O setor de energia fotovoltaica está em plena evolução no país e as
franquias despontam nessa área. O caminho foi aberto em 2012, quando a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou a resolução 482
favorecendo a instalação de equipamentos de geração distribuída de
pequeno porte em residências, estabelecimentos comerciais ou indústrias.
A
medida criou o Sistema de Compensação de Energia, que permite que
pessoas e empresas instalem geradores em suas unidades consumidoras e
injetem energia na rede em troca de créditos. Essa regulamentação é
válida para as fontes energéticas incentivadas: solar, biomassa, eólica e
hídrica. No ano passado, a resolução foi aprimorada.
O processo
de registro dos sistemas solares junto às concessionárias de energia,
que demorava mais de três meses, caiu para 34 dias. O período para
utilização dos créditos de energia para compensação aumentou de 36 para
60 meses. A Aneel também ampliou a possibilidade de geração
compartilhada, permitindo a transferência créditos de energia para
outras unidades consumidoras, mesmo que tenham CPF e CNPJ diferentes,
bastando comprovação do vínculo entre os integrantes.
De acordo
com a Aneel, o país acumula mais de nove mil instalações de geração
distribuída de pequeno porte, sendo mais de 90% projetos fotovoltaicos,
seguidos pelos eólicos. Para se ter uma ideia do avanço, em 2012, eram
apenas quatro projetos. Segundo projeção do órgão regulador, até 2024,
mais de 1,2 milhão de unidades consumidoras deverão estar produzindo a
sua própria energia, totalizando 4,5 gigawatts (GW) de potência
instalada.
Contudo, o desempenho até hoje poderia ter sido melhor,
se não fossem os efeitos da crise política e econômica em 2015 e 2016,
como a diminuição da capacidade de investimento de potenciais clientes e
a retração da oferta de crédito de longo prazo pelas instituições
financeiras. "Já há mais recursos disponíveis para pequenos empresários
instalarem sistemas de energia solar e 2017 será um ano mais forte para o
setor", destaca Hewerton Martins, CEO e um dos fundadores da Solar
Energy.
A empresa, que iniciou as operações em 2011, em Curitiba,
no Paraná, foi responsável por mais de 600 sistemas de energia solar
instalados. No ano passado, teve faturamento de R$ 7 milhões, semelhante
ao de 2015.
Para ganhar capilaridade, a Solar Energy colocou em
prática seu plano de franchising em 2015. Já são seis franquias -
Curitiba (PR), Videira (SC), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Cuiabá
(MT) e Aracaju (SE). Até o final deste ano a meta é chegar a dez
unidades. O investimento inicial médio é de R$ 500 mil, incluindo uma
van padronizada, ferramentas, cursos de segurança e uniformes.
Outra
é a Blue Sol, que começou as atividades em 2009, em Ribeirão Preto
(SP). Inicialmente, a empresa fazia a importação, distribuição e revenda
de equipamentos para sistemas fotovoltaicos. Em 2011, passou a oferecer
também cursos para capacitação de mão de obra e atuar no
desenvolvimento de projetos e instalações de sistemas de energia solar.
No
ano passado, a Blue Sol decidiu apostar na expansão por franquias. Até o
momento, sete unidades foram comercializadas, sendo que duas já estão
funcionando, uma em São José do Rio Preto (SP) e outra no Rio de Janeiro
(RJ). Até o final de 2017, a intenção é chegar a um total de 25
unidades. "Queremos crescer de forma padronizada", explica José Renato
Colaferro, sócio-diretor da Blue Sol.
O investimento inicial na
franquia varia de R$ 280 mil a R$ 380 mil, já com o veículo e todo o
ferramental. De acordo com ele, a seleção dos futuros franqueados é
criteriosa. "Buscamos empreendedores que tenham conhecimento técnico e
de gestão, mas que também estejam dispostos a trabalhar na mudança de
cultura da população", afirma Colaferro. Ao longo de sua trajetória, a
Blue Sol já instalou 670 sistemas de energia solar no país. No ano
passado, a empresa faturou R$ 18 milhões, o dobro do registrado no ano
anterior.
Leia mais em: http://www.valor.com.br/empresas/4986516/energia-solar-e-area-promissora-para-futuros-empreendedores
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