quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Eletrobras registra lucro de R$ 716 milhões no terceiro trimestre

A Eletrobras apresentou lucro líquido de R$ 716 milhões no terceiro trimestre do ano, valor 132% superior ao resultado negativo de R$ 2,2 bilhões obtido em igual período de 2018. Já o Ebitda da companhia - lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização - registrou aumento de 303% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, totalizando R$ 2,8 bilhões.

Nos nove meses de 2019 , a empresa acumula lucro líquido de R$ 7,624 bilhões, 1.985% superior ao prejuízo líquido de R$ 404 milhões obtido nos nove meses de 2018.


A receita bruta do período de julho a setembro foi de R$ 8,8 bilhões, um aumento de 9,7% em relação a igual período do ano anterior.

No dia 5 deste mês, o presidente Jair Bolsonaro assinou projeto de lei que autoriza a privatização da Eletrobras e estabelece as regras do processo. O texto prevê que o governo brasileiro não terá a chamada  golden share,  classe especial de ações que dá poder de veto à União em decisões estratégicas.

Espera-se que  Congresso dê o aval para a venda do controle da estatal até o segundo semestre de 2020. A expectativa do governo é arrecadar R$ 16,2 bilhões com a privatização, recursos já previstos no Orçamento do ano que vem.

O resultado positivo da companhia foi impactado pelo aumento de R$ 1 bilhão de receita, tendo como destaque o início do fornecimento do Contrato de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (CCEAR) da UTE Mauá 3 e a GAG melhoria, de R$ 250 milhões, referentes às usinas prorrogadas pela Lei 12.783/2013.

Também houve queda em seus gastos operacionais com PMSO (Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outros) recorrente em cerca de 17%, o que representa redução de cerca de R$ 371 milhões no trimestre.

Destaca-se a agregação física, em 2019, de 1.035 MW na capacidade instalada das empresas Eletrobras, que hoje têm 50.429 MW – o equivalente a 30,2% do país. O crescimento de 4% da capacidade em relação ao terceiro trimestre de 2018 se deve, principalmente, à entrada em operação das unidades geradoras (UG) 15 e 16 de Belo Monte e ao início da operação comercial da UG2 de Sinop.

Já a redução de 105 km em linhas de transmissão no trimestre de julho a setembro deste ano se deve à venda de sociedades de propósito específico (SPEs). A venda de SPEs, até setembro passado, representou caixa de R$ 798 milhões, e a companhia tem a receber ainda R$ 202 milhões até dezembro deste ano.

Estão ainda em processo de desinvestimento 39 SPEs. Maior transmissora do Brasil, responsável por 70.924 km do total de linhas de transmissão do país, a Eletrobras detém 45,2% da transmissão do Brasil.

O indicador dívida líquida/Ebitda ajustado – importante indicador da saúde financeira da empresa que reforça seu compromisso com a disciplina financeira – ficou em 1,8, superando a meta da companhia de ficar abaixo de três vezes.

Segundo o comunicado divulgado pela Eletrobras, no período, a  companhia também registrou melhor desempenho no Programa Destaque em Governança de Estatais da  bolsa de valores (B3 S.A), passando de 50 para 56 pontos, sendo 60 a pontuação máxima. A evolução reafirma o compromisso da Eletrobras com a contínua melhoria de sua governança, bem como seu alinhamento com as melhores práticas do mercado.


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