terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

China quer construir primeira usina de energia solar no espaço

As ambições espaciais da China estão chegando a uma nova órbita, a econômica. Após a inédita e bem-sucedida viagem de uma sonda para o lado oculto da Lua, a China se prepara para construir uma usina de energia solar no espaço, em um momento em que a segunda maior economia do mundo busca fortalecer sua imagem de superpotência. Com orçamento anual de US$ 8 bilhões para seu programa espacial, inferior apenas ao dos EUA, a China busca competir com o rival pelo domínio econômico, militar e tecnológico.

Os cientistas do país já iniciaram a construção de uma base experimental na cidade de Chongqing, no Oeste da China. Inicialmente, eles planejam desenvolver uma estação de energia de menor porte na estratosfera entre 2021 e 2025, uma instalação solar de 1 megawatt no espaço até 2030 e, futuramente, geradores maiores, segundo o jornal estatal Science and Technology Daily.

Entre outros empreendimentos que a China planeja para o espaço, está o desenvolvimento de foguetes privados. O presidente Xi Jinping flexibilizou o monopólio do governo sobre os lançamentos espaciais, estimulando a formação de pequenas empresas nacionais que sonham desafiar companhias como a Space Exploration Technologies, de Elon Musk, a Blue Origin, de Jeff Bezos, e a Virgin Galactic, de Richard Branson.

Agricultura lunar
Já no front da agricultura, lembrando o filme de ficção científica de 2015 “Perdido em Marte”, estrelado por Matt Damon, a missão lunar da China também verifica se o solo estéril de nosso satélite pode suportar vida. Imagens enviadas pela sonda Chang’e-4 no mês passado mostraram a primeira folha verde oriunda de sementes de algodão por lá nove dias após o início de um experimento, segundo a Universidade de Chongqing, que conduziu o projeto biológico.

Por fim, levando a rivalidade com os EUA aos espaço, a China está investindo pelo menos US$ 9 bilhões para criar um sistema de navegação e reduzir sua dependência do GPS, que é de propriedade americana.

A China pretende construir sua própria estação espacial por volta de 2022. Chamada Tiangong, ou Palácio Celestial, ela terá um módulo central e dois outros módulos para experimentos, pesará um total de 66 toneladas e será capaz de receber três pessoas, com um ciclo de vida projetado de pelo menos 10 anos. O país tem mais missões em desenvolvimento. Outras quatro versões da sonda Chang’e estão no horizonte, e pelo menos duas delas foram planejadas para pousar no polo sul da Lua, segundo Wu Yanhua, vice-administrador da Administração Espacial Nacional da China.

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