A provável decisão do banco central americano (Fed) de elevar hoje os
juros nos empréstimos de curto prazo vai encerrar uma era de taxas
baixíssimas. Foi um período de extraordinária experimentação de
políticas monetárias que geraram resultados conflitantes.
Apesar dos seus esforços agressivos para impulsionar a economia desde
a crise de 2008, o Fed não entregou nem a expansão vigorosa desejada
nem o desastre previsto pelos críticos. No processo, o banco central
emergiu menos como uma força suprema e mais como tantas outras
instituições que, nos últimos anos, têm penado para acompanhar eventos
além de seu controle.
O Fed manteve sua taxa básica próxima a zero por sete anos. Ao
incentivar os investimentos e gastos, os juros baixos ajudaram a
sustentar uma expansão econômica que já dura 78 meses. Mas o crescimento
da produção e da renda ainda decepciona. Em um setor sensível aos
juros, o de automóveis, as vendas estão crescendo. Em outro, dos imóveis
residenciais, a recuperação é lenta.
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