quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Governo estuda descontratar energia de reserva para reduzir sobras, diz EPE

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Luiz Barroso, explicou que o governo não tinha como justificar a contratação de nova capacidade de geração uma vez que há um "excesso de oferta brutal" no sistema causado pela desaceleração da economia do país e do consumo de energia.

Nesta quarta-feira, 14 de dezembro, o Ministério de Minas e Energia anunciou o cancelamento do leilão de reserva previsto para ser realizado em 19 de dezembro, com prazo de suprimento para julho de 2019. A medida foi justificada pelo excesso de oferta de energia do sistema.

Segundo Barroso, neste momento há um grupo de trabalho no ministério estudando a melhor forma para realizar a descontratação de parte dessa energia, considerando que alguns projetos sinalizam que não vão sair do papel. "O governo quer buscar um mecanismo de mercado, possivelmente leilão de descontratação, que permita descontratar essa oferta que não vai entrar", explicou o executivo em entrevista em Brasília.

"Esse mecanismo só pode ser implementado caso seja demonstrado que o sistema tem excesso de oferta e lamentavelmente o sistema tem um excesso de oferta brutal. E esse excesso só tem a perspectiva de ser amplificado à medida que o cenário econômico tem uma piora nos seus números", completou. 
Para Barroso, seria injustificável pedir para o consumidor pagar por uma energia que ele não necessita. "Quando a gente junta esses dois ingredientes [desaceleração da economia e excesso de oferta], é difícil justificar tecnicamente pela ótica energética a compra de oferta quando não há demanda."
 
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