quinta-feira, 3 de novembro de 2016

EDP Brasil mira novos investimentos em transmissão e não descarta aquisições

A EDP Brasil pretende fazer novos investimentos no segmento de transmissão e não descarta aquisições, disse o presidente da companhia, Miguel Setas, em resposta a analistas de mercado nesta terça-feira, 1º de novembro. A empresa inaugurou uma nova frente de crescimento no setor elétrico brasileiro após arrematar um dos 24 lotes ofertados no leilão de transmissão que ocorreu na última sexta-feira, 28 de outubro.

A companhia irá investir R$ 116 milhões para construir, no Espírito Santo, a Subestação 230/138 kV São Mateus e a LT Linhares 2 - São Mateus 2, de 113 quilômetros de extensão. Para conquistar o direito de explorar o empreendimento, a empresa fez um lance com deságio de 5,20% sobre a receita anual permitida máxima de R$ 21,8 milhões. Dessa forma, após concluir a obra, que tem prazo para entrar em operação em 32 meses, a EDP terá o direito de receber uma receita anual de R$ 20,7 milhões por um período de 30 anos de concessão.

A EDP também disputou o lote 21, composto pela Subestação 345/138 kV João Neiva 2 e pela LT 345 kV Viana 2 – João Neiva 2, com 79 km no Espírito Santo. Houve grande disputa por esse empreendimento, que acabou sendo arrematado pela Cteep com lance que apresentou deságio de 23,15% sobre a RAP.

"Há duas mensagens sobre nossa participação no leilão de transmissão: a primeira é que nós abrimos uma nova frente de investimentos em um segmento onde ainda não operávamos de forma estratégica... A segunda mensagem é que nós não comprometemos rentabilidade na avaliação de capital. Perdemos o lote 21 porque a rentabilidade estava abaixo do limite mínimo que nós exigimos", disse Setas.

O empreendimento conquistado está localizado em uma região onde a empresa já atua no segmento de distribuição por meio da concessionária EDP Escelsa. Segundo Setas, a localização do empreendimento foi determinante. "A escolha desses lotes recaiu fundamentalmente na região onde nós temos conhecimento dos processos administrativos e de licenciamento necessários para o desenvolvimento desses projetos."

De acordo com o executivo, a EDP não se limitará a participar dos leilões para ganhar mercado no segmento de transmissão. "A participação no leilão de transmissão abre uma nova frente de crescimento e, portanto, o que vamos fazer é analisar as oportunidades de crescimento orgânico e inorgânico nesse segmento... Isso alarga nossas opções de crescimento e, portanto, vamos olhar para os próximos leilões, bem como para oportunidades que possam surgir." 

Setas explicou que a empresa continuará avaliando as oportunidades em geração e distribuição. Contudo, ele acredita que por conta da menor demanda o crescimento via setor de geração ficará mais restrito a aquisições de projetos em desenvolvimento ou em operação.
"Mantemos uma vigilância ativa sobre as oportunidades que estão no mercado... Obviamente que na geração, com a menor demanda de capacidade, as oportunidades recaem mais sobre uma dimensão inorgânica. Julgamos que teremos menos chance de crescimento orgânico na geração."

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