A Eletrobras - Centrais Elétricas Brasileiras – saiu de um prejuízo
líquido de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre de 2015 para um lucro
líquido de R$ 12,7 bilhões no segundo trimestre de 2016, segundo
demonstração de resultados divulgada pela companhia na noite desta
segunda-feira. O resultado é o atribuído aos sócios da controladora,
base para a distribuição de dividendos.
Segundo os dados divulgados no site da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), a receita líquida da empresa no segundo trimestre de
2016 foi de R$ 33,0 bilhões, quatro vezes maior que o resultado do
segundo trimestre de 2015, de R$ 8,2 bilhões.
O custo de vendas da companhia recuou 32,6% no segundo trimestre de
2016, para R$ 3,3 bilhões, ante os R$ 4,9 bilhões de um ano antes.
A companhia registrou lucro bruto de R$ 29,6 bilhões no segundo
trimestre de 2016, mais de nove vezes acima dos R$ 3,2 bilhões no
segundo trimestre de 2015.
A empresa teve despesa operacional no segundo trimestre de 2016 de R$
6,7 bilhões, em alta de 63,4% ante despesa operacional de um ano antes,
de R$ 4,1 bilhões.
A Eletrobras saiu de prejuízo operacional de R$ 927,0 milhões no
segundo trimestre de 2015 para lucro operacional de R$ 22,9 bilhões no
segundo trimestre de 2016.
A companhia teve despesa financeira líquida de R$ 1,2 bilhão no
segundo trimestre de 2016, quase cinco vezes maior do que a despesa
financeira líquida de R$ 263,6 milhões de um ano antes.
Possível revisão
Logo após a apresentação do balanço, a Eletrobras divulgou fato
relevante em que informou que os números poderão passar por revisão.
Segundo o documento, o lucro líquido de R$ 12,7 bilhões no segundo
trimestre deste ano foi impactado positivamente pelo “reconhecimento
contábil das receitas financeiras relativas aos ativos de transmissão de
energia elétrica existentes em 31 de maio de 2000, denominados
instalações da Rede Básica Sistema Existente – RBSE, com impacto na
receita de transmissão, na conta Atualização das Taxas de Retorno de
Transmissão, de R$ 25,8 bilhões e pela provisão de IRPJ/CSLL referente à
receita supracitada, no montante de R$ 8,7 bilhões”, segundo o fato
relevante.
A empresa informou que optou por contabilizar esses valores “com base
nas melhores estimativas” a partir “dos debates realizados e
considerando a sua interpretação no que se refere à portaria MME
120/2016”.
Mas, de acordo com a Eletrobras, o “entendimento da Companhia acerca
do assunto poderá ser revisado em decorrência de eventual regulamentação
ou ato, em sentido diferente, que porventura venha a ser praticado pela
Aneel, inclusive no âmbito do processo tarifário de 2017 - quando serão
iniciados o pagamento dos referidos créditos – ou pela Receita Federal
do Brasil.”
Leia mais em: http://www.valor.com.br/empresas/4673707/eletrobras-sai-de-prejuizo-para-lucro-de-r-127-bi-no-2-trimestre
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