O plano formulado pelo Meridian Economics, um think tank da Cidade do Cabo, está sendo avaliado pelo governo. O projeto prevê uma linha de crédito US$ 11 bilhões financiada por bancos de desenvolvimento e credores privados. A nova entidade faria empréstimos à Eskom com taxas comerciais um pouco menores, sob a condição de a concessionária acelerar o fechamento de usinas a carvão poluentes para dar lugar à energia renovável.
A África do Sul é o 14º maior emissor mundial de gases de efeito estufa. O governo está sob pressão para cumprir o compromisso assumido em 2009 de reduzir as emissões em 42% até 2025. Segundo o novo plano, o país adicionaria 10 gigawatts de capacidade de geração de energia renovável ao longo de uma década, reduzindo assim suas potenciais emissões de dióxido de carbono em 715 milhões de toneladas até 2050.
"Essa seria a maior e mais significativa transação financeira climática global até o momento", disse Emily Tyler, economista climática do Meridian, em entrevista. "Isso levaria a África do Sul a um futuro energético mais limpo e mais resiliente."
A implementação do plano dependeria de o governo cumprir um compromisso de dividir a Eskom em unidades de geração, transmissão e distribuição sob uma holding estatal e reestruturar sua dívida para conseguir uma base mais sustentável.
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