A empresa tem sofrido problemas de fluxo
de caixa para tocar um ambicioso plano de expansão desde o fracasso de
uma parceira com a norte-americana SunEdison, que injetaria recursos na
companhia, mas desistiu do negócio após dificuldades financeiras nos
EUA. Desde então, a Renova já reduziu a
carteira de projetos, cortou vagas e trocou duas vezes de
presidente-executivo. A companhia também tem procurado um novo sócio,
que entraria no negócio por meio da compra de uma fatia acionária hoje
detida pela Light.
USINAS ATRASARÃO
A Renova vendeu antecipadamente a
produção do chamado Complexo Umburanas em leilões realizados pelo
governo em 2013 e 2014. As usinas precisariam iniciar a operação no
início de 2018 e de 2019. "Haverá um
atraso na operação em teste e comercial das centrais eólicas do complexo
Umburanas... de, respectivamente, 13 meses e 4 meses", disse a Renova
em documento enviado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e
disponibilizado pelo regulador nesta terça-feira. Mas
a eventual criação do Parque Nacional Boqueirão da Onça poderia piorar a
situação das usinas, uma vez que possivelmente exigirá um rearranjo do
projeto.
"A criação do Parque... é um complicador
com grande potencial de acarretar novo atraso nos cronogramas de
implantação do Complexo Umburanas, pelo simples fato da sua vizinhança
com as usinas da região", disse a Renova. No
documento à Aneel, a Renova atribui a falta de capacidade da rede
elétrica para receber a geração dessas usinas ao atraso de obras de
transmissão sob responsabilidade das espanholas Cymi e Abengoa. A
agência não se manifestou imediatamente sobre o pedido da empresa. A
Renova também não comentou imediatamente. Não foi possível falar
imediatamente com Abengoa e Cymi.
Pelas regras do setor, as empresas são
sujeitas a pesadas multas pelo descumprimento de cronograma, mas a Aneel
pode dispensar ou reduzir a punição se entender que o problema que deu
origem ao atraso não é de responsabilidade do investidor.
Leia mais em: http://www.abradee.com.br/imprensa/noticias/3198-renova-energia-diz-que-falta-de-linhas-atrasara-operacao-de-460-mw-em-usinas-eolicas-reuters
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