Estudo publicado pela Carbon Tracker Initiative, de Londres, mostra
que os custos de geração de energia renováveis já são, na média mundial,
inferiores aos dos combustíveis fósseis e as usinas de energia limpa se
tornarão ainda mais competitivas em 2020. O relatório "Fim da ocupação
do carvão e do gás?" compara os custos de geração de energia a carvão de
quatro usinas recém construídas: carvão, gás, eólica e de energia
solar. Ele aplica uma análise de sensibilidade a um custo nivelado de
eletricidade em três cenários: um cenário de referência de 2016, um
cenário atualizado de 2016 e um cenário para 2020 com base no caminho
para mantermos a temperatura abaixo dos 2˚C caminho, onde as decisões de
investimento tenham em conta as tendências de descarbonização.
A comparação mostra que taxas de ocupação reduzidas e vidas úteis
mais curtas para as usinas de carvão e gás em um mundo que é
descarbonizado de forma constante, prejudica a economia das usinas.
Atualmente, poucas modelagens levam em conta esse tipo de dinâmica para o
cálculo futuro. Enquanto isso, a combinação do menor custo do capital
com as tecnologias mais baratas para a energia solar e eólica melhora a
posição competitiva relativa das energias renováveis.
De acordo com o chefe de pesquisa da Carbon Tracker, James Leaton, os
decisores políticos e investidores precisam questionar suposições
datadas sobre custos de tecnologia que não foram atualizadas para o
processo de descarbonização deflagrado pelo Acordo de Paris. Segundo
ele, planejar novas usinas de carvão e gás usando as taxas de ocupação e
vida útil do cenário business-as-usual é a receita para ativos ociosos no futuro.
O estudo constata também que o rumo da economia forjado pela
aplicação das Contribuições Determinados a nível Nacional pós-2020 vai
levar as energias renováveis, em média, a um custo ainda mais
competitivo, mesmo se os preços dos combustíveis fósseis caírem e os
preços do carbono permanecerem modestos em torno de US$10 / tCO2 ou
abaixo disso.
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