antigo bloco soviético. Mas alguns países da Africa, a India e tambem no Oriente Médio estão crescendo.

Após crescimento de 1,2% em 2014, a produção mundial de aço caiu 2,5% nos dez primeiros meses deste ano. Isso ocorreu em quase todas as regiões do mundo. Em alguns países, produtores locais ajustam a produção diante da maior concorrência das importações mais baratas.

Conforme a OCDE, o efeito combinado de maior oferta, demanda menor, mais importações em várias economias e baixa no custo de siderúrgicas tem levado a forte declínio nos preços este ano.

Apesar da fragilidade do mercado, a capacidade do setor é projetado para continuar crescendo em 2015-2017. Nos países desenvolvidos deve ser manter inalterado. Mas na Ásia, apesar de alguns projetos terem sido suspensos, a capacidade se expande. Na região, ainda há importação líquida de aço.

"A demanda fraca associada com mais aumento na capacidade nos próximos anos, num ambiente já de baixo preço do aço, lucratividade insustentável e aumento da dívida, sugere que as pressões por ajuste podem crescer significativamente no curto e médio prazo", diz a OCDE.

Para a entidade, subsídios governamentais estão contribuindo para o excesso de capacidade. Medidas protecionistas crescem paralelo a desequilíbrios estruturais. Para a OCDE, a experiência passada pode servir para o novo cenário no setor.

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