quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Primeiro sistema de armazenamento de energia do Brasil entra em operação

A Usina Hidrelétrica de Bariri, da AES Tietê, foi palco da apresentação do primeiro projeto brasileiro de armazenamento de energia por baterias de lítio implementado junto a uma usina hidrelétrica de grande porte, conectado ao Sistema Interligado Nacional.

O objetivo do projeto foi testar as principais funcionalidades de um sistema de armazenamento de energia, como, por exemplo,suporte à rede no horário de pico e serviços auxiliares e sua efetividade para postergar investimento e integração com geração intermitente (como solar e eólica).

A usina tem capacidade de estocar 161,4 kW – expansível para 1 MW – em baterias de íons de lítio.

Alinhada à estratégia global da empresa de reduzir a sua pegada de carbono em 25% até 2020 e, em 50% até 2030, a companhia adicionou 2,3 GW de renováveis ao portfólio de ativos e no Brasil, no último ano.

Segundo divulgado, a AES Tietê adquiriu 690 MW de projetos solares e eólicos nos últimos dois anos.

Dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa Brasileiro (SEEG-Brasil) apontam que, em 2016, o setor elétrico foi responsável por 19% das emissões do País. Foi o terceiro maior emissor no Brasil. No mundo, o setor responde por 74% das emissões.

Para o presidente da AES, Julian Nebrada, no Brasil há uma grande oportunidade para o uso de baterias. “O País tem um dos maiores sistemas de interligação nacional do mundo. É um país continental. Então, o uso de baterias pode colaborar com o fortalecimento do sistema interligado”, disse.

O executivo ressaltou em entrevista publicada no site da AES que a empresa acredita que a energia limpa é o futuro. “O mundo precisa reduzir as emissões de gases de efeito estufa, e o setor elétrico é um dos que contribui nessas emissões,” disse ele.

O energy storage, como é conhecido sistema de armazenamento, pode ser aplicado em diferentes funções na rede elétrica. A integração às fontes de energia renováveis, com a finalidade de balancear sua intermitência, é apenas uma das possibilidades.

Outra finalidade da solução está relacionada a projetos direcionados ao consumidor final, como, por exemplo, associada à geração distribuída, nos setores comercial e industrial, para as empresas que estejam buscando confiabilidade e gerenciamento de custos mais apurados.
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No Brasil, a aplicação da tecnologia de armazenamento de energia pode ser utilizada para aliviar às redes de transmissão e de distribuição ou em sistemas isolados, tornando-os mais eficientes e trazendo benefícios para o consumidor.

Além disso, a novidade contribui com a confiabilidade do sistema, a integração de fontes renováveis intermitentes, a geração de ponta e a otimização de investimentos em linhas de transmissão e distribuição.
Leia mais em: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2018/08/primeiro-sistema-de-armazenamento-de-energia-brasil-entra-em-operacao/34615#.W4aRduhKjIU

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