O senador americano Bernie Sanders (Vermont) reconheceu, nessa
terça-feira, a vitória da ex-secretária de Estado Hillary Clinton nas
prévias do Partido Democrata para a Presidência da República e declarou
que vai apoiar a candidatura dela. “Estou apoiando Hillary Clinton”, disse Sanders ao lado de Hillary. “Ela é a melhor candidata que nós temos”, completou.
As prévias terminaram em junho, mas Sanders estava relutando em
manifestar o seu apoio, pois queria emplacar algumas de suas propostas
de campanha na plataforma do partido para as eleições. O senador passou
os últimos dias em intensas negociações com integrantes do Partido
Democrata e do staff de Hillary.
Com a aceitação de algumas propostas de Sanders, ele concordou,
finalmente, em apoiá-la formalmente. Entre elas está o aumento do
salário mínimo federal no país, a expansão dos programas de assistência à
saúde, os projetos para criação de empregos e para a realização de
obras de infraestrutura. Sanders e Hillary também concordaram com
propostas para a defesa dos direitos dos trabalhadores, de homossexuais,
de negros, de igualdade de direitos no trabalho a mulheres e com
políticas para a redução do porte de armas no país.
“Nós reconhecemos que há muito por fazer no país. Há muita pobreza
nesse país”, declarou Sanders num discurso ao lado de Hillary. O
senador também apontou para os riscos do empresário Donald Trump, que
venceu as prévias do Partido Republicano. “Se Donald Trump for eleito,
não teremos o aumento do salário mínimo, que está nos US$ 7,25 de fome”,
disse.
Para Trump, que venceu as prévias do Partido Republicano à Presidência da República, Sanders se vendeu para Hillary. “Estou
surpreso que Bernie Sanders não tenha sido verdadeiro com ele mesmo e
com os seus apoiadores. Eles não estão contentes que ele tenha se
vendido”, afirmou Trump por meio de sua conta no twitter.
O empresário reclamou publicamente do apoio de Sanders a Hillary,
pois, nos últimos dias, vinha dizendo que o senador estava certo ao
criticá-la. Trump também via pontos em comum entre a sua campanha e a de
Sanders, como a crítica aos tratados de livre comércio. Ambos acreditam
que esses acordos estão tirando empregos da classe trabalhadora
americana. Mas as plataformas de campanha de Trump e de Sanders são
bastante diferentes, com o primeiro pendendo para a extrema direita e o
segundo, para a esquerda.
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