sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Chuvas em hidrelétricas devem ficar próximas da média em 2016/17, diz Climatempo



O período de chuvas do Brasil, de novembro a abril, não deverá registrar volumes abundantes, mas as afluências na região das hidrelétricas, importantes para garantir a oferta de energia, deverão ser melhores que nas últimas duas temporadas, afirmou à Reuters nesta terça-feira um especialista da empresa de meteorologia Climatempo. As expectativas da Climatempo são mais otimistas que as da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que na semana passada avaliou que as precipitações em 2016/17 deverão ficar abaixo da média histórica. Na visão da empresa, as chuvas deverão ficar abaixo da média nos últimos meses neste ano, mas com uma boa melhoria em 2017, à exceção da região Nordeste, que deverá continuar com a forte seca atualmente registrada.

"Vai ser uma situação tranquila se pensarmos no Sistema Interligado Nacional (SIN) como um todo... não vai ser um período úmido que vai criar grandes reservas, mas também não é tão ruim como foi em 2013/14, em 2014/15. Continua essa ascensão que começou ano passado, este ano ainda um pouco melhor", disse à Reuters o meteorologista Alexandre Nascimento. No Sudeste, onde estão os maiores reservatórios, as chuvas devem ficar entre 90 e 85 por cento da média histórica até o final deste ano, mas com uma melhoria em 2017. "Em janeiro a chuva deve ser próxima ao normal, e chover normal em janeiro é bastante chuva... estamos falando da ideia de um veranico (breve seca) em fevereiro, mas depois retoma em março, até compensando a não chuva de fevereiro", afirmou.

No Norte, as afluências devem voltar ao nível tradicional, que chega a encher a represa da hidrelétrica de Tucuruí, enquanto as chuvas no Sul deverão ser normais após um novembro irregular. A Climatempo trabalha com perspectiva de um fenômeno climático La Niña fraco e rápido, que teria como efeito um atraso nas chuvas, compensado posteriormente por um período de boas precipitações mais longo. Chuvas entre o final deste ano e início do próximo, de maneira geral, beneficiam as lavouras de grãos do centro-sul do Brasil, que estão em fase de plantio e desenvolvimento. No caso do café, também tendem a favorecer a próxima safra, a ser colhida em 2017.



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