As projeções fazem parte do estudo "Tendências para o Setor de Energia no Longo Prazo", do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), desenvolvido pela consultoria Catavento e divulgado ontem, às vésperas da 21ª Conferência do Clima (COP-21), que começa na segunda-feira, em Paris.
"Se as políticas governamentais oriundas da COP-21, e do que vier depois, forem levadas a cabo, anteciparemos em cinco anos, pelo menos, a penetração de renováveis na matriz energética global e, ao mesmo tempo, reduziremos o ritmo do aumento da demanda por energia", afirma Clarissa Lins, economista e sócia da Catavento.
De acordo com o estudo, caso o teto de aumento do aquecimento global em dois graus Celsius seja alcançado, metade das emissões de gases do efeito estufa evitadas serão provenientes da redução do consumo de energia. Dessa forma, o consumo global de energia em 2025 será de 15 bilhões de toneladas de óleo equivalente (Btoe), contra 15,9 bilhões, no cenário de referência.
O documento, elaborado a partir da pesquisa com 23 especialistas do setores de energia e meio ambiente e do levantamento de dados de 35 instituições mundiais, ressalta o esforço que a indústria mundial de petróleo e gás terá de fazer para se adaptar ao novo contexto global. O fato é que a recente redução do preço do petróleo não inviabilizará investimentos em fontes de energia mais limpas, ainda que mais caras. O motivo é que existe uma pressão da sociedade por energia mais limpa e eficiente.
Cristina destaca que, apesar de a participação do petróleo permanecer relevante na matriz mundial, na margem, a fonte indica uma fatia menor em relação às outras alternativas energéticas. Na área de energia elétrica, por exemplo, a participação de combustíveis fósseis em capacidade adicional de geração cairá de 49,6%, em 2013, para apenas 18,7%, em 2030, de acordo com projeções indicadas no estudo setorial.
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