A mediana das projeções para o PIB em 2016 teve queda acentuada, de retração de 1,51% para recuo de 1,90%. Para 2015, a queda saiu de 3,05% para 3,10%.
Na semana passada, a recessão deu sinais de piora. O IBGE informou que a produção industrial caiu 1,3% em setembro, fechando o terceiro trimestre com queda mais acentuada (-9,5%) que o segundo (-6,5%) na comparação com o mesmo período do ano passado. A estimativa do mercado para a produção industrial em 2015 também piorou, indo de retração de 7% para 7,40% de uma semana à outra. Para 2016, a projeção seguiu em diminuição de 2%.
Inflação
Segundo o Focus, os analistas elevaram as estimativas para o IPCA em 2015, de 9,91% para 9,99% e,em 2016, de 6,29% para 6,47%. Ou seja, já esperam inflação no teto da meta (6,5%) no próximo ano.
Entre os analistas Top 5 - os que mais acertam as previsões -, a expectativa do IPCA deste ano subiu de 10,03% para 10,16%, mas a de 2016 caiu de 7,33% para 6,98%.
Os analistas também elevaram a estimativa para o IPCA em 2018 de 4,91% para 5% e continuam a ver a convergência da inflação para a meta de 4,5% apenas em 2019. Para 2017, a mediana das estimativas de inflação permaneceu em 5%.
Juros
Diante da inflação cada vez mais alta e de um discurso mais duro do Banco Central, a expectativa dos analistas do mercado financeiro é de que o juro básico da economia não vai recuar tanto em 2016 quanto o esperado há algumas semanas.
De acordo com o boletim, a mediana das estimativas para a taxa Selic no fim do ano que vem subiu novamente, desta vez de 13% para 13,25%. Há um mês, a expectativa era de que o juro terminasse o ano em torno de 12,50%. A média das estimativas para a Selic, que subiu de 13,95% para 14,06%, mostra como aumentou a expectativa do mercado em geral para o juro no próximo ano. Os analistas Top 5 também elevaram sua aposta, de 12,75% para 13% (mediana de médio prazo).
Para 2015, ambos os grupos - geral e Top 5 - mantiveram a avaliação de que a autoridade monetária vai manter a Selic em 14,25% na última reunião do ano, a ser realizada no fim deste mês.
Na semana passada, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Altamir Lopes, deixou claro que o BC fará o necessário para levar a inflação à meta de 4,5% em 2017, não importa o cenário econômico. Na ata da última reunião do Copom, o colegiado não havia citado data para a convergência da inflação. O BC disse que não vê o IPCA estourando teto da meta, de 6,5% em 2016, embora muitas estimativas do mercado já estejam acima disso.
O BC decidiu reforçar o recado sobre o juro diante dos chamados “eventos não econômicos”. Entre eles, as medidas de ajuste, que seguem emperradas no Congresso, e a falta de clareza quanto à meta fiscal de 2015 e 2016.
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