Os investimentos em energia de uma forma geral apresentaram uma queda
de 8% em 2015, quando alcançaram US$ 1,8 trilhão, antes US$ 2 trilhões
de 2014, de acordo com relatório da Agência Internacional de Energia. A
queda se deu no segmento de óleo e gás, enquanto os investimentos em
energia limpa, redes inteligentes e eficiência energética continuam a
todo o vapor. Isso mostra que o sistema de energia está passando por uma
reorientação dos investimentos, que estão indo em direção a energia de
baixo carbono e eficiência. Mesmo assim, os investimentos em tecnologias
limpas precisam aumentar para colocar a economia mundial em sintonia
com o clima.
"Vemos uma grande mudança com os gastos indo em direção às energias
limpas, muitas vezes como resultado de políticas governamentais", disse o
diretor executivo da AIE, Fatih Birol. "Nosso relatório mostra
claramente que as medidas governamentais podem funcionar e são a chave
para uma transição energética de sucesso", continuou. Com gastos da
ordem de US$ 315 bilhões, a China foi novamente a maior investidora em
energia no ano passado, com investimentos robustos na construção de
geração de baixo carbono e em redes de eletricidade, assim como na
implementação de políticas de eficiência energética. Já o investimento
dos Estados Unidos caiu para US$ 280 bilhões em 2015 devido aos preços
baixos do petróleo, entre outros.
Somente em energias renováveis os investimentos totalizaram US$ 313
bilhões no ano passado, correspondendo a cerca de um quinto do total de
gastos com energia. As inovações tecnológicas também impulsionaram os
investimentos em redes inteligentes e armazenamento de energia, que
devem desempenhar um papel crucial, segundo a AIE, na integração das
energias eólica e solar. No caso do gás, o investimento global teve uma
redução de quase 40%, enquanto em eficiência energética, subiu 6%.
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