Montezano destacou que já foi procurado por vários bancos que desejam participar da operação, que agora poderá ser feita pela criação da Conta Covid, no valor de R$ 16 bilhões.
O financiamento visa ajudar o setor, principalmente as distribuidoras, que enfrentam forte queda em suas receitas por conta da redução do consumo de energia e do aumento da inadimplência.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, na última terça-feira, a regulamentação da Conta Covid. Pelas regras aprovadas, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) vai realizar os empréstimos bancários no limite de R$ 16,1 bilhões, e o BNDES fará a coordenação financeira.
Durante videoconferência realizada nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o presidente do BNDES afirmou que a instituição fará a estruturação, modelagem e coordenação com o setor financeiro.
Condições e taxas sairão na quarta-feira
O socorro ao setor elétrico representa, segundo Montezano, a metade do valor desembolsado pelo banco no ano passado para grandes empresas, que foi de R$ 32 bilhões.
— Já temos hoje um indicativo dos bancos que querem participar da operação, e estamos vendo uma boa demanda a despeito do mercado turbulento que o setor financeiro vive hoje — afirmou Montezano. — E já temos propostas acima do valor da operação. Possivelmente, a demanda pelos bancos para essa operação vai superar em alguns bilhões esse montante.
O BNDES vai enviar cartas oficiais a todos os bancos interessados ainda nesta semana, para receber, já na próxima segunda-feira, as propostas finais. Com esses dados em mãos, será feito o cálculo das condições e taxas do financiamento, que serão divulgadas na quarta-feira.
Aneel: consumidor também vai se beneficiar
No mesmo evento, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que o financiamento via Conta Covid vai ajudar o setor elétrico, que enfrenta forte redução nas receitas por conta da queda da demanda de energia e do aumento da inadimplência em meio à crise.
Pepitone ressaltou que os consumidores finais também serão beneficiados, pois não haverá aumento nas tarifas a curto prazo, e sim distribuído ao longo dos próximos cinco anos.
Segundo o diretor-geral da Aneel, o nível de inadimplência do setor saltou de 1,7% para 8,1% da receita. Até 5 de junho, a perda da receita chega a R$ 3,4 bilhões, e a projeção para o ano é de R$ 7,95 bilhões. Já a queda no consumo deve ser de 4,2% no ano, um impacto de R$ 6 bilhões.
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