A produção da indústria nacional ficou estável em maio, na comparação
com o mês anterior, feitos os ajustes sazonais, informa a pesquisa
mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em
abril, a produção aumentou 0,2% sobre março, dado revisado de uma alta
inicialmente prevista em 0,1%.
O resultado de maio veio ligeiramente abaixo da média estimada por 23 analistas consultados pelo Valor Data, de alta de 0,1%. O intervalo das estimativas variou de queda de 0,5% a alta de 1,1%.
Ainda assim, com o desempenho de maio, a atividade completou três
meses sem leituras negativas. De acordo com o IBGE, esta é a melhor
sequência do setor desde o período entre abril a agosto de 2012, quando
foram cinco meses de taxas positivas seguidas.
Na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel
trimestral para o total da indústria apontou expansão de 0,6% no
trimestre encerrado em maio de 2016, interrompendo a trajetória de queda
iniciada em outubro de 2014.
Além disso, após queda de 11,5% no primeiro trimestre, a indústria
caminha para um recuo menor no segundo trimestre. O bimestre abril e
maio acumula perda de 7,3%, na comparação com igual período do ano
passado. No quarto trimestre do ano passado a retração foi de 11,7%,
ante igual período do ano anterior.
Ante maio do ano passado, porém, a queda chegou a 7,8%. O recuo foi
maior que o registrado em abril, quando a indústria perdeu 6,9%, porém,
menor que todas as taxas mensais do primeiro trimestre. Na comparação
anual, são 27 taxas negativas seguidas. Em maio do ano passado, nesse
mesmo tipo de confronto, a queda foi de 8,5%.
No ano, a produção industrial cai 9,8% e, em 12 meses, recua 9,5%.
Nos 12 meses encerrados em abril, a queda foi de 9,6%. É a perda mais
intensa desde outubro de 2009 (-10,3).
"Há um cenário melhor do que observado ao longo de 2015, mas ainda
assim não nos dá uma reversão do cenário negativo da indústria, até
porque as perdas passadas são muito importantes", afirmou o gerente da
coordenação de indústria do IBGE, André Macedo.
Categorias econômicas
Em maio ante abril, houve aumento de produção em 12 dos 24 segmentos
pesquisados pelo IBGE. As maiores altas ocorreram em outros equipamentos
de transporte (9,5%), veículos (4,8%), equipamentos de informática,
produtos eletrônicos (4,3%), perfumaria (3,6%) e metalurgia (3,4%). Já
as principais quedas ficaram com fumo (-12,7%), coque, derivados do
petróleo e biocombustíveis (-8,2%), produtos alimentícios (-7%) e
máquinas e aparelhos e materiais elétricos (-3,7%).
Na mesma comparação, a produção de bens de capital aumentou 1,5%,
feitos os ajustes sazonais. Já a produção de bens intermediários caiu
0,7%, enquanto a de bens duráveis teve alta de 5,6%. A fabricação de
bens semi e não duráveis recuou 1,4%.
Ante maio do ano passado, a produção de bens de capital diminuiu
11,4%. Já a produção de bens intermediários caiu 8,1%, enquanto a de
bens duráveis teve queda de 17,4%. A fabricação de bens semi e não
duráveis recuou 2,1%.
Em 12 meses, a produção de bens de capital recua 26,9%. Já a produção
de bens intermediários caiu 7,6%, enquanto a de bens duráveis teve
queda de 22,4%. A fabricação de bens semi e não duráveis recuou 4,9%.
Leia mais em: http://www.valor.com.br/brasil/4621271/producao-industrial-fica-estavel-em-maio-ante-abril
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