A produção de eletricidade a partir da fonte eólica alcançou 21.626
GWh em 2015, equivalente a um aumento de 77,1% em relação ao ano
anterior, quando atingiu 12.210 GWh, superando a geração nuclear. No ano
passado, a potência instalada para geração eólica expandiu 56% e a
solar, 40%. Os dados constam do Balanço Energético Nacional 2016, com
base em dados de 2015, divulgado nesta segunda-feira, 29 de agosto, pela
Empresa de Pesquisa Energética. Segundo o documento, a capacidade total
instalada de geração no Brasil alcançou 140.858 MW no período, o que
revela um aumento de 6.945 MW em relação a 2014.
Na expansão da capacidade instalada, as centrais hidrelétricas
contribuíram com 35,4%, enquanto as centrais térmicas responderam por
25%. As usinas eólicas e solares foram responsáveis pelos 39,6%
restantes, mostrando que o Brasil está cada dia com uma matriz mais
limpa. De acordo com o BEN, a oferta interna de energia a partir das
fontes não renováveis representou 58,8% em 2015, abaixo dos 60,6%
registrados em 2014. Por outro lado, a oferta interna de energia
renovável subiu de 39,4% para 41,2% no mesmo período.
A oferta interna de energia elétrica apresentou um recuo de 1,3% em
relação a 2014. Pelo quarto ano consecutivo, devido às condições
hidrológicas desfavoráveis, houve redução da energia hidráulica
disponibilizada. Em 2015, segundo o BEN, o decréscimo foi de 3,2%
comparado ao ano anterior. Apesar da menor oferta hídrica, ocorreu um
avanço da participação de renováveis na matriz elétrica de 74,6% para
75,5%, explicado pela queda da geração térmica a base de derivados de
petróleo e ao incremento da geração a base de biomassa e eólica.
O consumo final energético e não energético recuou 1,9% em relação ao
ano anterior, destaque para a queda significativa de 3,1% e 2,6% nos
consumos dos setores industrial e de transporte, respectivamente. Pelo
relatório, o consumo final de eletricidade no país em 2015 registrou
queda de 1,8%. Os setores que mais contribuíram para a redução foram o
residencial, com decréscimo de 0,7%, e o industrial, com retração de 5%.
O BEN incorpora a partir do ano base 2015 as estatísticas referentes à
micro e minigeração distribuída. O crescimento desse tipo de geração
ganhou impulso a partir das recentes ações regulatórias, com destaque
para a compensação da energia excedente produzida por sistemas de menor
porte. Em 2015, a potência instalada desta modalidade de geração
totalizou 16,5 MW, liderada pela fonte solar fotovoltaica, que atingiu
13,3 MW. Nas edições anteriores, a energia solar estava incorporada em
Outras Renováveis.
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